Contexto da Poesia Tecendo a Manha

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um olhar no passado

Todos os dias, às seis da tarde, ele se sentava na mesma cadeira, na mesma calçada, esperando por alguém que um dia viu passar, na mesma calçada, da mesma cidade, daquele imenso mar

Era um bar à beira-mar, onde passava muita gente, mas este solitário observador nunca conseguiu realizar seu antigo sonho, o sonho de ver passar, na mesma calçada aquela figura que um dia lhe roubou alma.

Agora, depois que o mar avançou e cobriu a calçada, o homem continua a olhar, do mesmo ponto, o mesmo mar, da mesma cidade, onde não existe mais calçada nem transeuntes, apenas existe o mar e uma dor que não serena...

Inserida por EvandoCarmo

Nada...
(Nilo Ribeiro)

Poetizar o nada,
como pode acontecer,
se não há palavra,
nada pode se escrever

coisa nenhuma,
coisa nula,
em suma,
sinônimo que se rotula,

o nada não tem substância,
o nada não tem matéria,
o nada é vacância,
o nada é miséria

o nada não tem interior,
o nada não tem ingrediente,
o nada não tem teor,
em nada está presente

nada não existe,
nada é o vazio,
nada é triste,
e nada eu crio

nada é ausência,
é o contrário de tudo,
nada não tem presença,
nada é nulo

nada não é bom,
nada não é mau,
nada não tem dom,
nada não tem grau

poesia sem nada,
nem ao menos chocou,
poesia mal começada,
em nada ela acabou

nada na poesia,
de nada vale,
o poeta não sabia,
que nada nem é detalhe

poesia do nada,
nada relevante,
mas se entendeu uma palavra,
o nada se torna um gigante...

Inserida por NILOCRIBEIRO

Poetator...
(Nilo Ribeiro)

O dia merece um brinde,
o dia pede uma comemoração,
o amor que agora me atinge,
faz feliz meu coração

o poeta é um fingidor,
Pessoa é quem tem valor,
veja na estrofe anterior,
o poeta é um grande ator

ele pode estar morrendo,
inverdades ele vai tecer,
mesmo estando sofrendo,
ele continua a escrever

a poesia é sua fuga,
a poesia é seu porto seguro,
protege seu coração como luva,
faz o seu versar mais maduro

ele não pode com tanta dor,
ele escreve para extravasar,
ele não pode exaltar o seu amor,
mas também não pode chorar

então ele escreve,
ele versa a alegria,
sua memória verve
é vida para a poesia

estrelas, flores e montanha,
Natal, festa e criança,
as rimas vêm da sua entranha,
elas são plenas de esperança

qual a intimidade do poeta,
em que estado ele fica...???
quanto mais o coração o aperta,
mais ele poetifica...

Inserida por NILOCRIBEIRO

Um lindo sonho...
(Nilo Ribeiro)

Hoje tive um sonho encantador,
o mais lindo que se possa querer,
foi um sonho libertador,
deu vida ao meu viver

não precisa de interpretação,
ele condiz com a minha vida,
eu nasci para doação,
até minha alma é oferecida

não me preocupo em ter,
do contrário não viveria,
meu destino é oferecer,
quando nada uma poesia

sonhei que caminhava pela cidade,
por muitas pessoas eu cruzava,
não via em seus olhos a felicidade,
isto era o que me arrasava

coisa que só em sonho acontece,
eu não tinha mais timidez,
perguntava se a pessoa queria uma prece,
e a oração saía com fluidez

fazia tudo com muita devoção,
não me sentia um pregador,
tudo vinha do coração,
em um lindo ato de amor

acordei com muita alegria,
com teu sorriso que me acolhia,
hoje não te dou minha poesia,
mas sim uma Ave Maria...


"Ave Maria cheia de graça,
o Senhor é convosco,
bendita sois Vós entre as mulheres,
e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus.
Santa Maria, Mãe de Deus,
rogai por nós pecadores,
agora e na hora da nossa morte. Amém".

Inserida por NILOCRIBEIRO

Poe a sua melhor roupa
Aquela camisa verde água que combina tanto com os seus olhos...
me encontre no jardim
Estarei com aquele vestido floral azul que você acha engraçado
O vento dança com os meus poucos fios de cabelo
Os pássaros saboreiam Pitanga com tanta ternura
Meu amor,
Irei te esperar
Com todos os beijos que jamais lhe entreguei.
Já é quase noite
O sol está se pondo
Na vitrola toca Tom Jobim
"Só tinha de ser com você".

Inserida por karollen

DIFAMAÇÃO

Quem faz
Já tá
No chão

Poema MINDIM estilo criado por Luna Di Primo
construção em 3 versos de ATÉ 2 silabas gramaticais; pode marcar tônica, porém, dentro das 2 sílabas gramaticais. Vogal sozinha pode ser usada livremente, pois não tem valor de sílaba,ou seja, só conta como sílaba quando formar palavras.

