Contexto da Poesia Tecendo a Manha

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Se estas vivendo momentos de caos alimentado pelas discussões e discórdia, a ferramenta adequada para o concerto não é outra que não seja a paciência. Lembre-se; Se numa maquina um parafuso esta solto, não conseguira apertar esse parafuso com outro parafuso mas com a ferramenta adequada para tanto.

Inserida por JulioRamos

Quando um casal ora junto e procura estudar a Palavra de Deus também em conjunto, conseguem moldar-se conforme as normas nela encontrada, não só para o próprio casamento, como para criar os filhos de forma correta e mais, conseguem descobrir a melhor forma de aprimorar-se como servos de Deus e como pessoas de bem.

Inserida por eliselorena

Tequila, café e cigarros exatamente nessa ordem me preenchiam. Aquela velha história do amigo engarrafado me era completamente aplicável, não havia companhia melhor. Porque eu não desejava conversar, pessoas se preocupam demasiadamente e eu não precisava de especulações, conversas enfadonhas e repetir tudo o que estava acontecendo comigo. Não. Eu não quero falar sobre isso. Isso o quê? Se eu tivesse noção do que era. Acontece que esses dias estão tortuosos e eu não desejo levantar-me daqui, a poltrona já adquiriu o formato do meu quadril e a TV me dá o entretenimento necessário para continuar trancafiada aqui. Sossego é o que eu quero. Desde que ele fora embora eu ouço versos que me falam sobre amores arruinados, o coração já não bate, esquecera completamente o tal do Tum-tum-tum. Será que o coração bate assim? Há algum tempo que não sei como ele reage, porque os dias estão vazios. Sabe toda aquela ideologia de que é possível viver sozinho? Pois é. Acreditava nisso piamente porque ele estava ao meu lado, agora que se foi tudo é cinza. E eu chorei um oceano inteiro essa noite. Eu precisava esvaziar. Porra eu preciso ser internada.

"(...)Não fuja de si mesmo, enfrente-se. Conheça-se,preste atenção em si mesmo,não nos outros. Fui dominado pelo que os outros poderiam dizer ou pensar de mim;a opinião alheia era um fantasma a rondar em torno de mim. Paguei muito caro, sofri e gerei sofrimentos, não faça o mesmo. Procure a liberdade que as suas verdades oferecem e lembre-se de não aprisionar ninguém em seus julgamentos. Cada um de nós é um ser humano singular da criação. É um livro inédito,um romance inesquecível e deve ser amado e respeitado tal qual se apresenta. Se faltam condições para erguer alguém que não sejamos os que o derrubam."

⁠Se eu disser que não sofri, eu vou estar mentindo. Doeu, doeu muito, de uma forma absurda. Meu mundo inteiro desabou e eu nem conseguia sentir meu coração batendo embaixo dos destroços. Eu parei de lutar contra a dor, porque eu entendi que tinha que passar por todos os estágios dela para poder me curar. Deixei doer, como nunca havia doído. Deixei sangrar e escorrer dentro da minha alma. E por fim, deixei cicatrizar sem ficar tirando a casquinha da ferida. Foi um doloroso processo, mas eu consegui salvar o meu coração. E hoje em dia eu não aceito menos do que ele merece e ele merece a imensidão de um amor recíproco.

Eu já não me arrependo. Tempos que foram vividos, foram vividos. A gente precisa conjugar o passado com um sorriso nos lábios mesmo que doa lá no fundo, porque há um presente que se desvaloriza a cada choro pelo que já não é mais. E não me arrependo: tive os tempos certos para ser feliz. Ainda tenho. Todos temos.

Inserida por biancavasconcelos

- Amar é uma forma de viver. Podemos escolher sofrer ou amar. Sem amor em nossos corações a vida parece com uma árvore seca, que não produz frutos, simplesmente extraímos da vida os prazeres que a ilusão nos oferece, mas nosso interior é pobre e ressequido. Quem não ama vive em solidão, e isso é triste, mas aquele que ama se regozija até na companhia de um animal. Muitos vivem cercados de pessoas, em festas e folguedos variados, entretanto, são tristes e solitários, porque não descobriram a capacidade que têm de amar. Regalam-se com o que a vida oferece, saciam todos os sentidos ilusórios e amanhecem vazios e doentes no dia seguinte, pois seus espíritos ainda não despertaram para uma vida mais além.

