Coleção pessoal de ninhozargolin
É interessante (...) que o elo entre as práticas de ensino e o pensar dialógico esteja fixado pelas mãos do educador, e que suas ações desenvolvam-se em um espiral. (...) Analogamente, poderemos enxergar o desenvolvimento da ação docente tal como Piaget descreve as fases do desenvolvimento, em uma visão interacionista e, portanto, dialética.
É preciso (...) que o professor tenha uma postura consciente. Isso, aliás, é algo intrínseco à profissão e que pode/deve ser aperfeiçoado com a práxis em sala de aula, objetivando associar todas as questões e reflexões para a construção de uma prática menos excludente.
Ao debruçar-se sobre o saber e a cultura do estudante, o educador deve respeitar e cultivar as diferenças, criando oportunidades para expandir os conhecimentos, ampliar a convivência e a sensibilidade na formação do aluno.
Nem todos os profissionais da Educação estão, de fato, engajados em realizar propostas pedagógicas que contemplem a diversificação, mas a diversidade cultural tem a cultura como repertório amplo de sentidos a serem apreendidos por todos e as instituições de ensino devem, sim, assumir essa responsabilidade.
Somos medíocres, frustrados, intolerantes, impacientes, ainda que tentemos controlar todas as angústias e, principalmente, atribuir a culpa a um demônio qualquer. Perdemos a inocência. Substituímos-lha pela malícia. E isso não nos protege de nós mesmos. Não mesmo!
A gestão democrática não se efetivará por decreto, portarias ou por resoluções, mas pelo processo de participação coletiva dos envolvidos no processo educativo. É a garantia de mecanismos e condições para participação, descentralização e compartilhamento, mesmo sendo a escola um espaço de contradições e diferenças em que se englobam relações de poder, participação e trabalho coletivo
A reflexão sobre si mesmo é uma das atividades mais complexas de se realizar. Principalmente, quando o objetivo é registrar a subjetividade que nos circunda ao longo da formação pessoal e profissional.
SONETO DE INFIDELIDADE
De tudo, a quem me queira, retirarei acalento,
Antes, e com tal gelo, e sempre e tanto
Que mesmo em face do menor encanto,
Dele se esvaia o meu pensamento
Quero esquecê-lo em cada vão momento
E com desprezo, espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar seu pranto
Ainda que ele esteja em sofrimento
Assim, quando mais tarde me procures,
Quem sabe a sorte, amiga de quem joga
Quem sabe a solidão, fim de uma noite
Eu possa me dizer de quem eu "tive"
Que não seja imoral (posto que é droga)
Mas que seja finito enquanto eu não ame.
A vida é uma eterna troca de figurinhas. E é por causa do egoísmo que quase ninguém completa o álbum.
Entre devaneios e verdades ainda não descobertas, procura-se o fio da meada, em ciências e em crenças; trilhando-se em um Universo, imenso e imerso nas diversas formas de se perceber a si mesmo.
Somos repletos de sonhos, de 'bosques', 'flores' e 'amores', com 'palmeiras onde cantam os sabiás', mas trazemos, nesta utopia, muito mais ideologia do que se pode pensar.
Em nação miscigenada repleta de culturas e cores, abrolha a diversidade, escondida em mil cobertores.
'Salve, salve a ditadura', dizia o pastor da igreja, 'que, se não fosse pecado, seria, do bolo, a cereja'.
Divina vontade como proclamam em toda cultura, em cada povo. Um casal que brinda, casal que ri. De sua união, um mundo novo, com velhos hábitos e redundância. Ambos padecem em 'um só corpo'.
Milhões de estrelas condenam o homem a ser um grão neste deserto. De certo somos o que restou de um pó cósmico ou de um átomo sem identidade e sem juízo.
Capitalismo vem do passado, berço do homem. Homem que pensa que consome e é consumido, aspirando liberdade, vivendo de libertinagem e reprimindo suas vontades.
Cabe a nós mesmos, autores da própria sorte, buscarmos inspiração para querer, para sonhar e para ser.
É no brilho de cada amanhecer que se esconde a razão de seguirmos em frente. A certeza é única, a verdade é crua: nada é eterno nem perene...
Todos queremos uma sociedade mais justa e igualitária; então devemos começar polindo nossos próprios orgulhos e paixões!