Inserida por lunadiprimo

No dia que parti
Não estava bem certo se era para nunca mais voltar.
Eu levei comigo os teus sorrisos
Teus abraços
E todo amor que nesse tempo pode me dar.

No dia que parti, queria muito dizer adeus.
Senti um desejo enorme de te avisar
Mas, ao mesmo tempo, eu não queria
Por nenhum instante te ver chorar.

Não sei o que carrego na bagagem.
Lá eu vou abrir e recordar.
Porém, no último momento eu senti medo
Do brilho dos teus olhos não poder olhar.

Agradeço a Deus por todos os dias
Que ao teu lado eu pude estar
E todos os passos que me ensinaste
Com você os quero deixar.

Quando te lembrares de mim
Não entristeça porque parti
Me veja como um ser amadurecido
Que a sua missão precisou concluir.

No momento que parti
Lembranças passaram em minha mente
Eu não queria te fazer sofrer.
Ainda assim, sei que me amarás incondicionalmente.

Continue trilhando a tua jornada
E não tenhas pressa por me reencontrar.
Saiba que para onde eu parti
Eternamente posso te esperar!

Inserida por marachan

Minha mãe é a melhor
É como uma rosa
Parece um amor
Mas ai mora o perigo
Se eu abusar da sorte
Fico de castigo
Minha mãe
Cuida do meu pai
Cuida de mim e do meu irmão
Ela varre a casa
Lava louça
De olho no fogão
Mãe
Minha mãe guerreira
O que aprendi com ela
Vou levar pra vida inteira

Inserida por MatheusChokito

Aprecio um sol no crepúsculo...

Porque será que eu canto ao entardecer
Igual aos pássaros...
E fico de alma apertada...Numa nostalgia tão grande...
Quais ondas que gemem sussurrando
Cantigas na areia da praia...
Onde gaivotas observam
As espumas... Extensos véus de noivas
Arrastando rumo ao altar...
Olho o horizonte meu coração inquieto
Queda-se na esperança de ver as estrelas
Pois a lua me esqueceu...
Minha alma de poeta acelera o coração de mil perdões...
Ah como eu queria te ver
Para sentir um infinito arrepio viajando na emoção...!

Inserida por celinavasques

A Lua é a musa do poeta
Mas, a sua fiel companheira se chama Solidão.

A Lua é a dama do sonho deste cavalheiro.
Ela vem à noite de mansinho,
Feitiça ele com carinho,
E quando ela não aparece;
Ele dorme com saudade da sua bela.

A Solidão nunca lhe abandona.
Permanece quando todos vão embora,
Está na sua mão agora e toda hora,
Ela é persistente, não desaparece;
Ele só encontra a paz quando foge dela.

A Lua é complicada,
De tempo em tempo muda o seu semblante.
A Solidão sempre estável;
Tão sem graça, que nem sabe ser amante.

É a Lua, divina e perigosa,
A musa deste pobre poeta,
Cheio de ilusão.

Porém sua companheira,
Aquela amargosa;
Sempre será a Solidão.

Inserida por marachan

A Tom Jobim.

15 anos sem Jobim.
Realmente, tudo que é bom, tem fim.
Tanta coisa ruim pra ruir
e vai se embora meu maestro.

Cancionar, harmonizar o sol de Copacabana.
Eita saudade corroída pelo tempo,
eita tormento, piano com pano.

Consigo ouvi-lo quando em silêncio, ponho-me
na enevoada manhã dessas montanhas.
Estrangulo com as mãos, o pecado do ócio.

A ansiedade dessa cidade.
O tribunal de inquisições formais.
As bruxas de hoje não usam vassouras,
usam a mídia para se locomover.

Cansado dessa euforia do tempo,
de passar gota a gota pelo relógio,
coloco um vinil de Jobim e pronto!
Agüento mais um tempo até o disco acabar.

Inserida por nelmarques

Alma danada.


Hoje tentei despir minha alma dos pecados.
Fiquei sem ar e não parava em pé.

O que me sustenta os são erros e medos,
parabéns para você que tudo que faz, da certo.

A única coisa certa que vou fazer é morrer, é morrer.
Mas por favor, deem uma checada,
que essa alma danada,
adora pregar peças.

Inserida por nelmarques

Túmulo de pesares.


Pensa, pensa, pensa,
túmulo de pesares.
Produz sua dor em mágoa,
pra mais tarde em paz, chorares.

Busca, busca, busca,
filho do desprezo e do escuro.
Busque encher seu embornal,
de todo mal e costure os furos.

Não perca um grão de desesperança,
que faz falta pra essa velha criança.

Melhor ter solidão do que nada.

Melhor só ter uma estrada,
do que procurar nos caminhos já percorridos,
sua morta amada.

