O que os olhos vêem?! Tantas são as... Andrea Carla Agnes e Silva...

O que os olhos vêem?!
Tantas são as situações verbais que citam o 'olhar'. Quem já ouviu: "O que os olhos não vêem, o coração não sentem" (ditado popular). Essa frase indica que o olhar interagem com o restante do corpo, mas isso é algo automático? Qual a primícia da funcionalidade da visão? É a visão que nos permitem criar a imagem. Sua função é fazer a energia luminosa (luz) chega aos nossos olhos trazendo informações do que existe ao nosso redor. Nossos olhos conseguem transformar o estímulo luminoso em uma outra forma de energia (potencial de ação) capaz de ser transmitida até o nosso cérebro. Esse último é responsável pela criação de uma imagem a partir das informações retiradas do meio (in: sobiologia). Pronto. Se nossa visão realiza plenamente sua função, então olhamos algo que foi produzido em nós, por nós, dentro de nós. O nosso corpo em pleno funcionamento. Em plena interligação. Ou seja, eu vejo o que minha capacidade de visão cria de imagem. Esse procedimento é necessário para interpretarmos o mundo. Sim, mas não apenas 'olhando'. A medida que eu olho, já realizo uma interação interna e externa. Por isso tão necessário Jesus dizer nas escrituras sagradas: "Os olhos são a candeia do corpo. Se os seus olhos forem bons, todo o seu corpo será cheio de luz". Mateus 6:22. Essa explicação resolve muitos conflitos, não é? Tudo depende do seu conceito de 'bondade'. Que não deve ser divergente do que explicita o dicionário Aurélio da Língua Portuguesa: bondade- "qualidade de quem tem alma nobre e generosa e é naturalmente inclinado a fazer o bem; benevolência, benignidade, magnanimidade" . Por isso quis o salmista Davi ter infinitamente a bondade em sua vida: Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida; e habitarei na casa do Senhor por longos dias. Salmos 23:6. Posso partir também para pensar que o 'olhar' também se tornou uma condição 'Sine qua non', ou seja, 'conditio sine qua non é uma expressão que originou-se do termo legal em latim que pode ser traduzido como “sem a/o qual não pode ser”. Refere-se a uma ação cuja condição ou ingrediente é indispensável e essencial'. Isso foi evidenciado na atitude do discípulo Tomé. Duvidou da ressurreição de Jesus, até que ele o viu: 'Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram'. João 20:29. O que dizer de um cego? Viverá eternamente em dúvida? Claro que não. Quem não consegue ver; indivíduo que, por alguma razão, foi privado de sua visão, usam os outros órgãos: o tato, audição e outros sentidos para enxergar para criar sua imagem do ambiente. A pergunta inicial: o que os seus olhos vêem?" na atualidade tem gerado intensas polêmicas, isso porque há uma vontade individual, ou de grupo segregado para 'impor', 'relativar', 'banalizar', 'ditar' a nossa maneira de olhar. O que foi explicado no início desse texto, como que funciona nossa visão. Há como disciplinar nosso olhar? Eu respondo que há como sermos pessoas de bem. Concordo com as palavras de Jesus, e reafirmo: se os nossos olhos forem bons, tudo segue bem. Se isso não se efetiva, há uma opressão ou uma prisão. E isso chega a ser leviano. "Hipócrita, tire primeiro a viga do seu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão". Mateus 7:5. De certo é que a humanidade desde séculos passados tem desejado não vêem. Talvez por isso se justifique o ditado que citamos. Não vêem, não sente. Palavras de Jesus: "E se o seu olho o fizer tropeçar, arranque-o e jogue-o fora. É melhor entrar na vida com um só olho do que, tendo os dois olhos, ser lançado no fogo do inferno". Mateus 18:9. Em síntese: - O olhar que faz sentir. O olhar de bondade. O olhar que faz crê. O olhar leviano. O olhar que prejudica. O olhar de um cego. Seja qual for a parte do texto que descrevi, o meu objetivo é que você seja possessor do seu 'olhar'. Sem trivialidades.