Contexto da Poesia Tecendo a Manha
FELINA
Fitaste fundo e me derrubaste,
Com teu olhar de brilho derradeiro,
Aos poucos, eu caí no chão, e só
Então eu te enxerguei por inteiro.
Vi na queda teu imbatível orgulho,
Morto cavalo de batalhas,
Em que galopaste,
Sem freios
Olhei longe e avistei bem perto,
Os mortos e feridos que sangraste,
Para singrares mais forte,
Em outros reinos.
Só do chão percebi
A dimensão das tuas afiadas garras,
E o poder dos teus maléficos
E intrínsecos desejos
De querer despojar de mim,
Muito mais do que a vida e a alegria,
De querer arrancar, dar um fim,
Aos meus amigos, amor e energia.
Se tu queres mesmo acabar comigo,
Vem logo, me arrebata inteira,
Lambe tudo, escarne meus ossos e pele,
Sei que isso te faz faceira.
Se te peço mesmo que avances,
É por saber que não tens chance,
Podes vir, anda, estou bem calma,
Jamais tu terás acesso à minha alma!
OUTRO MUNDO POSSÍVEL
É possível, sim, se tu não fores omisso,
Se fizeres crível, ficará tangível e visível,
Se tu tentares trilhar o caminho do bem
Com que de melhor sabes, podes e tens,
Se tentares equilibrar a hora de brincar e
A de trabalhar, se fortificares a sabedoria
Da humildade e fragilizares a da vaidade,
Se ao invés de invejares tentares copiar,
Se tu tiveres coragem nas adversidades e
Não mentires e te omitires como covarde,
Se associares amar a doar, se priorizares
Ser a ter, se mais abrigares que obrigares,
Se mais tu agradeceres do que solicitares,
Se muito mais auxiliares do que criticares,
Se tu compartilhares mais do que ocultares,
Se preferires libertar a encarcerar e, ainda
Se observares que não há problema de pé,
Para quem tem um grande Deus na sua fé!
Guria da Poesia Gaúcha
Paciência é excesso de insistência,
Ação é excesso de desacomodação,
Ansiedade é excesso de expectativa,
Intuição é excesso de visão, é previsão,
Saudade é excesso de história na memória,
Tristeza é excesso de mágoas com lágrimas,
Esperança é excesso de otimismo, é fé de pé,
Desencanto é excesso de frustração e desilusão,
E depressão é excesso de decepção e profunda solidão!
Guria da Poesia Gaúcha
HOJE EU NÃO QUERO...
Engolir lágrima pelo teu sentimento tão falso no
Meu pensamento exausto do amor no holocausto.
Ter que pedir perdão pela minha intensidade, por
Não ter podido e nem querido te amar pela metade.
Explicar novamente que tem uma grande diferença
Entre o que eu quero, o que posso e o que você pensa.
E finalmente, não quero ler a palavra impossível que
Era antônimo e virou sinônimo do teu amor intangível!
Guria da Poesia Gaúcha
Se achas que o meu coração
É uma via de duas mãos, que
Qualquer um entra e sai, vem
E vai, quando melhor quer ou
Aprouver, já aviso de antemão
Que vais andar na contramão
Desta seletiva mulher que não
Abre a guarda para qualquer
Homem ou homem qualquer,
Pois se guarda pra ser amada,
Literalmente única como mulher!
FLORES
Gosto delas!
Não me perguntes o porquê.
