Contexto da Poesia Tecendo a Manha
ÁFRICA PERDIDA
Ah! mamãe África
Tu és a prosa, és a lírica
És o berço da humanidade
És o túmulo da verdade
Te perdes facilmente
Te encontras num instante
És a escolhida
Princípio da vida
O Céu te desenhou
Deus te beijou
Mesmo assim ainda sofres
Guardas segredos nos cofres
ESCRAVIDÃO SOFRIDA
Escuridão da vida
Escravidão sofrida
Vida perdida
No sofrimento da ferida
Minha alma ressequida
Os bambús massageam-me a pele
Ah!!! Sou comida dele
Missão cumprida
Vendem meus irmãos
Eu aqui sofrendo calado
Pro pastoríl já não há cajado
Nem águas pra lavar as mãos
Grito por socorro, o Sofrer me responde
Deus olha a escravidão sofrida
O céu também se esconde
COMPAIXÃO
Há quem sabe e sente
Aquele que também é gente
Tem coração e não despreza a solidão
Gente que come gente que sente
Gente que mastiga
Gente que o coração fustiga
Gente que come o Cholé ardente
Que sobrevive da miséria da lama
No submundo escuro não há fama
Não há coração negro
Compaixão está ao rubro
Já não sente o coração
Migalhas de risos
Quem te dá a compaixão ??
Perguntas: quem não as tem?
Perguntar é o ato de querer saber.
Saber é ter conhecimento.
Porém, como adquiri-lo?
Devido a isso me pergunto.
Mas não é para todas as perguntas que obtenho resposta.
Por isso penso.
Já que pensar nada mais é do que buscar saber.
E saber é o que mais quero.
Anja
Inalterável é sua insigne formosura, que me faz lembrar as joias celestiais: reluzentes, puríssimas e absolutamente inefáveis...
Tão perfeitamente bela que eu não ouso explicar, lamentando pelas incontáveis limitações que constituem o meu ser, que jamais seria capaz de exprimir tamanho esplendor...
Tu és a representação máxima da venustidade angelical, da airosidade suprema das fadas ternurosas e da glória divina e sua total soberania...
Eternamente alegre estarei, no céu estrelado do amanhã, ao me recordar de sua existência e ao saber que uma luz brilha dentro do meu coração, por tu voltardes seus olhares para mim, apreciando a presença dos meus olhos contemplando sua nobre face...
Mais absoluta que o pó das estrelas do firmamento, tão soberana quanto o rugido dos faunos e mais Égide que o Olimpo indivisível, és tu, a minha anja de face sorridente, tão dona da felicidade quanto os seres cantantes dos sagrados campos Elísios.
Paladina Sinfônica
Ouço os sinos da alvorada tocando
Um som lúgubre ecoa nas veredas
No céu contemplo ninfas sapateando
E ao longe os anjos tecendo sedas
Tu és a mais perfeita das fantasias
Um genuíno oásis de passividade
Ostentando cânticos de melosas sinfonias
Transmitindo a mais absoluta sublimidade
Na flor mais rara está sua aura
Que acolhe o universo com ardor
Expelindo gotas da areia fauna
No supremo santuário do louvor
Eternamente estará a vagar
No mundo infinito do amanhecer
Semeando pó estelar e ventos puritanos
Sua insigne imagem me faz suspirar
Sonhando tocá-la no clarão do anoitecer
Embriagado com o cálice dos tiranos
VIVER
São as ocupações da vida
Que fazem enormes diferenças
Num mundo
Repleto de indiferenças.
No que é referente
A ter uma vida respeitável
Numa atmosfera
Que seja verdadeiramente estável.
Dentro dos limites exequíveis
Os quais são medidores
E servem igualmente
Como mediadores.
Num amplo sentido
De inúmeras alternativas
Que atuam constantemente
Sendo ou não receptivas.
Sem quaisquer empecilhos
Até podem interferir na própria sensibilidade
Com probabilidade de pôr em xeque
Toda uma estabilidade.
Em qualquer sentido
E não há limitações
Quando estas agem
Nas mais diversificadas situações.
Tem de haver e sem a menor dúvida
Uma direta ação
E que deve se estabelecer o comando direto
Da voz do coração.
Em termos de direcionamento
E deste um sentimento
Que na verdade determine em todos os sentidos
Um grande crescimento.
No campo pessoal
No próprio ser existencial
Sendo este realmente
Totalmente essencial.
