Contos Engraçados

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Líquido

Sempre havia
Numa leve brisa fria, faziam...
Duetos ao outono
Para assuntos, contos, sonhos do doce encontro

Solenemente suplico aos memoráveis encontros
Na sutileza prospera do amar.
Versos feitos de mosaicos, surpreendo em cantorias românticas

Em tantos porquês, haverá sensatez
Onde só fez, hoje só faz
Como sempre, foi capaz.

Inserida por omalveso

CONTAR OS DIAS

Se conto os dias, eles passam devagar;
Se não os contos, perco-me nos atos,
Não percebo os fatos...
Dormi no ponto.
Se olhar para o tempo,
Tropeço nas pedras pelo caminho.
O perigo não reside no tempo,
Não está nas pedras...
A maldade não está nas horas que passam,
A ruína não habita nas estrada que passo...
Mas nas pessoas insanas, estão todas as coisas podres.
Não pensam para o bem...
Vale tudo...

Inserida por REGISLMEIRELES

Aqueles doces contos de fada que embalavam nossa infancia,
por vezes parecem se reproduzir nos dias de hoje...
Algo apenas captado por almas romanticas...

REFLEXÃO SOBRE UM CONTO DE FADAS
Marcial Salaverry

Existem amores que parecem
sòmente existir
naqueles contos de fada,
que assim começavam...
"Era uma vez num longinquo País,
um príncipe e uma princesa que se amavam,
mas não se encontravam..."
Foi mais ou menos assim...
Eram dois amantes apaixonados...
Este amor foi assim surgindo...
Não foi por ninguem procurado,
mas aconteceu intensamente...
É normal que tenha assim tão doidamente acontecido?
Foi surgindo de uma maneira bem natural...
E de amores ficaram perdidos.
Como aconteceu?
De que forma nasceu?
Como saber?
Só se sabe que aconteceu.
Não adianta tentar compreender.
Aos amantes, só resta esse amor viver.
Não é possivel deixar algo tão bonito morrer...
Porque deixar esse amor fenecer?
Se é um conto de fadas, deve ser curtido.
Se é um amor vivo, palpável, ser vivido.
Se será eterno? ou apenas terno?
Como se pode saber?
Apenas... Vivendo-o.
Simplesmente esse amor viver,
e vive-lo intensamente,
e curti-lo inteiramente.
Enquanto existir, vive-lo completamente.
Se vai durar uma eternidade,
ou se amanhã deixará saudade,
como saber?
Apenas viver e sua magia sentir,
enquanto vida existir...
Enquanto esse amor persistir,
não deixa-lo fenecer.
E esse "Amor de Conto de Fadas" viver...
Sendo um Conto de Fadas, terminará assim...
"E viveram felizes para sempre,
unidos seja pela presença, seja pela alma..."

