Contexto da Poesia Tecendo a Manha

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Pura comunhão...

Visto-me com teu olhar...
Desta paixão que em mim inflamou...
Este olhar capaz de amar-me
Cativar-me... E que me acalora...
Que me amargura... Quando passas da hora...
Um olhar carregado de amor...

Visto-me com teu corpo
Quente... Encantador... Fascinante...
Que passeia no meu corpo nu...
E bebe da água das minhas nascentes
E dança ao sabor da brisa... Que trás o perfume das flores...

Visto-me de ilusão...e recordo sonhos
De manhãs inesquecíveis em que estive em teus braços...
Meu porto... Meu ancoradouro... Minha paz...

Visto-me com tuas lágrimas e aposso-me de tua face...
E a alegria será então a vastidão do luar
Em noites simples... De verão onde estrelas brilhem
Pra nós...

Visto-me de amor e confisco o teu coração...para sempre!

Inserida por celinavasques

Estou adormecido
Mas meu sonho n é eterno
Qq hr eu acordo
E saio desse inferno
Prq estou aqui?
Quem criou isso p mim?
N vejo a luz do dia
Aqui é sempre inverno.
Na vrdd eu já sei
Foi aquele homem de terno
Q come o bolo inteiro
Pra mim só o farelo.

Oh gigante adormecido
Até quando ficarás deitado
No berço esplêndido inanimado?
É td o q ele almeja
Tua inércia é a sua fortaleza!
Mas um dia irás perceber
Que de ti emana o poder
E mudaras tua conduta
Homem de terno agr escuta:
Verás q um filho teu n foge à luta!

Inserida por Phsarcanjo

Chega!

Preciso voltar ao mundo,
que pertenço, que existo, que respiro.
Preciso andar descalço nas sendas
sem perigos do sitio da avó.

Preciso dos sons, poemas, lágrimas
que a solidão moldou.
Transforma o coração de um homem em barca grande.

Preciso sumir de tais sombras,
levar minha face a um canto oriundo.
Tirar o choro profundo que afoga meus sorrisos.

Inserida por nelmarques

Acabou...

Acabou.
A luz, a vela, o arroz.
Ainda existe fome.
A roupa suja está.
A doença abraça o corpo do cachorro pobre e magro.
O meu também.
A vontade de vencer até a pia.
O copo d’água já não sai do cano.
Na dor de não ter planos, metas, sonhos...
Quando aparece o choro,
mato a sede com agua de mar.
A ausência do pai é o inferno.
O excesso de Deus é loucura.
De tão sábio, pirar não demora,
pela hora, pela hora.
Acabou o gás, a água o lençol.
Só a fé persiste.
Ela queima em minha fonte.
As palavras que possuo são presentes,
de almas que precisam ser ouvidas.
Sou apenas a caneta que vai e vem no papel.
Mataram o poeta, ficou a tinta,
com marcas de um choro incompreendido.

03/04/07

Inserida por nelmarques

Com você ao meu lado.


Talvez devêssemos rever,
Nossos sonhos que adormecem sós.
Procurar nos sinais do dia,
chances onde só exista lembranças.

Precisamos olhar nos olhos
e não cair nada de dentro.
Lutar com a luta branca da paz,
de ganhar o troféu ao seu lado.

As montanhas nos deram seu ar puro,
o mar, braças de caminhos e ondas.
Nos ventos, armamos nossas asas
e nas cavernas, fogueiras e calor.

Venha fazer parte de mim.
Novamente sorrir ao sol.
De dia e de noite tudo igual,
amor, mais que natural.

Sozinho, sempre acompanhado,
de sua lembrança boa,
violão com vinho e amigos,
destino traçado com carinho.

Pessoas vem e vão
Procurando ávidas o que encontrei.
Na manhã lhe preparo o café
e tudo novamente recomeça bem,

com você ao meu lado.

Inserida por nelmarques

Não há tempo.

Não há tempo pra vaidade,
não há tempo pra oração.
Só há tempo pra tristeza
que transborda do coração.

Não há tempo pra alegria,
nem de noite e nem de dia.
Não há tempo pra mais nada,
só em chorar de madrugada.

Não há tempo para os que nascem,
muito menos para os que morrem.
Só há tempo dos olhos cansados,
procurarem mais tempo pra chorar.

Não há tempo pra pianos,
foguetes, violão, aurora.
Só há tempo de acender uma vela
pra minha alma que foi embora.

