Chuva
Ela não queria se tornar uma pessoa malvada, mas, quando alguém passa a maior parte da vida tentando ver o sol, às vezes começa a ansiar pela chuva.
Do meu lado
vai ter lágrima, riso
vai ter companheirismo
e um me deixa sozinha
de quando em vez.
Vai ter
passarinho,
gatos
e flores
no gramado.
Vai ter janela aberta,
vento na cortina
chimarrão na varanda.
Vai ter afago
beijo de língua,
arrepio...
Vai ter festa surpresa,
piqueniques na beira do rio.
Vai ter eu e você
elaborando uma receita
para não sermos
nó.
Do meu lado
vai ter bolinho de chuva,
café passado
em cima do fogão...
Vai ter dia
de sol,
e o meu calor
para te aquecer
nos dias de frio.
Vai ter eu andando
do teu lado.
Vai ter minha mão
apertando a tua
e a minha alma
pra ti sempre nua.
Do meu lado...
Deus Fez o Sol que esquenta, o vento que esfria, fez os campos e a mata verde, que sozinha se cria.
Fez também as cachoeiras, o mar, os rios e a chuva da nuvem fria.
Dividiu tudo certinho, separou a noite e o dia.
Fez o sorriso que acalma, o amor que alivia.
Fez o homem e a mulher pra dividir as alegrias.
Há um ar de tristeza quando chove
Frio, saudade e muta solidão
É uma melancolia que nos absorve
Nessa úmida desolação
Um poema para Novembro
Que seja novembro
Que seja de Deus
Que seja pura vitória, alegria
Que os sonhos se realizem,
Que as flores continuem a florir
E encantar os olhos
A alma e o coração…
Que seja leve como a brisa suave
De cada entardecer…
As noites sejam serenas, de lua, chuva, céu, estrelas e cor,
As manhãs sejam de encanto, suavidade, beleza,
Vento que passa perfumando os campos,
As ruas e os jardins…
Que novembro se vista de Fé,
De alegria das árvores que floriram e brotaram,
Que verdes encantam os pássaros do céu
Que cantam em cada amanhecer
Desde a madrugada
E permitem o anoitecer sereno e lindo
Como um sonho de primavera
Que está acontecendo!
Brilhe o Sol, encante a Lua e se enfeite o Céu de estrelas,
Renasçam as esperanças silenciadas,
O véu da cortina do tempo se abra
Para novas expectativas,
Para novas alegrias,
Novos sonhos,
Planos perfeitos do Criador!
Em novembro dai graças,
Deixai que as águas purifiquem nossos corpos, mente e espírito,
Que os rios sigam seu destino silencioso até o mar,
Deus olhe do alto Céu e dos montes
E nos abençoe,
Permita que as maiores fagulhas do Seu Amor caiam sobre nós
E sejamos restabelecidos, curados, renovados,
Nossas dores se convertam em oferendas
Silenciosas no Altar da Vida
Ao Divino Criador!
Nossas súplicas sejam ouvidas
E todas as almas puras
Nos abençoem num gesto único, total, perfeito e puro!
Que seja novembro,
Tantos novembros de encantos,
E que nunca percamos a magia
De acordar com um sorriso
E adormecer no silêncio
Das boas obras realizadas!
Deus, do alto Céu
Derrame a chuva que molha de graças e vitórias
E cura de todos os males
E permita a vida florescer
Numa eterna Primavera!
Felizes, sorridenntes a dançar
Enfrentando o lodaçal
Não importa se é temporal
A vida já os ensinou
Não adianta dramatizar
muito menos viver pelos cantos a lamentar
Eles dançam na chuva ,
Um chuá que lhes cai como uma luva
Dançam e cantam de cá para lá
esta chuva é sagrada
Presente da divndade
Sentem-se à vontade
Confiam no amanhã
Sentem-se livres
ali nao há nenhuma prisão
Para poucos é essa ousadia
Vivem uma vida vazia
presos no ostracismo
Que os impede de libertar
a criança interior
agarranndo-se a convenções
colecionam frustrações
editte/2024/novembro
editelima 60
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Ontem de noite se ouviu
O estrondo do trovão
Anunciando ao sertão
Que o céu todo se abriu
Bastante chuva caiu
Adentrando a madrugada
E ao sinal da trovoada
O sertanejo agradece
O CARIRI AMANHECE
PISANDO EM TERRA MOLHADA
Ninguém consegue explicar
Como é que um pinto novo.
Se gera dentro do ovo,
Sem ter entrada de ar.
Sem poder se alimentar
Nem tão pouco se mover.
Chega a hora de nascer,
Quebra a casca e sai piando.
E a natureza mostrando
Como é grande o seu poder.
Eu admiro a semente
Na superfície do chão.
Fazer a germinação
No leito da cova quente.
Na hora conveniente,
Morre pra depois nascer.
Quando nasce vai crescer,
Com a chuva lhe regrando.
E a natureza mostrando
Como é grande o seu poder.
Poeta Xexéu
Santo Antônio do Salto da Onça RN Terra dos Cordelistas
Topei com a solidão
Querido diário...
Hoje encontrei, novamente, a solidão.