Marcial Salaverry

Inserida por Marcial1Salaverry

Eu não tenho ou melhor dizendo: nunca tive vocação para princesa de contos de fadas. Daquelas que perde o sapatinho de cristal ou morde uma maçã e cai em sono profundo a espera de seu príncipe encantado montado num cabalo branco, para ser seu salvador. Depois que ele sozinho lutou para o tal viverem felizes para sempre. Stop!!! Que egoísmo.
Ninguém nunca teve a curiosidade de saber como realmente seria os contos de fadas depois do"felizes para sempre?
Fala sério, na realidade os sapatos não são de cristais e nós mulheres, sabemos como um lindo par de sapatos podem fazer os pés doerem dançando a noite toda.
Sem falar do príncipe encantado, que de tão encantado, tem momentos que gostaríamos que eles sim comecem a maçã envenenada e caíssem em sono profundo, só para termos um tempinho para nós. Haja paciência!
E o que fazer com os herdeiros principizinhos? Que não nos deixam dormir de madrugada, nem ir ao banheiro sozinha!!! Chamamos os sete anões?
Nunca me encaixei dentro dessas histórias.
Gosto e me encaixo no conto da princesa "Valente"... cabelos emaranhados ao vento, a sensação de liberdade, nada de espartilhos e adora os pés no chão.
Ela é controversa, tem seus próprios critérios e opiniões próprias. Vai em busca do que deseja, mesmo que isso lhe cause alguns arranhões, mas pelo menos tentou! E na vida é assim ou você senta e espera as coisas acontecerem ou vai a luta atrás do que deseja.
Eu também poderia viver o conto que foge as regras do convencionalismo: "Sherek e Fionna", totalmente sem estereótipo e mostra a rotina do casal após o casamento, a chegada dos filhos, a falta de privacidade, o amigo que chega nas horas impróprias! Mas pensando bem ter um amigo como o burro, de horas boas, horas ruins e ainda vibra com nosso sucesso é coisa rara hoje em dia. Esse "burro amigo" dá pra relevar!
Mas, voltamdo ao conto, prefiro apostar num sapo que me prove ao longo do tempo ser um príncipe, do que ter um príncipe que num passe de mágica "pluft" vire um sapo.
Quero um conto de fadas moderno.
Não desejo colocar minha felicidade como responsabilidade de outra pessoa, assim sendo não aceito o mesmo. Não desejo sapatos de cristais, nem príncipes montado em belos cavalos brancos. Desejo sim alguém que me respeite como pessoa, que esteja ao meu lado em todos os momentos sejam eles bons ou ruins, pois a vida tem seus altos e baixos. Desejo alguém real que não reclame da minha tmp, que saiba conviver com meus defeitos, não me cobre peso ideal ou que eu seja igual a mulher nova que o amigo arrumou. Quero que juntos possamos superar todas as dificuldades que surgirem pelo caminho. Pra que enfim possamos dizer não felizes para sempre, mas, "apesar de tudo permanecemos juntos e se amando cada vez mais".
Enfim, conto de fadas é saber conviver com a diferença, os defeitos, desejar que cada sonho do outro sejam realizados, além dos sonhos em comum.
E que seja infinito enquanto dure, já dizia o poeta Vinicius de Moraes no seu Soneto de Fidelidade.

Inserida por renatha0307

Na real, fantasias e contos de fadas,estão na mente de jovens infelizes; na impulsividade de seus corações,reprimida pelo desprezo oculto de seus corpos.
Amor verdadeiro,o clichê mais vil e doloroso,continua sendo o maior sonho,e o carinho quase utópico,o maior anseio.
E depois de tanto equívoco delirante,percebe-se que o amor está além da aparência,mesmo que estimulado por ela; é como broto de planta desconhecida que se deixa crescer para ver o que se tornará e quando finalmente se tenta arrancar,as raízes já se tornaram profundas demais

Inserida por RFraser

⁠Contos da minha vida

Observando a vida, não me prendo mais aos anos que se passaram.

Passo por eles contando o que aprendi.
Aprendi que aquilo que é belo não me prende.

Sou livre!

Os ponteiros contados do relógio não me define!

No meu jardim, conto as flores.

Aprendi a não correr para contar as folhas caídas que o vento levou.

Correr atrás do vento é tempo perdido.

Cuido do meu jardim, e sigo caminhando, e o perfume das flores me segue.

Conto com o pulsar no meu coração.
Eu vivo!

Às vezes acelerado, às vezes descansando.

Conto com a bela vida que Jesus Cristo me concedeu.

Ah sim! A vida pode ser um belo conto.

Minha vida, meu sorriso hoje é para você!

Meu Deus! Quanta vida já me deu?
Muito obrigado!

Caminhando contigo, muitos contos me ensinou, por isso sei que muito me falta aprender.

O tempo não para!

Por isso não conto mais o tempo, conto com as experiências que vivi.

Passar contando tempo sem aprender, é como passar a vida sem viver.

Aprendi que maturidade tem mais haver com aquilo que aprendi.

Conto com quem Deus É, para saber quem sou.