Inserida por Epena

"Lembre-se de que caridade não é somente atender às necessidades físicas dos pobres e desvalidos. É, principalmente, atender às necessidades das almas pobres e desvalidas de orientação na vida, por isso, embora sabendo que estes meninos são órfãos e carentes, não me eximo de repreendê-los, corrigi-los, elogiá-los se o merecerem, é minha tarefa guiá-los. Procuro conhecer-lhes as almas e suprir essas necessidades. Tremo quado noto a ganância, o egoísmo, a soberba nestes caracteres infantis, assusta-me ver que almas tão cedo já manifestam esses pendores, mas peço a Deus força e inspiração para corrigi-los, evitando que se percam. Lembre: se as necessidades da alma independem da condição social ou econômica. (...)não perca sua crença por desacreditar nos homens que a representam. Confie em Deus. Ele não o decepcionará. Homens e cargos são transitórios, muitos passarão por ti, por isso segue com Ele, que é eterno. Faz Dele o guia de teus passos e andarás bem."

Inserida por Epena

"Expressar os sentimentos é o meio de limpar e harmonizar nossas emoções. Torna-se uma necessidade. Quando sufocamos algo, impondo silêncio a nossas emoções, acabamos por criar empecilho a nossa libertação, são as algemas com as quais nos aprisionamos por vontade própria, e elas sufocam, apertam e incomodam, pois tudo quanto existe no universo nasceu para ser livre e circular. Emoções são energias, são forças do espírito. Represá-las acarreta concentrações que, com o tempo, geram incômodos e até mesmo doenças."

Inserida por Epena

"Amar é uma forma de viver. Podemos escolher sofrer ou amar. Sem amor em nossos corações a vida se parece com uma árvore seca, que não produz frutos, simplesmente extraímos da vida os prazeres que a ilusão nos oferece, mas nosso interior é pobre e ressequido. Quem não ama vive em solidão, e isso é triste, mas aquele que ama se regozija até na companhia de um animal. Muitos vivem cercados de pessoas, em festas e folguedos variados, entretanto, são tristes e solitários, porque não descobriram a capacidade que têm de amar. Regalam-se com o que a vida oferece, saciam todos os sentidos ilusórios e amanhecem vazios e doentes no dia seguinte, pois seus espíritos ainda não despertaram para uma vida mais além."

Inserida por Epena

"O prazer existe em tudo na vida. Extraímos prazer do trabalho, dos relacionamentos sociais, das atividades físicas, dos nossos sentidos e das necessidades orgânicas e emocionais. Mas é fundamental distinguir entre o prazer que edifica e o que simplesmente embriaga; o primeiro é aquele duradouro, que se renova ao contato de suas fontes, o segundo desgasta, vicia e acarreta incômodos."

Inserida por Epena

"Quando vivemos a verdade, a nossa verdade, de forma responsável e digna perante Deus, somos livres e estamos progredindo, mesmo quando essa verdade é recheada de problemas e conflitos. O fato de aceitá-los é o primeiro passo para a transformação. Eu só educo um mau hábito quando o reconheço, quando não o compreendo como minha verdade, ele permanece agindo inconscientemente determinando condutas, e então não somos livres, somos condicionados a uma força desconhecida porque nós mesmos a queremos omitir, quase sempre a fim de manter apenas o aspecto de bem caiados."

Inserida por Epena

"Como deve ser triste viver assim, sufocando a si mesmo, escondendo-se, amando e sofrendo em silêncio. Por que, Senhor, as pessoas ainda não compreenderam tuas lições, tão simples e roteiros tão seguros para nossa felicidade? Por que ainda vivem julgando umas as outras e impondo cadeias e gaiolas de conceitos vazios onde sofrem e até enlouquecem? Por que não aceitam, vivem e deixam os outros viverem conforme sua necessidade e capacidade naquele momento? Não, ainda são rígidas, orgulhosas e sei eu mais quanta coisa."

