Chuva que Cai
Lá fora a chuva ameaça cair.
Aqui dentro meus olhos ameaçam brotar lágrimas...
É a falta que você está me fazendo.
O frio castiga o meu corpo e a saudade castiga o meu coração.
A raiva de saber que, por motivos bobos, você se chateou e se afastou de mim.
Me deixando assim sozinha, com frio, com saudade e sentindo mais do que nunca a sua falta.
Até quando vai durar a sua birra não sei.
Até quando você vai alimentar esse orgulho sem fundamento, eu também não sei.
Se você sente minha falta ou não eu nunca vou saber, nunca vou perguntar.
Numa terra onde é verão o ano todo, os poucos dias de inverno que se instalam machucam a carne tal qual uma navalha, e quando mais preciso do seu calor, do seu colo, do seu abraço... Você simplesmente não está.
Vou tomar um chocolate quente, ler um livro, ver um filme, ligar para uma amiga que não falo há tempos.
Vou fazer qualquer coisa que aqueça meu corpo, aqueça meu coração e ocupe meus pensamentos enquanto você não volta.
Só te peço uma coisa: Não demora muito, pois eu vou estar esperando com o coração repleto de ansiedade.
São 2:47 da manhã, dia 19/12/2020. Lá fora ouço o barulho da chuva cair na calha de lata, e um pingo mais alto se destaca! Acordei que nesse friozinho da uma vontade de ir ao banheiro ( que raiva rsrsrs) Do lado da minha cama na sua cestinha dorme a minha gatinha. A Luna, uma gata preta que agora de madrugada resolveu se lamber, tomando seu banho chek hahaha. Mas não foi pra isso que resolvi escrever, foi para detalhar o momento, o ambiente, o barulho da chuva.... E isso tudo me fez lembrar de vc, das sensações, do frio na barriga, da paixão. Engraçado, eu sabia que ia terminar um dia, mas eu não sabia que seria o último beijo intenso, o último cheiro, (ainda sinto seu cheiro aqui na minha memória, Llily do Boticário rsrs) o último frio na barriga. A minha última paixão... Sensação boa, que faz falta, que acredito que nunca mais vou sentir. Engraçado que quando temos não damos valor, mas quando perdemos faz uma diferença enorme em nossas vidas. Lembrei do Roberto rsrs. Vc foi o maior dos meus casos, de todos os abraços o que nunca esqueci, das lembranças que eu trago na vida vc é a saudade que eu gosto de ter....
Sem máscaras
Hoje a chuva insisti em cair densamente no solo debilitado e esta automaticamente escoando todas as sujeiras pelas valas.
Agora de alma lavada, torço para encontrar a minha próxima pessoa amada, desta vez sem máscaras.
Se a chuva cair ou o sol resplandecer,
Se o mar se agitar ou a brisa correr,
Meu louvor será sempre o mesmo, Senhor:
Bendito és Tu! Recebe o meu amor.
Olho pela janela e vejo a chuva cair. Olho e a rua e observo o quarto que um dia já foi meu lar. Agora, é apenas um lugar de passagem. Em breve vou embora, voltar para o lugar que escolhi viver e que abriu as portas para que eu pudesse viver novos caminhos. Não foi fácil voltar e reviver tantas memórias. Vejo as pessoas passando na rua com pressa para voltar para casa nesse dia tão frio e melancólico. É difícil não refletir sobre tudo que eu vivi nesse lugar. Tantas pessoas e lugares que deixaram marcas eterna no meu coração, mas que agora, não passam de velhas lembranças, que aos poucos, vão se apagando. Os anos passaram e eu fui me acostumando, mas nem tudo a gente pode esquecer. O tempo corre contra mim e eu já não tenho tanto tempo assim.
Olho pela janela do quarto que um dia foi meu lar e porto seguro e vejo a chuva cair. Agora, é apenas um lugar de passagem. Em breve vou embora, voltar para o lugar que escolhi viver, que abriu as portas para que eu pudesse trilhar novos caminhos. Não foi fácil voltar e reencontrar tantas memórias perdidas. Vejo as pessoas passando na rua, apressadas para voltar para casa nesse dia tão frio e melancólico. É difícil não refletir sobre tudo o que vivi nesse lugar. Tantas pessoas e lugares deixaram marcas eternas no meu coração, mas que agora não passam de velhas lembranças, que aos poucos vão se apagando. Os anos passaram, e eu fui me acostumando, mas nem tudo se pode esquecer. O tempo corre contra mim, e eu sinto que já não tenho tanto tempo assim. Muitas histórias mal resolvidas, muitos despedidas dolorosas. Mas o que posso fazer, se não seguir em frente?