Conto com a família que me concedeu.
Conto com os meus irmãos, e com os poucos amigos que muito me deu.

A vida não seria boa sem contar todos vocês.

Pois, no fim das contas, depois de Deus, são vocês que contam para mim, como contar a minha história nela.

Contar com vocês, me faz sorrir para vida.

Quem conta a vida sorrindo, conta com a vida mais bela!

Inserida por valdeciogama

⁠⁠Um ser encantador, cujo canto é belo
e tem muito pra contar, muitos contos de amor na rica arte de cantar.

Pois quando canta as suas canções,
coloca a sua essência em cada canto,
assim, elas encantam tanto
que emocionam outros corações.

Logo, espero que cantando
continue a encantar
com lindos cantos
que contem os seus sentimentos
como exemplos do que é amar.

Inserida por jefferson_freitas_1

⁠TODOS OS CONTOS

Todos os contos que eu li
Falavam de um amor sem fim
De um príncipe que vinha salvar
De uma princesa que ia se casar

Mas a vida não é um conto de fadas
E o amor não é uma coisa encantada
Às vezes o príncipe vira um dragão
Às vezes a princesa foge da prisão

O amor é uma ilusão que nos faz sonhar
Mas também pode nos fazer chorar
O amor é uma escolha que nos faz crescer
Mas também pode nos fazer sofrer

Todos os contos que eu escrevi
Falavam de um amor que eu senti
De um sonho que eu quis realizar
De uma história que eu quis contar

Mas a realidade não é um conto meu
E o amor não é um presente seu
Às vezes o sonho vira um pesadelo
Às vezes a história vira um desespero

O amor é uma inspiração que nos faz criar
Mas também pode nos fazer calar
O amor é uma arte que nos faz viver
Mas também pode nos fazer morrer

Inserida por usually

⁠Diga que os contos de fadas nunca descreveram um amor igual ao nosso. Diga que o "para sempre feliz" é muito mais quando se trata de nós.
Diga sem medo de errar que o melhor perfume é o que se sente quando a minha pele se mistura com a sua. Deixe-me ouvir a sua voz.
Diga que nem quando a lua está no mar tem tanta beleza quanto aquele sorriso bobo das tardes que estamos juntos.
Diga tudo que o seu coração tem de bom para me dizer. Não perca tempo, só me fale para que eu possa parar o tempo como uma fotografia em paredes de gelo.

Inserida por Lenini

⁠Poema: Amores imortais

Nas estrelas dançam juras celestiais,
Amores imortais, como contos ancestrais.
No firmamento, laços eternos se entrelaçam,
Cantigas cósmicas, paixões que não se desfazem.

Em cada lua cheia, um suspiro eterno ressoa,
Corações entrelaçados, promessas à toa.
No tempo suspenso, onde o amor perdura,
Histórias celestiais, em cada noite escura.

Bordados de estrelas adornam o céu,
Amores imortais, como um doce mel.
Harmonia celestial, serenata das esferas,
Ecos de sentimentos que duram eras.

No universo vasto, a eternidade se revela,
Amores imortais, em cada estrela que cintila.
A melodia cósmica, entoa um hino divino,
Onde o amor transcende, além do destino.

Inserida por Francisco_leobino

Sou "guardadora" do incompleto.
Coleciono histórias, contos, poemas e
livros que nunca terminei.
Estão todos pela metade,
guardados onde nem sei.

O incompleto é essa peça rara,
componente de mim.
É a beleza do imortal,
do que não se conclui porque não tem fim.

Mas daqui para frente é com o futuro, com
os pedaços que há de vir.
Quanto as minhas metades, deixei o vento levar.
Elas são sementes, que solo puro, há de cultivar.

Agora é com o futuro,
com o adubo que há de fortificar,
com a chuva que há de vir,
e com o sol que há de brilhar.

Eu sou metade de todos,
de quem foi e de quem quis ficar.
Sou semente com tempo certo para germinar.