APENAS SER
Cultivar dentro de si
Um perfil existencial
O qual tem de ser em verdade
Demais essencial.
Quando se crê naquilo que seja um grande objetivo
Com o mesmo peso de um projeto importante
Que dê uma nova perspectiva
Quando atuante.
Ao ter atitude
Em tudo que for pretendido
Mesmo que haja aparentemente
Um ar desiludido.
Nada é válido
Sem que haja algum esforço
Mesmo que no quotidiano
Seja a vida um grande alvoroço.
É tirado sempre algum aprendizado
Mesmo que ele seja superficial
Enfim este pode resultar
Num acréscimo demais especial.
Em dar novos ares
No traçar de um caminho determinado
E que também
Pode estar sendo destinado.
Quando no íntimo
Este é apontado
Revelando assim
Ter um grande significado.
Quando a essência é privilegiada
Com grande exatidão
De que há ainda para ser percorrida
Uma grande imensidão.
Cujo conhecimento
Traz o ensinamento
Consequentemente
Todo um íntimo crescimento
PRA MIM NÃO ADIANTA MAIS, FALAR DAS CIRCUNSTANCIAS EMBORA,COMPREENDER OS INDÍCIOS ,RESTAURAR O QUE PERDI,OUTRORA MELHORAS QUE VEM, CHOVENDO PALAVRAS QUE NINGUÉM USOU,MEMÓRIAS DE DIAS FELIZES
O CÉU ESTA BRILHANDO,AS FLORES VEM EXALAR SEU CHEIRO,AGORA NÃO DÁ MAIS VOCE SE FOI.
A VIDA ENSINA NA SIMPLICIDADE,SEJA QUE O DEFINE A SAUDADE DESCREVO AQUI 'MEIO DE SENTIMENTOS INDEFINIDOS SOBRE O PRESENTE AO PASSADO,LEMBRANÇAS QUE VEM E VOLTAM,LAPSOS DA MEMÓRIA INTRODUZEM CERTAS DECISÕES FUTURAS PARA NAO ERRAR DO MESMO JEITO".
E AINDA ASSIM,AS LAGRIMAS CAEM QUEM AMA SENTE A FALTA DE QUEM UM DIA TE AMOU ,VERDADEIRAMENTE
"MULHER"
O que me veio à alma isso escrevi
Procurei no vazio da madrugada e nada escolhi
Guardou no bolso do seu coração
O olhar miudo que tinha na visão
Mulher cheiro suave
Doçura imensurável
Seu paladar é incontestável
Amor perdurável
As noites frias você esquenta
Aos Céus agradeço
O Seu medido esforço
Refreia a corda que rebenta
Há quem diga que és a flor
Mas eu digo-te que és o calor
Riquezas recebeste
Pois tu me concebeste
Guarda-me no berço do Além
Sou do alheio, sou do Aquém
Talvez
Talvez um dia tudo mude.
Talvez um dia possamos ser como sempre sonhamos ser.
Talvez um dia a lagrima derramada não seja de tristeza.
Talvez um dia o abraço não será de despedida.
Talvez um dia o talvez se tornará certeza.
Talvez um dia os poucos minutos se tornaram para vida toda.
Talvez um dia os sonhos deixem de ser sonhos e se tornem realidade.
Talvez um dia a resposta seja sim.
Talvez um dia nada disso aconteça, ai talvez bole um novo plano.
reúne-se com o poeta
o silêncio da noite
e com ela arde
e com ela rebenta a semente
como se fosse o fogo
o sangue arde-lhe nas veias
e estiola-lhe o cérebro
agarra a noite e a solidão
no punho da mão fechada
quando a abre
o silêncio expande-se à volta
de si
arde em fogo a noite que se adensa
à superfície do tempo
fecha-se a vida ao poeta
quando o dia amanhece
Alvaro Giesta (dois ciclos para um poema - “ciclo DOIS” acerca do Homem que perdeu a Luz)
As fantasias criadas mostram o desejo do ser humano.
Criamos os Vampiros porque tememos a morte.
As bruxas porque queremos uma poção para todos nossos problemas.
Criamos os Lobisomem pois queremos ser fortes.
Papai noel pois queremos alguém que se importe.
As fadas porque ansiamos por proteção.
Criamos a "Terra do nunca de Peter Pan" pois não desejamos perder jamais nossa parte criança.