Inserida por Epena

"(...)quanto o ser humano ainda terá de andar para aprender a exercer um domínio maior sobre si mesmo. Afligem-se a cada situação, que não tenho outra palavra para descrever,que não seja boba, idiota. Consomem-se, física e espiritualmente,em absurdos. E, são tão bobos que palavras banais os removem, eles não meditam no que ouvem. Saem assim como folhas,no outono, rolando pelas colinas sem direção,levadas pelo vento.

Inserida por Epena

“Descobri que existe um grandioso e divino Plano. Dei-me conta que nosso universo não está formado por “um fortuito conglomerado de átomos”, mas que é o desenvolvimento de um grande desenho ou regra para a glória de Deus. Descobri também que uma raça humana atrás da outra tem aparecido e desaparecido em nosso planeta e que cada civilização e cultura tem visto a humanidade dar um passo mais avançado no caminho do retorno a Deus. Depois, descobri que existem Aqueles que são responsáveis pelo desenvolvimento do Plano, que passo a passo e etapa após etapa têm guiado o gênero humano no transcurso dos séculos. Fiz um descobrimento assombroso porque pouco sabia, que o ensinamento sobre este Plano ou Caminho era idêntico, já fora apresentado no Ocidente ou Oriente ou dividido antes ou depois da vinda do Cristo.”

Inserida por DraJaneCRebello

⁠Eu costumava amar alguém que não merecia e ela me destruiu por dentro. Eu me refiz, mas retirei todos os cacos e estilhaços de sentimentos que haviam em mim. Ou acabariam me cortando ainda mais por dentro e eu não aguentava mais sangrar por um amor que não havia dado certo. Esse processo foi extremamente doloroso e pode ter me deixado um pouco mais frio, o que era normal naquela situação. Eu me lembrei que quando eu era pequeno e me machucava, me mandavam colocar gelo onde estava doendo, e bom, eu acabei colocando em meu coração.

Inserida por velhopoema

Enquanto a lei da entropia aponta para os limites materiais e energéticos, o capital aponta para uma necessidade inerente de expansão infinita. Enquanto a entropia aponta para uma questão qualitativa, o desenvolvimento do capitalismo é orientado e sancionado pelas regras quantitativas do mercado. Enquanto a vida se afirma frente à entropia buscando equilíbrios qualitativos, a lógica do capital se manifesta pela busca constante da ruptura dos equilíbrios qualitativos, orientada pela busca de expansão quantitativa do capital.

Inserida por ventomar

" Mais même au point de vue des plus insignifiantes choses de la vie, nous ne sommes pas un tout matériellement constitué, identique pour tout le monde et dont chacun n’a qu’à aller prendre connaissance comme d’un cahier des charges ou d’un testament ; notre personnalité sociale est une création de la pensée des autres."

Inserida por anapaulasmp

"Estou Lhe pedindo, Senhor, que toque em tantos que, até hoje, não conseguiram fazer a Sua vontade. Hoje é o dia do 'sim', da vontade de Deus. Diga 'sim' sem ver! Apresente a Ele o que para você é impossível, dizendo “eu acredito”! Assim como Nossa Senhora disse 'sim' sem tocar e sem ver, acredite na vontade do Senhor.

Vem Espírito Santo, acalmando os corações e nos visite, nessa 'noite'; faça com que entendamos a Sua vontade. Peço Sua visita, pois o impossível o Senhor pode realizar!

Inserida por camillabsantos

"Hoje em que tudo tem teu nome, tua cor, tua cara, teu cheiro, teu espírito,
Foi que senti o todo, o tudo, o imenso, o labirinto, a paz, o pulso, a entrega,
Então era eu quem te pedia quem te cobria, te pressentia, te espreitava,
Foi você quem me sentiu, quem me velava, quem me libertava, me carregava e me seduzia.

Da imensa solidão, vim assim de um profundo esconderijo, sem luz, sem prisma,
Cheia de chagas, repleta de medo, desprovida de sonhos, arranhada por dentro,
Na grande órbita, minhas preces lançadas, minhas súplicas, minhas lágrimas,
Foi você quem me puxou do abismo, beijo-me as feridas, curou-me com suas mãos.

Hoje em que tudo tem teu nome, tua cor, tua cara, teu cheiro, teu espírito,
Foi que renasci do teu querer, das tuas carnes quentes, a procura da tua boca.
Então era eu quem te buscava, quem te desejava, te sussurrava, te queria,
Foi você quem me tomou, quem penetrou, me amou, me desejou e me bebeu.

