Conselho para uma Pessoa Orgulhosa
A poesia é uma arma poderosa de divulgação, conscientização, união e libertação. Ela ultrapassa fronteiras, vence obstáculos e discriminações .Brota no coração e, ao chegar à mão do poeta, explode em versos.
A imensidão do mar,
em meio as estrelas flutuantes do céu,
me encontro em meio ao léu de uma dimensão sem fim
Se a vida lhe negar um sonho ,mostre a ela que você é forte o suficiente lhe negando uma lágrima ,lute e tenha fé.
A APARENTE FRAGILIDADE DAS FLORES
[...]Há na ponta dos meus dedos uma sensação que me apavora enquanto me devora e solta este animal exótico que te seduz. Preciso desta textura, deste estágio e destas rendas que me realçam enquanto me preparo para você fazendo do meu corpo, o seu relicário.
Sabendo
Negar o lado escuro da vida
e construir a perfeição do que somos,
nos dá uma melhor postura diante daquilo tudo
que [nessa altura da vida], já não é mais proibido.
EFÍGIE
No jardim de uma vasta casa Uma efígie estranha habitava E feito um verme se arrastava Ao relento ou ao vento Seja qual for a estação Chova ou faça sol Sempre lá ela estava Muda... Sentada... E tristonha. Seu olhar perde-se no horizonte De um passado distante Lágrimas instantaneamente Rolam pela sua senil face Falecendo no solo em enlace. Uma sombra sombria Em sua mente percorria E no seu coração já adentrou Depois fora embora Sem olhar pra trás Deixando ser semimorto Extinto de sentimentos Presenteando-a com grande angústia Sugou-lhe a comoção... e a razão Fê-lo prisioneiro da solidão.
Um novo caminho para andar... um novo sonho pra sonhar... o deserto não é o teu lugar.... uma nova vida Ele prometeu, a todo aquele que nele creu... O mar à sua frente se abrirá..."
ÚLTIMO GOLE DE MIM
A CADA DIA UM POUCO DE MIM SE VAI PRA SEMPRE E NADA DE ADEUS APENAS UMA FALTA FICA QUE NÃO SE DISSIPA NUNCA E SALTITA COMO MOLECA TRAVESSA NUM MEIO DE UM CHUVISCO TÃO RÁPIDO QUE NEM CHEGA A MOLHAR DIREITO MAS MOSTRA O ESTRAGO QUE UM SIMPLES AFAGO PODE FAZER A VOCÊ.
Quero chuvas de beijos para saciar os meus desejos.
Quero uma noite de prazer e todo seu corpo conhecer.
Quero ouvir o seu gemido, dizendo ao vento tudo que esta sentindo.
Quero depois te olhar e seu lindo rosto apreciar.
Quero o toque de sua mão, reacendendo a paixão.
Quero um abraço demorado e me sentir seguro ao seu lado.
Quero você nesse momento, pois sempre estará em meu pensamento!
Sergio Fornasari
Eu não sei se conseguirei lidar com o meu mito
Inventei uma mentira e nela piamente acredito
E eu digo que contigo simbolicamente suicido
Viverei com prazer o nosso finito infinito
Não estou bem. As pessoas ao meu redor já não me encantam mais. Algo se perdeu... um elo, uma esperança, a mais importante das lembranças. Não lembro quem sou e sentado atrás desse muro, só penso em quem quero ser. Escuto um barulho, é suave, rouco, cheio de emoção. Alguém canta aquela música que toca todos os dias no rádio e que eu nunca achei tão melódica. Em meio aos meus emaranhados de pensamentos, a voz se silencia, não escuto mais ruídos. Será que ela foi embora? Ela seria capaz de levar embora o fagulho da minha esperança? Quem é essa pessoa? Levantei com o coração batendo loucamente dentro do meu peito e espiei o outro lado do muro. Aqueles olhos verdes me cercaram, me prenderam como um ímã poderoso. Ela corre de mim, eu corro por ela, ela foge, eu me aproximo, ela me olha, eu suspiro. Nem a chuva, nem o barulho do meu coração conseguiria acabar com meu encanto.
- Quem é você? - pergunto com a voz baixa, perdido, em êxtase, quem era aquela pessoa que roubou minha paz? Ela volta a andar sem olhar pra trás, na companhia do seu violão e de sentimentos na bagagem.
- Só preciso saber o seu nome - murmuro baixo, afobado, desesperado. Ela se vira e com a voz mais suave que meu coração ouviu, diz:
- Me chame de solidão. Não vale a pena me conhecer - ela corre pra longe de mim. Ela roubou a minha paz, meu coração e junto com ele a minha esperança. Só queria ter dito a ela que suportaria conviver com a solidão, desde que ela fosse a minha perdição. Ela entrou no ônibus, nada fez sentindo. Ela foi embora, eu continuo aqui esperando a sua volta.
POETA
(auto (des) afirmação)
Não sou um poeta,
seria uma ousadia,
assim pensar,
mas, sinto-me, às vezes,
como um deles – utopia, sei lá...
Carrego, de muito jovem,
o gosto pela literatura – a poesia.
Aprendi a ler,
escrever e admirá-la.
Ganhei dos poetas,
das rimas,
apenas a vocação
e, vez por outra, até me inspiro...
Raramente lírico,
realista sempre...
Poeta?... Não, não sou,
nunca fui...
Minha débil aptidão (julgo)
tem me sonegado, até hoje,
essa maravilha: o Dom de ser um poeta...
Eu não sou uma aberração
Eu nasci com a minha arma livre
Não diga que eu sou menos do que a minha liberdade