Contexto da Poesia Tecendo a Manha
Fotografias
Mais um dia.
Menos um dia.
O que rouba mais sua alegria?
Não vivo mais como vivia.
Não vivo como gostaria.
Pessoas tristes são doentes.
Se tratam com poesia.
Pessoas tristes são viciadas.
Se drogam com melodia.
Eu gosto de noites frias.
Queria ser.
Droga! Eu queria.
Se eu pudesse ser, eu seria.
Cinco horas da manhã.
Mais um hoje que ontem era amanhã.
Droga! Mais um dia.
Psicodelia. Sons, imagens, fotografias.
Eu já senti, eu sentia.
Bocas cheias, mentes vazias.
Mentes cheias, bocas vazias.
Te amo.
Amor à família.
Ilusão. Agonia.
Droga! Menos um dia.
Ou seria...
Mais um dia?
DISCORRER
O que tem pra vida
assim toda ida...
A diva querida,
ou a época perdida?
A estrada do dia
aplicação do conceito
o viver na alegria
o sorrir com respeito.
o gargalhar do deboche
escorrego da rua
o fincar no enfoque
d'essa vida só sua.
O que tem para vida
que vai aonde quer
uma vida da vida
ou o feito que quer?
Antonio Montes
GALHOFA
Bola de meia
bate esta cheia
não póca com ar
nem pula na areia.
Tempo de outrora
com béti com taco
menino d'agora
não corre no saco.
Peteca de pena
voando no ar
em tarde serena
na rima a rimar.
Menina pequena
com cinco marias
pedras sem trena
na calma do dia.
Antonio Montes
POPULAR
Uma lagrima no rosto
uma fome pede ajuda
o seu olhar de desgosto
é o mal gosto de Judá.
No lixo, mãos tremula
perambula o que comer
mal vistas em seu tema
odiadas por você.
uma lagrima pede alento
na mais cruel decepção
estenda sua mão ao tempo
tenha um pouco de paixão
Estique seus sentimento
que os santos, solidarão
não deixe, mal ventos
arrastar seu coração.
VENTO SOLTO
Aquele vento solto no chapadão
alargou-se pelos campos e na larga,
não alisou nada!
Balançou poste, derrubou placa
acalentou caminhões...
Tanta força, tanta força!
que até os olhos do motoqueiro
arrancou da cara.
Sabe aquele poço que estava,
sobre a margem direita da estrada...
Mudou-se para, margem esquerda
e transformou em chuva...
Toda a sua água.
Aquele vento solto no chapadão
causou danos, desconcertou coração...
A tudo que foi feito com as mãos.
Antonio Montes
REFLEXO
É o cachorro perseguindo osso
é o pássaro pulando atrás da fruta
é o vento doido no mês de agosto
é o bruto testando a força bruta.
É a espuma do mar sempre persistindo
é o lobisomem namorando a lua cheia
é a saudade tirando o todo o sossego
é o desespero da mulher feia.
é a morte amável e amiga de adeus
ao mesmo tempo inimiga da vida
pensamentos dos outros não seu teus
são todos tortos em causas perdidas.
Os pensamentos sim, são mesmo torto
irmãos de todos os infelizes aleijados
em vida têm enjoou, vômito e aborto
orgulho, vontades e desconfiados.
O galho da rosa não tem somente flor
tem caule com casacas e também espinho
o mundo é uma precisão de paz e amor
para encontrar-se com meiguice e carinho.
Antonio Montes
MENINA NA RUA
Menina pela rua,
presa em seus sentimentos
vê o sol em seu tempo
preso em sua janela.
Em seu sonho sem dono
nunca acha a razão
no peito triste, seu coração
chora o seu abandono.
Seu arco-íris é quadrado
pelos ferros da vida
saudade,todavia é doida
em seu mundo de entalo.
Escora-se, em suas esperanças
no passo a passo dos sonhos
seu caminho, ficou medonho
desdê o tempo de criança.
Antonio Montes
COMO PORTA
Como porta em seu vai e vem
abrindo para se fechar
se escancara...
fecha-se em suas costas
Ou tranca-se em sua cara.
