Coleção pessoal de EdgarFonseca

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Devíamos aprender a viver sem olharmos nas aparentes escadas de elogios que nos colocam pela frente, pois, com o tempo, apercebemo-nos, que poucos são os que realmente estiveram sentados na aplateia da nossa vida a acompanhar o teatro da nossa vivência.

O tempo que aparentemente gastamos é inesgotável, quem na verdade se esgota com o tempo somos nós meros humanos.

A vida é como um relato de um jogo, as nossas falhas são penalizadas pelos árbitros do tempo e, os nossos bons feitos apenas aplaudidos em silêncio.

O amor é o centro gravitacional da nossa consciência, leva-nos até onde os nossos sentimentos não alcança percepção.

O sorriso que nos marca, nem sempre é aquele que nos torna felizes.

O raciocínio é uma lógica sentida e apreciada pela nossa observação objectiva, sem a qual, não existe conclusão possível sobre o meio existencial que nos rodeia.

A política não é uma escapatória para os desterrados economicamente, é antes demais, um meio eficaz, usado para se estabilizar a vida do povo.

A corrupção não é uma teoria que se corrija com mera ilusão de óptica, ela precisa de ser corrigida no interior do corruptor e do corrompido.

O judaísmo é a alma do tempo dos que regressam sem medo de partir, ainda que as circunstâncias não pareçam favoráveis, o regresso se afigura sempre a melhor opção.

A frustração da juventude improdutiva de um Estado, denota tão-somente incoerência na forma de pensar e de ser de um povo, pois, uma Nação sem jovens visionários é apenas uma parcela de terra existente no universo, que serve de economia neutra do cenário mundial.

Quando a juventude de uma Nação não significa progresso, esta Nação se relega ao fracasso e a falência generalizada.

O pouco do tempo que se vive, se vive no tempo do muito do que não se aprende vivendo, mesmo que se pense que se esteja aproveitar a vida no tempo, apenas somos a ilusão do instante que se esfuma no ar das horas que passam sem tempo.

A Alma não transcende ao nosso corpo, mesmo que morramos antes mesmo de vivermos, apenas continuaremos a ser corpo vivo em mente de mortos.

Somos o pensamento em forma de gente, criados sem o nosso consentimento, mas, vivendo sobre a pressão do interesse dos seres que habitam no mesmo universo que nós.

O cristianismo nos levou alcançar o irreal para além do real, a incerteza para além da certeza, porém, nos fez perceber que somos um corpo em alma e, uma alma aparentemente em um corpo.

O tempo não nos ensina a ter maturidade, mas, a maturidade nos leva a alcançar o tempo na dinâmica das circunstâncias em que vivemos.

Existe um canto da nossa alma que pertence ao mundo árabe, mesmo que a ilusão da crença nos leve a pensar que somos seres da terra em que nos encontramos, apenas somos seres existentes num pequeno universo destinto e indeterminado.

O dever de cada um dos angolanos face a Independência é preservar o sonho daqueles que tombaram para ver esta terra em paz e em glória.

A maior divisa de um povo, está no reconhecimento pontual aos muitos guerrilheiros da Pátria, que sacrificaram as suas vidas em nome da salvaguarda da integridade da Nação e da sua Autonomia.

Um guerrilheiro será sempre um guerrilheiro, ainda que não haja guerra bélica para enfrentar, será sempre a reserva moral e colectiva de um País independente, cuja nova guerra a travar agora, resulta da moralização da juventude sobre a importância de preservar a paz e a reconciliação nacional.