Contexto da Poesia Tecendo a Manha

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Morreu a esperança

Nossa maior invenção foi a esperança,
com ela justificamos o caos,
e acreditamos na justiça
de deuses e dos homens.
Mas a esperança está morta
seus inventores a destruíram.
Agora o que restou
foi a generalização
da injustiça,
todos a cometem.
Não há juízes nem réus
o crime foi implantado
como auto defesa
no planeta irracional
Voltou a barbárie
todos estão livres
para executar
seus massacres
seus holocaustos.
Deus não se importa
pelo menos
o Deus dos assassinos.
Matem as mulheres
e as crianças,
são todos ocidentais
incrédulos
ou orientais sem pátria.
Ainda há pouco lamentávamos
a morte de Deus, acreditando
que sobreviveríamos
Agora enterramos
sem lágrimas
sem pudor,
... a esperança.

Inserida por EvandoCarmo

Não me omitirei

Serei o martelo que golpeia a tua consciência
Te perseguirei pelas ruas e gritarei teu crime,
Te incomodarei de mil maneiras, não te darei paz.

Quanto te olhes no espelho, serei o teu reflexo,
te apontarei o dedo e te chamarei covarde,
covarde por viver só para ti, covarde por não agir,
por pensar que o pouco que faria não seria nada;
quando o teu “nada” poderia ser o tudo para alguém.

Publicarei nos jornais tua cruel omissão,
porque tuas palavras vazias e teu olhar de pena,
não alimentam a fome dos flagelados do mundo.

Te caçarei no cinema, nas lojas, na academia,
em todos os lugares onde alimentas a tua futilidade.
Te farei lembrar da mão estendida, do prato vazio,
das noites escuras de outros, que dormem sem teto,
que já não têm mais lágrimas para derramar.

Inserida por claudinevieira

Aliança com a paixão...

Contemplo as verdades lúcidas do tempo...
E falo do suspiro de um lindo pássaro...
Parei meus olhos nesse doce momento...
Vivi nas areias da praia essa longa espera...
Chegaste voando nas asas de uma gaivota
E te fiz perguntas vindas do coração
E me olhaste em Silêncio...
E eu escrevi metáforas impenetráveis
E desejei ser pedra em mar profundo
Elevo os olhos aos céus mais infinitos...
deles soltam-se arco íris
De muitas cores...Fantasiando sonhos...
E renovo a aliança com a paixão...!

Inserida por celinavasques

João-de-barro , meu amigo
Queria na tua casa morar
Certo é que ali estaria seguro
Seguro na certeza de ter um lar

João, reforma tua casa
Aumenta as paredes, faz tudo bem certo
Me dê um quarto, serei teu inquilino
Ao menos, terei sobre mim um teto

João, é bom contigo morar
Nem me importo com você viver
Aqui é quentinho, aqui é gostoso
Aqui vou ficar e aqui vou morrer,
Mas não se mude e me deixe só
Pois morrerei a não mais te ver

João é o ser mais próximo da humanidade
Para inicio, carrega o parecido no nome
E se houve inspiração humana em João
Houve inspiração de João no homem


João estava aqui desde a moradia das cavernas
Viu a formação da primeira cidade
E antes mesmo de “criarem” o elevador
Ele já subia, mostrando sua superioridade
Inspirou desde a mansão até a cabana
Modelo europeu , tendência americana
É o responsável pelas estruturas que temos hoje
Mesmo nunca tendo levado um pingo de fama

Mas a fama até que não te interessa
O mais importante é o barro, o trabalho
É a proteção, pois lá vem a chuva
Sei que não gostas de estar molhado,
Mas também é esteticista
Muito preocupado com o formato
És o João-de-barro Niemeyer
Ou faltou em Niemeyer o sobrenome de João-de-barro

João-de-barro que tudo faz pelo trabalho ,
Mas também faz pelos filhos seus
João-de-barro, o segundo engenheiro do céu
Atrás apenas e somente de Deus.
João-de-Barro , o “faz tudo” da natureza.
O “faz tudo “ ,sim senhor!
João-de –barro engenheiro , arquiteto voador
João-de-barro aviador , compositor e pai protetor