Se vai pra fora... Volta...
Pelas frestas dos meus sentimentos,
vejo o fim com a sua partida
mas você chora, chora vertendo...
Lágrimas em sua despedida.
Você passa e vai embora...
Meus pensamentos te seguem,
abrindo para sua volta
si comportando, como porta.
Antonio Montes
DESFALEÇO
O meu amor é eterno...
Feito para lhe dar,
mas se você não querer...
Eu não me quero, porque...
Somente em você encontro
O doce gostoso d’esse amar.
Atiro-me em seus braços
para aninhar-me em rede
no aconchego do seu querer
e me deleito com seus abraços
aonde,no carinho, umedeço...
Morrendo por você.
Antonio Montes
FLAVESCENTE
Peixe d'oirado, d'oira
os olhos da minha amada
e o gosto da sua senhora...
O prato branco de louça
a mesa toda enfeitada
e o alvo prata da roupa.
Peixe d'oirado d'oira
o céu do meu jardim
e o amor que sinto por ti...
D'oira a lua e sua calma
todas as estrelas da noite
e os sonhos da minha alma.
D'oira a esperança do meu ser
sentimentos que me arrastam
com a vontade desse querer.
Peixe d'oirado d'oira
os sonhos do meu agora
e a hora, que estou com você.
Antonio Montes
EMANCIPAÇÃO
Liberdade! Liberdade
Pelos arames de fome nas fronteiras
pelo choro ensacado no lixo
pelo roubos de vidas inteiras
a prisão da ganância o enguiçou.
Liberdade... Liberdade!
Pelo choro das ruas escuras
pelos porões da solidão negra
pelos mórbidos semblantes das ruas
e o funeral dos sentimentos piegas.
Liberdade... Liberdade!
Ao salário mesquinho de fome
as vontades perdidas e vãs
as lagrimas de esperança do homem
e pelos ofuscado café da manhã.
Liberdade... Liberdade
Pela liberdade de ir e vim
pelo direito do desabrochar da flor
e gargalhada do saudável sorrir
na expressão do verdadeiro amor.
Pelo aparecimentos das rugas
o respeito e direitos da idade
pelo sonhos que não tem fuga
pelas asas livres... Liberdade!
Antonio Montes
EMINENTE
Sabemos que o céu é blues...
Blues, é sua cor toda calma alada
e essa cor toda calma toda azul assim...
Nós sabemos, e como sabemos!
Sabemos que sobre ele,
pauta uma tristeza em elevado silencio
um marasmo de canto a canto!
Sabemos que nas altura, sem cântico
e sem som... Nem uma musica ecoa
nem uma boca contem batom
tudo é apenas... Blues.
Antonio Montes
ANTES FOSSE
Quantas noites! Quantos medos...
Quantos escuros!
Escuridão.
Quantos becos! Quantos segredos...
Quantos todos
Hum! Corujão?!
Cachorro uivando na rua
Ladrão pula sobre o muro
O mundo inteiro no terreiro
No quarto...
Plóc, plóc sapateiro.
Olhe o pé da Cinderela?!
Aquela moça na favela
Tão pobre!
Tão bela!
Espera o encanto no cavalo
O sonho trota no ralo
Antes mesmo do badalo.
O canto do galo...
Os segredos das noites
A prata da lua, causo bom
Kkkkk... Antes fosse.
Antonio Montes
GEADAS DA VIDA
Verde, preto em manhãs desfolhada
sacode gelo sobre a terra
bacia com água fica coalhada,
é assim que amanhece o dia
em manhãs de geadas.
A dona Quitéria, mulher fera
se levanta sedo, bem cedinho!
E segue em passos frios,
para tirar leite da vacada.
O curral esta cheio de berros
as vacas com vestes em malhas
mugem em suas danças sobre a janta
e os bezerro em desespero...
Almejam em suas sedes de esperanças.
É... O viver tem lá o seu preço
nem sempre a vida sana
os sonhos de sua gana.
