Coleção pessoal de LiAzevedo

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⁠A fruta que eu mais gosto é manga.
Manga madura.

Daí você come, lambuza boca, braços, rosto, e depois pra tirar os fiapos dos dentes, Deus nos acuda!

Amor pra mim é como manga.

Se for difícil pra tirar os fiapos depois, por melhor que seja o gosto, eu como só de vez em quando!

⁠Você decidiu sozinho por nós dois.
E não há sequer obscuridade em sua decisão, logo não recorrerei.
Considere-se trânsito em julgado.
Registre-se.
Publique-se.
E foda-se

Nunca se é tarde para se aprender a ser gentil, mesmo que a gentileza tardia não gere efeitos "ex tunc"! Há sempre quem irá se beneficiar dos efeitos "ex nunc"!

Quantos passos você precisa dar para "alcançar" alguém?
Nenhum.
Ninguém, por mais longe que tenha ido, andou mais ou menos passos que você. Só teve/tem um caminho diferente.
Quer um conselho?
Você pode até se inspirar, admirar, querer o mesmo, mas cuide do TEU caminho porque o do(a) outro(a) é unicamente dele(a), assim como o TEU também o é.

Eu sempre apreciei a nudez...

A nudez da alma, dos olhos, do coração, e algumas vezes até a nudez vulgar.

Andarei assim, sempre nua.

Que se escondam em vestes os incomodados às minhas "nudezas" ridículas!

São próprias.

São minhas.

Somos livres, eu e elas!

Na estação, uma voz, em francês, depois seguida do neerlandês e inglês, orienta para o cuidado entre o vão do metrô que acaba de chegar.

À porta, provavelmente para sair, meus olhos se cruzaram com outros que não souberam muito o que fazer, e pareceu -me desistir do que faria.

Eu adentrei o metrô, acomodei-me um tanto quanto incomodada com a imagem que acabara de ver, e não consegui deixar de olhá-lo, agora pela vidraça, enquanto algumas coisas corriam à minha mente, à mesma velocidade e barulho de tudo o que se misturava ao reflexo dele.

De repente ele foi para a porta de saída à minha frente.

Todo meu corpo manteve-se inerte, exceto os olhos teimosos.

Ele correspondeu-me o olhar e quando abriu a porta para sair, eu sinceramente não sei qual o problema dos meus olhos, mas estes só se conformaram em não mais procurá-lo quando ele desapareceu à minha direita.

- Mon Dieu, me abana! - pensei e talvez tenha feito o gesto com as mãos. As duas.

Só sei que alguns segundos depois elas também pararam na mesma posição (de abano), porque contrariando toda a inércia masculina europeia (e eu gosto disso, da inércia), sentou-se ao meu lado a imagem que me fez fazer o que raramente faço: deixar alguém ir se dos meus olhos.

Mas aí pronto.

Face enrubescida, mãos à abanarem ainda mais, um calorão da porra, embora fosse início da noite, e ele a tentar entender aquela cena, mais desconsertado que quem só agora conseguiu vos falar.

É que emudeci.

E-mu-de-ci. Merda!

- Vous ne parlez pas français?
- Ãham?
- English?
- Ãham?
- Espagnol?
- Ãham?

Putz! E as mãos a abanarem, o rosto cada vez mais vermelho, a boca cada vez mais muda, ele cada vez mais desesperado, e eu também. Ambos pelo mesmo motivo: por eu não conseguir falar!

- Desolé, Désolé, Désolé - levantou-se, abriu a porta na próxima estação, e saiu, ainda a falar: Désolé, Désolé, Désolé, como se tivesse cometido o maior e o mais espúrio dos pecados...

E lá fiquei eu, desolada, a lamentar não ter encontrado aquele 1,80 cm, cabelos pretos, olhos da mesma cor e pequeninos, boca carnuda, sorriso lindo, barba muito bem feita, vestido numa camisa branca, uma calça jeans e um despretensioso tênis, na volta.

Àquele momento eu ia a uma festa de aniversário de uma amiga que me disse ter cerveja demais.

O problema é que já estou de volta à estação há bastante tempo, e ele não reaparece. Já conversei em francês, inglês, espanhol, italiano, árabe, doguês com as pessoas, e nada...

Eu só queria, enfim, dizer a ele que "Oui, oui. Je parle français!"
Era só isso...
Putz.
Mas c'est la vie.
E eu sigo no que eu faço com maestria: assustar os homens, de um jeito ou de outro...Uma pessoa desse tamanho, e lá da Mara Rosa...Não me conformo com isso, viu!