Talvez pelo milagre da semente virar em flor, a
Flor virar fruto, em alimento para o sustento ou
Talvez seja pela beleza que a viceja fugaz, mas
Em paz, capaz pra aguardar e guardar semente,
Sempre, de dar tempo em silêncio pro momento
Plantar com calma o amor no chão da alma, amor
Que cedo abre e arde se a paixão não vier tarde,
Que reverbera na flor a bela era da primavera, que
A aceita, ajeita, enfeita e com jeito colhe o cheiro,
Colore e recolhe um escolhido e divertido colorido
Pra seu vestido neste ciclo aparentemente finito, e
Que por pura analogia a semente em terno espírito
Eterno, igualaria, enquanto a floração, somente na
Roupinha da estação que vem, vai, sai, e pensando
Bem, também é por isto que amo sua lição de clara
E declarada visão de evolução, já que sabe viver tão
Intensamente, independente se for para sempre ou
Esmaecida for esquecida até em vida, se ficará muito
Ou pouco, já que igual se doa feito louco o espírito
Que vibra vida e fibra, que abraça a alma com calma,
Que à fonte do horizonte enraíza sua pureza, com a
Grandeza e nobreza de sua natureza na natureza, já
Que integra a beleza com a energia da magia nesta
Entrega de doação e de paixão, de humildade e de
Sabedoria na sua missão, total só vai morrer pra que
Novo botão possa florescer, e então sem que clame
E reclame, entende, atende e lindamente se rende,
Tão suave neste seu recolher para renascer quanto
Ao nascer, declinada na validade da vaidade da cor é
Verdade, mas ereta pela luz do amor como flor, que
Dignamente a floresce e fenece de pé, com fé, até
Cair, um outro ciclo existir, pra simplesmente virar em
Semente novamente, mas que naturalmente sempre,
Será sofisticamente simples, fortemente frágil, bonita
E evoluída pra aparentemente só mais uma finita vida!
Amiga, espera um pouco, pois preciso
Ver se consigo dar uma travada neste
Mundo que anda tão louco, com tantas
Giradas e tamanhas guinadas que até me
Dá vontade, de verdade, de eu bater em
Retirada, pois tudo em que mais acredito,
Priorizo e valorizo tá valendo quase nada!
Guria da Poesia Gaúcha
EMPRESTA
Empresta-me amigo o teu par de ombros
Como abrigo pra me sentir bem comigo e
Traz também a tua lúcida visão, urgente,
Para eu ser capaz de me ver ludicamente
Empresta-me amigo a tua cabeça pronta,
Pra ajeitar a minha que anda solta e tonta
E, me cede um feixinho da tua luz interior
Pra iluminar a treva sem trégua que estou
E ainda, com a tua energia decante alquimia
Pra que de novo eu me encante nesta magia,
Enfim, diz que me empresta sim, um pedacinho
Teu pra ver se assim resgatas euzinha pra mim?
Guria da Poesia Gaúcha
Não era fácil me fazer mudar de opinião,
Pois mesmo sabendo que deveria ter os
Pés no chão, eu não sabia como fazer pra
Mudar o que conhecia e gostava até então,
Afinal, como levar pra outro lugar à emoção
Do céu que ao léu tinha nascido, crescido e
Permanecido sem motivo no meu coração?
Guria da Poesia Gaúcha
COMEÇA PRA MIM, AMIGA?
Por favor, minha querida, seria muito eu te
Pedir para me ajudar a recomeçar a abrir
A minha vida, do tipo quando se tem uma
Fruta fechadinha e se pede até para tia do
Bar pra rasgar aquela primeira casquinha?
Sabe, não tô conseguindo sequer enxergar
Onde iniciar, já que desmotivada e pra lá de
Ferida, me sinto um bagaço ressequido, pois
Vivo em um cansaço tão desmedido, que até
Parece que um mormaço infinito chegou, me
Cegou e secou o sentido dos meus sentidos,
Mais umedecidos, e é por isto que conto com
Teu ombro amigo pra sair deste triste castigo,
Pra parar de correr perigo, de estéril sombrear
Meu solar lar interior e me matar, por não saber
Me esclarecer, clarear, cultivar, cuidar, reinventar
E ressignificar e de depender que estejas comigo
Pra ter coragem de diferente me ver de frente, e
Finalmente, me aceitar, amar, florescer e frutificar!
Vivia no Frio Grande do Sul, no Forno Alegre, a
Prendada prenda, que noite- e- dia fazia poesia
E que tecia o amor feito um cobertor, enquanto
O tempo alinhavava um momento para costurar
Seu sentimento no pensamento dum romântico
Bordador pra seu guardado e aguardado amor!
