Colher
Fato! Hoje somos o espelho que reflete nossas escolhas pretétiras. Engole o choro, levanta e percorre um novo caminho, de modo que no futuro tenhas um farta colheita da tua plantação.
Você só colheria os frutos que não plantou no pomar alheio. Isso seria roubo. Plante, regue, cuide e colha os seus frutos.
Jamais podemos esperar muita coisa de pessoas vulgares, vazias e pequenas. A vida cobra e ensina na dosagem certa. E cada um vai colher exatamente o que plantou e cultivou.
O Roceiro
Pelas paredes gretadas
Mugidouras vacas deitadas
Paciente e ruminante
Observava, ele via
O amanhecer no horizonte
Lá vem a barra do dia.
Acorda mulher, acorda Lia
O algor cobria de neve o chão
Que frio!... Virgem Maria
Levanta mulher, coragem e opinião
No poleiro, não tem mais galinha
Façamos junto a oração
Salva-nos, ajuda-nos oh!... mãe rainha
Opinião! Opinião! Exclama
Com mãos calejadas o rosto lava
Descalço, pisa n' água, na lama
Se não fosse ele, homem chorava
Sorrindo, alegre, a vida leva
Mulher!... este frio é geada
Mas enquanto o café côa
Amolo minha enxada
Pois, não gosto, não fico a toa
Também trato das bicharadas
Dos porquinhos e da marrôa
Marido o café tá coado
Vem beber senão esfria
O roceiro vem afoitado
Não vim antes, não sabia
Bebe e pega seu machado
Nossa lenha não vai ao dia.
É triste; não sei ler, sou tapado
Amanhã preciso de arrogo
Marido!... me dá licença
Vou por feijão no fogo
Desculpe, arrogo não é doença
Fala logo com seu sogro
Meu pai tem clemência.
A tarefa d' manhã terminada
O roceiro vai sossegado
Cachimbo na boca e na mão a enxada
Também no ombro o machado
Derrubar a matarada
Onde tudo é plantado
Descalço, nos trieiros, na saroba
Alegre, cantando, não tango
Pula, um bicho, é cobra
Foi engano é um calango
Que bela mata e gigante peroba
Roço, queimo e planto morango
O céu, a serra enfumaçada
Dos roceiros a história narra
Árvores deitadas, folhas esturricadas
Por todo lado zumbido de cigarra
É tempo agora de queimadas
Quase tristeza o roceiro agarra
Vamos urgente aproveitar
Chegou a flor do mandacaru
O sol não vai mais esquentar
Que fumaça! Foge o inhambu
Nossa roça vou por fogo, queimar
Essa chuva não vai pegá-la cru
Mulher!... Vamos agora plantar
Arroz, milho, mandioca e feijão
Se o pai do céu nos ajudar
Vamos fazer um farturão
A nossa fé não pode, não vai faltar
Não esquecendo da oração
Na roça tudo é dureza
Lá dá praga pra chuchu
O prejuízo é quase certeza
Corre perigo da cobra urutu
Formiga, cupim é da natureza
Destruidores, passo preto e tatu
Quando planto, sou feliz
O tatu, mandioca e milho ranca
O roceiro não maldiz
E por Deus, não adianta
Formiga nas folhas, cupim na raiz
E vem o sol virgem mãe santa
Chega então a colheita
Houve grande resultado
Labuta, sofre, não deita
Corajoso, alegre vai o coitado
Uma boa cama ele enjeita
Foice no ombro, fazer novo roçado
A história do roceiro
Ela é indeterminada
Bolso limpo sem dinheiro
E a ele não falta nada
Veste algodão e sempre caseiro
Crê em Deus, crendice e fada.
PLANTAR, REGAR E CRESCER
Eu plantei.
Eu reguei.
Mas nada sou.
Agora ELE dará o crescimento.
ELE é tudo em todos.
DELE, por ELE e para ELE.
DELE é o querer e o efetuar.
Inúmeras sementes semeadas.
Não retirarei as minhas mãos.
Afinal, não atentei para o vento.
O que semeia chorando.
Colherá sorrindo.
Bendito o fruto da tua terra.
..."A atitude ainda é o melhor campo e o mais fértil para se plantar os nossos sonhos."...Ricardo Fischer
HAIKAI
Lancei a sorte
Na direção do vento
Colherei esperança?
Na direção do vento
Lancei a sorte
Colherei esperança?
Sei que não estarei aqui para ver a colheita, daqueles que por pura rebeldia, hoje sem temor se levantam contra mim...
Eu cansei de escutar
Palavras que me entristece
De quem não sabe falar
E também não me conhece
Hoje me conheço bem
Aprendi me respeitar
Me nego a falar também
Se for só pra mágoar
Somos todos diferentes
Cada um da oque tem
Quem plantar uma semente
Vai ter que colher também
Deus não dá uma fardo maior do que você possa carregar... nada acontece por acaso... e quem semeia o Bem... o Bem colherá.
Flávia Abib
— Mestre, alguns comem com garfos, alguns com colheres e outros com pauzinhos. Qual é o certo?
— Lavar o prato quando terminar e ser grato pelo alimento.
Elogie sempre que puder
Diga coisas bonitas do nada
Diga que sente falta
Abraça, beija, demonstra
Rega seu jardim
As borboletas virão de dentro.
"Um fazendeiro que colhe seus frutos sem história, é desprovido de beleza, mas um fazendeiro que sofre com secas e, mesmo assim, consegue prosseguir com seus cultivos e os colhe, este sim possui a mais rica beleza."
Para mim, olho no olho não significa nada. Falsidade ou mentira só é ruim para quem a carrega no coração. Faço o bem mesmo para quem "não merece". No final das contas percebo que não se trata de semear o bem com a intenção de colher o mesmo lá na frente...mas de me tornar esse bem, incondicionalmente.
O dia de hoje tem como compromisso me devolver o fruto com a mesma qualidade daquele que eu plantei ontem.
As pessoas machucam as outras e vivem como se nada tivesse acontecido, esquecendo que um dia há de colher o que se plantou.
Sou um cúmulo de metamorfoses. O produto de muitas reinvenções.
Em meio a tantas ousas, já até me perdi de mim. Mas senti saudades e, de braços bem abertos, corri ao meu encontro.
Já pensei não ter mais forças. Mas, de algum lugar secreto, a força sempre vem.
Já perdi a esperança... Mas a esperança é fênix. Renasce das cinzas, forte e inexorável.
Entendi que não importa quão caótica a situação, a maior demonstração de presença de espírito que se pode dar é colher os morangos da vida. Ah, os morangos! A vida os oferece aos punhados. Mas só os nota quem se atreve a sair do lamento e olhar ao redor.
Entendi que Clarice Lispector tinha toda a razão: Ser livre é seguir-se afinal.
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