Coleção pessoal de LuanaRodrigues

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E como o vento bate aleatoriamente em meus cabelos em ordem ao contrária...

Prometi a mim mesma que iria relevar a perda, e começar subir tudo de novo. Porque, tudo isso se resume a uma pequena camada de falta de conhecimento, e um pouco de preocupação alheia. Meus cabelos estavam tão bagunçados quanto a minha cabeça, e me deixaram ainda mais confusa com relação a alguma coisa que na verdade não tinha tanta importância assim. Eu achei que um café fresco e um cigarro pra tentar esquecer, esqueceria. Me virei e fui correndo embora, corri daquela festa cheia de pessoas desconhecidas das quais tinham um olhar quase mais vazio que o meu. Eu sabia que não iria ir pra casa, eu fui pela outra rua e parei na frente da tua casa. E lembrei do olhar irônico do seu pai me dizendo que era bom me ver de novo, e que ele no fundo sabia que era impossível sermos só amigas. Mas de novo, desviei o caminho e fui parar em um lugar vazio, onde só ficavam os fumantes na área interna. Estava tremendo de frio, eu não sabia pra onde ir, não queria voltar pra casa, era tão cedo. Não queria dar aquele ar de boazinha que sempre chega no horário certo. Eu morava sozinha, trabalhava sozinha, eu era uma prisioneira das minhas próprias regras. Eu era satisfeita por ter-me em minhas próprias mãos. Afinal, alguém precisa cuidar de mim, nem que seja eu mesma. Mas já estava cansada disso, já estava de saco cheio dessa reciprocidade inexistente, eu estava perdida no meu próprio mundo indeciso, e nas minhas palavras complicadas. Mas já nasci assim, complicando o mundo, deixando tudo mais difícil. Mas à algum lugar, a de ter alguém que se acostume, com seu próprio jeito, com seu próprio manifesto. Com sua própria bola de cristal.

Em algum lugar...O vendo ainda bate desesperado em meus cabelos, fazendo com que a minha paciência chegue ao fim, e saia correndo novamente sem saber pra onde ir.

“Com que frequência a gente se apaixona por alguém?” -Perguntei para um folha de papel da qual me olhava fixamente nos olhos. Estava assustada pensando que talvez isso poderia acontecer de novo, Sabia que isso haveria de acontecer algum dia. Mas tão cedo assim, me causou espanto. Era uma coisa inexa, sem sentido, sei lá. Não sei explicar. Os olhos dela me chamavam e vibravam em minha direção. Eu tão novo me achando o maior dos maiores pela pausa repentina que ela causava quando me olhava. Era noutra faze, noutra vida. Em tudo haveria de acontecer de novo- pensei.

Mas seria mesmo capaz de sentir de novo aquela mesma pontada na barriga, ou dar aquele sorriso bobo olhando pro nada. Será que isso são mesmo perguntas? Não sei. Eu sei que a gente é meio bobo, criança, adolescente, qualquer coisa do tipo. Mas eu tinha quase 16, eu tinha 16. Eu era praticamente uma criança, tão cedo, tão novo pra amar. Na minha opinião, as pessoas deveriam se apaixonar só depois dos 50, antes disso, que curtissem a vida sem ter ninguém do lado, sem ter que ter ninguém do lado. E continuei olhando fixamente para o folha de papel, pensando em escrever algo a respeito, mas era tarde demais, o dia já havia amanhecido, a noite se despediu da lua que deu bom dia pro sol. No meio dessa difusão toda, eu lembro dos olhos de alguém, e esqueço do que pensei à uma hora atrás, e passo achar aquele amor todo, tão bonito.

Vem comigo fazer Arte, porque do amor eu já cansei.

Mas é poesia, não tem que ter sentido.

Vem devagar por favor, sem pressa, as coisas vão ficando mais sensíveis com o tempo. Eu vou gostando ainda mais do seu sorriso, eu vou admirando ainda mais seu jeito de compor as coisas. Vem sem pressa, vem que o tempo ajuda a cicatrizar a dor anterior.

