Cordel
MEUS VERSOS DE CORDEL.
Se alguém está pensando
Que vai me intimidar;
Que me jogar indireta;
Vai me fazer recuar;
Está muito enganado;
Vai ser um espatifado; 
Impossível de juntar.
Nunca temi cara feia;
Muito menos potentado;
Pois conheço os meus direitos
Dentro e fora do Estado;
E se alguém duvidar;
É só me azucrinar;
Que eu mostro o resultado.
Isto não é ameaça;
Quem ameaça é bandido;
É apenas um aviso;
Se me sentir em perigo;
Dentro da legalidade;
Mostro pra sociedade;
Quem da justiça é inimigo.
Vou agora pro meu quarto;
Tá na hora de dormir;
Trabalhei o dia inteiro;
A minha parte cumpri;
Para os amigos um abraço;
Tô morrendo de cansaço;
Nos vemos amanhã aqui.
O Risco
Risco a folha de papel,
um risco firme e cruel,
Um risco no cordel,
feito a cor da moscatel;
Risco a alma do leitor;
Risco igual o escultor,
Que adiciona algum amor
a uma pedra sem calor;
Risco que não pode ver;
Risco todo alvorecer;
Risco aquilo, risco isso,
Risco até adormecer...
A Vida 
Ao ler esse cordel
Eu quero lhe contar
A história de um jovem
Que gosta de estudar.
Todo dia vai a escola 
E faz sua lição
Ao terminar o dia
Vai para casa no busão. ( ônibus )
Ele tem objetivos 
E deseja conquistar
Um dia no futuro
Quem sabe ele chega lá.
De muita gente na escola
Uma pessoa ele marcou
Para dar confiança
E todo seu amor.
E no fim desse cordel
Eu quero agradecer
A todos que leram 
E puderam compreender.
( Me desculpem pelos erros )
Cordel Umbilical 
Unir as rimas ao papel
É o mesmo que uma gestação
Gerar com amor um cordel
Dar asas à criação
De letras, filhos, rimados
Criados com muito amor
Meninos nada mimados
Meninas com cheiro de flor
Campanha Eleitoral (Literatura de Cordel)
Um Senador do Estado
Passou dessa pra melhor
Ou pra outra bem pior
Vou relatar o passado:
Chegando o pobre coitado
Na porta do firmamento
São Pedro disse: um momento
Tenha calma, cidadão!
Faça aqui sua opção
E assine o requerimento
Pois aqui tem governia
Tudo está no seu lugar
E você vai optar
Onde quer passar o dia
Depois com democracia
Me dará sua resposta
Fazendo a sua proposta
De ir pra o Céu ou pro Inferno
Viver de túnica, de terno...
Do jeito que você gosta!
E então o senador
Assinou a papelada
Descendo por uma escada
Entrou num elevador
E desceu com o assessor
Pra o inferno conhecer
Para depois escolher
Onde queria morar
E qual seria o lugar
Que escolheria viver
E no inferno ele viu
O campo todo gramado
Verdinho bem arrumado
Como um que tem no Brasil
Um homem grande e gentil
Disse-lhe: eu sou o Cão
Muito prazer meu irmão!
Aqui você é quem manda
E deu ordens pra que a banda
Tocasse outro baião
Encaminhou a visita
Para uma mesa repleta
Uma assessoria completa
Num alpendre em palafita
Uma assistente bonita
Cerveja, wisque e salgados.
Dinheiro pros carteados
Charutos bons e cubanos
Foi relembrando dos anos
E dos acordos fechados
Encontrou com os amigos
Dos tempos áureos de glórias
Relembrando as histórias
Que já haviam esquecidos
Wisques envelhecidos
Não paravam de chegar
Parecia um marajá
Jogando cartas e fumando
Mas já estava chegando
A hora dele voltar.
E então no elevador
Ele tornou a subir
Para então se decidir
E finalmente propor
Mas no céu o senador
Vê um cenário de paz
Com um sereno assaz
Anjinhos tocando lira
São Pedro disse confira
Escolha e não volte atrás
Era um silêncio danado
Sem wisque e sem cerveja
No máximo uma cereja
E ele já agoniado
Disse assim determinado
Já tomei minha decisão
Quero ir morar com o cão
Pois lá me sinto melhor
Não que aqui seja pior
É questão de opinião
São Pedro disse pois bem
Pode ir pro elevador
Que logo meu assessor
Fará o que lhe convém
O senador disse amém
Já pensando no sucesso
Que seria o seu regresso
Para o quinto do inferno
Lá também seria eterno
E a tudo teria acesso
E assim que ele desceu
Numa imensa alegria
Sentiu logo uma agonia
Algo estranho percebeu
Atrás desapareceu
A porta do elevador
E o pobre do senador
Só via fogo e tortura
Deu-lhe logo uma amargura
Era um cenário de horror
Nisso ia passando o cão
Deu-lhe uma chibatada
Sorrindo em gargalhada
Remexendo um caldeirão
E empurrou-lhe um ferrão
Deixando a testa ferida
E ele puto da vida
Disse: rapaz sou eu
O senador! se esqueceu?
