Coleção pessoal de katiacristinaamaro

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Se te faz feliz...
E mais uma noite fria que a tristeza vem me perturbar. Me sinto tão sozinha. As pessoas se afastaram de mim. Acho que com o tempo me tornei crítica demais. Tudo se tornou monótono pra mim, não vejo graça nas coisas, nas brincadeiras habituais. Acontece é que eu não consigo mais sorrir fingindo que tudo está bem.
Eu sei que você não suporta mais conviver comigo desse jeito e é horrível a dor de ver que você também está me deixando. Porque antes, por mais que eu me sentisse sozinha ainda tinha você e agora eu não tenho mais ninguém.
Porque você me deixou? Tem sido muito difícil viver sem você. Queria que tudo fosse como antes. Eu sinto tanta sua falta, sempre me ajudando, me apoiando, ao mesmo tempo, esse meu jeito tá te fazendo mal. Eu sei que não te faço tão bem quanto você me faz, mas acredite, eu tento mais do que posso e se for para te ver bem, eu prefiro que você me deixe.
Eu só quero que você saiba que eu ainda vou estar aqui pra qualquer coisa, por favor, não me esqueça. tudo que eu mais queria agora era você pra mim. eu preciso de você aqui...

Um começo tão inocente, sem intenções ou esperanças de um futuro promissor. A primeira música e foi amor à primeira vista. Todos os dias tinha que escutar aquela mesma música que não deixava a minha cabeça, nos olhos a sua imagem. Todas as noites pedia para Deus para que você pensasse em mim. Cada segundo, imaginava o que você estaria fazendo.
No primeiro encontro, não pude ir. Chorei incansavelmente. Passei a contar os dias para que você voltasse para mim. Antes que eu pudesse sentir sua falta, você voltou e eu te encontrei. Foi a noite mais feliz, linda, perfeita e inesquecível da minha vida!
Hoje, já faz um ano que eu te espero, só que você ainda não voltou. Dói meu coração saber que você nao estará lá, meus olhos choram, porque por mais que te procure, encontrarão o vazio. Há apenas um holofote! (e a voz errada, que meus ouvidos não tem sede de escutar).
" Estou com saudades de você e essa dor é tão ruim. Promete para mim que isso vai passar quando você voltar!"

Teu olhar em meu olhar
Teu pensamento em meu pensamento
Sinto que quero voar
Durante esse doce momento.

Tua boca em minha boca
Tua mão a me acariciar
Todo meu ser vibrando
Dá vontade de gritar.

És o meu céu na terra
És meu eterno sonhar
Se vc não existisse
Teria que te inventar

Exausto, desmaia o dia
Debruça o sol no horizonte
Sem palidez, ruborizado
Crepúsculo enamorado
Relaxando-se no poente
Aguarda a chegada dela
Da lua, sua eterna amada
Enquanto o céu plúmbeo
Anuncia as gotas brilhantes
Lágrimas do pranto estelar
Espalhadas timidamente
Compadecidas, cúmplices
Escondem o rubor do sol
Que esmaece, minguante
Pois, sabem-no condenado
Da lua viver distante.

Quando olhares o céu,
uma estrela é sempre mais brilhante,
transforma o escuro em luar.
Quando ouvires uma melodia triste,
ao amanhecer, o canto do rouxinol
tudo inverte!


Se uma mágoa quiser apoderar-se de ti,
deixa o quente do sol beijar-te o rosto.
Se tiveres as mãos vazias deposita nelas
a suave cor, o toque de uma rosa.

Rendo-me aos teus carinhos
Aos teus beijos que me despertam o capricho
De ter-te com volúpia e prazer
De no amanhecer amar-te.


Entrego-me sem pudores
Caem os tabus e as mascaras que acompanham o dia a dia
Digo-te coisas ao ouvido, te instigo mais
A loucura e o prazer já são as únicas coisas que nos restam.

Não há o porque lembrar-se de nada
Se a chuva cai, se o sol já não brilha
O mundo explode em cores
Conquistamos o momento de êxito.

Somos agora uma única inspiração
Uma única célula a formar o universo
Nosso universo particular
Onde só é essencial o ímpeto de nossos corpos a estremecer.

O que às vezes chamam sedução, chamo competência.
Porque capacidade, habilidade, inteligência e sinceridade
nas relações... Isso também seduz.

Quero o circo todo a que tenho direito: sedução, fantasia, tempo. Quero um romance longo, quero intimidade. Fazer cena de ciúme, terminar, voltar, amar, brigar de novo, telefonar, pedir desculpas, retornar. Amantes bem comportadas são um tédio.

Talvez o meu destino seja eternamente ser guarda-livros, e a poesia ou a literatura uma borboleta que, pousando-me na cabeça, me torne tanto mais ridículo quanto maior for a sua própria beleza

Tu és a esperança, a madrugada.
Nasceste nas tardes de setembro,
quando a luz é perfeita e mais dourada,
e há uma fonte crescendo no silêncio
da boca mais sombria e mais fechada.

