Coleção pessoal de Gracaleal

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⁠Acho que os gays incomodam tanto, porque são mais verdadeiros, mais sinceros, mais espontâneos e, naturalmente, mais felizes que a grande maioria dos héteros. Estes vivem cheios de arbitrariedades e exibicionismo para chamarem a atenção, bem como para se realizarem a fim de preencherem seus vazios e vaidades que os tornam assíduos praticantes da hipocrisia e de covardias. Afinal, fingir é preciso quando não há coerência entre a essência e o personagem social. Quando os fantasmas das fraquezas atormentam com lembranças do quão perversa a própria alma é capaz de ser, quando infeliz e mau resolvida, na vida.

⁠Porque Posso Sonhar. Sonho.

Quisera, na ausência do cintilar das Estrelas, no negro céu, infinitas Borboletas encantassem o meu olhar na direção do firmamento.

Quisera, quando as pontiagudas policromáticas não pudessem me entorpecer de fascínio, as esbeltas e poderosas transformadoras de vida pudessem colorir a escuridão. Ocupando o universo com a majestosa liberdade para transitar sob leveza e maestria.

Quisera as Estrelas e as Borboletas, em festa, bailassem em torno da Lua.
Quisera, na Lua, tivesse um jardim e nele houvesse muitos girassois para reverenciar o Astro Rei, convidado especial para o encontro mágico dos mais belos símbolos de soberania, no salão nobre do breu.

Quisera eu também estivesse à altura de ser convidada para este encontro festivo de luz, brilho e imponência.

Quisera eu pudesse ser a fresta desta fantasia por onde os olhares nus dos que, na terra, creem no impossível, por serem dotados de uma alma sem as limitações da matéria, e à distância fossem espectadores deste momento singular. Seres que, assim como eu, são espíritos do Infinito conectados ao imaginário através do coração. Este abrigado no peito da carne escaldante de desejos, porém fria de delírios saudáveis e sustentáveis dentro das necessidades de um ser em trânsito. Um coração descolado do mundo real, sem se dispersar dos movimentos dos pés.

Poucos se identificarão. Poucos aceitariam o convite para o banquete do desprendimento e da paz. São apegados ao solo. E ao tudo do solo.
Não são viajantes das Estrelas como, assiduamente, eu sou.

⁠Os loucos, apesar da insanidade, são passíveis de um relação de troca de pensamentos. Com os sórdidos não. Não há diálogo com desequilibrados de alma. Não há troca, quando a essência é perversa

⁠A pior parte da vida é entender como funciona a sobrevivência de um povo. E ter claro, neste entendimento,como foi que a espécie humana conseguiu chegar até aqui.

"⁠Para sempre" é tempo para a alma. O corpo precisa do agora, e o coração de um pouco mais. Precisa do amanhã

⁠Quando

Quando tudo for só uma realidade desnuda e fria
A desesperança e o arrependimento tomarem-lhe as forças
A reflexão constante tornar a sua paz ausente
Lembre-se que o passado não volta, mas o futuro é uma semente

Quando tudo for só uma realidade desnuda e fria
E no travesseiro o seu descanso for perturbardor
Sua vida não passar de obrigatórios compromissos diários
Lembre-se dos seus antigos sonhos. Deles somos sempre os operários

Quando tudo for só uma realidade desnuda e fria
E, por ventura, tu tiveres esquecido o que motiva um recomeço
Sem lembrar do encanto reluzente do firmamento
Feche os olhos, pense numa borboleta e deixe fluir o sentimento

Quando tudo for só uma realidade desnuda e fria
E a solidão insistir no acolhimento do seu coração
Pelos seus pensamentos perdidos, sua alma vagar em pranto
A vida estará a sua espera para injetar-lhe encanto

Quando tudo for só uma realidade desnuda e fria
Escolha um amanhecer e vista uma fantasia
Finja ter saído da tristeza
E tente, sob o palco da existência, retomar a sua alegria.

⁠O momento é a eternidade perfeita quando desejamos estar com alguém para sempre

⁠Nas Asas do Gonzagão


Pernambuco não poderia imaginar
Que a partir do dia da Santa Luzia
Januário José e Ana Batista
Atrairiam olhares para Exu, em melodia


Foi quando o pequeno Luiz nasceu
E com o seu dom alegre e festeiro
Depois da farda militar, seguiu o seu destino
E lá foi ele para o Rio de Janeiro


De Gonzaga à Gonzagão
Com artistas famosos fez parceria
Repertório "Danado de Bom"
Exu já não era mais monotonia


O moço simples conheceu a Europa
A sua vida e talento invadiram a literatura
E todos souberam da ardência da seca
E da vida nordestina que era pura bravura


Descobriram que não há luar como no sertão
Que no relógio marcando seis, o sertanejo ajoelhado
Suplica, à virgem, força para resistir ao peso da cruz
E que para todo mundo tem um "psiu" angustiado


Nos seus versos, o amor perdido dói mais
Quando para os braços do xodó não se poder voltar
Ôxi, que amargo de jiló tem a saudade
Adeus Januário. Deus ilumine o seu regressar



O sonho da água farta para a sede, gado e plantação
No sertão, vem na esperança com a flor de mandacaru
Banana, maxixe, batata, mandioca e buchada
É Fartura e benção na feira de Caruaru


Que difícil resumir a importância do Gonzagão
Deste brasileiro amado, que virou o rei do baião

⁠Feliz dia dos namorados para quem, independentemente de ter um amor, tem um coração no peito e respeito na alma.

