Cidade
Alberto Pereira - nasceu em 1970 na cidade de Lisboa; licenciado em enfermagem, participou em diversas antologias, tendo obtido, em 2008, o 1.º Prêmio de Poesia "Ora, vejamos".
A 6 de Dezembro de 2008 foi apresentado em Lisboa, a obra poética "O Áspero Hálito do Amanhã" de Alberto Pereira, com prefácio de Xavier Zarco.
Obra e autor foram apresentados pelo emérito poeta Firmino Mendes. O prefaciador e o apresentador foram distinguidos com o prêmio Vítor Matos e Sá, da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.
Hoje eu passei pela cidade
No pôr da tarde.
E senti aquela brisa
Não era nem quente nem fria.
Não sei descrever o que sentia
Acho que era frio na barriga.
Aquela brisa trazia
O aroma daquele lugar.
Que me fazia lembrar
A velha infância e o amor que deixei lá!!
Me pergunto se é preciso esta escrita.
Me espalho pela cidade e volto cheio de mentiras.
Fico triste ao pensar na vida da marionete, lindo rosto, belo sorriso e uma mente limitada.
Quem poderá ter a audácia de ser real.
Sonhar um beijo
Quando me perco nas alamedas escuras da cidade
Guardo o tempo em calçadas de pedras onde me deito.
Olho apenas estrelas esperando por algum beijo perdido
Disparado em direção a algum amante bêbado e tolo.
Janelas se fecham, e luzes se apagam em ritmo de noite.
Os pertos mais lentos, e os longes bem rápidos.
Sincronizam sempre com os choros e gritos.
Dos amores e das dores, que a noite sempre agasalha.
Adormeço nas pedras coberto de estrelas, quando me chamam.
Ainda sonhando ouço tua voz bem perto sussurrar meu nome.
E em deboches, risadas e com certeira facada, gritas em ecos:
És um bêbado! És um tolo!
Jaak Bosmans 12 -03-09
A Cidade e a Neblina
Na neblina a cidade amanheceu
Sonolenta como os últimos boêmios
E os primeiros trabalhadores matinais
Com seus gorros, capotões e cachecóis
A neblina dá uma certa imprecisão
A paisagem fica sem definição
As capelas e os velhos casarões
Na neblina ficam sobrenaturais
Qual, qual de vocês não acha belo
Quando ela desce
Quando ela deixa tudo translúcido?
Na neblina os rochedos pelo mar
São terríveis para quem fôr navegar
O aeroporto, então, acende os faróis
E não sobem e não descem aviões.
Qual, qual de vocês não acha belo
Quando ela desce,
Quando ela deixa tudo translúcido?
SOBRE MINHA PARÓQUIA
Alguns amigos que me vêem pastoreando a cidade durante a semana, perguntam-me constantemente, sobre minha paróquia, pois querem ir lá no domingo. Digo-lhes sempre que "O mundo é minha paróquia". Como eles insistem e me pedem carinhosamente mais detalhes sobre minha Pastoral, cito-lhes o poema-teológico de Emily Dickinson:
“Alguns guardam o domingo indo à Igreja,
eu o guardo ficando em casa
tendo um sabiá como cantor e um pomar por santuário.
Alguns guardam o domingo em vestes brancas,
mas eu só uso minhas asas.
E ao invés do repicar dos sinos na Igreja,
nosso pássaro canta na palmeira.
É Deus que está pregando, pregador admirável!
E o seu sermão é sempre curto.
Assim, ao invés de chegar ao céu, só no final,
eu o encontro o tempo todo no quintal.”
Quando eu termino de recitar este catecismo, alguns desses irmãos repetem felizes e com devoção: Amém, estamos salvos!
Posso te falar dos sonhos, das flores...
de como a cidade mudou...
Posso te falar do medo, do meu desejo...
do meu amor...
Posso falar da tarde que cai
E aos poucos deixa ver no céu a Lua
Que um dia eu te dei
Gosto de fechar os olhos
Fugir do tempo, de me perder
Posso até perder a hora
Mas sei que já passou das seis
Sei que não há no mundo
Quem possa te dizer
Que não é tua a Lua que eu te dei
Pra brilhar por onde você for
Me queira bem
Durma bem
Meu Amor
Ivete Sangalo
Fiz todas terapias que tem na cidade. A conclusão veio depressa...O meu problema era felicidade.Não fiquei desesperado, não, felicidade quando é no começo ainda é controlável."
