Contexto da Poesia Tecendo a Manha

Cerca de 29168 frases e pensamentos: Contexto da Poesia Tecendo a Manha

⁠par de pesares.

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"Solicito tua vinda antes de eu partir e, insistentemente fico nisso! O palor das campinas já ferveu meus neurônios de tanto esperar o dia. Sim! Que passe sem nada ver ou desfazer do olhar de um jovem perdido do tempo. Já estou embasbacado em tanta figura de linguagem de medida párea. Pareça o mesmo e pereça ao pé-de-ouvido, estou pasmo e sem solução ao quanto me falta fraquejar em um riso.".

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Ricardo Vitti

Inserida por ricardo_vitti

⁠fajuto fujão.
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"O pedido de liberdade sobre o cárcere. Vai caótico o cão sarnento sangrar no arame farpado. Tira essa tua coceira de estar sem coleira e agorinha escrevo, sim, figuradamente os meus problemas. Sim! São grades para escalar e entender as nuvens; sabendo que choram somente para saborear o solo que as minhas muitas lágrimas atiçam.".
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Ricardo Vitti

Inserida por ricardo_vitti

⁠respingo de chuva.
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"Feitiço de porta essa liberdade não vir me visitar. Já atropelou meu interagir com o portão. Sim! Denegriu minha imagem no porta-retratos. Cuspiu e defecou minha dura existência, e, nem no passa-ou-repassa deu comigo para disfarçar o nosso triste diálogo na rua onde todos eram todo ouvido.".
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Ricardo Vitti

Inserida por ricardo_vitti

⁠que o fim me carregue.
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"Instiga o intrigante verso surrupiado do pensamento. Faltas ditas, e o instinto é um atuar intuitivo e o mesmo que roubou a flor dos dedos, e, como uma fera alarmada denunciou as farpas jogadas. Pensa! Romperam os laços afetivos e na contramão só se vê abismos. Se encontram naquele diálogo, esperneiam, e saem em um descompasso obturado dos lábios que desfiguram o espaço pasmo.".
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Ricardo Vitti

Inserida por ricardo_vitti

⁠retrato mal falado.
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"Roupagem nova e não se oculta à fala conterrânea dos fabulosos discursos matinais. Sempre foi a mesma coisa até que o eternamente o separe das mesmas gírias famintas. Passa-se fome e se condena nas mesmas feridas que o deram, e por mais o condenam. Flores no jardim e são os abismos que dispersam os bons dos maus. A vida continua, mas o pensamento final é que nos julga.".
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Ricardo Vitti

Inserida por ricardo_vitti

Toda visita por direito,
por esquerdo arreda os pés,
vestiu-se de riso.
Achou-me bobo,
me perdi buscando nadar,
teus sonhos profundos, [...]
NÃO! As lembranças nem mesmo ilustram o belo.
O entusiasmo foi jogado,
e a esquina o perdeu,
encontro só às frestas que trazem;
luz para casa,
é ali que tudo morreu.⁠

Inserida por ricardo_vitti

roupa velha e remendada.


- Fala que eu te ouço! - Prossiga! Então,

se mantiveram calados dando cara ao vento e o assunto morreu.

Saíram medindo os passarinhos e o plano de fuga.

"Foi sem medida que aceitaram o meu silêncio,

e no meu fúnebre pensamento fizeram morada;

rasgaram o meu dedo,

agora eu busco escrever.".⁠

Inserida por ricardo_vitti

⁠O crepúsculo envolveu minha mente;
meu envolto, meus afazeres,
comprimiu-me derredor,
fez das rimas o definhar.
[...]; definiu-me,
como objeto sem objetivo.
E além, as poucas constelações,
abafadas com o frio,
com frases impensadas.
Jogadas na beira da estrada,
horário nobre das trovoadas,
galopes dá o coração,
larguei-me ao pó sem pressa de ser socorrido.

Inserida por ricardo_vitti

Deixei-me ser roubado,
corri dentro de mim mesmo,
chorei, mas, [...]
foi só um arranhão,
um rasgo na pele era o esperado,
tamanha queda.
Não quero voltar naquele lugar obscuro,
o tempo não caminha por lá.
Quero encontrar o paraíso,
escape pesadelo, não,
eu não vou atrapalhar tua ida,
a dor mastiga e cospe,
ela vasculha o íntimo e, nos faz em pedaços.

Inserida por ricardo_vitti

noite esculachada.

