Cinzas
Somos Deuses
Somos cinza e fogo no ventre da história,
eco de estrelas na carne que sangra,
nossos passos moldam a glória —
mesmo caídos, a alma não manca.
Erguemos mundos do barro e do sonho,
na palavra, no gesto, na dor que renasce.
Mesmo no abismo mais medonho,
um deus em silêncio ainda se faz.
Não por coroa, nem por trono ou ouro,
mas porque criamos, curamos, amamos...
Somos deuses — de barro e de couro —
mortais... mas imortais quando ousamos.
Patrono: Mateus Sebastião Kilola
Química e sentimentos tão intensos, que entramos em combustão, e o que sobrou pela manhã, foi cinzas.
Demonstrações de amor e carinho, são como brasas, assim que o fogo cessa, resta-se somente as cinzas!
O fogo do nosso amor foi ignorado,
perdeu sua relevância,
deixou de ser alimentado
e queimou até virar cinzas,
todavia, de forma sofrida,
meu amor por mim,
como uma fênix,
pôde renascer,
hoje, sou mais feliz
por não estar com você.
Como Phoenix
Assim como morrem as estrelas
nascem outras luzidias.
Assim morri um outro dia,
agora renasço em novas telas,
telas do infinito renovadas,
pinceladas de natureza viva
para ser luz em uma nova vida,
como estrela que renasce,
broto de velhas cinzas.
Imagine um pássaro experimentando a liberdade de um vôo, pela primeira vez, apósfugir de uma cômoda gaiola. Imaginou? Pois é esta a sensação de final de curso. Asensação de liberdade (pelo que passou) versus o medo (do que há de vir). Foi durante operíodo de vigência deste curso que sai do ninho e dei o meu primeiro vôo. Cai, algumas vezes, cortaram as minhas tenras asinhas, mas, aquele a quem me chamo de Pai(Deus) sustentou-me, tal como o lírio dos vales, e disse-me: “Ide!”. Fui. Mesmo com asensação do medo que eu sentia do ‘bicho-homem” eu voei e experimentei: lágrimas,tormentos, pavor, alegrias, amores, vida, sonhos, e, finalmente, a morte. Mas, tal comoo lendário Fênix, que renasce das cinzas, continuei e continuo a voar.
Autoria: Cláudia Valéria/ Kakal (@claudia.valeria.kakal)
De flor em flor ...nasce o amor
Mais belo como o bater das asas de um beija flor.
Do jardim dos sonhos, da cor.
Na dança das bailarinas, no lago da paz, dos sorrisos de encanto.
Que no mergulhar da esperança, possa surgir das cinzas, um
novo amanhecer.
Adriana C Benedito
Lavramos o solo com mãos e sujamo-las com pó da terra para que do chão cresçam plantas. Removemos com as nossas mãos as entranhas da terra e enterramos lá dentro os nossos sonhos quando morrem para que das cinzas despertem sombras.
Sentimentos sobrevivem ao fim do relacionamento
Relacionamentos não sobrevivem à morte do sentimento
Se existir um mínimo de sentimento, minúsculo que seja
Uma relação acabada pode reviver das próprias cinzas
Vejo que ela é uma pessoa destemida,
encontro graça e fervor nos seus olhos,
provavelmente, possui uma grande persistência semelhante a uma linda fênix que renasce das cinzas,
pois não paralisa diante de suas fraquezas.
Desta maneira, segue com uma personalidade atrevida, doce e intensa, uma chama que permanece viva, apesar das situações adversas,
mantendo a sua fé aquecida,
graças a Deus, uma benção.
Então, o seu viver é feito de começos que florescem, quando ocorrem tropeços,
continua vivendo entre risos e choros, já que nos recomeços,o seu viver renasce como o sol que no dia seguinte nasce forte de novo.
Resiliência muito venturosa, a cada sofrimento, um grato sinal de resistência, fênix que renasce das cinzas, sua vida, uma bênção grandiosa, um sorriso esplêndido apesar das tristezas, no Senhor, está a sua força entre lágrimas e risos, jovialidade encantadora, um viver que está apenas no início, que em toda primavera se renova assim como o amor e misericórdia do Deus vivo.
A mitologia grega conta a história da existência de um pássaro. Não um pássaro qualquer, mas um pássaro de rara beleza, com penas douradas, vermelhas e arroxeadas. A FÊNIX!
Essa ave com características tão singulares, possuía longa vida e era “capaz de suportar o peso de fardos gigantescos”. Sua habilidade especial era a de, após se pôr em chamas, renascer de suas próprias cinzas, ainda mais forte, ainda mais belo e reluzente! Era uma “especialista em RECOMEÇOS”.
Ah, a fênix…
Quantas vezes você foi como uma fênix? Quantas vezes precisou suportar fardos inimagináveis?
Quantas vezes, precisou juntar seus próprios “cacos" , um a um…
Quantas vezes você, fênix, precisou chegar às cinzas, usar o chão como último e único recurso para tomar impulso e se reerguer? Quantas vezes precisou se levantar, se reinventar, renascer?
Quantas vezes você foi “do chão ao céu”?
Muitas vezes, né…
Então, seja qual for o motivo que esteja te levando ao chão, apenas descanse em Deus e, enquanto isso, se prepare, se fortaleça, fortaleça suas “asas” para um novo e mais alto voo!
Está chegando o Carnaval... Alegria...
Passou o carnaval... Melancolia...
Escutando esta linda página de nosso cancioneiro, veio a
inspiração para este texto...
E é quarta-feira de cinzas...
A TAL DA QUARTA FEIRA DE CINZAS(*)
Marcial Salaverry
Quarta Feira de cinzas...