Agora é com o futuro. Tenho que esperar.
E quem sabe o solo seja fértil,
o sol seja sensato,
o clima propício, chuva corriqueira.
Quem sabe de metade, eu não passe a ser inteira!

(Grãos ao vento/ Fernandha Franklin?

Inserida por nandhafranklin

⁠A vida é como as madrastas dos contos de fadas, meu bem e não passa a mão na cabeça de ninguém. Muito pelo contrário, ela passa a rasteira, apela pra golpe baixo, bate forte e antes que você tenha tempo pra se levantar ela bate de novo e pior, a vida não para nenhum instante para que você tome fôlego, remende os seus rasgos e cure as suas feridas.
Então, já deu pra perceber que a vida não foi feita para os fracos, foi feita para os fortes. É preciso coragem pra viver. É preciso força pra seguir, determinação pra não desistir, e muito coração para se superar.
Vai encarar, ou vai ficar prostrado aí no chão esperando a vida se compadecer de você?
Levanta, ergue a cabeça e lute porque se você não nocautear a vida vai ser ela que vai nocautear você!

Inserida por ednafrigato

Eu conto

Cá na minha poesia eu conto contos
Eu conto nas entrelinhas desencontros
Nos sub textos a ficção de reencontros
Eu conto várias buscas de encontros
Conto as dores sem ter descontos
Eu conto os devaneios e confrontos
Faustos atos, reticências e pontos
Os sonhos em forma a serem prontos
Tricotados no amor em prespontos
Cá só não conto segredos de contrapontos
Particulares, os que deixam tontos
Estes só a mim mesmo... Eu conto!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
11'04", 11 de junho, 2012
Rio de Janeiro

Inserida por LucianoSpagnol

⁠QUEM NUNCA?

Me desculpe a poética e os poetas
Se meus versos nos contos são iguais
Com prosa e prioridades tão formais
Com saudades de outrora, inquietas
Pois, minhas sensações são repletas
De narrações, e cadências musicais
Do coração, como ilusórios cristais
Um clássico, com emoções diletas

Deixai a literatura com seu lirismo
Não roubemos o amor do emotivo
Deixai-o com seu sentimentalismo
Há mutação, pois, nada é definitivo
Em cada prosa, em cada verbalismo
Quem nunca? De estórias foi cativo!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
03/09/2022, 17’04” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Psicolando...
De fato, em que consiste a persistência humana?
Vivemos com base em contos e histórias, desde a nossa tenra infância acreditando em mitos desde que começamos a observar o cosmos, o firmamento, praticas em magia, adoração em inanimados, sem mensurar ansiar uma eternidade em esmero de deleites e farturas.
Oque, quem, de fato está nos controlando?!.

Inserida por dalainilton

⁠Textos Contos Cotidiano
𓅂Eu amo ver uma formiguinha carregando suas folhas para construir algo novo
Na maioria das vezes eu não olho para onde piso.

Mas quando me deparo com uma cena assim, eu fico encantada, fico.

Se eu raciocinar, eu vivo matutando.

Em todos os lugares, as formigas estão andando.

No açúcar e até no sal.

E aquela bonitinha carregando a folhinha?

Como uma hiena de uma história sem fim.

Nesse mundo de gigantes.

Ó, vida!

Ó céus!

Assim deve pensar as formiguinhas que pisamos no dia a dia.

Sem ao menos perceber.

