Cheiro
Nada é mais duro para a alma do que o cheiro dos sonhos que se evaporam.
Não importa quantos anos você tem; não deixe que as lembranças do passado superem os sonhos do futuro.
A principal coisa na vida é a própria vida, seu sabor, cor, ritmo, cheiro, a capacidade de desfrutar e saborear todos os dias.
Não deixe para trás uma única gota de vida não vivida.
Acredite em mim, há milagres!
Viva como você gosta hoje e aqui.
Ame! "Através" e não ao longo "tangencialmente". Seja!
Mulher combina com flor, pelo seu cheiro e seu amor;
Combina com luz, pelo brilho que produz;
Cheia de talentos e qualidades, dotada de força e vitalidade;
Transforma tudo com sua mão, conquista a todos com seu coração;
Sentimentos mais puros que transmite, não há nada que a limite.
Fingir a alegria estampada no rosto não foi assim tão difícil, más não sentir mais o teu cheiro ,foi insuportável...
Só quem se incomoda com o cheiro das galinhas se muda do galinheiro.
Só quem se incomoda com o cheiro do porco se muda do chiqueiro.
Passou à época de dá flores, ninguém sente mais o cheiro das rosas, os enamorados não são como antes - românticos, não se presenteiam mais com rosas, as senhoras dormem em silêncio com o caixão com cheiro de flores.
- Quero outro cheiro, cheiro de flor e de rosas, cheiro de amor.
minha saliva ficará em sua boca mesmo que escarre todos os dias a ira de que meu cheiro sempre irá se confundir com o seu e você simplesmente será um vingativo segredo meu. se entale de lágrimas...
costumo dizer que saudade tem cheiro e sabor, aperta algo em nós que nem água consigo engolir. Ah, eu sinto falta de um abraço, de uma pergunta simples como foi o dia e se eu já almocei ou vem de onde, e mais ainda, ser chamado de filho,enfim, faltou muita gente numa noite de céu estralado e vi cair lágrimas me dando parabéns, era minha noite de formatura, não esqueço disso. Eu não esqueço também de sua risada quando fiquei com dor na coluna ao vesti-lo depois do banho. E, de repente, assim, uma coisa rápida e súbita, como se você fechasse os olhos e depois abrisse e tudo estava diferente do que você deixou, tudo mudou, tive que chorar muito e ficar só e me recordar disso e de muitas coisas, muitas coisas. Saudades de meu avô e pai que tive o prazer de herdar seu nome e suas virtudes pois quando eu peco eu sou Geraldo Rocha Dantas Neto e quando viro um guerreiro e homem de coragem, honrado, humilde e solidário eu me torno Geraldo Rocha Dantas. Mas quero ficar em silêncio, o mesmo silêncio do meu avô na UTI que me falou o tudo que jamais palavras iriam dizer, apenas quero sentir novamente tudo que vivi ao seu lado mesmo antes de nascer, afinal, sou Geraldo Rocha Dantas e ainda vivo, ou melhor, ainda vivemos na ânsia de um dia ser um pedaço de céu.
Ah! o Sol que nasce, é de ouro de orfi,
a lua que anoitece os meus abraços tem o cheiro e a presença de mim.
Saí na madrugada fria sentindo o mar contornando o universo, simplesmente, assim, e os pássaros pela manhã que traz o doce afã que tens a mim, arte que venero.
Você é esse céu e meu mistério, meu caminho sem ser meu fim, sozinho.
Nessas doses de vinho.
E a tarde tem cheiro de café,
com sabor de pão amanteigado,
e nas noites vazias só resta a fé,
de Lázaro esperançado.
Mas no céu tem estrelas a reluzir,
luzes mossoroenses em promoção,
dá até para comer um açaí,
depois de dois hambúrgueres por um vintão.
E do meu carro se borda o futuro,
pelas vontades de nossas invenções,
Lázaro ascendendo no escuro,
a luz que alumeia nossos corações.
E nas voltas tão esperadas,
nos caminhos mais medonhos,
vai e vem dois psicopatas,
empreitando realizar sonhos.
“O cheiro de carne atrai leões, mas o fogo espanta qualquer animal devorador; assim será os que andam na carne ou com o Espírito Santo de Deus.”
Corpo a Corpo
William Contraponto
Teu cheiro chegou primeiro.
Nem palavra, nem nome.
Apenas pele
em estado de intenção.
Tinhas o torso do erro
que eu nunca quis evitar,
e um olhar de quem conhece
a língua dos labirintos.
Não havia futuro em nós —
havia agora.
Esse agora denso,
que se despe com os dentes
e se escreve no escuro.
Minhas mãos em tua nuca,
teus quadris contra o mundo,
e tudo o que não sabíamos dizer
se dizia ali,
em cada investida.
Não fizemos amor —
fizemos ausência.
Do que disseram que era certo,
do que juramos reprimir.
Fizemos vício,
feito dois animais
com pensamento demais.
Depois, o silêncio.
Não o constrangido —
mas o pleno.
Como quem sabe
que o que aconteceu
não precisa de legenda.
E quando partiste,
deixaste um rastro de ti
no cheiro do lençol,
e um pouco de mim
nas tuas costas.
