Coleção pessoal de mafeprobst

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⁠Viver aqui.
Sentir o agora.
Não pensar.
Agir, dizer, experimentar.
Tudo é momento;
tudo é intenso;
tudo é.

Se quero, digo.
sem esperançar;
sem romantizar;
sem planejar.

É hoje & só.
É hoje & basta.

⁠Está cheio de insônia
debaixo desse edredom frio.
Eu me remexo nos lençóis,
abraço o travesseiro,
te procuro e só encontro o vazio.

Se amanhã te contar que dormi bem,
não acredite: é primeiro de abril.

⁠No escuro do quarto,
vê verdades escondidas sob os lençóis…

Escapa.

Se funde em meio ao riso & aos sonhos adormecidos…
Confessa.

Tem sonho
(& sede)
de viver.

⁠antes que o domingo termine, canalize boas energias. Faça uma prece, independente de sua religião. E se não tiver religião nenhuma, não deixa de energizar. Deixa ressuscitar aquilo que parecia perdido. Tenha fé naquilo que teu coração almeja. Acredite que você irá conquistar tudo aquilo que quiser sonhar. e agradeça - sempre.

deixo descabelar. aprendi depois de muita energia desperdiçada. eu era inquieta demais diante de qualquer bagunça, não fazia ideia de como conviver com o caos. tudo precisava estar milimetricamente no lugar. roupa desamassada, cabelo bem penteado. odiava os dias de vento, vê se pode? agora deixa ventar. deixo me virar do avesso, deixo bagunçar — o cabelo, a roupa, a vida toda. sorrio no meio da brisa leve e aprendi sorrir em meio algumas tempestades. a chuva não me assusta mais, mas ainda não gosto de raio e trovão. me percebo cada dia mais dente-de-leão: tão leve, tão me deixo levar. e me levo.


⁠(do livro: A menina que desatava nós)

⁠13/04 • dia do beijo.
Fotos e postagens no facebook, instagram e grupos de whatsapp – a maioria delas: reclamações e lamentos. “Dia do beijo e eu aqui sem ninguém”. Não lamente a falta de beijo (na boca). Comemore o dia de hoje dando um beijo carinhoso no rosto da mãe, após o jantar. Ou um beijo tímido no pai, que faz tempo que não recebe um beijo teu. Beije seu irmão, a avó, o sobrinho. E desses beijos, crie hábitos. O carinho deve ser diário, não só comemorativo.

⁠n'alguns dias, as memórias sangram mais.
(que memórias te cutucam mais forte?)

⁠Toda quinta vejo memórias. Uma volta ao passado; uma chuva de histórias. Mas o que enche meu peito de falta e saudade, é a lembrança de tudo que não vivi - ainda.

⁠dos fantasmas que roubam o sono: "por quê?" / "e se?"

⁠Sexta-feira tem cheirinho de chamego. É esfriar um cadinho que dá vontade de se espremer num abraço apertado, num colo quentinho e dividir um taça de vinho.

⁠Segunda. de repente tudo vira pó, a cabeça vira um nó & é preciso refazer planos. tempo demais com distrações de menos. me vi olhando pra mim e guardando mil palavras nas gavetas… teve meia dúzia de solidão nesse silêncio de palavras vazias e guardei uma interrogação para mais tarde: quem sou eu quando tudo some? O que sobra de nós quando não há plateia, nem cobrança, nem excessos?
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quando vi, era tarde; eu tinha feito muito & o silêncio não ardia. vezenquando faz bem desconectar, mas... Quem sou eu quando tudo some?

⁠A felicidade começa quando a gente para de engolir os 'nãos' que gostaria de dar.
(do livro: A menina que desatava nós)

⁠Empurramos a vida com a barriga, pensando em amanhãs que serão eternamente amanhãs. Pare e pense: quantas vezes o amanhã chegou para você? De todas as promessas de recomeços, quantas você realmente pôs em prática?

⁠Ela acordou e vestiu um sorriso. Saiu da cama se sentindo dona do mundo, como se pudesse desenhar uma realidade paralela – e só dela. E podia. Naquele dia, naquele naquela hora, naquela manhã ela podia. Com aquele sorriso, ela podia tudo. Ela se vestiu apressada, colocou um batom escuro, encarou-se no espelho e sorriu de novo. Abraçou a rotina com tanto carinho, tanta paixão que até a rotina sorriu. A moça passou a trilhar o próprio caminho e trocava, constantemente, os trilhos pelas trilhas, desenhando seu próprio destino, com calma desmedida e paciência infinita.

⁠tenho respirado n'outros ritmos.
gosto de observar o teu inspirar reflexivo enquanto briga com os pensamentos, naquele exato segundo entre decidir se puxa para outro dengo, ou se empurra para um sono certo.

⁠já percebeu como o céu é mais alto & infinito nos dias frios?
toda vez que o fim de tarde é emoldurado pela minha janela, deixo o fôlego sumir & o tempo parar. a prece é sempre a mesma: "que eu nunca me acostume".

é bonito não desencantar.

⁠Não me demoro. Tenho pressa por seguir, tenho sede de descoberta. Meu corpo é um antro de curiosidades, inquietações e ansiedade. Vibro numa urgência estranha, que me cala e me fascina. Quero provar o mundo. Meus olhos se tornaram peritos em esquadrinhar cantinhos e ler pupilas. Gosto da leitura das pessoas e do encantamento dos detalhes. Vezenquando me permito ficar, só para curtir mais um pouquinho e pegar algum sorriso estranho e guardar na bolsa. Tenho mania de guardar sorrisos & sotaques; um hábito que não lembro quando adquiri, mas que não faço a menor questão de perder. Coleciono histórias e bons momentos, divididos em generosos goles de vinho. Tenho alma curiosa de vida; tenho pressa por viver...

⁠Tracei como meta respirar dez vezes antes de tudo. Removi aplicativos que me consumiam tempo e me roubavam da vida real, cortei o excesso de glúten, álcool e açúcar da rotina. Estou só tentando ser leve — em todos os sentidos.

⁠desenhar na sombra com os dedos & recordar que certas escuridões podem também trazer fantasia. houve um tempo que as noites sem luz eram algazarras ao invés de medo. tudo em constante ressignificação o tempo todo: o segredo é sempre a paz consigo. é preciso olhar e acolher nossos lados sombrios, aquelas verdades que existem para ninguém ver.

⁠às vezes agarro meus sonhos com tanta força que negocio comigo mesma: me deixa sonhar só mais cinco minutinhos. não é preguiça, sabe? é sempre saudade.