O mundo ê cruel... 🐜

Más

É lindo viver.☚

Inserida por Starisy2

⁠Estou aqui pra falar o que os contos de fadas não vou te dizer… Às vezes nós encontramos o amor da nossa vida, Mas não conseguimos ficar juntos… Não chegamos a nos casar, não construímos uma família e talvez não tenhamos filhos juntos…Talvez não vamos conseguir passar a vida ao lado dele, ou segurar a sua mão em seu leito de morte ou ele a sua... Às vezes não conseguimos nada disso!porque no mundo real o amor não conquista tudo, não resolve os mal entendimentos, Desencontros e etc…
Então você escolhe deixá-lo ir embora, mas tudo bem sabe?... Isso também é um ato de amor, as vezes você não tem escolha pois algumas pessoas entram em nossas vidas por um determinado período de tempo, mas causam um impacto que ninguém pode substituir.
Precisamos entender que algumas pessoas permanecerão no nosso coração mas não na nossa vida...! 💔🍃😭 Então talvez apenas devemos agradecer por tudo, por ele ter me ensinado amar, por ele ter me feito feliz, por ele ter sido alguém importante pra mim, e ter ficado ao meu lado em momentos que mais precisei, por ter confiado a mim segredos e sonhos, e por ter ouvido meus desabafos e meus segredos tbm.
Sabe o pq mais devo agradecer a ele? Pq afinal algumas pessoas nem encontraram o amor da sua vida ainda… Então obrigado por ter participado da minha vida… e ter feito dela a mais colorida e feliz que já pode ter sido um dia...