Ela parecia mais sábia, filosófica até...
Corri... corri...
Fugindo dela.
Dobrei a esquina, com o coração aos pulos
e topei com a tristeza.
Fazia tempo que não a via.
Então a noite chegou...
A chuva caiu...
E o silêncio do espaço vazio, companheiro, fiel, sentou-se ao meu lado querendo ficar.
Mas reconheço que sou uma boa atriz.
Então forço meu rosto até doer,
no meu melhor sorriso...
Nesta vida que segue impassível,
indiferente ao meu querer,
que segue mansa como a brisa noturna,
e fria, como a chuva é...
Um resquício da esperança no impossível,
que teima em ficar,
é o que me sustenta hoje
No Rio Grande do Norte
Vi uma luz arretada
Eram relâmpagos no céu
Prevendo a invernada
Logo a chuva comecou
E o agricultor se animou
Vendo sua terra molhada.
Santo Antônio do Salto da Onça RN
10/04/2024
Encontro abrigo não apenas sob o teto que me protege, mas também nos momentos em que a natureza se abre para me receber. Cada gota que cai é um convite para me refugiar na serenidade do momento presente, como o meu chapel pendurado delicadamente em um galho dançando ao ritmo da chuva.
Como eu amo o cheiro de quando começa a chover. Tem cheiro de infância... de colo... cheiro de leitura com café, cheiro de aconchego e paz. Tem barulho de musica que acalma a alma, tem cor de romance, será que tem sabor? Só se tiver o gosto do amor.
"Você será o motivo da minha desgraça e a morte do meu coração; Todas as rosas tem espinhos baby... E tudo bem você querer se defender dos brutamontes que querem te arrancar. Mas eu sou a abelha e ninguém toca no meu néctar!"
Livro: Temporada de chuva - by Safira souza
Bom dia!
Domingo com chuvinha e alegria, uhul!
Sabe, ao olhar para trás, agradeçamos por tudo o que vivemos, por cada desafio superado e por cada graça recebida. Ao olhar para frente, confiemos
que Deus tem planos maiores e melhores, e que
Ele continua a conduzir nossa vida
com amor e sabedoria.
Você olha para o céu, não vê as estrelas, não tem opinião sobre os planetas, não vê importância nenhuma nos meteoros, e acha que as estrelas Dalva não simbolizam coisa alguma. Nas redes sociais tem gente assim também como você. Adoram ser curtidas, mas ignoram quando o Sol se impõem sobre a chuva que enfeia o dia, mas que traz vida aos campos.
Lua cheia.
Por volta das 15h30.
Há nuvens cinzentas no alto do céu agora, e sobre essas folhas que escrevo, a garoa pinga… Tão fina que me permite contemplar a cidade, sentir o sopro da vida enchendo e esvaziando os meus pulmões.
Os pássaros voam em direção ao Norte. Se abrigam em algum lugar que me foge das vistas. Há poucos que ficam pousados aos fios de luz, ou no topo de uma caixa d’água da cidade. Cantam initerruptamente o seu chilrear.
Anunciam o sol ou a chuva?
“Não voem, óh meus amigos passarinhos” – pressuponho a linguagem das aves. – “Vejo aqui do alto da caixa d’água o calor no horizonte“.
A chuva dificulta o alçar das asas, pesa o corpo.
Aprendo eu agora, algo com os pássaros?
Há dias que olhar para o céu é parecido como hoje. E mesmo com todo o azul mais vívido que minhas córneas possam admirar, as nuvens acumularão as cinzas do Riacho Fundo. Vagarão até se encontrarem, mais cedo ou mais tarde, para serem uma só. Imponentes quando desaguarem, às vezes incontrolavelmente furiosas.
Há dias como hoje, que sinto-me como a chuva cinza, fina, pingando na folha, pingando nos pássaros. Soprando ao alto o cantar das aves para longe. Acumuladora de tudo dessa cidade até que o que lateja, ebula, cuspa palavras num caderno qualquer, ou na fronte do que estiver pela frente.
A chuva pode desabar montanhas com a sua força destemida.
Há dias, como ontem, como hoje que sinto-me como uma chuva cinza, fina, pingando na pedra. Insistente até banhá-la inteiramente. Às vezes furiosa até parti-la ao meio. É tanto acúmulo como parte integrante do que se é, ou melhor, do que se tenta ser que a nuvem se personifica cinza sobre a minha cabeça agora.
Aprendo… Eu… Algo com os pássaros que voam para o Norte, ou com aqueles que ficam toda as vezes que eu, chuva, ei de cair?
Quem são os pássaros que sempre voam quando sou garoa fina?
Quem são os pássaros quem ficam quando sou céu azul?
Quem são os pássaros que cantam para que os outros não temam, ou se afastem?
Posso eu realmente ser sol mais do que chuva cinza, fina, pingando na folha?
Haverá pássaros cantando confiança de que o sol haverá de surgir no horizonte mais cedo, ou mais tarde?
Quem são os pássaros que farão ninho agora que estou nuvem e
[acinzentada?
A tempestade cai lá fora, e cá dentro, chove você. Dia e noite, como num dilúvio sem fim. E eu não posso fazer nada.