Antonio Montes
AQUELA BOLHA
Aquela bolha de sabão colorida
Tão leve... Tão solta no ar
Continha n’ela o nosso amor
Você colocou sobre ela!
E como se fosse um sonho...
Sopraste rumo a lua,rumo marte
Sopras-te para o alto do calor.
Com os ventos dos sentimentos
Aquela bolha de sabão, subiu...
Subiu, subiu e ao o sol tiniu...
Tiniu de tanto carinho e amor!
Tiniu nas anciãs e vontades
Tiniu nas volúpias dos nossos corpos
Tinindo ela se elevou sob as estrelas
Rodopiou sob os anéis de saturno
E ao mundo todo em segundos
Cantou suas alegrias pelos ares
E nunca mais, sentiu dor.
Antonio Montes
TRANSLADO
Essas marcas, essa pele
um dia irá se acabar
sucumbirá com as favas
que em sua derme esta.
Ficarás os seus rascunhos
moldado com sentimentos
desenhos feitos em punho
configuração dos pensamento.
Você vai... Você fia
estudo de tudo novo
sabedorias te indica
avanço de novos povos.
Te copiarão como cria
no refazer da geração
serás novo nesse dia
ao cunho de novas mãos.
Antonio Montes
Eu escrevo por você...
Eu escrevo apenas o que eu sinto,
o que me vem ao pensamento.
E quando escrevo sobre amor,
é porque amo mesmo, não minto!
Eu escrevo o que minha alma diz,
o que os lábios não conseguem dizer.
Não quero aplausos de poeta,
mas teu amor eu quero, sempre quiz!
Marta Gouvêa
BEIJO NA BOCA
Beijo na boca, não
beijo na boca, não
Se eu lhes de beijo na boca
eu lhe dou meu coração
beijo na boca, não.
O tic tác do meu peito
esta movido ao meu universo
seus lábios são mel de flores
você é paixão, eu confesso
beijo na boca, eu peço
Beijo na boca, não
beijo na boca, não
se eu lhes de beijo na boca
eu lhes dou meu coração
beijo na boca, não.
Mas quem dera o seu beijo
orvalho, chuva e poejo
com essa vontade louca
se eu lhe der beijo boca
desembesto o meu desejo.
Beijo na boca, não
beijo na boca, não
Se eu lhes de beijo na boca
eu lhe dou meu coração
beijo na boca, não.
Antonio Montes
TRETA
São eles, são eles...
Os mandões lá de cima
a velejar em mares de lama
causarem danos e danos...
Desfolharem nosso tesouro
para depois debruçar os frutos
em outros oceanos.
São eles, a provocar o chorar da misera,
rios de lagrimas em nossas vidas
causadores do aborto da esperança,
são eles a causarem, apologia do poder,
lagrimas e desespero da fome,
desconcerto harmônico da família
a falta de esperança no coração do homem.
São eles... O disparate do poder
descarte da dignidade
funeral da integridade e da ética,
são eles, são eles..
São eles os mandões do nosso pais.
Antonio montes
REVERDECER
Passaram-se todas as estações,
e com elas...
As cores da minha pandorga
a balançar sobre os fios do tempo
pendurados em sentimentos eletrificados.
Só a primavera restou...
Toda notável, cheia de flor,
andam dizendo,
que a primavera reflete amor!
É pode ser... Jardins se enche de verde
galhos se renovam, e a felicidade...
Brota sobre os rostos do futuro.
Os sorrisos florescem diante do renascer
e se expandem pela avenida da vida
e o cheiro do nascimento, permeia o ar
... Tudo é novo...
Novo também, é a vontade de mar.
Antonio Montes
- Relacionados
- Poesia de amigas para sempre
- Poesia Felicidade de Fernando Pessoa
- Poemas de amizade verdadeira que falam dessa união de almas
- 27 poemas de bom dia para celebrar uma nova manhã
- Poesias para o Dia dos Pais repletas de amor e carinho
- Poesia de Namorados Apaixonados
- Primavera: poemas e poesias que florescem no coração