Não existe receita infalível para se manter um relacionamento, mas a admiração um pelo outro, acho que é a única forma de se continuar amando alguém quando todos os outros remédios foram apenas placebos.

Com o tempo se consegue desejar que pessoas que lhe fizeram mal sejam realmente muito felizes. Quem sabe assim não tenham mais a necessidade/maldade de fazerem os outros infelizes!

Países são como pessoas.
Há quem nos escolhe
e há quem nos acolhe!

A ignorância gera o caos.
O conhecimento do caos, angústia.

A maturidade nos livra de pelo menos uma causa mortis e nos acrescenta outras tantas. Sinceramente eu me sentia mais viva quando acreditava que poderia morrer de amor...

Quer saber qual o sinal infalível de que uma mulher não está feliz no relacionamento, na profissão, na sociedade em geral? A perda da vaidade, vaidade de se arrumar para si mesma, sobretudo!
Se perdeu a coragem de se admirar ao espelho, perdeu a alegria.
É só.

O amor não é só o que levamos da vida.
É o que nos faz realmente viver!

O melhor formador de bons pais é o exemplo.
Seja um bom e verdadeiro pai para seu filho (a).
E permita que seu filho também o seja.

Felicidade é a prima rica da tristeza. Você sabe que ela existe, mas só a encontra praticamente nas férias! ☺️

Se tudo o que você tem a oferecer é o corpo, só vai atrair quem também merece e se contenta com muito pouco!

Os Dez Encontros

Ele, ávido pela procura
Ela, sôfrega pelo encontro
Ele, comprometido com livros
Ela, amante das palavras
Ele, desejos insaciáveis
Ela, segredos inconfessáveis
Ele, passageiro
Ela, partida
Talvez imperfeitos um para o outro,
Ou perfeitos apenas assim
Talvez ele a queira enquanto ela dorme,
Talvez ela não durma apenas para sentir o seu querer
E entre o sono e o sonho de um oceano de dúvidas
Ele acorda e desafia demônios
Enquanto ela luta para adormecer os dela
Talvez imperfeitos um para o outro,
Ou perfeitos apenas assim
Se bem que no fundo,
Bem lá no fundo do líquido escuro de duas canecas de chopp,
Tenha ficado claro,
Que além da terra, além do céu,
E de tudo que porventura exista entre os dois,
Há também medo
Ele, medo dos olhos verdes dela
E ela, medo do medo estampado nos olhos castanhos dele.

O preço

Quanto custa não se conformar com o tamanho do mundo que lhe foi apresentado?
Quanto custa ter sua profissão, pagar as suas contas, ter o seu carro, cuidar do próprio corpo, bancar suas viagens, buscar conhecimento e crescimento tanto emocional, quanto espiritual e patrimonial?
Quanto custa não se curvar às convenções casamento, filhos, religião e outros?
Quanto custa, nesse cenário todo, ser mulher, solteira, independente, inteligente, boa companhia, sem falsa modéstia, bonita e resolvida sexualmente?
Custa muita coisa.
Custa ter e dar prazer a um cara que, ainda bem, não te considera suficientemente pequena para se adequar ao tamanho do mundo dele.
Custam olhares masculinos desejosos, mais a maioria deles, medrosos.
Custam olhares femininos, uns ressentidos, mas outros cúmplices, orgulhosos por alguém viver a vida que elas queriam, mas não tiveram coragem para tanto.
Custam noites solitárias, netflix, corpo nu ao sofá (não que isso seja ruim), datas comemorativas não festejadas, vontade de dividir pequenas ou grandes vitórias ou fracassos com um(a) alguém, e muitas vezes desespero por ter que voltar à cama daquele cara idiota já mencionado.
Mas de manhã, seja ao sair da cama desse babaca ou a amanhecer sozinha, uma mulher assim sempre se convence de que por mais altos que sejam os custos, mais caro ainda seria não arcar com eles.
E segue, às vezes até se questionando o motivo pelo qual não aceita migalhas definitivas ou alguém que a faça sentir necessidade de fazer dietas por causa da sua fome de viver. A resposta, depois de algum tempo de questionamentos já não traz mais tormento ou vergonha: é que realmente é feliz por ser e como é.
Isso não significa que tem uma vida repleta somente de coisas boas ou que a porta esteja fechada para alguém, mas se para você entrar for necessário que essa mulher trave lutas homéricas para que você permaneça na vida dela, continue batendo à porta, do lado de fora e em vão.
- Então, quer ou não entrar e tomar uma xícara de chá?

Bem que o coração poderia dar um desconto no preço que a gente paga ao obedecê-lo!

Não procure respostas em minhas palavras.
Procure-as em seus atos!