Guria da Poesia Gaúcha
BEM ASSIM, SIM!
Sim, meu bem, sou bem assim, sim: tim- tim
por tim –tim, de verdade, pra lá de verdadeira,
espevitada, serelepe, moleca, traquina, festeira,
fagueira, faceira, feiticeira, beijoqueira, brejeira,
atrevida, criativa, aguerrida, afetiva, comprometida,
até meio sacerdotisa, com fé de pé, perfeccionista,
ousada, do tipo gente que não cala, fala o que sente,
indecente de tão inocente, escrivinhadeira, matraqueira,
intensa, amorosa, mimosa, ambiciosa, vaidosa, manhosa,
caprichosa, orgulhosa, gaúcha sim, filé de primeira, enfim,
do início ao fim, brasileira, tão plena e serena quanto inteira!
Maria Angélica Guichard,
A Gaúcha Guria da Poesia!
ILUDIDA
Ilusão é achar que família é assim:
Um por todos, todos por um,
Sempre, sempre que preciso
For, por qualquer objetivo
E por objetivo nenhum!
Mas, foi pura ilusão eu querer
Valorizar o sangue, honrar a raça
E orgulhar-me de não ser anônima.
Ah! Como eu quisera ser mais uma
Em uma família de muitos do que ser
Menos uma em uma família de poucos,
Como quisera que fôssemos loucos,
Loucos, bem loucos uns pelos outros!
Mas não adianta eu querer ou fazer,
Já que o teu coração diferente, segue
Indiferente do que te pensei como parente,
Mesmo tendo saído de um mesmo ventre!
Foi triste sim, confesso achar que por teres
O mesmo sangue tivesses alguma coisa
A ver comigo, que pudesses pelo menos,
Por um dia alimentar a minha alma ou até
Menos do que isto, afinal, nestes últimos
Tempos até uma hora contigo reivindiquei,
Mas este mendigado momento não ganhei!
Não, não foi ilusão quando usei a palavra
Mano e não percebi a tua mão estendida,
Quando eu gritei a palavra irmão e nem
Sequer por ti me soube ouvida! Ah! Que
Triste ilusão eu imaginar que poderia
Contar contigo pra pensar em voz alta,
Quebrar os galhos que plantaste comigo
E até o peito estufar ao me orgulhar ao te
Apresentar como o meu melhor irmão e o
Maior amigo, já que somos mesmo irmãos,
Filhos de mesma mãe e mesmo pai, sim!
Enfim, da mesma família e isto até nos mil
Documentos do cartório é pra lá de notório,
Mas mano, ilusão ou não, tu és meu irmão
Nesta vida e quero te dizer que mesmo que
Não conte mais contigo, eu sigo de coração
Aberto pra te ouvir, apoiar e perdoar como
Sempre e pra sempre, meu irmão querido!
Guria da Poesia Gaúcha
DECIDIDAMENTE
Hoje, eu decidi ser eu, sem receios,
Sem medo do julgamento de terceiros,
Decidi ser gente antes do que profissional,
Ser mais leal e legal comigo, amigos e até
Com o inimigo que a vida me deu de castigo,
Total, como todo sujeito quero rever defeitos,
Então espero e quero, mesmo que sem jeito,
Escancarar o peito, rasgar a alma com calma
Pra inocentar as minhas culpas e quem sabe
Assim, enfim, minimizar as minhas desculpas.
Quero confessar medos, sem segredos de
Meio termos, de pudores e falsos valores.
Ah! Hoje decidi também que vou chorar,
Dar um basta às lágrimas trancadas e até
Ousar ao gritar a palavra travada pela mágoa.
Quero dar um basta às fofocas que ouvi, e
Só pra te avisar, guri, hoje inclusive decidi
Que quero te amar, que vou pular o muro da
Vergonha, ultrapassar a ponte do preconceito e
Te descobrir inteiro, sem todos aqueles rodeios,
Despido mesmo de tudo que é ruim neste mundo,
Porque decididamente, finalmente, literalmente
Hoje decidi que a hora é agora, que vou acabar
Com o ensaio e estrear como mulher, mulher
Que se sabe, se assume como é, te ama e quer!
