Coleção pessoal de ninhozargolin

'Isto é uma frase'. E viva a metalinguagem!

Sendo a vida o cenário, atores e autores se misturam: ora é falha do roteiro; ora, falta de talento.

É bom sempre ressignificar tudo aquilo que se diz, porque todos mudam o tempo todo; no entanto, as essências são, inevitavelmente, perenes.

Concluí que sou o que sou e gosto de sê-lo. E quem não gostar de mim assim não precisa se esforçar. Há bilhões de outras pessoas no mundo esperando ser 'gostadas'!

Descobri do jeito mais cruel que eu sempre seria o vilão aos olhos de alguns.
Tem quem me olhe assim. E me sinto mal. Sinto-me mau também. Creio que, às vezes, eu mesmo começo a desacreditar no lado bom de ser quem sou.

Sei amar como ninguém, porém não consigo amar por muito tempo. Eu enjoo rápido. Dá vontade de sair correndo e nunca mais parar. Mas daí, eu certamente pararia pra descansar no primeiro oásis, porque tudo que é demais me cansa. Inclusive, esse tal descanso na miragem, que, mais do que depressa, seria trocado logo por uma carona - nem que fosse de ônibus - até a cidade mais próxima, onde eu pudesse conhecer gente nova.

Detesto tudo o que é preciso decorar, com exceção de poemas: 'De tudo, ao meu amor serei atento' e nunca vou esquecer do soneto todo. Se serei fiel? Isso já é demais!

Dizem que o tempo cura. Mas não é verdade. Ele só passa, como quem não quer nada. É folha seca do início do outono, que vai cair, haja o que houver.

Uma das coisas que me chateia é fazer aniversário. Nunca gostei. Mas, obviamente, minha vontade de parar o tempo não resultou em nada. Ele continuou seu curso, sem se importar comigo.

Não saber algo é ótimo. Significa que eu estou no caminho certo.

Uma cultura que perpassa pela corrupção de valores, de políticas e de pessoas destrói a identidade de uma nação e dilacera sua governança.

Para toda vacina há um estudo; e para cada cientista, uma população que anseia por seus resultados.

Eis o cenário de um "The Walking Dead" mais verossímil: zumbis viciados em jogos eletrônicos, músicas randomizadas e redes sociais, tentando esvaziar o cérebro dos sobreviventes.

Antes de escolher um amor como quem clica numa série para 'maratonar' na Netflix, é preciso compreender que, às vezes, o conteúdo realmente bom está fora do catálogo.

Não sei aprisionar borboletas nem pessoas.
Gosto de vê-las vindo, livremente, ao meu encontro.

A burocracia prioriza a sistematização de obviedades.

Tudo precisa de um tempo, um pano de fundo e um sentimento.

Felicidade é a força da Física calculada pela fé ao quadrado dividida pelo esforço individual. A fé pode ser substituída por x.

Notar-se vazio é o primeiro passo para buscar o preenchimento. Acreditar-se repleto é utopia, porque somos copos que nunca transbordam.

Querer o que há de melhor é corriqueiro. Saber o que é realmente melhor para si mesmo, contudo, tem se tornado um suplício.