Cadê aquela acolhida?
Eu peguei o bonde errado
Ou o cabra se atrapalhou
E para cá me mandou
Deve ter se enganado
Meu lugar é no gramado
Jogando golfe e fumando
Eu nada estou lhe cobrando
Foi você que ofereceu!!!!!!!!!!!
E o wisque? se esqueceu?
E devo está delirando
E o diabo a sorrir
Disse-lhe: seja bem vindo
E o que estás me pedindo
Eu não vou poder cumprir
Quando estivestes aqui
Naquela ocasião
Não era outra coisa não
Também não me leve a mal
Foi campanha eleitoral
E eu ganhei a eleição.
CORDEL: SÃO JOÃO
O Brasil cheio de festa
De cultura e atração
Onde não se perde uma
Sequer comemoração
E mais uma ali nasceu
cultura do são João
São João tempo de festa
brincadeira e alegria
Ao redor da fogueira
Se ajunta toda a família
Os amigos as crianças
E com sua fina iguaria
O são João sim é o melhor
Típica festa junina
Pois nele muito encontra
A pamonha e a canjica
A pipoca e o arroz doce
E o curau é uma delícia
O bolo de mandioca
O cuscuz e o munguzá
Também o bolo de milho
O acarajé, vatapá
milho pronto na fogueira
Tudo pro nosso arraiá
Os fogos e brincadeiras
Que constroem sua estrutura
Que nos faz sair do chão
Que compõem essa cultura
São João sim é perfeito
Não é feito de frescura
Casamento do Matuto
Quadrilha e arrasta-pé
O correio elegante
Dança é só pra quem quiser
Fogos, balas e balões
Pra deixa o cabelo impé
São João do meu nordeste
É mesmo feito de ouro
é preciso abrir os olhos
Para encontrar seu tesouro
Maior até que o carnaval
Pos tem seu próprio estouro
No fruto do meu nordeste
Nunca sai da região
Nos deixando sua cultura
o forró do gonzagão
Feito Pra os dois se unir
Pois Nos ajuda a curtir
O perfeito são João
Sertão versos
Tenho prazer de falar.
Da minha terra fiel.
Arte, Cultura, Cordel.
O verde, a flor de açucena.
Nos braços dessa morena.
Me briagar de paixão.
Nas festas de são João.
Festejar com alegria.
Sou forró e poesia.
Sou caboclo do sertão...
Autor: Rogério Dantas
Caicó- RN- 16/07/ 2013
Tentei ser versos, prosa, poesia,
me fiz em rimas, trechinhos de cordel,
quis ser poema, um tema pra tua vida,
até em notas musicais eu me compus.
E não teve jeito de compreenderes minha essência,
pois em tese, sou uma TESE, complexa dissertação,
e por favor, me dá licença,
fica aí com teus gibis, não tenta mais me ler,
sou alto nível pra você 
e te falta amor, coração e inteligência.
Poeta
O Poeta é como ave de rapina 
quando trina ateia versos 
em rima
O Poeta de cordel do sertão 
é uma ave que ao recitar 
infinito canta
O Poeta de cordel ressuscita 
os imortais faz as noites 
entardecerem e o dia de 
prosas que só se desfaz 
ao pôr do Sol.
Cordel - Lampião na casa de massagem
Lampião rei do cangaço, matador um cabra macho, cansou-se de Maria e foi a vida aproveitar..
Foi na casa de massagem onde não tem mulé direita, enrabichou-se com uma sujeita e quase num sai de lá..
A tal sujeita é Juliana, menina boa de cama que pegou Lampião de um jeito e não queria mais largar..
Juliana só falava: "Hoje eu te mato seu cabra", Lampião pulou ligeiro pra arredar o pé de lá..
Amirou sua espingarda e começou a prosear: "aqui sou rei do cangaço e só eu posso matar"..
Deu dois tiro em Juliana vestiu a roupa e saiu, amontou no primeiro jegue que viu e começou a pensar..
Nesta terra sou o cão, já matei pra mais de mil e não vai ser essa menina com uma chave de pipiu que vai um dia me matar.
ELA 
Em seu cordel de sonhos 
Ela pendura su'alma vestida
de asas .
Pés alados ousa voar 
ora menina 
ora anjo
ora leoa 
ora borboleta
ora lua
ora pássaro
ora mulher ...