Para ti criei palavras sem sentido,
inventei brumas, lagos densos,
e deixei no ar braços suspensos
ao encontro da luz que anda contigo.

Tu és a esperança onde deponho
meus versos que não podem ser mais nada.
Esperança minha, onde meus olhos bebem,
fundo, como quem bebe a madrugada.

Mal nos conhecemos
Inauguramos a palavra amigo!
Amigo é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece.
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!
Amigo (recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
Amigo é o contrário de inimigo!
Amigo é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado.
É a verdade partilhada, praticada.
Amigo é a solidão derrotada!
Amigo é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
Amigo vai ser, é já uma grande festa!

Ninguém meu amor
ninguém como nós conhece o sol
Podem utilizá-lo nos espelhos
apagar com ele
os barcos de papel dos nossos lagos
podem obrigá-lo a parar
à entrada das casas mais baixas
podem ainda fazer
com que a noite gravite
hoje do mesmo lado
Mas ninguém meu amor
ninguém como nós conhece o sol
Até que o sol degole
o horizonte em que um a um
nos deitam
Vendando-nos os olhos

Hoje roubei todas as rosas dos jardins
e cheguei ao pé de ti de mãos vazias.

Preciso de Alguém

Que me olhe nos olhos quando falo.
Que ouça as minhas tristezas e neuroses com paciência.
E, ainda que não compreenda, respeite os meus sentimentos.
Preciso de alguém que venha brigar ao meu lado sem precisar ser convocado;
alguém amigo o suficiente para dizer-me as verdades que não quero ouvir, mesmo sabendo que posso odiá-lo por isso.
Nesse mundo de céticos, preciso de alguém que creia, nessa coisa misteriosa, desacreditada, quase impossível: a amizade.
Que teime em ser leal, simples e justo, que não vá embora se algum dia eu perder o meu ouro e não for mais a sensação da festa.
Preciso de um amigo que receba com gratidão o meu auxílio, a minha mão estendida. Mesmo que isto seja muito pouco para suas necessidades.
Preciso de um amigo que também seja companheiro, nas farras e pescarias, nas guerras e alegrias, e que no meio da tempestade, grite em coro comigo:
"Nós ainda vamos rir muito disso tudo" e ria muito.
Não pude escolher aqueles que me trouxeram ao mundo, mas posso escolher meu amigo. E nessa busca empenho a minha própria alma, pois com uma amizade verdadeira, a vida se torna mais simples, mais rica e mais bela.

Há dias em dias..
me sinto correr
me sinto voar!

um toque bastaria
para me manter no lugar..
entre cores
perfumes e amores...

Tudo tão certo
tudo tão correto..
mas quero mais..
sempre mais!

O Casarão...
Este é o último casarão
que restou na cidade;
arquivo abalroado de memória,
ressonância de passos repetidos milhões de vezes
pelos velhos corredores.
As paredes internas, são murais pintados de sangue
vertido das histórias de vampiros,
contadas às crianças nas noites de agosto.
As fotografias expostas nos cantos
lembram cenas de um filme em preto e branco:
pequenas e grandes cenas cotidianas;
alegria, dor, nascimento e morte:
o eterno repetir da aventura humana.
No sótão, os arcanjos guardam o pergaminho
da historia das Mil e uma noites.
No quintal, a serpente vigia o fruto proibido
para que Adões e Evas não possam tocá-lo.

O saber a gente aprende com os mestres e os livros. A sabedoria se aprende é com a vida e com os humildes.

FLORES DE VENTO
DAS CORES, MOMENTOS
DAS FILHAS DO TEMPO
DE DENTRO DE SI

DE TUDO QUE VALHA
DA PRESSA QUE TRAGA
DE TANTOS, DE NADAS
DAS BRUMAS, DAS VAGAS

LEVEM O QUE RESTA
OS INSTANTES, AS FESTAS
O QUE NUNCA COMPLETA
ONDE O AMAGO APELA
QUE QUER OUTRA VIDA, NÃO ESTA!

A dança e a alma

A dança? Não é movimento
súbito gesto musical
É concentração, num momento,
da humana graça natural

No solo não, no éter pairamos,
nele amaríamos ficar.
A dança-não vento nos ramos
seiva, força, perene estar
um estar entre céu e chão,
novo domínio conquistado,
onde busque nossa paixão
libertar-se por todo lado...

Onde a alma possa descrever
suas mais divinas parábolas
sem fugir a forma do ser
por sobre o mistério das fábulas

Melancolia.
Moça sorrateira, chegou que nem percebi.
Invasora de almas alheias!
Trouxe consigo um batalhão de fantasmas...
Numa peleja inglória para expulsar essa visita indesejada,
Percebo que o melhor
é deixá-la acomodar-se,
tomar um cafezinho.
Aproveito sua distração,
o tempo de reflexão forçada.
Refaço os planos.
Decido tentar refazer os caminhos.
Ah, melancolia,
já se faz noite.
Você tem que ir.
Na vitrola Belchior ainda canta,
E me diz
Pra “viver a divina comédia humana,
onde nada é eterno”.