Guria da Gaúcha Poesia
Lavando a Alma,
Página 29
1989
IMPOTENTE
Hoje se apossou na minha entranha uma estranha
Sensação de marasmo, de marasmo sem limite,
De prostração infinita, de verdadeira apatia.
De parada geral mesmo, de aguda paralisia.
Sinto-me tonta. Tento abrir os olhos.
Mal consigo ver pequenos pontos cintilantes
Que faíscam ao redor da minha cabeça.
Que horas são? Onde estou? Quem sou?
Tento inutilmente pensar.
Minha mente flutua, meu pensamento mergulha.
Falta-me a razão, a lógica, a coerência.
O que será isto?
Será depressão, acaso doença?
Será a loucura, a famosa demência?
Que confusão é esta que me meti até então?
Estou enlouquecendo, só pode ser.
Como explicar as divagações, contradições
E utopias que ora habitam o meu ser?
Por que me sinto assim, parada, completamente
Catatônica, estagnada, se de dúvidas estou
Enraizada e de inquietude totalmente tomada?
Estou tonta. Sinto-me frágil, insegura.
Devagar, até andando, mas quase parando.
Impotente, cambaleante, quase caindo.
Sonolenta, amortecida. Quero gritar, não consigo.
Sequer faíscas enxergo. Sequer as perguntas me indagam.
Sequer as respostas respondem. Suspiro. Um único!
Seria á o último? Será que a vida ainda me resiste?
Sei lá, mas que é louco, é louco, pois não estou triste
Nem um pouco e até sinto-me melhor, meio contente,
Vejo poucas coisas na minha frente e uma luz diferente.
Há pessoas falando, chorando, um padre já confortando,
Flores e luzes velando! Velando, eu disse isto?
Meu Deus, será que velam eu? Sei lá, só sei que daqui
Eu já posso ver! E até mesmo começo a entender!
Tudo o que me afligia, o marasmo que sentia,
Era eu mesma acabando, era a morte do meu
Ser humano neste plano chegando, era a vida
Em um outro plano começando e me preparando!
Guria da Poesia Gaúcha
Lavando a Alma,
Página 43
1989
LAVANDO A ALMA
Pronto. É chegada a hora.
A hora de deixar cair a máscara.
A hora de tirar o blush pra que o branco
e o vermelho das emoções transpareçam.
A hora de tirar o rímel que endurece os
cílios e fantasia o olhar.
De tirar a sombra dos olhos e descobrir
a tua luz interior.
É chegada a hora de retirar o pó de
arroz e alimentar o espírito.
De remover a base e de sustentar
os verdadeiros alicerces.
É hora de limpar o batom e de beijar
profundamente as coisas boas da vida.
De tirar o hidratante do rosto e de
umidificar a alma com calma.
De retirar o creme do pescoço que
engoliu mais que rugas, sapos.
De limpar profundamente a pele
das entorses da pseudosimpatia.
É chegada a hora de ajoelhar-se
na beira de um rio e ali o rosto lavar,
Deixar ir correnteza afora a máscara
do preconceito, do ódio e do desamor.
É chegada a hora de despir-se de vez
dos arquétipos sociais e de vez acabar
com as entrelinhas, sutilezas, reticências
e a maledicência das meias-palavras.
É chegada a hora de lavar a alma, de
virar a mesa e de mostrar tudo a todos.
Enfim, a hora de botar a boca no mundo
e literalmente, sem palavras, descobrir-se
melhor, maior e bem mais bonita pra vida,
assim: de cara limpa e consequentemente,
com a alma linda, levada, lavada e elevada!
MAIS UM FILHO
Não, não andei só com uma pessoa
pra poder gerar-te
E eu não me abstive da tua concepção
por um único dia.