Inserida por nelmarques

DESATINO (soneto)

Ó melancolia do cerrado, a paz me tragas
Solidão em convulsão, aflição em rebeldia
Dum silêncio em desespero, e irosa agonia
Ressecando o coração de incautas pragas

Incrédula convicção, escareadas chagas
De ocasos destinos, e emoção tão fria
Do horizonte de colossal tristura sombria
Que rasga o choro em lacrimosas sagas

Ó amargor do peito engasgado na tirania
Duma má sorte, e fatiadas pelas adagas
D'alma ao léu, tal seca folha na ventania

Pra onde vou, nestas brutas azinhagas
Onde caminha a saudade na periferia
Do fatal desatino em pícaras pressagas?

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

O RANCHO

Uma casa bem pequena
com janelas p'ro terreiro
orações sem ter novena
notas simples de um poema
banho de sol ventos inteiro.

A fumaça do seu café
cheiro do fogão de lenha
radio de mesa antena
interior da casa pequena
simplicidade ali é plena.

Uma casa, sim, pequena
calma chuva no oitão
reina a calma serena
poça d'água, vento pena
molhando o coração.

É lá no vale da serra
bem no centro do sertão
o natural por lá impera
o cheiro é como fera
espantando a solidão.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

VELHOS SAPATOS

Meus sapatos velhos
de couro secado
aperta meus pés
por todos os lados.

Já não tenho careta
nem rugas na testa
até tento andar certo
mas o couro infesta.

Meus sapatos velhos
contem certo cheiro
me dá uns apertos
me doendo inteiro.

Causa dores no cravo
e frieiras nos dedos
arranca-me sorriso
pra manter o segredo.

Antonio montes

Inserida por Amontesfnunes

SONETO DO AMOR PERFEITO

O amor perfeito, só há a quem amar
Nele sentir a paixão de ser amado
Amando sempre e, o tendo do lado
Onde cada segundo não pode parar

Não há nada na vida melhor que jurar
Lealdades, deixando o coração atado
No olhar, assim apaixonados, fundado
Então, sem qualquer ilusão a perturbar

O amor é presente no destino fadado
É sentir prazer e por ele querer esperar
Sem a incerteza do certo ou do errado

E nesta tal magia a quimera de sonhar
Que agrega, há entrega, e é imaculado
Amor não tem fórmula, se faz anunciar!

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Em Que pensamento estou eu
Entre o mar das infinitas percepções
Entre o pensamento em que estou à procura
Mais não consigo encontrar o pensamento que esta a deriva
Perdido no mar das ilusões entre a morte e a vida
Carrega em si a solidão pronta para ser encontrado
Entretanto descontrolado nas ondas do mar encantado
Que só em mim pode ser achado
Na escolha do ser ou não ser pode ser eu a questão?

Inserida por Wellingtonr

Na luz do amor se criou a escuridão do universo
Na imensidão do conhecimento nasceu tudo
Na contemplação de tudo surgiu o desejo da vida
Na existência da vida a morte se fez necessária
Na morte surge o sonho da imortalidade
Na imortalidade revelasse todos os sonhos
Na imensidão do sonho se encontra todos os desejos.

Inserida por Wellingtonr

Como encontrar o que não esta perdido
Como se perder ao encontrar
Encontrando eu estarei perdido
Me perdido eu irei encontrar
Aquilo que apenas no seu olho
No olhar que era só meu
Poderei eu encontrar
O que a muito se avia perdido
Mas que nunca sumiu de lá
E que lá sempre esteve
Pronto para se dar
Pois o mesmo não se pode guardar
Se não é o amor do seu amado
Quem será amado por seu amor.

Inserida por Wellingtonr

Reclamam da vida
Sem a terem vivida
Intensamente convicta
De que ela não presta
Junto de minhas dores
Também com meus odores
Doente com essa maldade
Que chega com a idade
Penso muito mais a de vir
Muito mais vou ouvir
Sei também que mais que isso vou sentir
Mas mesmo assim não desisto
Olho para minha dor e continuo rindo
Sei que vou sofrer
Porque sei ate quando vou viver
Vou sofrer a medida que vivo
Vou viver a medida que sinto
Nada posso fazer para isso mudar
Mas nesse lago da vida posso nadar
Junto de meus males vou mergulhar
Perto de mim eternamente quero estar.