Criamos os príncipes e as Princesas porque queremos ser amados, e aceitos, e ser felizes, e viver plenamente.
Nós criamos a fantasia porque sem ela nós não podemos viver na realidade.
A paixão e a ressaca está na mesma linha que separa as coisas. Pois quando bebemos, na ressaca, dizemos que nunca mais vamos beber, mas bebemos.
Quando se apaixonamos, na decepção, dizemos que nunca mais vamos se apaixonar, mas se apaixonamos.
E quando estamos apaixonados e decepcionados. Com o coração partido, bebemos para esquecer e nos auto curar. Voltando eventualmente a estaca zero, ao porre, a por fim então a ressaca.
TRAGO
Atrás de toda essa fumaça,
trago a esperança.
Depois de tanta dor,
trago o esquecimento.
O passado me preenche
Me arde a garganta
Perfura meus pulmões
Me foge pela boca.
Enquanto isso o presente queima em minhas mãos,
Virando cinza, me escapando entre os dedos
Fugindo para se fundir ao vento
Usando duras palavras para se guiar.
E nisso trago
Trago dores e amores
Trago a vida
Trago o tempo
Deixo-me queimar
Capim de saudades
Comprei frutas frescas
Correndo rindo, me levei de criança
E espalhei tudo pelo seu jardim
Penduradas uma a uma em mim
E as suas flores todas que eu vi lá
Abriram se como se eu as deixasse
Num cair de cada pétala, feito plumas
Roçado fino na solidão de espinhos
Dançando no vento em num “polir” do chão
Feito pensamento que desmancha...
De maços vagos me catapulto em anseios lúdicos
Enrolados como fumo de raízes de amor puro
E aquelas cores todas de no seu pomar e as folhas soltas...
Foi-se no tempo tornando-as ocres, terra nova que pousava
E aquelas frutas-eu que eras pra te aguçar
E morder me suculenta em matar sua fome
E foi-se temporada...
E agora da varanda daqueles seus sorrisos
Alegrava se uma saudade feita de um casal na rede
Dessas paixões de boa tarde
Delicado tempo venta porta de trás
Até me invade porta a frente
Capim de saudades
quando louco
puseram em mim um hospício
pessoas sãs
julga a imensidão
como indícios
sessões vãs
terapias
Agudos precipícios
em mim
em mil
toques míopes
medem 7 buracos minha cabeça
eletrificam cavas
odes a ironia
conselhos
pingo nágua
visto a vista
intercedo agonia
dando carinho
passarinho encanto
amago canto
então acho tudo
nem tanto...
O mormaço da hipocrisia
De Recife à Olinda
Só se ver alagamentos
E o povo, em lamento
Diz que vai tomar medida
Contra esse homicida
Que é o governo local
Mas logo perdem a moral
Quando vem as eleições
Vendem o voto pra ladrões
Repetirem tudo igual
(Jefferson Moraes)
Olinda, Pernambuco
01/05/2014
Foi
Foi numa noite bela
Foi dentro de um coreto
Foi uma moça de preto
Foi lá na cidade certa
Foi tão bom com ela
Foi de fronte aos lábios
Foi, mesmo sendo fraco
Foi valioso, de verdade
Foi, deixando saudade
Foi o melhor dos abraços
Foi muito tarde, já cedo
Foi com cheiro de cigarro
Foi fingindo ser amado
Foi na data de Dom XI
Foi sem precisar de beijo
Foi como fogo no celeiro
Foi sim, por todos os lados
Foi, deixando-me em trapos
Foi embora, sem vaidade
Foi, deixando saudade
Foi o melhor dos abraços
(Jefferson Moraes)
09/06/2014
Olinda, Pernambuco.
Dedico a todos os amigos que gostam de poesias.
O poeta é assim ....
Um furação de pensamentos que avançam em sua direção..
Fechamos os olhos e viajamos no tempo da eternidade..
E tudo parece tão nítido como um dia de sol brilhante...
E os dedos começam a teclar frenéticos como a proteger...
Cada palavra cada pensamento...
E começamos a descrever em palavras o que vemos com os olhos da imaginação....
E tudo torna-se maravilhoso, e não queremos acordar...
Começa a tomar conta do nosso ser sensações adversas ......
Então pensamos no caminho dos sonhos...
O único verdadeiramente Indescritível...
Que assim posso definir como Amor.
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