Tentei sempre o equilíbrio, o ritmo adequado,
a palavra certa.
Busquei sempre o melhor que sentia em mim
para criar-te.
Confessei-te todas as minhas verdades, vontades,
medos, segredos, pudores, valores, ansiedades e vitórias.
Fiz-te com amor para que pudesses passar isso
para os outros.
Não te senti pequeno nem mesmo em projeto.
Não te sinto grande nem mesmo criado.
Não te vi adotado ou abandonado, pois te abriguei,
não briguei e te alimentei com as minhas mais
íntimas e tímidas entranhas.
Estás no ponto, pronto!
Pronto para o mundo.
Vai e faz o teu papel.
Conquista o teu espaço.
Luta pela tua verdade.
Eu, como sempre, vou estar do teu lado.
Torcendo, vibrando muito porque sempre
Apostei e acreditei em ti como um bom guri.
Que Deus te abençoe, meu filho.
Que as pessoas te gostem, meu livro!
Guria da Gaúcha Poesia
Lavando a Alma
Página 48,
1989
EM BRANCO
Seria só uma página a mais.
Em branco.
Os versos pululavam sem fim,
Ferviam dentro de mim, mas eu
Não conseguia escrever nada.
Nada mesmo acontecia ou saía.
Tentativas mil.
Inválidas.
Sobrava só um imenso vazio.
Uma sensação de intenso frio.
Outras tantas quantas.
Nada menos um.
Densa, tensa,
Descobri o medo.
Não sabia do quê.
Procurei em mim.
Me revirei, não achei.
O que seria?
Logo eu, que
Sempre tão rápido
Raciocinei, que tão
Ágil um livro inteiro
Em um mês aprontei?
Não sei...
E agora o que faço
Com este vácuo?
Com o tudo deste nada,
Com o prenúncio desta dor,
Com a proximidade da saudade
Que já me bate e invade por saber
Que é chegada a hora da despedida,
De dar o ponto final na última linha da
Página do livro que abriu a minha vida!
Guria da Gaúcha Poesia
Lavando a Alma,
Página 49
1989
VERDADES VERDADEIRAS
Sabe, vou te contar minha criança,
Não acredites que irão te ajudar
Sem nada cobrar, pois quando tu
Precisar, de graça, só tu vais achar.
Não creias que um mais um, dá dois,
Porque em qualquer relacionamento,
Um mais um dá menos um por inteiro,
Pois é preciso abrir mão de um pedaço
Pra se conviver em um mesmo espaço.
Alô, atenda ao telefone sempre
Consciente de que vais encontrar
Um anônimo, um amigo, um sócio,
O pedinte da tua grana, fama e paz.
Se tu quiseres conhecer bem alguém
Fale em preço, dinheiro, pois assim se
Conhece o valor de alguém por inteiro.
A mentira é uma verdade que
Ainda não teve oportunidade.
Afinal, o sonho e a fantasia só
Porque não aconteceram devem
Ser julgados como mentiras?
E ainda, como falar que está traindo
Pra alguém que obedece, fielmente,
Ao que o seu coração está pedindo?
Guria da Gaúcha Poesia
Pedaços de Mim,
Página 17
1999
ETERNO
Acho que a vida anda me enganando,
Já que têm fluído só momentos todo
O tempo, quando bons passam voando
E quando maus parecem se perpetuando.
Preciso tomar uma atitude pra mudar isto
E eu conto contigo pra dar sumiço a tudo
O que falhou no passado e no presente e
Que possa comprometer o futuro iminente.
Quero preparar um amanhã mais coerente,
Onde os valores que aprendi, prevaleçam,
Pretendo reaprender a amar e a gargalhar, e
Inclusive, quero voltar a me gostar novamente.
Saibas que vou me valer de todos recursos pra
Buscar até o que tá imerso nos astros do universo,
Mas vou trazer à tona e viver tudo o que tenho direito
E assim eternizar o que mereço, acho justo e honesto!
Guria da Gaúcha Poesia
Pedaços de Mim,
Página 25
1999
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