Chuva da Alma
Dias de Chuva e Resiliência
por Augusto Silva
Nem sempre o sol desperta com a gente.
Às vezes é a chuva que dita o ritmo,
e o café, nosso único abrigo.
Esse poema é para quem já se sentiu preso nas nuvens,
mas decidiu caminhar mesmo assim.
Hoje acordei cedo,
a chuva fazia alarde nos telhados,
como se o céu também tivesse pressa.
O ar, denso e escuro,
trazia algo de Notting Hill,
um encanto suspenso,
uma pausa involuntária
para refletir.
O corpo levantava devagar,
como se a chuva também morasse por dentro,
e os pensamentos ainda fossem vestígios da noite.
E mesmo com os olhos carregados de escuridão,
nos obrigamos a levantar.
Uma força estranha nos segura pelo tornozelo.
Ainda assim, erguemo-nos
como quem carrega o próprio peso das nuvens.
O café, nesse teatro todo,
parece ser nosso bálsamo,
sem prometer cura,
ressuscitando devagar a alma.
Porque há dias que não pedem sol,
mas pedem resiliência.
E talvez a verdadeira felicidade
seja apenas isso:
seguir,
mesmo quando tudo em volta
parece querer que a gente não saia de casa.
Ciclos da Alma
Por Rizza de Morais
Neblina na serra, chuva na terra
Neblina que baixa, sol que racha
Felicidade na alma, paz que acalma
Silêncio que aquece, ternura que embala
Entre montes e vales, o tempo dança
Ora em névoa, ora em esperança
É a serra que chora, é o céu que clareia
Natureza que fala, alma que anseia
Tal como o tempo, a vida é passagem
Hora é nevoeiro, hora é miragem
Mas dentro do peito, brilha esperança
Feita de luz, de amor, de bonança
Felicidade não grita, sussurra baixinho
É vento leve, caminho mansinho
É paz que se achega sem pedir licença
É flor que desabrocha na minha presença
Não preciso de olhos que me vejam flor
Sou raiz, sou tronco, sou o meu amor
Ser feliz é saber — com alma e certeza —
Que o amor mais profundo nasce da minha beleza
"Por três noites seguidas e em uma delas com chuva, os nossos olhos se fitaram. O olhar mais lindo que já vi, de um verde tão limpo e curioso, senti seu olhar me invadindo, me investigando. Duas motos em paralelo, em um cruzamento na rua Diogo Martins minha alma foi arrebatada. Por três vezes um aceno de cabeça, duas arrancadas e uma buzinada. Hoje, pareceu que me esperava, dois desconhecidos conectados por olhares. A vida pregando peças ou me mostrando novas belezas. Em meio a carros e motos eu me perdi. POR SEGUNDOS DE DIAS SEGUIDOS ME ΑΡΑΙΧΟΝΕΙ"
Chega um período que você estende sua alma em letargia no varal da vida e aí sente a chuva que molha e o sol que a seca, e enquanto isso seu corpo fica hibernando numa cadeira de balanço observando essas oscilações do tempo...
Se esta chuva fosse voz ela comigo gritaria... Reivindicando o meu choro para se unir a si. E eu não demoro a me tornar parte dela, sentindo em meu corpo derramar aquilo que muitos negam.
Se esta chuva me chamasse, clamaria pelo meu suor, que se envolve em gotas pelos lençóis, deixando a marca dizendo aqui estou.
Se esta chuva no meu ouvido soprasse, sussurraria um segredo... Que ali já esteve antes, se misturando ao meu cheiro.
Experimente o que for para ser experimentado. Sobreviva, amando até mesmo os momentos de Chuva e celebre verdadeiramente quando sua alma for banhada pelo Sol.
"Que a chuva que cai lá fora, possa lavar minha alma das dores que trago e que eu transcenda na luz."
Manhã fria, chuva fina e contínua... A cabana à beira rio, que preguiçoso desce, abriga a minh'alma que em gemidos padece - banzo é o mal -, o tempo não curou-me; o vento açoitou-me prenúncio do temporal.
Se eu não estiver mais aqui
Como a chuva caí e segue pelas enxurradas,
Como os rios enchem e tornam voltar aos céus,
Com a semente que brota e dá seus frutos,
Como o Sol nasce e se põe,
Como uma simples janela que abre e se fecha,
Assim está minha alma,
Uma hora é melodia,
Outra hora é poesia,
Uma hora é paz,
Outra hora é dor e melancolia,
Se eu for embora,
Em qualquer inverno ou verão,
Restará de mim os traços e trapos,
Restará de um homem que quis só viver,
Mesmo falhando quis apenas amar e só amar,
Se alguém próximo de mim se for primeiro,
Restará as lembranças,
Restará os momentos e prosas,
Lembrarei de detalhes,
Todos os pássaros irão ficar,
Uns cantarão com minha presença,
Outros irão chorar com minha ausência, Eu sei que a vida é longa,
Mas também sei que ela pode se tornar curta,
Velejarei para bem longe se eu aqui primeiro ficar,
Quero ir ao polo norte,
Quero ir ao polo sul,
Se meu barco veleiro encalhar,
Quero sentir a neve caindo em meu rosto,
Me conservando no gelo marinho,
Não quero ver a chuva cair para derreter,
Quero ver a lua no céu pratear,
Quero beijar as estrelas,
E nos cometas tocar,
Mesmo com o vazio no olhar,
Quero voltar a natureza para os frutos apanhar e comer,
Quero ver risos em lábios enfurecidos,
Quero ver alegria nas faces entristecidas,
Não sei se isso é sonhar,
Aos poucos estou morrendo por dentro,
O próximo dia vem aí,
E não sei se estarei mais aqui,
Se eu não estiver,
Saibam,
Estou congelado no polo ártico,
Esperando mais um verão para me resgatar.....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Dias nublados
Sem chuva
Apenas cinza
Escuridão dentro
E fora de casa
Silêncio nas ruas
Nem sempre precisamos
Da chuva.
Mas necessitamos de dias nublados dentro e fora da alma
Do céu plúmbeo
cai copiosa a chuva…
E que bom é ouvir chover
É como se o céu solidário
Chorasse todas as minhas lágrimas
Sofresse todas as minhas mágoas
Lágrimas a inundar caminhos
E a lavar da alma
O pó de caminhos calcorreados
Na esperança vã de encontrar…
E nesses caminhos alagados
Vejo espelhado o céu….
É como se tudo tivesse invertido
E o céu tivesse descido
E eu tivesse subido…
…subido feito Lua!
Doces,foram as lágrimas
...quando o meu corpo se esqueceu no teu
És chuva fina que os meus olhos insistem em ouvir...para te sentir
Doces são as lágrimas...
A chuva cai como benção. Nos lavam a alma. Dão a tranquilidade necessária. E enquanto isso acontece, a assistimos através da janela, escondidos, temendo se molhar.
Falando da madrugada...
Fez-se a noite, misturou-se as primeiras horas do dia com cheiro de chuva e gosto de saudade...o sono que mal chegou...Se esvai...apenas o pensamento fala sob uma trilha sonora suave das canções do rádio...
A minha alma não está aqui! Eu sinto por onde passeia , porque sinto seu chamado...
Porque você também está acordado, perdido em pensamentos...perdido em sentimentos...
São emoções em sintonia.
Eu sei...eu sinto...
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Gracia Monte
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