João, o divino
Facilmente associado aos santos
João não é limitado como os humanos
João voa, João é anjo
Ele tem tudo o que alguém quer
João tem instinto, tem engenharia, tem alturas
Ele é naturalmente e por vocação
Perto de Deus e próximo das criaturas
Isso mesmo,João, o perto de Deus
Até no barro há o que se comparar
E se um se ocupou e com ele fez a sua obra-prima
O outro usa como matéria-prima para se ocupar

Pro João-de-barro só presta o barro
Molhado, ligado, pesado
Com dor, com esforço, com entrega
Aos muitos, aos poucos, revezados .
Não dói e nem reclama
Nem ao menos ele sai aos berros
João-de-barro pra fazer o que é de barro
Precisa se transformar em João de ferro

João das classes sociais
João, o falso-verdadeiro
João rico , é arquiteto
João pobre , é pedreiro

João, reforma essa tua casa
E aprende a alicerces colocar
Pois daqui há um tempo não muito distante
Não acharás altura onde morar

João , reforma tua casa
E nem precisa mais nela eu caber
Se apenas couber a ti
Conseguirás então sobreviver

João , reforma tua casa
Mas tente fazer tudo bem certo
Não quero te olhar e perceber
Que agora transitastes para João-sem-teto

João, reforma essa tua casa
Se quiseres, podes comigo morar
Pois pelo que és , seria a coisa mais triste
Se eu visse o João-de-barro sem lar.

Inserida por LupAguiar

Triste Realidade

Sonhos vem
Sonhos vão
Como compreender este mundo
Tão cheio de ilusão?

Um olhar inocente
Um mundo imprudente
Cedo começam as decepções
Nesta vida de emoções

Me pego então
Perdida na desilusão
Deste mundo já sem valores
Onde nos olhos de uma menina
Se encontram cedo decepções

Uma luz na escuridão
No ato de uma canção
Uma razão pra tentar
Um mundo pra enfrentar
Terei eu
Motivos pra lutar ?

Inserida por AnaBrun

Um produtor já cansado
lançou o seu arado,
o que será de nós
o que vai com essa furia
injúrias lamúrias
de um abastardo


um lampejo de ideias rarefeitas
acostados sobre um chão de vidro
seria muito belo ver um leão vivo
seria muito belo ser um humano correto

mas agora oque sera
mas agora como vai ser
tudo não se foi
tudo já bastou
agora oque será?

Inserida por JonathanDellaF

Certa vez!
Ao ouvir cânticos de despedidas
Fiquei pensando na vida
Que levo
Para um outro eu

Se tenho preocupações demais,
Tiro a paz de mim
E de meu outro eu.

Por que não,
levar sempre a vida
Na simplicidade?


Se após o corpo cessar!
Só restará de mim,
O meu outro eu.

E quando para mim,
Cantarem despedidas

Só quero estar com a paz de mim;
Em meu outro eu.

Inserida por jeffthiago

Chora sabiá
Em seu cântico de chuva, que não vem

Pela vasta paisagem seca que se vê
Pelo horizonte encoberto de fumaça;
Em que matas, o fogo castiga.

Chora sabiá
Pelos frutos, que não se seguram.

Chora sabiá
Pelo ardente calor.

Chora sabiá
Para que nuvens carregadas voltem logo
Para que a vida fique mais verde
E o ar fique mais límpido.

Para que tu sabiá!
Volte á cantar sereno nas manhãs;
De neblina e orvalho

E não triste;
Nas tardes
De ardente calor.

Inserida por jeffthiago

Vida!
Vida tão passageira!
Em instantes, segundos já se viraram.

Que em momentos
de glórias, já se estivera lutas!
E em lutas, já se estivera glórias!.

Vida que seu leito, escorrem alegrias,
e que porém as vezes; tendem a se secarem.

Vida que corre sobre rodas e passos largos.

Vida, vida se és tão passageira!
Deve ser porque
Queres nos dar sempre;

A possibilidade
De renovarmos.

Inserida por jeffthiago

Ele não disse, ela não disse, eles nunca
disseram adeus.
Ela não o chamou, ele não veio.
Ela não abriu a porta, ele não bateu.
Ela não foi ao seu encontro, ele não a
esperou
Ela não gritou seu nome, ele não a ouviu.
Ele dizia: pardal sempre volta ao ninho.
Ela respondia: um ninho vazio é um convite
à outro pardal solitário se aninhar.
Ela o esperou, ele não voltou e ela clorou,
mas ele não viu.
Passou-se o verão o outono o inverno e a
primavera. Veio outro verão, e ele tentou
pousar no ninho.
Ele a chamou, ela não quis ouvir, se ele
chorou, ela não sabe, ela não viu.
E foi assim que eles disseram adeus.