Do imenso prazer, regressei assim, repleta devida, perdida em ti, ávida por dentro.
Cheia de luz, repleta de prazer, desprovida de vícios, ávida por dentro fui só de você.
Na grande mudança, meu corpo, minha pele, minha vida no teu olhar encantador.
Foi Você quem me revelou a predestinada, designada a ensinar-me o amor.”


Márcia Morelli









Poema 47


Nossa casa, nosso mundo, nossa perplexidade
Lavamos os corpos, tirando dos ossos a cólera
Os absurdos vindos dos guetos. Resquícios do submundo
Despimo-nos dos detalhes e das notícias ruins

Nossas vidas, nossos destinos, nossas Histórias
Deixamos nos cabides as roupas, s memórias,
Sonhos ceifados e os amores mal formados.

Nossas mãos, nossos corpos, nossos lábios
Transmutados; mudamos para dentro de nós
E quando abrimos as portas, as pernas
As Bocas, os braços. Não queremos visitas!

Perdemos a conta,
Sublimamos as dores com orgasmos multi cores
Deixamos a lua parindo outro dia
Com nossos genes, gostos e odores.
Nosso dia AMORE!


Márcia Morelli
24/10/2008







Poema 48

Meus dedos, meus medos, tremem, gelam, enrijecem
Quando me perguntam o que tenho.
Eu Não tenho casa, não tenho dinheiro nem bibelôs.
Tenho uma prateleira repleta de histórias
Que pinga versos, livros que guardam as almas dos poetas desencarnados

Suas palavras vivas.
Posso beijar-lhes os lábios melados de poemas escandalosamente Santos
É só o que possuo, o resto são coisas sem importância.

O que habita meu ser, isso é meu.
Ninguém rouba ninguém usurpa.
São tantas pessoas, muitos dias
As horas todas de minha vida.

Tudo ávido, colorido, nada enfadonho
Nas horas vagas, leio os poetas,
Alimento-me deles, penso que estou agradando a Deus

Meus anos meu corpo, minhas marcas.
A cada dia desperto modificada
Só que me ama vê-me inteira e sabe de mim.
Ela sabe do que preciso
E nos dias rotineiros, faxina minhas prateleiras.


Márcia Morelli
21/11/2008.


Poema 49

Para as praças vazias:
Pombos magros, grama enegrecida, uma prostituta e um drogado

Para casas grandes:
Festas, empregados descontentes, um jardim de gerânio e azaléias
Crianças correndo no quintal, mesa posta para a mesa do Natal.

Para o velório:
Um dia chuvoso, um parente distante,
Café com bolachas, uma boa desculpa,

Para o Término do casamento:
Uma sogra viva, uma noite medonha,
Filhos neuróticos e amigos solteiros.

Para Tudo:
Sacrifícios, artimanhas, disfarces.
Todo fato tem dois lados.

Sob quais circunstâncias somos levados a reciclarmo-nos?
Séculos após séculos o mesmo contexto só muda o cenário.
Para mim fica a pergunta:
Tantas convenções, tudo tão obvio,

Como rompermos com os vícios passados?
Ainda bem que recebi um presente
Que veio romper o círculo vicioso

Para reescrever minhas páginas:
Uma vontade, um sol morno,
Um final de tarde.
Dentro da caixa... Um Girassol!


Márcia Morelli
18/02/2009.


Poema 50

O tempo zomba da lua com cara de tonta
Que gira e se esvai, inflando-se
Nova novamente chora minguando
Assim também nós passamos ou somos empurrados
E atônitos perdemos o melhor por do sol, o melhor beijo
Envelhecemos com o cenário.
Nossas cascas somam rugas, pintas, cicatrizes
Nosso espírito querendo ir...

O tempo despeja pedras.
Hora tropeçamos noutra retiramo-las.
Carregando-as e jogando-as
Novamente cegos, alheios, absortos, poeirentos
Não vemos as flores
Quero saborear a vida, correr menos,
Sabotar as horas e me alimentar de vento!