Se você está amando alguém, você já está seguindo a orientação, secular, de amar o próximo. Seja feliz, porque Jesus, de onde estiver, certamente está feliz por haver amor em você.

⁠Quem mais desilude um indivíduo é ele próprio quando este se recusa a enxergar a verdade, sem investir desculpas para justificar a sua negação, quando não se permite caminhar firme com os pés no chão e com a racionalidade em atividade, quando acredita, demasiadamente, em possibilidades que se sustentam na insegurança que produzem, bem como sob exigências fora do âmbito do direito e quando evita fazer a leitura do caráter, das verdadeiras intenções e das jogadas de manipulação das pessoas as quais ele desposita algum nível de credibilidade, apesar delas estarem sempre deixando rastros suspeitos.
Ah, e o coração costuma ser cúmplice desta derrota

⁠Ser, essencialmente, uma pessoa boa não se caracteriza pelo fato de fazer algum tipo de caridade. Não se limita a prática da bondade, mas, sim, por não fazer covardias com o próximo, nem mesmo com aqueles que não estão em nenhuma situação de carência.
A essência passa longe da imagem que adorna a aparência.

⁠Me assusta esse processo de humanização dos cachorros. Receio que, com o passar do Tempo, a espécie canina sofra mutações ao ponto de os animais deixarem de ser os mais fiéis e melhores amigos do homem por terem incorporado as características humanas às suas por insistência, vaidade e carência da espécie racional

⁠Bom mesmo é o simples. Uma manhã de sol, uma noite estrelada, um dia produtivo numa vida real

⁠A gente sabe

A gente sabe quando é para o bem
Quando é pra ser por um tempo
E se é possível ir além

A gente sabe quando é só uma aventura
Quando é alma, mente e pele
E se pode haver ternura

A gente sabe quando é para construir
Quando é para acreditar
E se é tempo de desistir

A gente sabe quando o futuro é uma estação
Quando o universo é um aliado
E se é apenas uma prazerosa sensação

A gente sabe quando vai sentir saudade
Quando a partida deixará um vazio
E se a falta será uma eternidade

A gente sabe quando os olhos revelam interação
Quando o encontro sincroniza leveza e conforto
E se é passível de uma configuração

A gente sabe se vai gerar uma história
Quando a soma acrescenta às vidas
E se a gratidão pelo encontro fará parte da memória

A gente sabe que pode haver desilusão
E quando a noite será uma longa insônia
Mas, quem precisa mesmo saber é o coração

⁠Não curto filtro em fotos. Lido bem com o espelho.
Não fico confortável sendo enganada. Lido bem com a verdade.
Gosto da natureza porque ela não inventa folhas para as árvores durante o processo de transição, no outono. As folhas secas e a sua nudez são assumidas e expostas a todos, sem seletividade para impressionar com intenções específicas.
Eu também me encanto com o arco-íris. Contudo, apesar de assustadores, admiro os raios e os trovões. Eles são parte natural da realidade climática. Mostram a cara.
Por isso, ela, a natureza seduz o olhar de quem sabe contemplar integralmente todas as estações, pois nelas há muito ensinamento. Podemos, inclusive, compreender as razões pelas quais o ser humano, em geral, prefere uma sociedade cheia de recursos artificiais.
É fato, a realidade incomoda demais. Deprime, dá medo, causa revolta, inseguranças etc.
A realidade revela as identidades e os valores ocultos.
Obriga a autoaceitação como recurso para as mudanças necessárias. Para o empenho na busca pela autoconfiança.

⁠Os fantasmas da consciência existem São eles que assombram na vida real

⁠A ausência das estrelas no céu me inspira a fechar os olhos para tê-las múltiplas e especialmente reluzentes na escuridão provisória da minha retina
Neste instante de sonho imaginário, a lua está posicionada distante, mas presente na minha mente

⁠A ilusão salva mentes, anestesia corações, engana a razão, alimenta sentimentos, fortalece a inocência, mascara a ignorância, cura decepção e une pessoas
A ilusão só não consegue fraudar o que o ser humano, verdadeiramente, sente quando não está sendo iludido

⁠Quanto cidadãos, que partilham a vida em sociedade, ajudaria bastante se, nas relações, conseguíssemos manter um nível considerável de coerência entre tudo que falamos sobre os nossos bons sentimentos tendo como resultado as nossas ações

⁠Os nossos corações nem sempre escolhem os melhores caminhos, as melhores pessoas, as melhores relações, as melhores expressões, as melhores oportunidades, por mais que o pior esteja explícito na nossa predileção, justamente porque eles são corações