Inserida por leila2009

FIDELIDADE.

Dá-me de seu corpo, o calor.
De seus braços, proteção.
De seus lábios, o doce mel.
De seu peito, dá-me seu coração.

Deixa-me tua face tocar.
Aceita-me em teu coração.
Permita-me seus lábios beijar.
Tenho-te imensa afeição.

Quero-te em minha vida.
De tal forma a completar o meu ser.
Amar-te-ei imensamente.
Pois só serei feliz com você.

Dá-meu teu amor.
E dar-te-ei o meu.
Dá-me o seu coração.
E o meu serás sempre seu.

Entrego-te minha alma.
E também meu coração.
Ser-te-ei fiel.
amar-te-ei com afeição.

Inserida por ClaudioMartins

Falso Soneto II

Adeus, minha querida, adeus, meu amor!
Dei-te afeto, carinho, e tu, só me deste dor
Agora, vou-me embora, mas de ti não esqueço
Porque tão ingrata com quem te deu tanto apreço?

Fizeste-te escarlate aos meus primeiros cortejos
Agora, é com tristeza n’alma que eu te vejo
Entregaste-te a outro! Sabe que ele não te ama!
Não vale um vintém, bêbedo que minha musa profana!

Despeço-me agora de ti querida, não posso mais
Ver o que tu fazes comigo, mata-me aos poucos
Só queria ter os sorrisos, que tu me davas tempos atrás

Pois adeus, luz de minh’alma, não posso curar esta ferida
Não aguento teu desdém, teu descaso deixa-me louco
Morro, lembre-se de mim, como quem mais te amou em vida...

Inserida por ElectroWave19

Meu coração


Meu pobre coração, que nessa terra
De amores e de esperanças se enchia
Agora em mortais desgostos se enterra
Foi ditoso, mas de ilusões vivia!

Oh! Descansa meu pobre coração! Embriagou-se no enleio das mulheres
E não percebeu que era tudo em vão
Eu te deixo em paz, morra se quiseres

Porém, só não se esqueça das venturas
Inocentes gracejos, e as doçuras Que nos deram os amores das donzelas

E se quiseres morrer, eu te entendo
Antes pelo menos, morra sabendo
Feliz daquele que morre por elas.

Inserida por ElectroWave19

Rosas tão lindas,
Suas cores nos trazem.
Rosas tão puras,
Seus perfumes se espalham.

Seus espinhos inspiram cautela
Já suas pétalas inspiram os poetas
Que encantados com estas fazem seus versos.

A poesia é como as rosas:
Delicada, vívida, apaixonante.
Traz alegria e contentamento,
Sempre repletos de sentimentos.

A poesia é fiel mensageira:
... Companheira dos momentos difíceis ...
... Companheira das horas incertas ...
... Companheira do amor e da amizade ...
E produto do sentimento poético.

Inserida por RaimundoNonatoMDanta

A cada respiração que dou,
É como se fosse o último momento,
Não penso duas vezes logo canto, e me divirto
Vai que seja meu ultimo suspiro?
A cada passo que dou, sinto o fogo da vela
de minha vida dançando a dança dos ventos.
E a qualquer momento posso me perder nos
teus braços, ó Mãe natureza que manifestaste
Nesta mulher!

A cada lamber destes lábios carnudos é como
tocar nos mais doces pães celestiais.
Afável como o mel, canibal como a Dioneia.
A cada gemido que dás é como ouvir o choro
de uma mandrágora. Mortifico-me mais em teu corpo.

Olhar esses cabelos é como se petrificar enfeitiçado
por ti, ó minha Medusa! No espelho dos seus olhos,
Vejo toda minha lascividade por ti. É como um reflexo,
Você diz ''vem'', e eu vou a medida que suas palavras
penetram na minha mente, como aqueles mantras fortes.

