Coleção pessoal de katiacristinaamaro
Os bons vi sempre passar
No mundo graves tormentos;
E para mais me espantar
Os maus vi sempre nadar
Em mar de contentamentos.
Ver muito lucidamente prejudica o sentir demasiado. E os gregos viam muito lucidamente. Por isso pouco sentiam. Daí a sua perfeita execução da obra de arte.
"Deste-me inocentemente a mão, e porque eu a segurava é que tive coragem de me afundar. Mas não procures entender-me, faze-me apenas companhia. Sei que tua mão me largaria, se soubesse."
Aquela relutância em ceder, mas aquela vontade do grande abraço. Ela se abraçava a si mesma com vontade do doce nada.
(...) onde eu pudesse experimentar por mim mesmo as minhas asas para descobrir, enfim, se elas são realmente fortes como imagino. E se não forem, mesmo que quebrassem ao primeiro voo, mesmo que após um certo tempo eu voltasse derrotado, ferido, humilhado - mesmo assim restaria o consolo de ter descoberto que valho o que sou.
- Às vezes sinto falta de mim.
- Eu também, menina.
- Sente falta de si?
- Não, de você. E dói.
[Silêncio]
- Me abraça?
- Sempre!
"Lírios brancos encostados a nudez do peito.
Lírios que eu ofereço ao que está doendo em você.
Mesmo porque estas coisas – se não forem dadas- fenecem."
Seja forte, siga em frente, respire fundo, e perceba a importância de se ter braços vazios, pra que se possa ter espaço em si para abraçar o mundo
A paz invadiu o meu coração
De repente me encheu de paz...
Eu pensei em mim
Eu pensei em ti
Eu chorei por nós...
Eu vim
Vim parar na beira do cais
Onde a estrada chegou ao fim
Onde o fim da tarde é lilás
Quando tudo é solidão
É preciso acreditar num novo dia
...
Nos trevos de quatro folhas
A escuridão ainda é pior que essa luz cinza
...
Mas estamos vivos ainda
E quem sabe um dia eu escrevo
Uma canção pra você
Dá minha jaqueta, boy, que faz um puta frio lá fora, e quando chega essa hora da noite eu me desencanto. Viro outra vez aquilo que sou todo dia: fechada, sozinha, perdida no meu quarto, longe da roda e de tudo: uma criança assustada.
"...dançar de rosto colado, pegar na mão à meia-luz, desenhar com a ponta dos dedos cada um dos teus traços, ficar de olho molhado só de te ver, de repente e, se for preciso, também virar a mesa, dar tapa na cara, escândalo na esquina, encher a cara de gim, te expulsar de casa e te pedir pra voltar."
Ontem tomei um táxi e me distraí tanto olhando pela janela que no meio do caminho estendi a mão para o banco vazio do lado querendo pegar tua mão. Tô com saudade.
Mesmo o mundo não sendo cor-de-rosa, sempre terá pessoas com alma leve, querendo contagiar a gente com o bem...