Às más línguas, o engano, à má sorte, tudo é vespeiro e o canteiro é para rogar pragas. Corre-corre no portão; alucinação, a rua o cobre de pisadas, tropeços, saracoteias. Ó ébrio, tu falas como nada tivesse acontecido, teceu a roupa e desbotou o botão da rosa ao relembrar as pétalas perdidas, "amor perfeito, esse meu que te escreveu!".

Ricardo Vitti⁠

Inserida por ricardo_vitti

finge o fingidor.

É na balbúrdia que os impregnados arredaram os pés; calça jeans desbotada, fagulhas do passado que faziam fumaça. O desassossegado não tem trava na língua, é uma coruja mosqueando no ninho, alastram-se suas palavrinhas ordinárias, pisa cacos e alardeia em sua cantoria pela tarde nebulosa, acanha-se no vestido da noite e dá pileques.

Ricardo Vitti⁠

Inserida por ricardo_vitti

⁠sobre ela o nome.

A fotografia embaçou e sem porta-retratos em mãos descansou, de chinelo de dedos juntou os pés à raiz das constelações. O luar delineava o seu rosto dando brilho aos seus olhos. São pétalas os seus dedos juntando cada parte daquela noite triste, e por uma ocasião singela; bela escuridão. Juntou uma pequena parte infinita naquela imagem, e, sonhou.

Ricardo Vitti

Inserida por ricardo_vitti

⁠Nos Detalhes

Nos detalhes, o amor acontece
Nos detalhes, o amor se estabelece
Nos detalhes, o amor permanece
Nos detalhes, o amor enfraquece

Nos detalhes, o amor está escrito
Nos detalhes, o amor é infinito
Nos detalhes, o amor comete um delito
Nos detalhes, o amor vive aflito

Nos detalhes, o amor fica triste
Nos detalhes, o amor resiste
Nos detalhes, o amor persiste
Nos detalhes, o amor desiste

Nos detalhes, o amor lamenta
Nos detalhes, o amor novamente tenta
Nos detalhes, o amor se assenta
Nos detalhes, o amor se reinventa

Nos detalhes, o amor grita
Nos detalhes, o amor se reedita
Nos detalhes, o amor faz visita
Nos detalhes, o amor é um laço de fita

Inserida por Gracaleal

⁠Nas Asas do Gonzagão


Pernambuco não poderia imaginar
Que a partir do dia da Santa Luzia
Januário José e Ana Batista
Atrairiam olhares para Exu, em melodia


Foi quando o pequeno Luiz nasceu
E com o seu dom alegre e festeiro
Depois da farda militar, seguiu o seu destino
E lá foi ele para o Rio de Janeiro


De Gonzaga à Gonzagão
Com artistas famosos fez parceria
Repertório "Danado de Bom"
Exu já não era mais monotonia


O moço simples conheceu a Europa
A sua vida e talento invadiram a literatura
E todos souberam da ardência da seca
E da vida nordestina que era pura bravura


Descobriram que não há luar como no sertão
Que no relógio marcando seis, o sertanejo ajoelhado
Suplica, à virgem, força para resistir ao peso da cruz
E que para todo mundo tem um "psiu" angustiado


Nos seus versos, o amor perdido dói mais
Quando para os braços do xodó não se poder voltar
Ôxi, que amargo de jiló tem a saudade
Adeus Januário. Deus ilumine o seu regressar



O sonho da água farta para a sede, gado e plantação
No sertão, vem na esperança com a flor de mandacaru
Banana, maxixe, batata, mandioca e buchada
É Fartura e benção na feira de Caruaru


Que difícil resumir a importância do Gonzagão
Deste brasileiro amado, que virou o rei do baião

Inserida por Gracaleal


Valor inestimável

Nada como o sossego diário
A paz da mente no travesseiro
O vida num verdadeiro cenário
O Tempo, com qualidade, sendo um bom companheiro

A saudade visitando as lembranças
Recordações nos proporcionando sorrisos
Pular, cantar, dançar como as crianças
Ter nos amigos, diversos abrigos

Lamentar não ter conquistado um coração
Mas o encontro ser gratidão no fundo da alma
Amanhecer com a certeza do dia em construção
Ser capaz, na tensão, manter a tão difícil calma

Entender que, na vida, nem tudo se encaixa
Dissabores também fazem parte
A autoestima muitas vezes fica em baixa
Mas a esperança não é item de descarte