Eu sou muito complicada, menina. Eu as vezes me perco em tão pouco espaço, as vezes eu escrevo tudo errado, só pra ter o que corrigir.

Eu quero a nossa foto em preto e branco, quero meu cabelo desarrumado, e o seu despenteado, quero uma tarde em um lugar tranquilo. Noites em claro, e filmes antigos.

Profunda indignação com seu próprio ser. Esperando encontrar tal pessoa no final da rua. Desfilando entre uma curva e outra, afundando sua mágoas em um balde de lixo. Como deixar o passado de lado, e convidar o futuro para entrar? A sua vida tumultuada pela sociedade hipócrita, que julga sua imagem alternativa. Mas todos são crianças, sem inocência, completamente perdidos no tempo, sem conhecimento, propriamente ignorantes. Particularmente, sua casa bagunçada, livros de sua cabeceira baixa, cigarros amassados pela metade em todo canto da casa. Tinha discos aranhados… e seu tapete da sala, manchado pelo vinho tinto caído da noite anterior. Com outra imagem agora, perceba quê não há palavras para definir, usaria várias páginas para descrever suas expressões tímidas, seu sorriso de canto de boca alerto. Entre em contato com a moça que ninguém conhece. Tal moça que um dia roubou minha máscara de gente forte e bem vinda, agora vou assim, estranha, esperando reciprocidade da vida em geral.

Tenho mania de explicação.

Eu tenho essa estranha mania de explicação, sempre quero explicar algo inexplicável como isso, sempre tento argumentar as coisas, me fazendo parecer uma nativa em questão a pontuação, meu ponto nativo é a exclamação. Na verdade essa minha mania de explicação vem de acordo com o assunto, eu uso e abuso da minha inteligencia imaginária e faço com que as pessoas pensem que sou algo de muito valor, quando na verdade não passo de uma interrogação em meio a uma frase nativa de Shakespeare.

E o meu café amargo que você sempre esquecia que estava sem açúcar…Do que eu mais sinto falta, é do seu sorriso tímido me dizendo que as pessoas não entenderiam nunca a nossa conversa, e que antes de te conhecer melhor eu já sabia que tanta aproximação assim iria resultar nisso. Nessa coisa sem nexo, parece brincadeira de criança, parece roda gigante da qual parou na metade de seu percurso giratório. A gente parece a crítica de um crítico e um programa sem graça de sábado que passa na televisão depois da meia noite. Mas mesmo com todas essas disputas de quem é mais idiota que a outra, eu vejo seus olhos meio vermelhos de tanto chorar e dizendo que ninguém, absolutamente ninguém quer ver a gente tão junto.

Aquele homem era metido a intelectual.

sobrecarregado de tintas amarelas, por falta de tempo ou algo qualquer, vivia aquela vidinha medíocre de fim de tarde nublado e jornais rasgados. Ele tomava vinho as sete horas da manhã e olhava pela sua janela o tempo passar. Tentava fazer algo a respeito mais decidiu que iria só ficar ali vendo o tempo correr. Lendo páginas insignificantes de Einstein, e tento um complexo de inteligencia francesa. Suas músicas eram todas melancólicas ao ponto de não terem um sequer refrão. Corre o tempo lá fora e não se tem mais rimas, as rimas acabaram junto com o chá na cabeceira de sua cama, e seus pares de meias amarelas se desprenderam faz tempo do varal…Até que chegue uma visita e lhe chame para tomar um café lá na esquina e versar sobre a vida continuara ali, parado sem iniciativa de começar novamente. Enquanto seus discos antigos tocam, ele olha um retrato velho na parede e se lembra -era essa moça que me abraçava- E as pessoas vão embora do mundo, mas sempre ficam cravadas em nossa alma.