E numa cadeira espreguiçadeira
Numa paisagem qualquer,
Rir do que fez de mim a vida
E que não dei ouvido a ela.
Sem passos de coturnos,
Sem rastros de misérias,
Apenas “o “caminho livre das” pedras”

Ter um querer dormindo entre meus dedos
E seu beijo ao alcance da minha boca
Para que eu nele saiba do mundo, de mim.
Templo de paz; Desejo de ficar.
Márcia Morelli



Poema 51

Tudo que quero saber
Às vezes não encontro outra coisa
O óbvio, o óbvio!
Fato, relato louco!

Basta um passo calculado
Um puxão de lado
Assim, preciso!

Não há resistência...
Entre dois parênteses um ponto
Encontro um Oasis me esqueço da hora

Bora para dentro,
Enquanto lá fora
Tudo passa a ter teu cheiro

Tudo que preciso sentir
Às vezes não encontro outra coisa
Teu Prazer, Teu prazer!
Isso é outra história!

Márcia Morelli
18/02/2009.







Poema 52




Desmantelado os cabelos,
Roupas surradas e tão repetidamente vestidas...
Nada de malabares, é bom evitar um desastre!

Em pé frente a pia...
Cascas, latas, frutas, raspas de limão, um vinho tinto...
Cravo, canela e a bela em um canto
A declamar versos densos, tão suculentos
Quanto o molho de manjericões frescos
O aroma de vinho, noz moscada e sálvia
Deixam boas novas, afetam a ordem,
Interferem na compostura!
Olho sorrateiramente,
Tenho limão com gengibre na ponta dos dedos, te roubo um beijo,
Ela de pernas cruzadas com seus pensamentos...
Sempre que posso repito esse ato sagrado de cozinhar pra ela...

Após degustarmos os pratos... Lavamos as louças, agradecidas pelo alimento.
Fazemos planos possíveis, apagamos as luzes e nos amamos na sala.

Márcia Morelli
15/03/2009.


Poema 53


No escuro presumo...
Ela deve estar dormindo.
Chego mais perto e colo em suas costas um beijinho
Espero um momento...
Ela se vira molenga...
Passa as mãos em minhas pernas, eriça, atiça, se esfrega e rebola cheia de tesão e preguiça.

Tenho seus bilhetes guardados.
Tenho comigo todas as horas desde o primeiro encontro.
Ela vai me consumindo, me bebendo, desesperada,
Entrando e saindo sem pensar no que pratica
Escorre, molha, esfrega, geme não me desperdiça...

A lua, à noite, as aves, os anjos, o vento...
Disfarçam educados que são!
Permanecem assim imóveis, em silêncio!
Quando exausta me abraça devagar...
Sorri, chora e deita em meu peito... Eu tremo, desperto...
Refeita no orgasmo te faço o mesmo.


Márcia Morelli
15/03/2009 19H50M



Poema 54

SUBTERFÚGIO

Fugindo para fora de mim...
Quero ignorar quem Eu sou e aqueles que me ignoram.
Minha voz falha, falar tem me cansado
Hoje não indago, não discuto, não rebato não assunto, não recomendo,
Não atesto, não disserto, não defendo nem propago.

Em meus corredores silêncio...
Quero redescobrir meus quereres e aqueles me queriam
Meu paladar insosso, insípido entra em colapso
Hoje não bebo, não como, não degusto, não provo, não mordo,
Não mastigo, não cuspo, não salivo, não engulo.

Meu espírito intangível, insondável e aflito...
Quero provê-lo de júbilos e aqueles a quem o alegrou.
Hoje não peço, não puno não sonho, não oro não velo,
Não relaxo, não divido não me elevo nem saio.

Todas as possibilidades me espreitam.
Quero ser livre e libertar aqueles que serão livres em mim
Meus olhos abstraídos de lógica me traem.
Hoje não distingo, não traduzo, não flerto, não espio, não aprecio,
Não bisbilhoto, não vejo, não vislumbro nem lagrimejo.

Márcia Morelli



Poema 55

As criaturas que habitam o céu devem por certo
Sentirem coisas semelhantes
As criaturas que habitam a Terra.
Sintam talvez o mesmo desejo de poderem tocar seus dedos nas fontes e nos mares,
Assim como desejamos voar pelo espaço e tocarmos nuvens.