Canções universais é tua doce voz para meus ouvidos
Até que tenhamos nos entendido, não sei para quem vai
estas palavras. Mas saiba de uma coisa,
Jamais te esquecerei, somente quando o sono da morte
vier resgatar-me desta tortura que é não ter você.

Inserida por Fabi16

COISAS DA VIDA

Uma velha escada de ferro.
Prédios caindo aos pedaços, abrigam pessoas abandonadas ao próprio destino.
Em meio a este caos urbano,
com seu azul imponente, o mar, ao longe, testemunha a desordem e as contradições daquele lugar.
O ar fresco e agradável de uma tarde no fim do outono,
a paz e a discrição tão cúmplice de quem busca a solidão,
torna o ambiente propício para momentos de confissões sofridas, entregas inesperadas e lágrimas que aliviam a alma.
Duas pessoas praticamente desconhecidas, compartilham uma cumplicidade, vinda não se sabe de onde.
Há um entendimento entre as retinas que dispensa explicações.
Os olhos buscam-se a todo instante, ao mesmo tempo que repelem-se, tentando não sucumbir ao desejo de um contato físico acolhedor.
A relação entre eles, é de quem busca um refúgio emocional, um lugar para se esconder da rotina diária que consome tempo e saúde.
Buscam entre sí um pouso, querem descansar a cabeça da ciranda da vida, que por vezes tira todas coisas do eixo, com o único objetivo de colocar tudo no seu devido lugar.

Inserida por RitaCoruripe

Mode que será?

Mode que será
que nunca me canso do cê?
Será que é amo
ou apenas vontade de viver?

Quanto mais tamo junto
Mais eu quero ocê.
É, memo teno medo
Acho que é vontade de viver!

Má o sor se levanta
Antes memo de manhacê
Já ta esse diacho desse medo
Quereno me corrompe.

-Mais hora essa, deixe de bestagem!!
É o que sempre me diz ocê
-Não se apoquente, pois desse má
Também sei sofre!

Num sei mode que será
Só sei que esse amo
Nunca há de se cabá.

Enide Santos 11/12/15

Inserida por EnideSantos

Remendo de capim

Agora à noitinha
Tava já escureceno
Quando de longe vi no cer
O que parecia um remendo

Tinha pontos no cer
Memo pareceno que de argodão
Través das nuvens percebi
Tinha uma muié cosendo

Seu cabelo era arvo
Pele rosada face serena
Com jeitim alinhavava
Aperfeiçoando o remendo

Quando manheceu
Pensei que tava sonhano
Mas admirave foi a cena
Do cer caiu em mim
Foias de capim
E flores de açucena.

Enide Santos 11/12/15

Inserida por EnideSantos

UM POUCO "refletido" no espelho da vida...
o coração que amamos parte (verbo partir) o nosso coração, fragmenta-o
reduzindo-o a cinzas escurecidas pela dor e pelo desejo...
enquanto outro coração que nos ama implora se fragmenta pelo nosso, que já não nos pertence e se dispõe a colar os fragmentos perdidos de um tempo que não volta nem se recompõe.
DIFÍCIL a arte de viver...e de amar!
perdi a posse do meu coração pro coração amado,
perdi de fato e de direito
ASSIM, já não disponho do que não me pertence!
a vida é essa "doideira" sem tamanho...
somos amados...e o que nos ama, só queremos bem
e amamos...e sem querer saber que somos amados, amamos...
mas os horizontes não se cruzam
e somos na vida paralelas em direção ao infinito.

Inserida por MargaridaDI

um "verbo" no indefinido...
há muito o sol não aparece
e assim permanece a escuridão nalgum canto da alma que ama
há muito o coração já não espera porque exaurido pendeu e chorou
há muito o desassossego aflora a pele e o corpo resigna-se
e o desejo se avassala
há muito o silêncio deixou de ser calmaria e passou a ser tempestade
há muito que a fonte inspiradora perdeu a rima o tom e o verso
e o anjo da vida atrofiou as asas que já não fulgura nem alça voo
há muito o coração opõe-se a busca e há muito que o casulo lhe abriga
é preciso que se morra pra se nascer de novo
é preciso saber dizer ao coração que não há espera quando se deseja
é preciso dizer a si mesma que o coração que ama lhe pertence mas
o coração amado não
é preciso dizer aos ventos que o grito não faz eco embora o amor se propague...

Inserida por MargaridaDI