Ceu Estrela Saudade
A difícil arte de dormir sem ter você cada dia mais me faz sentir sonolenta, porém não consigo dormir... porque dormir sem você tornou se o meu pior pesadelo.
SOU UM VELHO DIÁRIO
Sou um velho diário
Deitado no lixo
Na areia esquecido
Quando a dor não cabe no peito
Fica na alma e transborda de insónia
Sou um velho diário
De rosto estampado, calor
Fogo, alegria nostalgia e expressão
Sou música, palavras, frases
Um reviver, uma ilusão
Do presente e do passado
O meu diário é um amigo
É uma doce companhia
Pétalas de rosas entre as folhas secas
Numa bela recordação
Mas hoje querido diário será diferente
Vou sorrir e voltar a viver
Deste diário velho deitado no lixo
Que tanto amou deixou saudade.
a gente se apega aos bons momentos porque eles nunca mudam em nossa memória. o contrário das pessoas.
Netos,
que coisa mais linda
que Deus pode nos dar!
Eles são estrelinhas
que brilham com luz própria
que brilham além céu,
que brilham além mar.
Eles são a saudade
dos nossos filhos pequenos
e do que foi embora.
Eles são mais do que são:
pureza, amor , alegria
e a esperança que nos alimenta
nesta pandemia.
Netos...
Haverá um tempo
Em que o passado soará como uma linda canção
E a canção, trará de volta a lembrança de um passado...
Saudade...
Haverá um sorriso
Uma lágrima talvez
Mas também a completa certeza
Que nada foi em vão mas que tudo valeu a pena...
Eu não sei o que esperas
O seu silêncio me tortura
A brisa do mar veio me acalmar
Ela disse pra eu não me magoar
Mas esse conselho foi se atardar
Sinto que existe um mar entre ambos
Isso afoga às minhas esperanças
Mais uma vez me encontro à deriva
Boiando num oceano de dúvidas e feridas
Deveria ser pecado amar-te
Não quero ter que renascer para entender
Que eu não fui feito pra você
Prometo consertar esse meu desencontro
Resolver os meus confrontos
Mas não agora
Vou embora
Na dúvida
Se vou
Sobre
viver
Por favor, siga seu caminho...Tem que ser assim.
Vou guardar-te na minha memória.
E visitar-te quando sentir saudade.
Perdão!
Hoje acordei sentindo um vazio e tudo ao meu redor se tornou nada novamente, penso que seja a saudade gritando seu nome aqui dentro.
Nem sei se te gosto
Se um dia me negaste
A atenção requerida
Com orgulho me esnobastes
Me lançando do navio
No meio do mar da saudade
Me afoguei na decepção
de um amor de imaturidade
Folhas são lembranças já vividas, um dia verdes, mas secas pelo tempo e levadas pelo vento.
Lembranças de pessoas que naquele momento jurei enganos e ilusões. São horas de conversas jogadas para o vento, sorrisos bestas e momentos únicos!
Secaram, sumiram... Mas prevalecem aqui e aí. No mais íntimo possível, mostrando que entre espinhos havia um afeto.
Por pequenos passos passamos pelo passado perdido em memórias passadas. Choros e sorrisos, abraços e carinhos que naquele exato momento foi nossa grande fortaleza.
Brincadeiras antigas nos tornavam reis e rainhas, polícia ou ladrão. Em um passe de mágica meu cachorro se tornava um gigante dragão.
Minhas pernas corriam livremente sem destino ou perigo, meus joelhos ralados eram símbolos do meu ser de criança.
Passado perdido por telas brilhantes e um padrão que impõe e determina que imaginação vem de crianças, e para os adultos só cabem família, trabalho e dinheiro na mão.
Amor que explode no peito
Transformar sentimentos em palavras.... coisa mais difícil não há.
O ódio que você sente é capaz de lhe engasgar,
o amor que explode no peito não há jeito de totalmente expressar...
a dor que dói tão doída.... não adianta gritar, e gritar, e gritar... não vai parar.
A paz que morada em sua alma faz... está lá e você não consegue mostrar...
Um medo de arrepiar... arrepio você sente se sente a unha o quadro riscar...
um gosto, um desgosto,
tanto afeto, desafeto...
solidão,
esperança... que nunca alcança,
alegria todo dia
ou que falta no seu dia...
E a palavra fere...
magoa, entristece
alegra o coração...
...tente entender isso não...
Vem, banha-me de papiros e lírios e desertos, de Nilo Branco e Nilo Azul. Sou longínqua e persigo o sal das águas, as estrelas das mil e uma noites perfiladas no meu colo. Vela por todas as viagens que não fiz contigo. Senta-te e descansa a tua alegria na minha. Mistura-te ao meu silêncio. Faz de mim o que te falta.
LEMBRANÇAS
Nas horas em que bate uma incerteza,
em que meus pés não pisam com firmeza,
eu busco, pai, a força dos teus passos.
Como se eu fosse ainda uma criança
que tenta caminhar... treme... balança...
mas sabe que ao cair, cai em teus braços.
Nas horas em que eu erro (e eu erro tanto)
para acalmar as dores do meu pranto
eu tento recordar cada lição...
E então, como num toque de magia,
eu volto a ver o olhar que corrigia
e a ouvir a voz que dava o teu perdão.
Nas horas em que eu busco mais coragem,
ao reencontrar, na mente, a tua imagem,
com ela, os meus temores eu reparto.
E eu sinto que tu segues ao meu lado
me protegendo, como no passado,
afugentando os monstros do meu quarto...
Pai, eu cresci... E o teu menino agora
não pode te chamar sempre que chora
e nem pedir teu colo quando cai.
Porém eu sou, no mundo das lembranças,
a mais feliz de todas as crianças
por ter um grande amigo, herói e pai!
Comentário sobre a Língua Portuguesa:
Em nossa língua oração é construída ao verbo.
O sujeito está então sentenciado.
Numa conjunção de tempos passados, presentes e futuros,
Onde se mesclam adjetivos e a vírgula fica ao lado.
Mas eu confesso que busco os substantivos, sem desprezar os predicados.
E quando me ponho a tecer frases exclamativas ou declarativas,
vem-me as imperativas, a interrogar-me sobre as optativas que se depreendem na singularidade.
Faço oração para encontrar o sujeito absoluto em sua simplicidade.
Aprendi assim à oxítona amar e a expressão única da saudade.
