Contexto da Poesia Tecendo a Manha
ORAÇÃO DE POETA
Demétrio Sena, Magé – RJ.
Que não falte poesia no meu pão
e meu corpo se cubra de poesia;
jorrem versos, despejem no vazio
a magia do verbo inquietante...
Nunca falte manteiga na minh´alma
nem estampa nos panos do meu sonho,
minha mente não perca suas ondas
onde ponho verdades pra dançar...
Nunca esvaia o tempero da palavra
ou a lavra de aromas auditivos
que a poesia oferece ao pensamento...
E não falte um olhar sempre apurado
para ver o que os olhos não veriam
no passado, no agora e no futuro...
pingo
de
amor
poeta, músico por excelência
ao vibrato vocal de sua poesia
na ondulação expressiva mental
de sua paixão ideal. a sua poesia
completa sua real fantasia dia a dia.
Como o pintor ao tocar com seu pincel
à arte formidável de antanho menestrel.
paz, fé, dignidade, amor o povo diz em coro
à Midas, ao vê-lo transformar estanho em ouro.
ao tocar à flor, o poeta exala o perfume do amor,
fala, vibra, dando vida reta à natureza morta do pintor.
Seu pincel tange na plangência sonora e cromática da dor
pungente a qual toca o coração de toda a gente, porém, vem
consequentemente a alegria triunfar e sobrepujar ao tomar lugar
da dor, sempre ao se ouvir a voz do poeta trovador benemerente
neste sínodo, bruxo como a pancada do cinzel do escultor presente,
amaciante como amorável juiz ao padecer do paciente inocente.
neste
badalo
você está
presente,
badalando
sino aqui
vigente.
poeta você está presente em toda a gente
a rodopiar neste pião ao perder a rima
constantemente.
na etérea simetria matemática, maestro, maestrina, santa mão
de quem segura o cinzel. Com maestria e performance de mestre,
semelhante à batuta do cientista da palavra de quem lavra com a fala
no justo tribunal, empunhando sua espada sem ignorar a tertúlia
do exímio ou do rábula em sua fábula, ou ao punhal do irmão
o qual tornou-se irracional. apenas um imortal em ação
com seu bisturi à mão a livrar o contraventor
da tão velha contravenção, avençando
sempre à memória de referência
sem igual em deferência
à obra imortal
do amor
maior
D
e
u
s
.
só
para
perder
a rima
em sua
cisma.
poeta,
pingo
de mel
jbcampos
Poesia de Mulher
Ela é como poesia
Cada verso seu
É como um enigma
Não é qualquer um que entenderia
Precisaria de muita sabedoria
Sua complexidade
É como literatura barroca
Às vezes meio louca
Suas curvas exalam perfeição
Parece até obra parnasiana
Me deixa completamente insana
Mulher, você não me engana
Pois há mais de uma semana
Ando vasculhando seu sorriso
Tentando desvendar
Seus segredos e medos
Mas, como Drummond já havia dito,
Havia muitas pedras no caminho
Mesmo assim me aventurei
E no fim desse poema
Por você me apaixonei.
POESIA.
Para se entender poesia.
Deve-se ler. Uma, duas, três Quatro e cinco vezes.
Entender poesia.
Devem-se ler seis, sete, oito, Nove e dez vezes.
Para se entender poesia.
Deve-se ler.
Cem duzentas e trezentas vezes.
Para se entender poesia.
Deve-se ler mais de mil vezes.
Para se entender poesia. Devem-se ler mais vezes.
Devem-se ler mais e mais vezes.
Deve-se ler infinitamente.
Deve-se ler diariamente.
Deve-se ler eternamente.
Para se entender poesia.
Devem-se ler todos os dias.
YO!
- Ah, mas quase ninguém lê poesia no Brasil!
- Não importa, importa que Drummond, Vinicius, João Cabral, Olavo Bilac, Castro Alves, Leminski, Manuel Bandeira, Cecília Meireles, Hilda Hilst, Cora Coralina, Adélia Prado e tantos outros estão guardados na memória afetiva de nosso povo. Seus poemas permeiam nossa identidade nacional, formam nossa alma enquanto nação, ainda que não tenhamos consciência deste fato.
Um povo sem poetas é um povo sem alma!
As noites vividas do ócio e da poesia,
são agora lembranças distantes de quietude
Pelo tempo, todas foram consumidas
Quando ela surgiu e logo partiu em minha vida
Deixando um vazio imenso em meu peito
Hoje não viverei mais da noite
Hoje a noite há de me viver
Preencha-me dos mais profundos mistérios
Para que eu fique cego das estrelas
E não do amor que ainda sinto por ela
A poesia tá sempre em primeiro lugar
Se eu tiver na rua,
No beco ou na sua,
Ela tem que chegar!