Que quando eu olhar pela janela, meus olhos caminhem em direção aos teus. Que quando eu caminhar sem direção pela rua, meus passos tropecem nos teus. Ouça minha voz tristonha ao chamar teu nome, e me avise quando quiser ficar, porque um simples tempo do seu lado já vale por uma eternidade inteira. Menina, me deixa ficar, cativa-me com esse teu olhar de quem ainda chora por alguém, e me deixa cuidar de você como ninguém nunca cuidou. Isso não é bem uma carta, mas se receberes em tua casa, jogue-a fora, e minta pra sua mãe que não era ninguém. E guarde pra sempre esse meu trecho: eu te amo pra hoje e talvez para amanhã, não se sabe por quanto tempo eu ainda vou te amar, só sei que é verdadeiro e o que é verdadeiro foi feito pra durar.

Não me lembro bem quando foi que eu comecei a ficar doente, não doente de verdade, doente por dentro. Meus sentimentos secaram, minhas lágrimas estão depositadas em um lugar escuro e de lá faz tempo que elas não saem. Estou fria, e quente ao mesmo tempo, dês de tão cedo querendo dar um tempo de tudo, e sempre concordando com a maioria quando dizem que o pior ainda estar por vir.

Eu sou um filme sem roteiro…Um livro faltando página, um circo pegando fogo, sou também uma fogueira apagada. Sou uma noite escura. Daquela festa eu era a mais carente, sou um inverno chuvoso e um dia quente.

Amanhã

Amanhã eu vou acordar bem cedo, regar as plantas mau tratadas e alimentar meus passarinhos enjaulados naquela gaiola velha, passarinhos que inalam a fumaça do meu cigarro sendo tragado na varando do meu apartamento pequeno, porém que aconchegava nós duas sem nenhum desconforto. Amanhã é dia de relevância, é dia de aprender a levar a vida de uma maneira mais leve e decente. Amanhã vou sair sem maquiagem, vou sair pura com um vestido floral, chega de roupas escuras. Amanhã prometo que vou acordar disposta para levar meu cachorro pra passear na beira mar, e prometo que vou passar na livraria e pegar alguns livros pra ler. Vou revelar aquelas fotos que tiramos na pracinha perto da padaria do Seu Carlos. Amanhã vou fumar menos cigarro, e prometo que vou me alimentar direito. Mas quando chegar amanhã de manhã, da uma preguiça tão gostosa de sair da cama, da uma lerdeza tão fácil na gente. Que eu desisto de dormir, já é tarde mesmo, nesse altura é bem mais fácil ficar acordado até de manhã. Não dorme não, aguenta. Prometo que amanhã eu vou abrir todas as janelas e deixar a luz entrar por completo, prometo que vou lavar a louça sem reclamar, não sou mais criança, tenho que aprender a me virar sozinha. Prometo que amanhã eu vou mudar, ou pelo menos tentar ser melhor que isso que sou hoje, amanhã tudo vai se encaixar.

Eu não entendo o por quê desses desencontros. Não te vejo em lugar nenhum. Só sei dizer que as coisas andam mau, e que eu mudei, mudei muito de uns tempos pra cá, estou mais aérea, vivo mais lá do que aqui, vivo só por viver, já não tenho mais tantos planos.