Depois das 23:30, todos estao dormindo, Numa cidade que Nunca para. Numa Vida sem destino e sem Muito menos Alegria, depois das 23:30 as fortes Luzes da Cidade Se apagam, e fica Tudo Tao escuro Que quase nao consigo ver quem atravessa na esquina do meu apartamento, Quase nao consigo ir Muito Longe para despertar Curiosidades No meio da neblina da MadruGada, Depois das 23:30 ja chega a Madrugada, eu pego Minha água, e olho pela última vez a cidade que Nunca Dormi no meio de toda aquela escuridao No meio de tantos predios, casas, pronta para estar lá de novo no proximo dia pronta para ser o nosso lixo Por mais Uma Vez...
É noite na cidade, mais uma noite no fim do mundo
A isolação traz, a preocupação do vazio sentimental...
Mas que absurdo! É só outro buraco sem fundo,
Tanto espaço vazio e ainda nos sentimos tão normal...
Ainda é noite na cidade, mais uma noite no fim do mundo,
As luzes não são escudos, abrigos seguros, para nossas baladas...
Mas onde estão os “caras”?...Daqui eu só vejo fantasmas!
E tantas luzes para se iluminar tão pouco o caminho de casa..."
Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder a cidade edificada sobre um monte; nem se acende uma candeia para colocá-la debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.
Vá caçar alguém parecido com você
Vá se esgueirar em becos
E ladeiras
Mude de cidade
Estado
Esqueça seu apelido
E volte a ser chamado pelo antigo nome
Quem sabe você não encontra um espelho?
O leva pra comer
Paga o jantar
E termina feliz na cama com ele
O Pterodáctilo (origami)
Estou assim de braços, digo, asas abertas,
Sobrevoando a cidade, a tua vida deserta...
Estou assim, meio pássaro pré-histórico,
Confinado a uma era que não é a minha...
Não sou daqui. Nasci aqui mas sou do céu,
Assim como as nuvens que são brancas,
Sou do ar, do infinito...do alto, de Deus!
Eu sou o homem-pássaro Ícaro,
Revoando os sentimentos vivos,
Caçando o meu alimento...você.
Sou eu o bicho-homem descontente,
Com a mesma voracidade de sempre.
Estou aqui, assim meio pterodáctilo,
Asfaltico como lava seca, confinado
Aos sonhos de você que não me quer.
Sou eu, entregue a um sentimento traidor
E não sei se morro, se vivo ou sobrevivo.
Estou assim, estático na vida,
Impregnado em uma rocha, fossilizado,
Sem você, que diz tudo o que preciso ouvir,
Que sofre como eu...que sonha...
Estou assim como este origami teu.
Cidade que com teus
Patrimônios históricos.
Te carrega à época do Império
Recordando grandes histórias.
Cidade do turismo
Que te traz de volta
Aos dias de hoje
Onde o capitalismo impera
Cidade que com sua magia,
Provoca grandes paixões.
E te acolhe de braços abertos.
Quando essa paixão termina.
Cidade de pessoas simples
Pois para ti, bate meu coração
Para ti, mostrei meu carinho
Para ti, toda minha emoção
Para ti, dediquei minha vida
Para ti, somente Paraty
Minha paixão
Encontrei a vida
Perambulando pela cidade
E quis saber o motivo
De manter comigo
Em confronto constante
Fazendo o que bem entende
Jogando duro demais
E me levando muitas vezes
Ao total desespero
Me ensinou, castigando
Lições, jamais esquecida
Colocou em minhas mãos
Uma esperança já perdida
Diante de tantas réplicas
Escutou calada e serena
E com sorriso sarcástico
Ela me respondeu
É a vida !
Nos dias barulhentos em que sigo não prevendo os infortúnios da vida, nessa cidade caótica onde minha intuição se mescla com a síndrome do medo. Dentro da minha mente sendenta de um pouco de silêncio, minha intuição que antes era só o que era pra ser...chora baixinho. Ela está sufocada em meio ao caos. Fecho todas as janelas do carro. Reverie é o nome da música: dois minutos de paz, semáforo vermelho...semáforo verde...verde. A buzina a ecoar irritantemente atrás de mim.Me deixem em paz.
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