Coleção pessoal de caro.soares

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- E o seu coração? Faz tempo que não falamos mais dele.
- Meu coração? Ele está curado… Desde que conheci você.

Os homens precisam da ilusão do amor da mesma forma como precisam da ilusão de Deus. Da ilusão do amor para não afundarem no poço horrível da solidão absoluta; da ilusão de Deus para não se perderem no caos da desordem sem nexo.

É claro que a vida é boa (…)
E tenho tudo para ser feliz
Mas acontece que eu sou triste…

Dentro de nós há uma coisa que não tem nome, essa coisa é o que somos.

Se a deixar partir morrerá. E a morte do coração é a morte mais horrível que existe.

Eu não devia te dizer , mas essa lua, mas esse conhaque, botam a gente comovido como o diabo.

Uma coisa aprendi quando criança e brincava com areia:
Não dá pra segurar a areia por muito tempo, ela escorre entre os vãos dos dedos mas ainda assim, ficam umas pedrinhas na mão.
Na época, eu achava que eram preciosas.
E hoje, tenho certeza disso.

E então sua mão partiu.
Minha mão ainda ficou uns segundos no ar, perdida.
O relógio contando o tempo, as conversas continuando.
E o desconcerto, a dúvida.

De repente eu não sabia mais se precisava de uma mão segura.
Ou o que fazer com a minha sem a tua.

Já que ela não era uma pessoa triste, procurou continuar como se nada tivesse perdido. (Ela não sentiu desespero etc. etc.) Também que é que ela podia fazer? Pois ela era crônica. (...) Tristeza era luxo.

não existe
sorte
azar
não existe
tudo é risco
arrisque
leão de zôo
tem os olhos
tristes

(Meu bem,)
Bem que você podia
Pintar na sala
Da minha tarde vazia
Como na poesia

Quando estou longe
Quero ficar perto
Quando estou perto
Quero ficar dentro
Quando estou dentro
Quero ficar mudo
Quando estou mudo
Quero dizer tudo

Eu sou aquela mulher que fez a escalada da montanha da vida, removendo pedras e plantando flores.

Esse giro
Esse amor
Essa cachaça
Esse cheiro de morte
Eu respiro forte
Eu desmaio
Eu amo demais.

Você pode viver até os cem anos se abandonar todas as coisas que fazem com que você queira viver até os cem anos.

A vida não imita a arte. Imita um programa ruim de televisão.

Viver é etecetera.

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

(...)

Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?

Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.

Devo lembrar... que os de Tal, família composta de párias, de marginais, constituem uma das mais antigas estirpes do Brasil. Suas origens datam do tempo do Descobrimento. OS de Tal são brasileiros de quinhentos anos.

Porém meus olhos, minha cor perdida,
meu pasmo, meu silêncio, por mim falam,
e não dizendo nada, digo tudo.