CONFIDÊNCIAS DE BOLSO
Coisa triste é ser coadjuvante da própria história, destarte, cansado dessa posição pouco realizante lanço mão deste, para ousar ir além, para assumir ainda que brevemente o protagonismo que me é devido. Sim claro, elementarmente que se apresenta um tanto arrogante minha tal posição, assim tão aguerridamente assumida, mas creia-me, nada tem a ver com arrogância, trata-se meramente de assumir o meu papel de fato, e assim na condição de protagonista apresentar a minha percepção das coisas... Poderá por ventura alguém censurar-me, por querer também dizer daquilo que sinto, penso, vejo..? Ainda que alguém ouse, ainda que me censurem, quero correr este risco, quero submeter às críticas. Mas aos mais desavisados digo logo de entrada, o que falo, falo de mim mesmo, do meu coração, se é que tenho um... de minha sensibilidade...
Mas chega desse prolixo preambulo, vamos avançar... quero apresentar –me, permitam-me! Sou o bolso. Sim o bolso... muito certamente que lhe soará estranho caro leitor. E naturalmente expressará algum espanto. Mas não se precipite... sim, o bolso! É este aquele que vos remete... desde a muito que ando, a acompanhar tanta gente nas mais diversas situações e ocasiões, mas hoje quero evocar o direito de falar, narrar algo que julgo relevante.
Sou um bolso traseiro de uma velha calça jeans. Nesses meus sete anos de vida, tenho visto e acompanhado muitas coisas, mas por viver na retaguarda, acabo observando pelos fundos, na traseira da história, perifericamente. O que em nada invalida minhas percepções elementarmente.
Nesses meus anos de vida, muitas coisas me marcaram, outras passaram irrelevantes. Mas caro leitor, permita dizer... ultimamente, ando meio em crise, não sei se é a melhor idade, o causticante martírio de viver minha existência toda nesta mesma contraditória posição, sim contraditória, mas o fato é que sinto me impelido a fazer algo novo, a falar de mim. Veja bem, deixe que eu explique essa contradição que pertine a minha posição.
Pois bem, enquanto bolso traseiro de uma calça jeans, estou localizado numa região nobre, nos altiplanos glúteos com toda sua nobreza e majestosa sedução. Isso é maravilhoso, esse status realmente é fascinante... a maciez dos glúteos, sua textura, seu movimento... os glúteos trazem emoções apavorantes, intensas, é indubitavelmente uma região badalada... a freguesia é constante e diversa, desde o olhar o mais frequente dos visitantes, até os lábios, mãos dedos, rosto, nariz, etc... enfim uma loucura o dia-a-dia glúteo.
Mas vida de bolso traseiro não é só essa majestosa badalada rotina. Há constantemente transtornos que complicam a vida, alteram os humores desafiando qualquer bolso traseiro que se prese. Entre os cânions glúteos fica localizado o orifício vulcânico... um oráculo de humores instáveis que expelem larvas e gazes das mais distintas naturezas... vez ou outra recebe estranhos visitantes que ora apenas o cumprimentam, se esfregam, reverentemente, limpam no, ora adentram e realizam uma estranha ritualística entrando e saindo freneticamente, até que desaguam neste num ápice estranho, tudo isso é contraditório, tudo isso faz essa citada contradição... mas o mais contraditório mesmo, é que mesmo sendo um habitante dos glúteos e saber de todas essas coisas, as sei pelo observar, ora de meu lugar de residência, ora de longe... sim de longe, pois que quando tudo fica intenso nos glúteos, a capa de revestimento que pavimenta o corpo é arrancada e lançada fora, assim é que de longe, abandonado, relegado ao descaso sou juntamente com a calça deixado pelo caminho, sendo obrigado a apreciar estas coisas quase sempre a distância. Como coadjuvante, expectador na maioria das vezes. Razão que tanto me indigna e faz evocar o meu direito de fala.
Ora, ultimamente tenho feito artes... um pouco de traquinada faz bem, pode trazer complicações... mas não há idade que resista ao prazer, à emoção de uma boa aventura...
Na condição de bolso, além de ver e observar tudo quanto tenho dito, também cumpro meu papel de receber e acomodar as mais diversas coisas... carteiras, dinheiro, papel, bilhetes, contas, em fim uma infinitude de coisas... mas ultimamente tenho recepcionado um dispositivo engraçado que as pessoas andam usando. Elas o chamam de Celular. È um aparelhinho usado para se comunicar com outras pessoas que estão distantes. É um geringonça tão eficiente e encantante que até eu tenho me rendido aos seus benefícios e encanto... já usei algumas vezes... olha é mágico o efeito que ele produz...
A principio era tudo irrelevante, eu o recebia, o recebia, o recebia, sem lhe prestar atenção... mas sabe como é, há sempre um tempo mais oportuno para cada coisa... assim , chegou o dia que acabei sendo seduzido por tal dispositivo e passei a reparar mais nesse tal de celular.