Eu passei a minha vida inteira sabendo fazer coisas desnecessárias. Eu passei metade do meu tempo preocupada mais com as características do que com os valores de verdade. Eu tive amigos propensos a me deixarem assim do nada, com um simples bilhete colado na porta da geladeira com um recado pequeno, mas que foi direto ao assunto -me cansei já desse seu papo. Vou ir embora procurar alguém que tenha bom gosto, e que não reclame da maioria das coisas, vou ter amigos agora que tenham pelo menos um sorriso estampado na cara, vou procurar alguém que já amou e que me entende quando eu falo, tchau, fique com deus, e que ele bote um pouco de juízo nessa tua cabeça.- Mas quem disse que eu não entendo, eu só não dou minha opinião, eu só falo o necessário, vê se entende. Essa palavra me soa como algo de muito valor, algo altamente inofensivo, porém qualificante. É uma palavra que poderia definir todas as outras, não é verbo, não tem conjugação, ela só tem significado.
Passei as horas em que não tinha nada pra fazer dormindo, na verdade já foi alguma coisa, porém deixei de fazer outras coisas por causa desse maldito sono. As vezes um pouco de vagabundagem é menos tolerante que um copo de leite oferecido a uma pessoa que mora nas ruas, apesar que isso é tolerante sim, e necessário.
Sem contar nesses dias podres que tem feito ultimamente. Não chove direito, não faz sol direito, é tudo incompleto. O mundo e o tempo também são indecisos, vimemos em um planetário mais perdido que uma alma desencarnada que cometeu suicídio. Mas se é uma coisa morta, não pensa, não reflete. Por que então esse tempo haveria de ser tão indeciso. Por que ele não se decide. Entenda que a minha pergunta não está com um ponto no final da frase, mas não é um porém, eu escrevi certo, não?
As vezes quando o sol está quase de pondo, eu sinto falta dos beijos na minha testa e do leite quente que minha mãe fazia antes de eu dormir. Quando ouço meu cachorro latir, quando ouço a voz de algum coleguinha de infância. Eu sinto uma estranha vontade de voltar no tempo e fazer tudo diferente, mudar um pouco das coisas, deixar que elas fossem de um jeito mais leve, menos complicadas e mais humanas, eu fantasiava demais tudo que via. Mas olha só como estou hoje, não fantasio nada, só acredito no que vejo. Isso é um pouco de ignorância da minha parte achar que não há nada além disso tudo, nada por trás desse mistério todo da existência humana. A humanidade é feita de camadas, na minha opinião, no meu ponto de vista, pense comigo. Cada pessoa é feita pra ter um par, e esse tal par pode ser qualquer um, ninguém vai ficar sozinha ao menos que queira, tem gente pra todo mundo. Mas não me entenda mau, meu bem. Tem gente pra todo mundo sim, mas amor não tem pra ninguém. Camadas nessa vida que me deixam infinitamente dispersa, tal como tudo que se há em volta de ti agora. Camadas talvez não seja o termo certo, talvez o nome disso, o nome certo que deveríamos pronunciar mais, é coincidência.
E quando você conhece alguém que te fez um bem danado, ou quando você lê um texto que se identificou ao máximo com as palavras bem elaboradas do autor, sentindo vontade de conhecer e de ter contato com essa pessoa rica em conhecimentos, e proporcionalmente interessante, e o mais legal é que essa pessoa além de ser interessante, ela é inteligentíssima.
Daí, vem aquela sua vontade de manter contado, e saber mais coisas, e ler mais coisas. Isso já pode se conciderar inteligente da sua parte. E quando gostam de um texto narrado em primeira pessoa, ou quando julgam um livro pela capa. As vezes as camadas mais interessantes dessa vida, é a da bola de um sorvete. Ou não, talvez esse assunto seja muito complexo pra sua capacidade mental de absorver conhecimentos e lembrar depois, ou você poderia ser uma criança em busca de um milagre que te face gostar de acordar cedo de manhã.
E quando é bem de manhã e você com a sua rotina super adulta de levantar cedo e ir caminhar na beira mar, e a sua ansiedade de ver aquele café esfriando e a vontade tomar tudo logo de uma vez. Mas minha flor, tenho uma ótima notícia, essa notícia é meio boba, nem tem nenhuma utilidade mas...Café não tira o sono, confie no que eu digo e bote fé nisso, é o seu subconsciente que faz você perder o sono pois você acredita nesse mito. Vê que faz sentido.
Meu bem, não fique olhando o dia inteiro para as paredes, logo você vai criando uma certa afinidade com elas, e daí passa a ter conversas longas com a parede, daí já é tarde demais para você se dar conta de que está louca. Faça algo de útil, durma, o tempo passa mais rápido. Mas na verdade dormir muito também não seria uma boa ideia já que dormir dá sono. Como assim? Você dorme demais e aquele tempo enorme em que esteve dormindo sugou toda a sua energia, em vês de recarrega-las, não, ele sugou sua energias normais que se deve ter para um dia inteiro, ou seja, você gastou todas as suas energias dormindo.
E quando a gente gosta de alguém que está muito longe. Quando a gente ama alguém que é aparentemente inalcançável. Aparentemente inalcançável por quê? Porque tu é capaz de ficar com essa tal pessoa sim, você é demais, você pode tudo, corra atrás do seus sonhos. Lembrando que pra mim falar é fácil, mas eu mesma não corro atrás de nada, não sou exemplo pra nada. Eu só escrevo bobagens. Voltando ao assunto de amar alguém. E quando você perde totalmente o rumo das palavras e não consegue escrever mais nada, isso já aconteceu com você? Pois é, isso acaba de ser relatado. Eu perdi o rumo, mas quer saber, eu gosto de ir assim sem fronteiras, eu gosto de ir sem saber o que me espera. Eu gosto de arriscar desconhecendo o perigo. Enfim, seja alguém próximo ao que você sonhou que seria quando era criança, queria ser o batman? Então seja um super herói e ajude uma criança de rua, ou ajude em uma instituição de caridade. Sei lá, mas faça alguma coisa. Abra sua mente para novas perspectivas.

