Coleção pessoal de michelfm

181 - 200 do total de 1580 pensamentos na coleção de michelfm

⁠Sabia assoviar, dar beijinhos, caretas,
Causar tremelique, espalhar em sigilo,
Alegrar piquenique,
Berrar sem barulho,
Derrubar pau a pique,
Enfeitar pedregulho.

⁠Ia pouco importando e se a onda viesse,
Represada nos diques, da imensa represa,
Irrompia em chiliques,
Baita delicadeza.
Rodopios, cambalhotas,
Corrupios, piruetas.

⁠Fascinava acalmando,
Despertava abismando,
Vinha desconcentrando,
Ia aonde quisesse.

⁠Ex-pediente

Insuportável calor,
Mormaço infernal.
Um cordão avermelhado
Cingia teu pescoço.
Mantinha-se deslizante,
Na aflição apavorante
De que alguém entrasse.
Não fazia nada de errado,
Era nem tão bom
Em coisa nenhuma.
Tolamente cumpria sua função.
Atmosfera densa,
Produzindo superiores
Oprimindo subordinados;
Colegas delatando,
Colegas delatados.
Cadeia alimentar empresarial,
Subsistindo a plenos sacrifícios.
Desequilíbrio profissional,
Rondando os indivíduos,
Que compunham aquele
Inacertável grupo
De péssimas pessoas.

⁠Cadeia alimentar empresarial,
Subsistindo a plenos sacrifícios.
Desequilíbrio profissional,
Rondando os indivíduos,
Que compunham aquele
Inacertável grupo
De péssimas pessoas.

⁠Tolamente cumpria sua função.
Atmosfera densa,
Produzindo superiores
Oprimindo subordinados;
Colegas delatando,
Colegas delatados.

⁠Não fazia nada de errado,
Era nem tão bom
Em coisa nenhuma.

⁠Mantinha-se deslizante,
Na aflição apavorante
De que alguém entrasse.

⁠Insuportável calor,
Mormaço infernal.
Um cordão avermelhado
Cingia teu pescoço.

⁠Fique Margô

Margô fica angustiada,
Por não realizar suas proezas.
Margô fica assustada,
Só de pensar nos desacertos.
Margô fica frustrada,
Com o acúmulo das despesas.
Com a quebra financeira,
Fruto de concertos na cozinha
E as prestações da geladeira.
Margô fica chateada,
Pensa estar congelada,
Numa monotonia de desventuras.
Anteontem saiu sem rumo à surdina.
Em sua quentura rancou as cortinas,
Desorientada e desiludida,
Nem o abajur apagô.
De todos os pedidos
Que desejo lhe pedir,
Peço apenas um:
Fique Margô !
De todos os pedidos
Que desejo lhe pedir,
Apenas um peço:
Fique Margô !
Por favor.

⁠De todos os pedidos
Que desejo lhe pedir,
Apenas um peço:
Fique Margô !
Por favor.

⁠Anteontem saiu sem rumo à surdina.
Em sua quentura rancou as cortinas,
Desorientada e desiludida,
Nem o abajur apagô.

⁠Margô fica chateada,
Pensa estar congelada,
Numa monotonia de desventuras.

⁠Margô fica frustrada,
Com o acúmulo das despesas.
Com a quebra financeira,
Fruto de concertos na cozinha
E as prestações da geladeira.

⁠Margô fica angustiada,
Por não realizar suas proezas.
Margô fica assustada,
Só de pensar nos desacertos.

Senhora do Sândalo

Cordas vocais apuradas,
Bússola das caravanas,
Sobrancelhas delineadas,
Emolduradas pestanas.
Emana seu íntimo,
Tua essência transpassa,
Derrama cadência,
Não anda, ultrapassa.
Assim Ela é,
Decência e escândalo.
Num meigo balé,
Senhora do Sândalo.
Escoltada por curiosos,
Poema, dom dos artistas,
Donativos vistosos,
Charada de ilusionistas.
Divulguem-na,
Tornem-a pública,
Venerem-na,
Tirania e República.
Assim Ela é,
Decência e escândalo.
Num meigo balé,
Senhora do Sândalo.

⁠Divulguem-na,
Tornem-a pública,
Venerem-na,
Tirania e República.

⁠Escoltada por curiosos,
Poema, dom dos artistas,
Donativos vistosos,
Charada de ilusionistas.

⁠Assim Ela é,
Decência e escândalo.
Num meigo balé,
Senhora do Sândalo.

⁠Emana seu íntimo,
Tua essência transpassa,
Derrama cadência,
Não anda, ultrapassa.