Para os verdadeiros carnavalescos,
é aquele período compreendido entre a
meia noite da terça de Carnaval,
até o próximo sábado de Carnaval...
E agora, já é quarta feira,
e foi feita muita besteira...
Um lindo e gostoso carnaval pra você...
Com tal desejo, embarca-se na folia...
Curte-se o carnaval,
e por vezes acaba mal...
Como o curtir mais,
pode ser demais,
seja na folia,
seja só na alegria
de estar na sua companhia predileta,
que pode ser o seu amor,
ou então o computador...
Pra tudo acabar na quarta-feira...
Um carnaval bem curtido,
não foi nada sofrido...
bem aproveitado,
de um jeito bem largado...
E agora, José?
Vamos recomeçar a viver...
Tudo acabou na quarta-feira...
Que é de cinzas...
Cinzas do carnaval que passou...
(*)Inspirado na Marcha da Quarta Feira de Cinzas, de Vinicius de Morais e Carlos Lyra
Marcha De Quarta-Feira De Cinzas
( Vinicius de Moraes & Carlos Lyra)
Acabou nosso carnaval
Ninguém ouve cantar canções
Ninguém passa mais brincando feliz
E nos corações
Saudades e cinzas foi o que restou
Pelas ruas o que se vê
É uma gente que nem se vê
Que nem se sorri
Se beija e se abraça
E sai caminhando
Dançando e cantando cantigas de amor
E no entanto é preciso cantar
Mais que nunca é preciso cantar
É preciso cantar e alegrar a cidade
A tristeza que a gente tem
Qualquer dia vai se acabar
Todos vão sorrir
Voltou a esperança
É o povo que dança
Contente da vida, feliz a cantar
Porque são tantas coisas azuis
E há tão grandes promessas de luz
Tanto amor para amar de que a gente nem sabe
Quem me dera viver pra ver
E brincar outros carnavais
Com a beleza dos velhos carnavais
Que marchas tão lindas
E o povo cantando seu canto de paz
Seu canto de paz
Quando inundamos nosso corpo e a nossa alma com lampejos de sabedoria, nesse instante, expulsamos da epiderme os apetrechos do corpo que nos fazem lembrar das cinzas da ditadura.
Música: lado de dentro.
Entrou na minha vida, ressuscitou o demônio,
Dizendo que era água viva, destruiu meu sonho.
Foi mais que exorcista, trouxe outros fenômenos,
Um jogo de sombras, onde tudo é veneno.
Mas eu sigo em frente, com a luz na mão,
Superando as dores, buscando a razão.
Entre o amor e o medo, vou dançar no escuro,
Ressurgindo das cinzas, eu me refaço puro.
Teus olhos eram chamas, me queimavam por dentro,
Fui preso nas correntes do teu sentimento.
Mas agora sou forte, não sou mais refém,
Vou escrever minha história, o final é só meu bem.
Mas eu sigo em frente, com a luz na mão,
Superando as dores, buscando a razão.
Entre o amor e o medo, vou dançar no escuro,
Ressurgindo das cinzas, eu me refaço puro.
Ponte
E se o demônio voltar, eu não vou temer,
Minhas feridas curadas, eu vou renascer.
Com cada passo firme, eu deixo pra trás,
A sombra que tentou me prender em seu laço.
Refrão
Mas eu sigo em frente, com a luz na mão,
Superando as dores, buscando a razão.
Entre o amor e o medo, vou dançar no escuro,
Ressurgindo das cinzas, eu me refaço puro.
Meu coração é um vulcão adormecido, coberto por uma crosta de pedra. A lava fervente da paixão se esfriou, solidificada pela dor. Agora, só cinzas e poeira restam, um lembrete do que um dia ardeu.
Da cinza viemos, à cinza retornaremos.
Mas, entre o começo e o fim, há a oportunidade de renovar o coração. Que esta Quarta-feira de Cinzas nos lembre da importância da humildade, do perdão e da conversão verdadeira.
Que possamos esperar com mais fé, amor e esperança, buscando sempre aquilo que nos aproxima de Deus e do próximo. Que este tempo de Quaresma seja um convite à transformação interior e à prática da caridade. Amém.
A energia que emana tanto da gente, como em tudo que nos cerca, é fogo. Uma hora explode e queima tudo, para renascer das cinzas, assim como a Fênix. Se for contar quantas das vezes eu ressuscitei!? Eu já até, perdi as contas...
Sob a máscara cor de rosa jogada em um canto da cama havia sonhos, que silenciosos voltaram a dormir na quarta-feira de cinzas.
Vinho que não é meu...
Das tramas urdidas do destino...
De asas que em certas horas palpitam...
Da teia que me encontro e não sinto...
Bebendo em honra aos inimigos...
Desta audácia, que dentre vós, me permito...
Dos homens com fronteiras limitadas...
Que não saem do sepulcro ao mundo dos vivos...
Vinho que não é meu...
Gosto amargo que sorvo com carinho...
Súbito...
Certamente pensariam:
Ali vai um esquisito...
Correram as cortinas e construíram...
Um palco em desalinho...
Para fazer do bobo da corte...
Somente de zombarias o motivo...
Porém contudo há de ser...
Verão a mim sorrindo...
Quem fui não me lembro...
Quem serei não me interessa...
Tudo é orgulho e inconstância...
Que se inspira em mim a crença...
De que tantos vieram e se foram...
Quantos ainda verei mais?
No silêncio da noite...
No fragor do vento...
O vinho amargo que me ofereces...
Só me fortaleces...
Bebo a ti e a todos...
Sem pudor...
Sem querências...
Terás, enquanto a mim...
Uma alma a todo gosto...
Farei das cinzas frias...
O meu jardim...
Mais lindo...
Sandro Paschoal Nogueira