Inserida por Wellingtonr

Eu tento te desenhar
Mas tamanha beleza,
Não consigo esboçar
Perco-me em cada curva,
Em cada olhar
Estou eu a me apaixonar
Em cada forma
Em cada sussurrar
Perco o folego não consigo respirar
Perdido em mim não consigo explicar
A beleza que só posso contemplar
Eu só consigo imaginar
Que estou a sonhar.

Inserida por Wellingtonr

PRAÇA DAS NAÇÕES


Dá licença Castro, mas...

A praça não é do povo
Como o céu não é do condor

A praça é do Cagado, do bigola
Do Perneta, do Zé-da Ana e do Paquinha

A praça é das nações
Como o céu é das andorinhas

A praça é da igreja
Como a noite é da polícia e da dor

A praça é da mulher que beija
Como é da beata, a ladainha

A praça é do “Especial”
Do rato, do Râmbert, do Preto

Do Popeye, do Pão-Branco, não!
Do Luquinha, do Edinho e minha

A praça é do som estridente da sanfona do Zé-da-Ana
Em busca do tão sonhado refrigerante

A praça se cala, se acalma sob o som que toca
Tocantins de um Luiz Tupiniquim

Sob o passo largo e óculos escuros, dobra-se o mastro
E a praça se rende ao tom do ‘Safari” e Jair de Castro

A praça se inquieta com oradores, padres, missas e cultos
E fica indecisa com Willama, seus atores, atrizes, todos cultos.

A praça é dos amores
A praça é viagem
A praça é dos pecadores
A praça é passagem

A praça é o obstáculo e o receptáculo
É o caminho que nos leva ao “espetáculo” dos céus

Que passa pela lente objetiva de Tadeu
Que também ama a praça e Ama Deus

Que passa pela pena mordaz de Rezende
E pela crônica eterna de Jauro Gurgel

Passa pela subjetiva câmera de Silésia
E de sua nordestinidade Jaqueline. Visse?

E passa... só não passa pela indiferença das elites,
Dos vidros elétricos de Ômegas, Fiats, Vectras e vereadores.

Inserida por edsongallo

CIDADES

A mim restou falar das cidades que vivenciei
As cidades que estão vivas dentro de mim
Cantarei lembranças de Campina Grande
Voltarei à São Luiz do Maranhão
Subirei montanhas em Belo Horizonte
Andarei pelas ruas de Carolina
Viajarei mais a Palmas, e
Escreverei daqui da Araguaína.

Espaços soltos na memória
O redemoinho do tempo vai liquidificando-as

E o Gomes, de Palmas
Agora sobe montanhas em Belô

Augusto dos Anjos faz versos escatológicos
Nas ARNES de Niemeyer
Otávio Barros dança um reggae
Na ilha do amor
Drummond dorme próximo ao Lago Azul

As cidades dançam
Os nomes seguem o ritmo
Confundem-se
Eu modifico as cidades
E permaneço...

A mim,
restou-me falar das cidades
..Das cidades

Inserida por edsongallo

FLOR

É preciso mais que uma flor
Para expressar a solidão que o
Teu silêncio causou em mim

Por instantes alguma coisa floresceu
No chão agreste de minha vida
Um inverno de lágrimas inunda meus olhos

O que restou do meu jardim eu recolhi
Num vaso
Uma rosa
Sem espinhos
Sem sépalas
Uma rosa vermelha de pétalas frias
Como a chuva que você fez chover em mim

Nem essa flor consegue expressar
A solidão que teu silêncio deixou em mim.

Inserida por edsongallo

ALUCINAÇÃO (soneto)

Perdoa-me, ó amor, por sonhar-te
Meu coração anda nu por te querer
Minh'alma te tens na razão pra valer
Pois, tu és no meu soneto dor e arte

Os meus olhos alucinam sem te ver
Nada vejo e, estás em qualquer parte
Nos meus desejos tornas-te encarte
De uma repetida narrativa, sem ser

A saudade faz loucuras que reparte
A alucinação de um mesmo sofrer
Pois tudo passa, e nada é descarte

E nestes rastros, sois o meu render
Frágil e também tão forte, dessarte!
Que me tem vivo neste túrbido viver...

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Insensatez

Você é minha consciência
Tão transparente como água
Aos tons da seda amarga
Desta inconsciência

Rubras sentenças que apaga
Feito uma praga
De veraneio ignorância
Despejando toda a ânsia

Monstro dentro da adaga
Perfurando a palavra
De perjúrio nesta saga

Parando o mundo Agora
Poente melodia sábia
Do que mais ria

Inserida por Mattenhauer