Coleção pessoal de Jean_Quintino

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Vi

Vi de longe quem tu és,
Vi o brilho em teu olhar,
Vi seus textos,
Porém,
Nunca lhe vi chorar.

Vi o quão forte tu és,
Vi, que é guerreira até morrer.
Vi que não desiste nunca.
Tu tens força.
Tens poder.

Vi a agonia que carrega,
O amor que já lhe foi...
Vi no fundo de sua alma,
A pessoa que compõe.

Vi, o tanto de voz que
Ecoa em sua mente.
Vi, que seus textos
Contagia, que nos guia,
Que nos prende.

Vi,
Senti,
E lhe ajudei.
Agora sou fã,
E de ler seus textos
Nunca deixarei.

O teu amor me pegou
Tão de repente e
Me guiou,
Pois segui o teu olhar.

O teu amor me refez,
Me iluminou,
E me satisfez,
Com toda essa atenção.

O teu carinho me tirou do abismo,
E me jogou fundo nesse amor.
Mergulhei tão fundo...
E o mais incrível?
Sem temor.

Te amo de longe,
Pois essa distância
Me desmancha,
E com esse amor me
Chama p'ra perto de você.

Que me fascina,
Me vicia,
E me deixa sem entender...
Como é que de tão longe
Eu consigo te ver, sentir e te querer??

Eu estou sem paciência...
Já não é saudade,
É abstinência

Vejas quem tu és. Só tu podes controlar o lobo que reside em você!

3 meses de amor,
De meiguice sem dor.

3 meses de carinho,
Sendo feliz de pouquinho,
Em pouquinho.

3 meses de acalento.
De batalha.
Dó de mim!
3 meses de amor,
Que nunca terá fim.

Nosso a mor é tão grande
Que dividimos até á dor.

Definitivamente...

Nosso amor nos tornou um só
Ser!

Ojó Igbì Orisà Rè Wo
No momento que você nasce para o Orisà.

Eyè Kan Fo Orisà Sirè
Um pombo faz a ligação entre Ori e Orisà.

Madrugada fria...
Madrugada de ansiedade...
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Essa minha madrugada
Que de mim faz parte,
Como se fosse minha carne...
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Não lhe abandono nunca!
Tu és minha face,
Madrugada!

Sou seu, Joaquim!
Sou dona, Jurema!
Sou o garoto, João!
Sou a menina, Maria!
Sou o caçula, Nicolas!
Sou todos eles e muito mais,
São frutos de minha mente.
Não lhes esqueço
Jamais.

Se for p'ra gritar,
Gritarei de amor.
Essa distância me degrada,
Me assassina de dor.
Mas se é pra morrer,
Que seja de amor...

A canção do africano

Lá na úmida senzala,
Sentado na estreita sala,
Junto ao braseiro, no chão,
Entoa o escravo o seu canto,
E ao cantar correm-lhe em pranto
Saudades do seu torrão...

De um lado, uma negra escrava
Os olhos no filho crava,
Que tem no colo a embalar...
E à meia voz lá responde
Ao canto, e o filhinho esconde,
Talvez pra não o escutar!

"Minha terra é lá bem longe,
Das bandas de onde o sol vem;
Esta terra é mais bonita,
Mas à outra eu quero bem!

"0 sol faz lá tudo em fogo,
Faz em brasa toda a areia;
Ninguém sabe como é belo
Ver de tarde a papa-ceia!

"Aquelas terras tão grandes,
Tão compridas como o mar,
Com suas poucas palmeiras
Dão vontade de pensar ...

"Lá todos vivem felizes,
Todos dançam no terreiro;
A gente lá não se vende
Como aqui, só por dinheiro".

O escravo calou a fala,
Porque na úmida sala
O fogo estava a apagar;
E a escrava acabou seu canto,
Pra não acordar com o pranto
O seu filhinho a sonhar!

............................

O escravo então foi deitar-se,
Pois tinha de levantar-se
Bem antes do sol nascer,
E se tardasse, coitado,
Teria de ser surrado,
Pois bastava escravo ser.

E a cativa desgraçada
Deita seu filho, calada,
E põe-se triste a beijá-lo,
Talvez temendo que o dono
Não viesse, em meio do sono,
De seus braços arrancá-lo!

Se o amor não acaba com a distância,

Saiba...

Que por ele transcender a distância.

Ele sobreviverá por tudo.

Pode ir!
Me deixe...
Eu me viro só!
Como um cardume
De um só peixe.

Eu não ligo.
Eu sei me virar sozinho...
E caminhar por esse mundo
Sombrio.

Não irei mais cobrar
Que me entenda.
Atenção,
Deve ser voluntária!

Uma vez me intrigaram...

-O que é Poesia? Te beijar até morrer?

Fiquei abalado, e respondi...

-Poesia é te querer!

Se for para pular no abismo...

Que pulemos juntos!

Mas acho mais seguro ficarmos no solo...

Basta!

Não aguento mais desprezo.
Chega!
Foi-se o tempo em que chorei.
Agora me esqueça!

Vou-me por aí,
Carregando minhas poesias.
Nem tente me prender...
Nem use de ameaças, vadias.

Eu sou eu!
E não viverei assim...
Não gostou?
Vá!
Se desprenda de mim.

Laço de abraço

É no laço de seus braços
Que minha dor se desfaz,
Me ensina a crescer...
Sem você não sou capaz!

Essa noite velei,
Pensando em nosso amor!
Tu me faz tão bem,
Que livrai-me da dor.

Tudo que queria
Era dormir em teus braços.
Meu amor, meu carinho
Me deixe dormir,
E sonhar com nosso ninho.
De amor!

Por que eu escrevo?
Acho que essas pessoas estão perdidas, solitárias, vazias, cheias demais, alegres, sorridentes, tristes, desoladas, apaixonadas, com raiva, felizes, indiferentes, confusas, curiosas, indignadas, inquietas, mas acima de tudo, presas, em algum lugar da minha mente.
Acho também que seria injusto da minha parte não dar-lhes um lar para viver.
É por isso que eu escrevo.

Se teu corpo dói, reze!
Se tua alma não curar, reze!
Se a vida não anda fácil, reze!
Se estás prestes a desistir, reze!
Omolu lhe dará ouvidos, e irá curar todas as suas dores e feridas.
Se alguém lhe provocar...
Jòwò, não grite, não brigue, não pragueje e não discuta!
Cala-te, e reze!
O rei já está entre nós.
E não gosta de barulhos...

Meus versos carregam sentimentos!

E juntos...

carrego o peso de todos eles.