" A chuva a cair lentamente no jardim...a água a escorrer num caminho sem rumo... não distante de um lento alagado de esperança...a água que está a fluir reflete o amor que está a nascer na gotinha de água por mim embriagada."🌟💕
No cair da chuva, algumas gotas coordenadas apresentam uma tranquila sonoridade que ecoa pela madrugada silenciosa,
numa apresentação naturalmente agradável,
que relaxa a minha mente agitada, então, poder ouvir essa tranquilidade sonora é uma das formas de eu compensar a visita indesejada da insônia,
tanto que expresso esta ocasião momentânea nestes poucos versos, tamanha compensação, equilibrando uma parte dos meus pensamentos inquietos, resultando nesta simples inspiração.
CLAREANA
Um dia toda a tristeza vai cair como a chuva,
E toda a dor chorada vai sumir no esgoto,
E a solidão chegará como alívio
Abrindo portas e vidraças
Clareando e esclarecendo que esse mundo é teu...
Esses medos, um dia serão só segredos de um passado remoto,
Teus olhos brilharão mais que Vênus...
Mais que a rua quando passas na manhã ensolarada de verão,
Então o desejo guardado em teus lábios,
Beijará por paixão e amor
E o que foi dor será esquecimento...
E o pardal vai virar beija-flor...
DEIXE-A CAIR!
– Mamãe, você está chorando?
Mesmo disfarçando ela percebeu. De mãos dadas na porta de saída do restaurante, observávamos a chuva que havia iniciado e nos impedia de seguir.
– Sim, meu amor, mamãe está ficando velha e boba e se emocionou com a chuva. – Reparei então, pelo seu semblante, que não havia entendido bem a minha resposta. Continuei: – Chuva é riqueza para nosso povo tão pobre de água.
– Mamãe, mas estamos sem guarda chuva. Como chegaremos até o carro? Está bem forte. – Alertou a minha pequena, sempre tão prática e racional, e naquele momento também preocupada com o horário do prometido cinema.
– Não se preocupe, filhinha. Para a chuva, temos todo o tempo do mundo. Deixe-a cair! O Sertão está com tanta sede… E vê-la assim, tão densa, é bem melhor do que qualquer filme, tenha certeza.
Nesse momento, ajoelhei para ficar da sua altura. Eu poderia ter só me abaixado, é verdade, mas era de joelhos que todo o meu Ser queria estar naquela hora.
Na perspectiva visual da minha menina, pude observar ao longe um grupo de jovens em algazarra tomando banho na chuvarada, gritando, cantando, dançando e pulando poças. Nos edifícios, várias pessoas debruçadas nas janelas, sorrindo e observando a água cair. Os carros passando, vagarosamente, vidros entreabertos e os “caronas” com as mãos para fora (pelo jeito buscando sentir as grossas gotas ao encontro da própria pele).
Um senhor que passava ali portava um guarda chuva fechado (e não parecia ter a intenção de abri-lo), e o vi pedir muito sorridente um “saquinho plástico” ao garçom do restaurante que estávamos, decerto para proteger o celular enquanto enfrentasse o aguaceiro. Cada um demonstrando a sua emoção de um jeito diferente.
Continuamos ali paradas por mais alguns minutos, abraçadas, nos deliciando com o cheiro, o som e a visão daquele precioso evento, que alegrou sobremaneira o nosso domingo.
Segure minhas mãos
Por favor não me deixe cair
Não quero cair
Não de novo
É quieto e barulhento
Calmo e conturbado
Chuva que cai suave no rosto
Mas desce correndo em ladeira
Destruindo tudo no caminho
Traíra, apunhala pelas costas
Depois limpa a ferida que a mesma causou
Vazio e cheio
Ninguém sabe o inferno que é
Aqui dentro.