Tem sede da vida amar !
Trás nos olhos 
a vertigem bailando ventos in clarim 
e o desfolhar d'uma nuvem 
a respirar céus in carmesim .
No fundo
Ela sabe bem ao certo
por onde ir e 
por onde deve pousar .
Venho com minhas simples palavras escrever este cordel.
Para uma menina que é feito anjo, parece até ter caído do céu.
Num dia sem esperar, com uma mensagem tudo aconteceu.
Começamos a nos falar e o amor apareceu.
O amor que trago na minha prosa é bem diferente do de Platão.
Ele é feito amizade de muito tempo, daquelas que nunca te deixa na mão.
É bom poder dizer, que ter conhecido você, ajudou a adoçar meu coração.
Palestra do poeta
Bráulio Bessa no icc
Trago em literatura
Um cordel bem explicado
Do que aconteceu comigo
E que me deixou mudado
Numa bela quinta feira
acordei muito animado
Pois eu estava sabendo
Que ia ter uma palestra
De um cabra bem arretado 
Esse cabra é Bráulio Bessa 
O embaixador do Nordeste 
Um poeta conhecido 
Um homem cabra da peste 
Levantei logo da cama
Tomei um banho e sai
Depois que peguei dois ônibus 
Lá no Hemoce eu desci
Desci e sai correndo
Achei que estava atrasado
Pensei que sua palestra
Já havia começado
Procurando o endereço
Que a palestra iria haver
Me informaram que o local
Era lá no icc 
sorri com muita alegria
Pois aquele Instituto
lembrei que ja conhecia
Quando cheguei no lugar
Fui para recepção 
Duas moças me atenderam
Com bastante educação 
Me perguntaram num instante 
Você é um convidado 
ou é um acompanhante ?
Fiquei um pouco sem jeito
Sem saber o que falar 
Tinha regras no evento
A moça veio contar
Fiquei triste e calado
Depois que ela falou 
Que o evento era fechado
Somente pra pacientes 
E também pra convidados
Parei e pensei um pouco
E em seguida falei
Me chamo Rubens Andrade 
Assim me apresentei 
Sou cover do Bráulio Bessa 
Me apresento no busão
Faço isso todo dia
Recitando poesias 
Com amor e emoção 
Continuei a falar procurando 
Uma maneira que desse pra eu entrar
Pois eu estava sentindo
Que depois daquele evento
Minha vida ia mudar
Depois de tanta peleja 
Ganhei autorização
De ver o meu grande ídolo 
Um homem de compaixão
E que vem mudando vidas
Fazendo a diferença em
Estradas tão compridas
Entrei é fiquei quietinho
Encostado na parede 
Aquela ansiedade 
já tava me dando cedo
Mais não sai do lugar
Pois faltava pouco tempo 
Pra ele se apresentar
Faltava uns cinco minutos
Uma mulher veio a perguntou
O que você tá fazendo aqui,
quem foi que te convidou?
Com abuso de poder 
continuou falar
Eu sou da diretoria, 
cordenadora do lugar, 
aqui eu tenho moral e
Tu não pode ficar
As lágrimas quase desceram
Com tamanha crueldade do 
Jeito que ela falou 
me tirando a liberdade
Destruiu a minha chance de
Tá perto do poeta
De sentir sua energia 
que o mundo já completa
Mas nunca guardei remorcio
Pois sei que tudo na vida tem
Sempre um grande propósito 
Sai daquele  lugar 
bastante desconsolado
Depois de tanto esforço 
Não tive o resultado
De ouvir muita cultura
Trazida em literatura
De poemas e de cordéis 
Mais isso não me abalou
Pois foi graça a isso tudo
que eu conheci o amor
O proposito de cumpriu
E a moça da diretoria 
Eu quero agradecer
Hoje eu estou feliz 
Sei que encontrei o amor
Tudo graças a vc
Para explicar melhor
Sobre o acontecido
Depois da sua atitude 
Alguém de importou comigo
Alguém que tem coração 
Que não pensa só em si
E que tem compreensão 
Compreendeu meu esforço 
O meu jeito de viver
Meu trabalho com Cultura
Que faço apena valer
Hoje estamos namorando
Curtindo cada momento
Vivendo o nosso amor
Aproveitando o tempo
E para finalizar o meu cordel
Com bravura 
Quero aqui lhe explicar 
que nem sempre a vida é dura
Encontrei o meu amor é hoje
Só agradeço, por conta do acontecido
Tenho a mulher que mereço
Vida de nordestino
é cordel
história de um povo valente
que fala oxente
tem orgulho do seu chão
e cultiva
o melhor da semente
da Maria Bonita e do Lampião.