Ela não pede licença,
Mas toma bença
Da família inteira.
Ela acha um cantinho pra nascer
Sempre que dou bobeira.
Parece que quer florescer
No meio das abelhas.
Não pode ver uma roda de amigo,
Que já fala comigo
Como quem não quer nada.
Não pode ver um sorriso,
Que já vem papo de paraíso
De vida encarnada.
Anda assim com a felicidade.
Vem falar que pode tudo,
Que não há nesse mundo
Lugar melhor que essa cidade!
Idolatra todo mundo.
Diz ama até o amor.
Faz-se de vítima forçada,
Para a rima elaborada
Poder rimar com dor.
Se materializa sempre
Em tudo que se ama
A vejo claramente
Nos olhos da dona Adriana.
Na filas das escolas
Vejo ela no gol de quem joga bola.
Passa voando, as vezes, com as andorinhas.
Ou se senta para jogar dominó
Com o pessoal das pracinhas.
Até sonhei com poesia
Esses dias
Sonhei que eu podia escrever poemas
Mas no final
Era a poesia que me escrevia.
“Homenagem ao dia dos namorados. Poesia”
DESALENTO
Quando você disser,
Que já não tem mais tempo para mim
Que nosso amor já não faz sentido
E que o barulho da chuva nada mais
Significa para nós.
Quando você disser,
Que já não sou mais motivo de tua preocupação
Nem que teus olhos me procuram entre a multidão
E que você nem mais me busca
Pelos cantos vazios do teu quarto.
Quando a nossa canção tornar-se obsoleta,
E você não quiser mais chorar nos meus braços
Nem sorrir, caminhando com meus passos
E a noite se fizer escura demais para nós;
Eu ficarei só...
E quando entre nós tudo estiver desfeito,
E você não encontrar mais teus sonhos
Tuas realidades,
Sei que você vai sentir-se deprimida
Com vontade de chorar,
E eu a estarei esperando
Nos braços de minha tristeza
Para juntos sorrirmos outra vez.
Você é a poesia que preciso escrever!
Preciso te escrever
Preciso decifrar teus versos
Preciso entender suas linhas
Preciso ver suas rimas
Preciso te escrever.
Preciso ver suas pausas
Preciso ver seus traços
Preciso te ler
Preciso ver seu encanto
Preciso ver os seus pontos
Preciso te ver
Preciso te escrever.
Preciso saber seu início
Preciso entender suas palavras
Preciso sentir o seu tom
Preciso saber suas histórias
Preciso descrever suas memórias
Você é a poesia que preciso escrever!
Reverências a poesia
Para a poesia... sou serva!
Reverencio a sua grandeza...
Nela me completo!
E,do alto das minhas abstrações, entrego-me de corpo e alma a minha pena
Sem medo, sem máscara,
Prendo-me na liberdade dela...
E juntas descobrimos e trilhamos as matas brancas, silenciosas...
depois, a mata impregnada de mim, grita em palavras e sentimentos.
é nesta hora que a alma se revela na ponta dos dedos
A poesia é a faca que
corta ,sem sentir dor...
é um tapa na cara
sem saber quem
bateu...
é uma reação sem
agressão...
é a vida sem morte...
é um prazer de um beijo
para quem nunca beijou...
a poesia não precisa ser
compreendida para ser
entendida..
é sentir saudade de alguém
que nunca partiu....
é enxergar sem ver..
é um homem no escuro
que vem em direção a luz...
é esconder o que fala abertamente...
uma poesia é como uma obra de
arte com varias interpretações...
é o nascimento de uma criança..
é a esperança !
"Poesia é vida"
(Valdeir Souza)
A vida não é bizarra,
A vida não é sem sentido.
A existência nos deixa marcas,
Dores estas que ainda sinto
Infância dilacerada;
Crianças no esquecimento!
Feridas que não se cicatrizam;
Conflitos que ainda enfrento.
Palavras piores do que facadas,
Um cenário em desenvolvimento.
Cada minuto mal vivido;
Uma alma que se perde no tempo
Homem frio e cauteloso;
Ainda em busca de contentamento.
Vivendo os últimos e piores dias da sua vida,
Chorando a criança que morreu faz tempo.
"Poesia é vida"
"Eclipse"
(Valdeir Souza)
Foi algo extraordinário;
Nunca eu conseguiria imaginar.