Inserida por nelmarques

O cortejo de João

Seguia uma multidão em rua larga
um cortejo de um defunto comum,
um homem conhecido e respeitado
na cidade.
Era o João, que morrera de dor
nas tripas.
João era uma alma boa, pessoa
prestativa e generosa.
João nunca se negara a ajudar seus
vizinhos, fossem eles gente boa
ou homens emprestáveis.
João não teve filhos nem esposa
e por toda vida vivera sozinho.
João cultiva a terra, onde plantava
seu sustento e o de quem lhe
batesse à porta.
João, certa noite, comeu seu jantar
e em seguida, depois de pitar o seu cachimbo,
fora dormir de barriga cheia e alma leve.
Durante a madrugada João sentiu fortes dores
no ventre, mas João era sozinho, na rua onde
morava ninguém escutou seus gritos por socorro.
João só foi encontrado dias depois, quando
vizinho lhe bateu à porta para lhe pedir açúcar
para adoçar seu café matinal.
O cortejo de João seguia na rua larga
em profundo silêncio, ninguém lhe cantava
ladainhas fúnebres,
nem cânticos de vitória.

Inserida por EvandoCarmo

SOU ESPECIAL...!

Eu me sinto muito especial quando você diz
que és meu!

Eu me sinto muito especial quando você diz que seu
amor sou eu

Eu me sinto muito especial quando você mantém
minha mão na sua...

Eu me sinto muito especial quando você me mantém
nos braços quando
Eu choro ...

Eu me sinto muito especial quando você diz
que está tudo bem ...

Eu me sinto muito especial quando você me chama
de mel ...

Eu me sinto muito especial quando você diz
Eu te amo!

Inserida por celinavasques

Solidão dos pensamentos.




A pior solidão que existe, de dia, a noite ou a todo momento é a solidão dos pensamentos.
Mesmo repleto de virtudes, sorrisos e gemas, correntes de ouro o prendem a realidade, lavando de suor, os sonhos.
Ser repleto é ser completo, só com os pensares que povoam o ar.

Inserida por nelmarques

Um poema sobre o amor.

Várias vezes ouvi falar,
de ler, cansado estamos.
A maior escola que herdamos,
é o querer do mundo em amar.

Nos olhos, na manhã observo,
olhos universais, verdades metafisicamente testadas,
acaba com o pouco que tenho
de aliviar meu mundo correto.

O certo é não perder a vista.
A vista da montanha, à vista.
Ganhou meu coração não com parcelas,
Comprou, pagou em espécie, há vista.

O cheiro do almoço, costela com cominho,
eis onde vim parar.
No tempo da vó Alzira, do tutano,
no tempo da saudade de fulano.

Gostaria de saber que sinto,
exprimo a solidão e o afeto que a palavra tem em mim.
Saudosa poesia que invade,
tal os olhos da amada.

Inserida por nelmarques

To dear Sue.

Meu Deus, meu Deus, meu Deus,
como acontece toda hora,
uma presença grandiosa e bela,
bela ninfa, esplendorosa aurora.

A caminho da Alemanha se vai,
aquela que tocou meu coração.
Meu refrão, minha canção, meu bolero.
A poesia, a trova, a canção.

Como faróis num mar sem fim,
seu sorriso ilumina a manhã,
uma saudade boa, uma fina garoa,
é o pensar que em minha alma assanha.

Querida e bela Sue,
Onde estará dentro de mim?
Num barco qualquer, bem longe no mundo,
torcendo os desejos, arranco do fundo,
forças que não possuo para continuar.

Estrela da manhã,
aura estelar grandiosa.
O acaso trouxe você,
a vida te leva a voltar,
para seu lugar, para seu lugar.

Inserida por nelmarques

Borboleta errante.



Eu vi borboletas voando em duplas.
Depois de um tempo, só uma voltou.
Bem vinda borboleta ao meu mundo

De possuir o céu,
de voar sem rumo,
de amar o prumo da vida,
de ter a esperança perdida,
de encontrar nesse quintal mundano,
a outra borboleta que errando,
foi com o vento passear.

Inserida por nelmarques

Até o ultimo arrepio...

Prisioneira que sou
Do teu amor...
Um pássaro sem voo... Sem partida...
Como num sonho entre brumas...
Procuro por ti... Em algum lugar
No firmamento... Entre céus...
Talvez...
Onde perdi também a alma e a paixão...

Já me reinventei dentro de todas as viagens...
Por entre mares... Por sobre as ondas
Sem chegar nem partir... Sempre no mesmo lugar
A te procurar... Até o ultimo arrepio...

Mas apenas um olhar pra trás onde
Somente um vazio e as palavras que versam
Quais gritos de amor... Nas rimas do meu poema...
A tua ausência e nada mais...!

Inserida por celinavasques