Colher o que plantou
Existe um ditado que diz: "Quem planta tâmaras não colhe tâmaras" isso porque as tamareiras levam de 80 a 90 anos para darem os primeiros frutos. Certa vez um jovem encontrou um senhor de idade plantando tâmaras e logo perguntou: por que o senhor está plantando tâmaras se o senhor não vai colher ?
Não importa se você vai colher, o que importa é o que você vai deixar.... cultive, construa e plante ações que não sejam apenas para você, más que possam servir para todos e para o futuro. Se todos pensassem como o jovem, ninguém colheria tâmaras!
Poesia não se planta. Poesia se colhe. O que se planta é poema. A colheita poética é o resultado de um árduo trabalho de cultivo de percepções estéticas, interações verbais e arado gramatical, tudo sobre rico substrato existencial.
Ser assim!
Nordestino não faz guerra
planta paz e colhe o bem
assume quando erra
e valoriza o que tem
não inveja a sua terra
nem a terra de ninguém.
Contei nos dedos, me deram doze, prá ser o pão, sem brigas e confusão, quem planta colhe, sempre nos diz o irmão, pois somos unidos, pela sábia estrutura da gratidão, além das vontades perdidas, do ser querer algo, causando imputação, antigo traço de *birração*.
"Quem planta sempre colhe...
A semente vai produzir bons frutos, quando bem semeada e cuidada com afeto, do contrário ela secará ainda que a terra seja fértil. "
No mato se planta, se colhe
No Xingu o peixe se escolhe
Então pra mim isso é perversidade
Fazem o mesmo com os índios, donos dessa terra
Mesmo sabendo que isso pode acabar em guerra
Dos filhos deste solo és mãe gentil?
Isso é só no hino do Brasil
Todos nós somos iguais, não deve haver distinção. A gente colhe o que a gente planta, se plantarmos o bem colheremos o bem. Não importa se é negro, branco ou amarelo. Tem de haver consciência humana! Todos nós temos direitos e deveres!
Lá na roça
La na roça,
A gente planta ,a natureza rega e colhemos que ela regou.
Hoje vou falar de uma planta.
Cujo vegetal é fenomenal.
Rala-se a espiga e o leite escorre no latão furado com prego e martelo e não há quem resista a cozida massa ralada e laranjada.
La na roça é assim,
A gente tira a palha e os cabelos e as espigas vão chorando o tal caldo na bacia improvisada.
Até o luar do interior chora nessas horas.
A safra do grão amarelo escorre pelas veias da poesia.
Até os animais agracedem.
Milho verde!
Oh! Trem bão.
Gostinho do interior.
Gostinho da roça sinsinhor.
Enquanto o Juninho queima o carvão.
O Lourival fica de boca no chão cozinhando no taxo de latão.
A família toda participa da ornamentação.
Mamãe e minhas irmãs,
Enchem as conchinhas na palha verde retiradas das espigas.
Depois de empalhadas e cozidas.
Se torna o prato do dia,
O angu na frigideira se embola e se mistura com poente do Sol....
Oh! Saudades meu Deus.
É o puro sabor daquele nosso,
Sertão.....
Autor: Ricardo Melo
O Poeta que Voa
SEUS DIAS
Na terra colhe o que se planta
Na vida pode ser discrepante
O futuro é o reflexo do presente
Assim como cada dia é diferente.
Cada dia um visual aparente
Que mexe com a emoção de gente
E as noites também é presente
Com magnitude reluzente.
Acordar nem sempre com olhar brilhante
E muito menos permanente
Seu humor pode ser marcante
Como pode ser de um principiante.
Tudo isso é coerente
A igualdade é inexistente
Um dia após o outro
Tem momentos divergente.
Cada um colhe exatamente aquilo que planta, na mesma qualidade e pureza quando da sua semeadura.
... então ...
Não reclame na colheita os frutos todos podres ou coloque a culpa no solo, pois no fim, a podridão veio das suas próprias ações e omissões.