Cerca
Nas tentativas de compreensão a cerca do amor, decidi não me esforçar pra entender essa coisa. Amor não se explica. Se bem que ainda se encaixa em algumas palavras. Mas nunca é suficiente. Amor, na verdade, não precisa, necessariamente, ser pronunciado aos quatro cantos do mundo. Amor, a gente sente. A gente sente o coração acelerar. A gente sente a necessidade, quase incontrolável de proteger a pessoa amada. Livrar dos males todos do mundo. Mas que bobagem. E daí? Amor é um sentimento quase que indescritível. E clichê. Mas a gente ainda escreve sobre ele. A gente escreve porque sente. E essa gente mal-amada. Deixa pra lá. Não tem essa. Todo mundo precisa de amor. Nem que seja um pitadinha só. Essa pitadinha pode mudar uma vida inteira. Amor muda, invade, preenche, alegra, entristece, mas acima de tudo, sobrevive.
Vivemos endividado por um passado que nos cerca.
Ele nasce a todo instante
Pensar já não se é mais presente, é lembrança.
Tristeza, dor, felicidade e amor é estado, é irreal
Temos que inventar um presente.
Mas qual?
Depende de cada um...
Não quero demonstrar tamanhos sentimentos a essa realidade que nos cerca, pois o meu receio é de quê entendam que para me derrotar basta usá-las contra mim mesmo;
Se os nomes sujos soubessem que a mancha que lhes é imputada vem de quem os cerca, jamais desfilariam soberba diante das mãos dos que os ajudam em silêncio.
Certa palavra certa
Acerta pra lá da cerca
Que cerca o ser de cá.
Cala a palavra cá e lá
Pra lá vai calar aquilo
Que li quando qui-lo crer
Próximo aos sinos repousa uma lápide que apenas eu posso ler, sobre a cerca há um galo vermelho que outrora já foi seu coração.
Pelo censo brasileiro de 1872, os escravos eram cerca de 1 milhão e 200 mil pessoas. Hoje, não existem dados oficiais de quantos “escravos modernos” há no Brasil, mas aproximadamente 4 mil pessoas são resgatadas todos os anos do trabalho escravo no país.
-Li, reli, soube da vida
-Vi, revi, assisti a enlaces
-Questionar a cerca do amor é tolice,
Pois o que não nos é tangível
Difícil é sua compreensão
- Dá-lhe conceito,
- Utopia.
- Dá-lhe forma,
- Cegueira.
- Cobrar-lhe razão,
- Loucura.
- É sorte?
- É construção?
- É procura?
- É um achado?
- Alfa? -
- Omega?
- É o caminho?
- Ou o final dele?
- Porque quanto mais procuramos conhecimento, quanto mais estudamos,
Mas longe, dele ficamos?
- “Só os burros encontram amor pra vida toda,
E se no meio do caminho quiser sair de seu estado de ”burrice”,
Irá ameaçar sua situação de felicidade plena.
Eu sou burro, quero ser sempre burro”*
- Será que a exibição exacerbada da alma...,
A procura constante por enriquecimento intelectual...,
A expressão ilimitada do saber...
Distancia-nos de tal regozijo, o amor?
- Não sei, só sei que nada sei, sendo assim , um BURRO, E BURRO FELIZ
A Busca
O frio da noite me cerca
Semblante cansado
Por dentro estou deserta
Tudo está desalinhado.
Minha luta particular
Meus fantasmas interiores
Há um eclipse total a me cegar
Existe alguém pra salvar?
Procuro uma luz, um sentido
Pra poder sentir- me viva
Um caminho a ser seguido
Um amor, um amigo
Que possa mostrar- me a beleza que há em amar
E em troca receber um abrigo
Que faça- me esquecer as incertezas
Dizer o que desejo ouvir ou não
A força a me reger contra a correnteza
Que me afasta da felicidade, seu nome é solidão.
Autora: Tayane Dias 31/03/12
Nós somos maior do que a razão ou desejo ensandecido, que nos cerca por tão pouco com toda manhã calorosa, inspirando a plenitude de uma abraço gostoso e sincero;
Quero compartilhar meus segredos mais ocultos, pois se amar a vida for crime deverei ser mantido em carcere privado;
Para o amor que nos sucede, nunca foi crime amar e nunca será desejar;
É muito mais preferível uma ponte que uma cerca. Isso é fato.
As pontes interligam situações, pessoas, corações e facilitam nossa passagem. Mas nem sempre existe uma ponte no nosso caminho. Às vezes, ao invés de pontes, nos deparamos com cercas.
As cercas delimitam espaço, propriedade. São elas que dizem até que ponto você pode chegar.
Nossa... Como é triste dar de cara com uma cerca. É tão frustrante. Não há como ultrapassá-la. Não há como chegar do outro lado sem ferir a integridade de alguém. Não há.
E a gente fica olhando assim, de longe, querendo estar lá dentro com as pessoas que ali estão. Mas se elas não nos querem lá, o que fazer?
Talvez esperar que aquela porta da cerca se abra. Sim. Toda cerca tem um lado de passagem que nem sempre é aberta a todos.
O jeito é esperar que essa porta se abra e enquanto isso vamos nos contentar em olhar de longe e não tentar invadir propriedade de ninguém. Isso seria um erro fatal. Invadir espaço de alguém sem o seu consentimento é como usurpar espaço. Um espaço que não é seu.
Mas parece que é mais fácil ficar construindo cercas, barreiras.
Parece que é mais fácil delimitar espaço.
É muito mais fácil vestir aquela armadura de "pessoa forte" e se colocar à distancia, mesmo que você sofra com isso.
Porque é tão mais fácil fazer o difícil?
Seria tão mais fácil se, ao invés de cercas, as pessoas construíssem pontes.
Pontes que trouxessem esperança.
Pontes que diminuíssem distância.
Pontes que interligassem pessoas.
Pontes que interligassem... corações...
E nós podemos derrubar cercas e construir essas pontes. Basta apenas, querer.