Sou bolso traseiro de calça jeans como disse, mas calça jeans de um poeta... bem não sei como são os outros, mas o poeta, ah, o poeta é um ser encantante, encantante mas muito estranho... difícil de definir. O caso é que esse meu poeta tem lá suas musas e usa muito seu celular para receber as inspirações das musas... estranho, né, eu sei! Homero ficaria louco, se soubesse a que ponto chegamos... musas que inspiram por mídias... bugigangas tecnológicas que a modernidade trouxe. Mas seria muita perfídia refutar todas essas coisas por puro capricho e descabido zelo pela tradição homérica. Até mesmo por que se por um lado tudo isso rechaça a tradição, não o faz para extingui-la, mas para a remontar sob novo arranjo, dando convivência entre o tradicional e o moderno... que papinho mais chato não...
Pois bem, esse meu poeta, é um ser extremamente contraditório, todos somos, mas ele parece ser mais... talvez daí tenha eu sido vitima de alguma influencia... ele relaciona –se com várias musas, deuses e semideuses, habitantes da luz e das trevas... é uma intersecção de mundos e submundos, talvez seja isso que lhe faz tão contraditório, ele alimenta e é alimentado por fontes múltiplas... e se se é o que se come!
Ele encontrou por acaso, penso eu, pois não faz muitas luas que ele encontrou, uma nova musa... ela é uma musa muito interessante. Ela já o encontrou algumas poucas vezes, mas a conexão entre eles é algo surpreendente, impressionante. O contato entre eles gera uma aura que é inominável, indescritível, pura inspiração, “luxuria que o fogo lambe”, diria outro poeta.
De tanto ouvir e apreciar tudo, como sempre na minha condição de distante observador, acabei me envolvendo, me sentido parte daquilo tudo... em fim bem ou mal, não sei, julgue me quem puder... resolvi entrar na brincadeira, entrei na dança...
Um belo dia após oras de conexão entre musa e poeta, a inspiração se deu tão intensa e profusamente que o celular foi dispensado... o poeta confiou a mim... foi aí que fiz minha traquinada. Comecei a mexer em todos aqueles botõezinhos, no afã de ver no que dava. Descobrir que tipo de feito aquilo propiciaria... mexi, mexi, mexi... quanto em fim estava exausto e confuso, já não tinha mais paciência para aquele geringonça estranha. Então começou a soar um barulho estranho, entrecortado por pausas de total silêncio... assustei me quando o primeiro som ecoou, triiiiimmmmmmm... quase caí de susto, quase despenquei dos glúteos deixando a calça sem mim. Mas felizmente minhas costuras são de boa qualidade e assim eu resisti aquele apavorante som, logo na sequência imediata um silêncio se vez... e novamente o som voltou a impor-se triiiiimmmmmmm...( silêncio), triiiiimmmmmmm...repetidas vezes isso se deu. Minha curiosidade aguçou-se e ao fim de repetidas alternações de som e silêncio... veio o contanto com a musa.
Indescritível, não há palavras, nem cores, gestos imagens, nada, absolutamente nada, que se possa prestar eficientemente para expressar aquele momento, aquele contato, aquela musa mágica, cativante, apaixonante que de outro mundo dizia com voz doce e pueril, jovem e deliciosa ao meu ouvido coisas que não pude entender, seus gemidos, suas frases eram inefáveis, sua respiração, o compasso de toda a peça... uma magia envolvente cativante... entendi brevemente na minha insignificância bolsal o que o poeta vive e sente contactando essa musa. São percepções que não se pode exprimir...
Do outro lado a musa dizia algo assim “Alô, Alô, alô, Kiko di Faria, fala comigo, podes me ouvir...? Puhn, puhn, puhn...” sinceramente não entendi nada. Eu não falo essa língua. Como exprimir o inexprimível, como explicar o inefável? Não sou eu, pobre bolso que o poderá fazer... mas o fato é que foi tão diferente, me transformou de tão prazeroso e inusitado, tornei me outro ser... repeti algumas vezes a travessura e assim desabrochou em mim a capacidade e o desejo de falar tudo isso. A vontade incontida de dizer estas coisas, vencer o anonimato, sair da coadjuvância e render tributos ao protagonismo, ainda que breve, em poucas linhas... seduzido e inspirado pela musa deixo aqui minhas confidências de bolso.
Acho que cá não há lei que as proíbam, se tem eu as desconheço, assim como desconheço, ignoro quem poderia se ofender com tal feito meu, senão o poeta, que ao tomar conhecimento, acho que revelado pela musa, nada fez. Não arranco-me, não costurou-me, nada, absolutamente nada, nenhuma sanção... então não deve ser crime.
Lei cá não há! Ley lá, Ley lá... não sei se há. A musa não creio que fará, se Faria Ley lá, só o tempo se me nos revelará, mas seja quem for tal musa, como for... ela sendo seja lá o que for, é esse ser que seduz encanta e envolve até o bolso do poeta... bolso que ainda que vazio... é eternamente cheio de histórias pra contar.

O AMOR E SUAS ESPÉCIES
Não sei se você percebe
Para alguns o amor é uma droga
Para outros é uma loucura que se comete
Para uns é algo que deve se ocultar
Para muitos é motivo para chorar
E a espécie mais rara:
O amor é motivo para sorrir
Esse último só deve existir
Em contos de fadas

Se solta.

Te dou um beijo,
na boca...
sem dó,
na marra,
pra ver se algo acontece,
nesse corpo guardado e sem pecado pra mim.

Vai...
agora,
na hora do banho,
pelo menos tenta,
se atenta?
Pensa!
Deseja!

Quem sabe você goste...
quem sabe você goze.

Se riu,
se solta...
vá logo,
se toca.

Pense na minha vontade juvenil,
de seduzir você.

Tomara que consiga,
e que vire vicio...
pois meu vicio,
é atentar você!