O intocável para eles
O inatingível para nós.

Criaturas do céu,
Criaturas da Terra.

Desejamos estarmos um no lugar do outro,
É ai que nos encontramos
Nesse espaço entre o deles e o nosso.
Mas somos insatisfeitos com o que temos,
Que não percebemos a presença uns dos outros.

Por isso dizemos que as criaturas do céu são invisíveis.
17h00m.


Márcia Morelli
16/06/2007.



Poema 56


Sempre que alguém cruza nosso caminho e depois passa a fazer parte da nossa vida,
Ascendem em nós faróis multi cores
São as experiências dele mesclando-se a nossa.

Assim é que acontece o tempo todo, sem dia específico
Você tão Young, tão beautiful, tão mine...
Give your mouth, your body and more...
Seus dias all time! Suas mãos so friend!
I hope for you toda noite.

E a cada amanhecer
Ser diferente
I fell when I AM sleeping um pouquinho de você se mudou pra dentro de mim.

I have you now, running in my blood. It’s truth!
Sempre que penso no ontem, surpreendo-me com as mudanças.
Love is true, I think as!

Hoje estou com muito de você em mim
Minha alma multi cor, teus beijos, tuas historias, meu passado, nossa união...
Farol a brilhar our spirits so blue
Our lips wets… fazendo-me feliz da concha da minha orelha ao dedão do pé!

I need your Love forever!
Márcia Morelli
25/04/2009


Poema 57


O sol a pino e o rosto ressequido
Abrupta paisagem, seca no solo
Orvalho aqui dentro.

A vida se esvaindo, pingando...
Nesse gotejar um cheiro de liquido amniótico
A vida companheiros também tenta escapar-se
Tinha eu na pele ainda a queimar, o calor dos raios do meio dia.

Quer que eu fosse, assolava, flamejava, entristecia-me.

O tempo sempre sagaz tirava das unhas o pó
Fingindo imparcialidade
Encenava astuto ser um Elemental que por ali passava
Alheio, sem dar conta do meu desespero!

Eu solitário objeto não identificado,
Esquecido dentro da mortalha esculpido de velhos sonhos saliva e pó.

Eu quase imperceptível lunático sentindo tudo diante do nosso feito
Um viril varão que enlouqueceu
Tinha calor, febre intra-uterina

O tempo agora era cabra ruminando o capim
O sol se despediu sem que eu lhe retribuísse o até amanhã!
Exausta adormeci sem receber o beijo frio da lua...
De certo hoje serei outra coisa
Ate que alguém me descubra.


Márcia Morelli
15/02/2009.





Poema 58


Tantos passos perdidos nessa estrada comprida.
Fui perdendo meus pertences sem sabê-lo se me pertenciam,
Quando enfim parei, minha bolsa estava impregnada de cheiros,
Beijos tatuados na minha pele,
Repleta de ruídos planos, rosto estampado
Na lona suja.

Tanto tempo..., minhas velas, meu instrumento, noites nas ruas.
Os Poetas, os amigos tagarelas, as damas viciadas em batom!
Quantas paisagens gravadas nas retinas, sol, vento e tempestades.
Agora repouso meu esqueleto,
Como se pudesse descarregar e me esquecer de tudo nessa caminha quente...!
Nesse quarto onde passo as noites a olhar o rosto da moça
Que dorme profundamente.

Nem sabe o quanto paguei para chegar aqui e me aninhar junto dela.
Para estar agora em paz repousando meus anseios sobre esse campo de flores pintadas
Grotescamente por uma máquina flores inventadas em tom,
De cor Laranja espalhafatosa e miolos azuis...
Hoje sou capaz de tudo quase.
Só não sei se saberia sonhar essa vida sem os olhos dela.


Márcia Morelli



Poema 59


Acorda Moça!
Sai do quarto,
Arruma as tralhas,
Vem para a rua!

Vem logo, Moça!
Sai descalça,
Esqueça o cabelo,
Vem ser livre!

Olha para mim, Moça!
Desce a soleira,
Destranca esse riso,
Vem me dar seu beijo!

Abraça-me forte, Moça!
Esqueça os vizinhos,
Assusta seus medos,
Vem e dança comigo!

Inserida por marciamorelli