Foi o momento inesquecível,
Valeu a pena esperar
Eu estava extremamente ansioso
Mal eu podia falar...
Contando as horas e minutos,
Do céu eu não tirava o olhar.
Pena que passou tão rápido,
Eu passaria horas a contemplar.
O espetáculo foi promovido por Deus;
O céu estava a se apresentar
Não é sempre que isso acontece;
Precisamos nos atentar!
O escuro do céu sempre é lindo,
Mas tem dia que a lua roubo lugar.
Entre família ou sozinho
De camarote o em qualquer lugar,
O necessário para a vida temos todos os dias,
Mas, hoje universo decidiu prestigiar.
e eu leio uma poesia antes de dormir
e sinto desesperadamente cada palavra na minha pele
cada verso,
cada sentimento,
e parece que estou prestes a explodir.
eu sinto um tamanho desespero
porque preciso achar algo que me descreva
algo que me explique de algum modo
mas eu não encontro nada. eu nunca encontro nada. eu não me encontro. procuro em outros livros de poesia algo que me explique
que diga o que estou sentindo
mas pacece que a poesia não é mais suficiente
parece que nada me descreve
parece que não sinto nada mesmo sentindo um turbilhão de coisas.
a qualquer momento eu vou explodir, e não quero estar aqui pra ver o caos se espalhando. me desculpe, mas dessa vez, não está tudo bem.
Amor prometido…
(Nilo Ribeiro)
Pode ser utopia,
espero ser entendido,
é nesta doce poesia
que exalto o amor prometido
um amor me foi destinado,
minha vida o esperei,
sinto-me poetificado,
pois eu o encontrei
longos anos passaram,
momentos belos eu vivi,
os longos anos que passaram,
trouxeram você aqui
este é o amor prometido,
que a natureza conspira a favor,
ele vem ao seu auxílio,
pois, é o verdadeiro amor
não é sonho, nem quimera,
é o movimento da vida,
sempre estive a sua espera,
a mim você foi prometida
laços,
união,
abraços,
paixão
vinho,
passeio,
carinho,
seu seio
um amor prometido,
sempre eu desejei,
mesmo me passando por bandido,
por você sempre esperei…
Linda.
És uma poesia.
Própria de quem sente o
que escreve.
Quando hoje temos os que
amam sem sentir, e os que
sentem sem nada dizer.
Digo que és o amor que eu
quero ter pelos dias afora,
vives em meu pensamento.
Senhora que eu amo tanto,
és um amor, sempre a florescer.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
A Poesia de Verdade
A poesia de verdade não está nesses versos
A poesia de verdade anda entre nós
Senta ao nosso lado
Se disfarça
Eu finjo que não a conheço
E prometo manter o seu segredo
E lá vai ela, com um sorriso diabólico no rosto
E lá vai ela “dormir na casa da amiga”
E lá vai ela tentar corromper outros poetas.
Admiro a máscara da poesia
Admiro o pecado intrínseco em sua alma
A poesia de verdade traz a liberdade
Com um batom vermelho
Vestindo a pele de uma jovem inocente
E lá vem ela, dizendo que sente a minha falta
E lá vem ela pedindo que eu a escreva
Eu resisto por um tempo
E aqui estou.
Ela sabe que não vai durar muito
Ela sabe que em breve será outra
Mas hoje é ela,
a poesia de verdade
que irá inspirar este autor condenado.
Música é o batuque do coração
Música é o beijo gostoso no rosto que repete igual a poesia
Música são passos desajeitados a meia noite ouvindo Chopin
Música é a sensação latejante de tristeza
Música é igual a matemática
NÃO!
Música é a matemática
Difícil para alguns compreendê-la
Fácil para outros
Essa poesia não é sobre amor
Meu coração não bate amor.
Minha alma não reluz amor.
Minha boca não canta amor.
Meu corpo inibe amor.
E se falássemos um pouco sobre dor?
Meus olhos choram dor.
Minha pele transpira dor.
Meu espírito vê dor.
Meu caminhar procura dor.
Nem tudo é sobre amor.
Liberte-se também para sentir dor.
"Faço poesia de graça
Faço por que me agrada
Faço pra aquela menina apaixonada
Pro velho sentado na praça
Pra mãe que n intende uma palavra
Pro filho que sai de casa
Pra turma que gosta de farra
Enfim faço para os que gostam do que faço
E faço por que amo o que faço
E pra finalizar no compasso
Alô alô Apoema
Aquele abraço..."
@Apoema
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