Coleção pessoal de mafeprobst

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⁠Gosto disso, dessa sensação de primeira vez que você me causa. Disso, de nunca me cansar em te olhar, de estremecer com intensidades, de sorrir tímida sempre que me desfaço e me derreter com as mesmas palavras ditas, com os mesmos detalhes vistos todos os dias, com as lembranças ainda tão frescas e sempre memoráveis antes de dormir.

[trecho de "Vamos brincar de mímica", Mafê Probst]

⁠Como pode duas pessoas se sentarem lado a lado e sentirem um oceano de distância?

⁠By the way, essa noite você me veio como um sonho bom e eu senti uma urgência tua tão grande, boy.

⁠Aprenda a me ler. Apenas leia. Gosto de me esconder nas entrelinhas, de escapar nas vírgulas, de me perder nos pontos. Eu me faço, refaço, pinto e bordo do jeito estranho e poeta que sei ser. Carrego comigo o mundo, as músicas, as lembranças de que, teimosa, não sei me desfazer e sorrio com chuva nos olhos, porque sempre tem algo pra se esconder. Maquiagem de graça essa, discreta como só o beija-flor sabe ser.

⁠porque a felicidade - tal como a tristeza - quando é demais também precisa transbordar.

⁠Aceitar o fim dos ciclos. Tem livro que termina sem, de fato, terminar. Vezenquando algumas histórias acabam nas vírgulas,

⁠tem cheiro de saudade que me borda malícia escondida num meio sorriso.

⁠Amanhã, meu bem, o tempo é só detalhe.
Porque hoje é sexta-feira e ela não precisa ter hora para acabar. Porque depois que o mundo se cala e todo mundo retorna para casa, o tempo para. Tudo estaciona e tenta se prolongar. É tempo de abrir uma garrafa de vinho, alimentar a alma com carinho e deixar o amanhã para mais tarde. Amanhã, meu bem, o tempo é só detalhe. Recheado de detalhes nossos e cheios de querer (de)mais.

⁠Porque só você tem aquele abraço com jeito de “se-o-mundo-acabar-agora-por-mim-tudo-bem”.

⁠Às vezes, não é uma questão de poder ou fraqueza; algumas coisas se tornam cansativas & nos forçam desistir.

Tenho pensado muito sobre minhas escolhas.
Onde quero chegar? Quem quero ser?

De vez em quando é saudável a gente se lembrar que somos – e devemos ser – protagonistas na nossa própria novela da vida. Devemos parar para nos assistir, criticar, se emocionar e (why not?) se aplaudir. Pelas escolhas, pela coragem, pelos desafios.

A gente precisa aprender a se olhar – e se olhar com mais carinho⁠.

⁠Tenho buscado viver o aqui & agora. Coleciono partidas, mas não me partem mais ao meio: todo fim apresenta uma nova história. Traço trilhas por onde me chamam & busco ser o máximo que puder. Pondero pouco; vivo (de)mais. Guardei interrogações e pudores em caixas velhas, abarrotadas com outras fotos amarelas, tudo reflexo do tempo. Tanto foi e ainda é. Tanto pra ser sem apressar…

⁠Tenho sentido a urgência do silêncio.

⁠Eu aprendi, daquele jeito clichê mesmo, com o tempo, sentindo na pele, vivendo, amando, caindo, tropeçando, levantando que para ser feliz a gente tem que querer ser feliz. Quando a felicidade vem de dentro, não importa o caos que pulsa do lado de fora: nos tornamos inatingíveis.

⁠Você foi o acaso mais lindo que a vida sorriu para mim.

Você deixou tudo a tua cara
Só pra deixar tudo
Com cara de saudade.

Já que você não merece
devolva minhas preces,
meu canto, meu amor,
meu tempo, por favor,
e minha alegria que,
naquele dia, só te emprestei por uns dias

gesto antigo
gostar de você
parecer comigo

pernas e braços
dando um laço
na lembrança

passei o dia com teu céu
lá fora choveu
em mim fez sol