Quando o sonho ainda pulsa vibrante
Por mais que, nos nossos momentos frágeis, ele decline
É porque foi atribuído à alguém especialmente gigante
Produza-se. Arregasse as mangas.
Faça acontecer. Seja vitrine

Tudo pode ser surpreendente e valioso
Quando o prazer de viver é a base de tudo
Se há fé, cada dia é milagroso
Quanto ao resultado, é aprendizado fecundo

Uma dica pra quem até aqui nada entendeu
Nem sempre o que queremos é o melhor para nós
O nascimento a bonança não nos prometeu
Vai devagar, para não ser o seu próprio algoz

Construa com carinho cada momento da sua história
Mas atente para quem é seu coadjuvante
Nem todos à volta são afins à sua vitória
Observe se derrotas são a tua realidade constante

Mas se tens ao lado um fiel parceiro
Alinhado à tua valiosa missão
Tens o privilégio de partilhar teu roteiro
E constatar o poder de uma sagrada união

Nada como a vida no sossego diário
Nada como uma noite relaxante
Do sono tranquilo ser o proprietário
Do arrependimento manter-se distante

Deixe a vida decorrer na certeza
Que não estamos sós nessa jornada
Quanto mais verdade e menos esperteza
Mais iluminado será o palco da tua chegada











Inserida por Gracaleal

A Poetisa
⁠se apaixonar por uma poeta
tão gentil, pacata, seleta
num fio de dúvida se perguntar
o que será o entardecer
tornar tarde cada pedaço, traço cor
pele rosto, fogo, ardor
deixa eu arder em você
me deixa arder com você
e em tão pouco mirando universos
pois cada pouco se torna muito
cada palavra encontrada nesses versos
cada vez mais me perdendo do mundo
pegando em tua aspera mão
em cada traço me vejo
nos olhos tamanho é o brilho
as íris castanhas que revelam todo meu desejo
acendo o teu maço de cigarros
te contando sobre lindos textos
pela cintura te agarro
te beijo, te mordo, te pego, te perco
e do universo te trago

Inserida por akirasoar

⁠" AH, O AMOR "

Eu já vivi o amor! Ah… O amor…
Sublime, majestoso, embriagante,
um tanto mentiroso e arrogante
mas, sempre, um sonho lindo, encantador!

Me fez mais sensual, melhor amante,
voraz quanto à paixão em seu ardor…
No entanto, mais sensível, sonhador…
Um poeta em seu espasmo delirante!

Cravou-me à alma os versos da poesia
e fez-me estar bem mais em sintonia
com todo um cosmo de real candura…

O amor… Ah, sim! O amor mais verdadeiro!
Vivi-o como um sonho derradeiro
confiando, eu, inocente, em sua jura!...

Inserida por bragajunior

⁠Carta aberta sobre meu ser

Na busca inssensante de ser,
Acabei me tornando o que não deveria ser. Eu quis tanto ser aceito que me rejeitei. Fui tão longe tentando agradar que me perdi no caminho do meio.

Busquei a virtude nos extremos,
Esquecendo -me o meio-termo divino.
A moderação, perdida em meu caminho,
Deixou-me entre a excessiva ambição e o vazio.

Agora, entre a temeridade e a covardia,
Encontro o corajoso meio-termo.
Entre a indulgência e a ascética rigidez,
Redescubro a justa medida, a virtude serena outra vez.

No equilíbrio, encontro minha essência,
A harmonia que me faz ser quem sou.
Aristóteles sussurra: "O meio é a virtude",
E eu, finalmente, encontro meu caminho verdadeiro nas minhas atitudes.

Inserida por Renatofsa

O Dourado Estelar que Permanece⁠ em Mim

Minha avó:
Amor sereno que guardo no meu sorriso,
Saudade que não está mais no meu choro contido;
Mestra transfigurada em mim.
Em momentos assim
Liberto o meu riso, rio
E todas as sombras desistem
De escurecer o meu dia
E o dourado estelar é
Lembrete do que
A minha avó dizia...

Inserida por SuzeteBrainer

⁠Black Orchid feita de mistério
na essência o Universo
e abrindo o palimpsesto
do desidério em silêncio.

Serpenteia a Via Láctea,
ninguém detém as auroras
e nem do destino a escolha
do absoluto quais serão as rotas.

Aquilo que tece o inevitável interior
e o reconhecimento do que é
de predestinação fortalece o amor.

Pacto intacto com o inabalável
nosso hemisférico laço de titânio
com o quê há de mais romântico.

Inserida por cellbit_jogando