Carta de um poeta ao Papai Noel
Papai Noel
como criança neste cordel
te peço!
um presente no sapatinho
com apreço
um pouquinho de tudo que é generoso
dos povos: o amor, o ato misericordioso
sabedoria, onde possamos dar graças
afeição, fé, saudando todas as raças
muita paz, oração, muita alegria
nos livrando de todo o mal
embalados pelo coro celestial
de Boas Festas e, um Feliz Natal!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Cerrado goiano, dezembro
Cordel Astral
Fui perguntar aos astros
O quão perfeito é o nosso amor.
Marte falou primeiro,
Num impulso verdadeiro,
Que nosso amor é guerreiro
Por não ter medo da dor.
Saturno, mais oportuno,
Não deixou de se impor.
Disse, num tom maduro,
Que o amor pode ser duro,
Mas, mesmo sem crer no futuro,
Crê no futuro do nosso amor.
Mercúrio pediu a palavra
E explicou com a razão:
Que não existe amor perfeito.
Porque amor que não tem defeito
Não se define como amor,
Considera-se paixão.
A Lua foi nua e crua,
E falou com sentimento,
Que o amor nos olhos dela
É igual ao amor aqui dentro.
Dando luz ao nosso caso,
Diz que não é por acaso
Que isso vai dar casamento.
Urano, pra variar,
Não rotulou o amor da gente.
Disse só que é diferente
O nosso jeito de amar.
Júpiter filosofou,
Falando da nossa jornada.
Disse que nosso amor é casa,
Mesmo quando a casa é estranha.
Netuno falou bem pouco,
Pois preferia rezar.
Pro nosso amor deste mundo,
Continuar tão profundo
Como já foi em um outro lugar.
O Sol se agigantou
E chamou a minha atenção.
Sua frase foi uma só,
Mas aqueceu meu coração:
“Eu sou Ela”, disse ele.
E eu não discordo, não.
Plutão foi um pouquinho
Mais difícil de entender.
Ele afirmou que o amor perfeito
Só nasceu no nosso peito
Porque a gente soube morrer.
E Vênus ficou por último,
Porque de amor entende mais.
Disse que um amor desse jeito
É uma escolha dentro do peito,
Que a gente até pensa a respeito,
Mas é o amor da gente que faz.
Cordel: A dupla fiel
Venham cá, meus amigos,
Sem pressa, com atenção!
Trânsito é coisa séria
Não admite distração:
Quer evitar acidentes
O melhor é a prevenção!
Quem a lei não respeita,
Paga caro qualquer dia.
Pior que a dor no bolso
É perder toda a alegria:
O dinheiro a multa paga, 
Não recompõe a família.
Acessórios importantes
Pro adulto, pra criança,
Tá no Código, então é Lei,
Leve na sua lembrança:
O cinto e a cadeirinha
Nos dão mais segurança.
O cinto e a cadeirinha
Vidas podem até salvar.
Pra você e sua família
A certeza de bem chegar:
Companheiros do dia-a-dia
Nunca deixem de usar.
É por isso, meus amigos,
Que lhes chamo a atenção:
O cinto de segurança
Usem em toda ocasião:
Como um amigo do peito,
Levem-no junto do coração!
Limpinho, bem regulado
Não traz incômodo não.
Grudadinho em você
Em caso de colisão:
Contem sempre com o cinto,
Nunca vai te deixar na mão!
Vejam bem, meus amigos,
Ele cumpre o seu papel,
No caso dos pequeninos
Também é amigo fiel:
Unido à cadeirinha
Feito versos a um cordel!
Até completar dez anos
Eles vão no banco de trás.
Bebê conforto, cadeirinha...
O nome aqui tanto faz:
Para as nossas crianças
Proteção nunca é demais!
Acreditem, meus amigos,
Nesta dupla muito fiel...
Pro cinto, pra cadeirinha
É que eu fiz este cordel:
Pra essa dupla amiga
É que eu tiro meu chapéu!
Foi muito bom poder falar
Pra ouvintes tão distintos!
Se a questão é o trânsito,
Não confiem só no instinto:
Levem consigo a lição
Nunca abram mão do cinto!
(1º LUGAR - CATEGORIA CIDADANIA - X PRÊMIO DENATRAN DE EDUCAÇÃO NO TRÂNSITO - 2010)
TENTEI ESCREVER MEUS VERSOS
Numa forma de cordel
Falava do homem valente
Do tipo do coronel
Que amedronta muita gente...
De um povo sofrido
Daquele homem disposto
A enfrentar a chuva e  o sol quente
Trazendo a marca no rosto
Orgulho em se olhar de frente...
Que mesmo passando fome
Encantam seus amores
Plantando no chão as esperanças
Num emaranhado de cores
Para colher o futuro pensando nas crianças...
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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