O amor é a união dos opostos. Entenda que você sempre vai gostar mais daquela pessoa que não tem nada a ver com você, mesmo sendo inconcientemente, comece admitindo isso para si mesmo. Não teria graça se fosse totalmente identicas. Meu bem, é tão bom variar, é delicioso ter novas perspectivas de assuntos e lugares. É chato cair na rotina, é constrangedor ficar sem ter o que falar por falta de opção...
Como eu ia dizendo. Viva a diversidade, e vamos ir à procura de nossos opostos. Já que o amor faz tudo ficar de qualquer forma, igual.

Cansei de mim, agora quero você. Cansei desses dias tão iguais, cansei dessa metamorfose que existe nesse nosso espaço, é o único em que podemos só falar, e não ouvir nada.
Cansei do tempo, quero o passado. Sabe, a estória paranoica de Alice, ela sonhava ou vivia? Confunde a cabeça, ela se refez, se propôs um novo começo, e fez assim. Começa no coração, e depois vai pra cabeça, e depois desse mais lá pra baixo. Eu quero entrar em sua casa, bagunçar a sua vida, remexer nas suas coisas e virar do avesso sua rotina. Eu quero deitar-te no chão gelado da sala, abanar seus cabelos, fazer do nada, um tudo. Eu quero parar de ser eu, e ser nós dois, eu quero deixar pra lá o que já está esquecido. Vamos fazer isso juntos, parar de tentar lembrar, porque querendo esquecer você se lembra ainda mais.
Vem cá, te conto estórias, e faço você dormir, vem cá, simplesmente vem. E deixe o depois pra depois, não pense no amanhã, viva hoje, e comigo. Seja a mais linda das flores, seja o que quiser, seja o que eu quero, me deixa pelo menos imaginar. Esse meu lado egoísta que carrego sempre comigo, as vezes disfarço mas você percebe, eu quero ser, então tenho que deixa-la ser também.

O que eu sou? Sou uma espécie que ainda não descobriram, sou uma coisa estragada, dissolvida , podre, sou uma suicida sem coragem nenhuma, sou uma reportagem antiga, sou um cd riscado, sou um livro em uma estante que passa despercebido por todo mundo. Sou uma fúria evoluída, sou um nada. Que nada dramático, possuidor de verbos, possuidor de bebidas, cigarros, e todo o resto…Passageira, depravada, revoltada, mau tratada, e amante, amada nunca, talvez ilusória, ou paralela demais, ativa, mau criada… Eu era a espécie menos evoluída, apenas minha raiva crescia aqui e dentro, apenas isso, só isso.