Cemitério
Eu te enterrei em um cemitério muito perto de mim
Um terreno que era fértil que vi até florir
Terreno esse que pra muitos é morada
Esse aqui de perto é só passagem, estrada
Eu te enterrei com pressa pra essa dor passar
Mas quando ouvi seu nome por alguém pronunciar
Certamente vi que não estava morto e então comecei a cavar
Te procurando no buraco fundo só encontrei a solidão
Esse terreno hoje é baldio, vazio é meu coração...
Em uma experiência jogaram um bomba no cemitério por incrível que pareça não acharam nenhum sobreviventes
Nunca vou ao cemitério, acho macabro, triste
É ali que temos a noção real que a vida
Representa a morte
Que a morte tem o sabor da vida
Nunca vou ao cemitério, ali...
Me sinto sem ar
Acho que todos que estão em baixo da terra
De alguma maneira mesmo morto, sufocado está
Cemitério é lugar de silêncio, de lágrimas
De flores murchas, do cheiro ruim de vela
Que me perdoa os mortos que estão lá
E os vivos que estão cá
Mas em cemitério só vou
Contra a minha vontade,
Quando a obrigação me chamar
Ou então quando Deus me disser:
Ei, sua hora chegou, vamos lá..
Bem vinda à noite
O cemitério está aberto
A lua foi embora
E com ela, a inocência da criança que só veste preto
E celebra hoje o seu enterro
Mergulho em pensamentos sombrios
Procuro a tua beleza
Eu sei que existe em algum lugar
Não me preocupo com o tempo
Você estará comigo ainda nesse século
Enquanto não te beijo,
Me divirto no jogo da paixão
Enveneno o coração das mortais
Sugo o sangue e a inocência de garotas normais
Tudo um ensaio para o nosso encontro
Linhas e linhas não irão te excitar
Mas essa lápide que hoje sento terá uma grande história para contar...
Adoro ser imperfeita! Pessoas perfeitas só podem ser encontradas em dois lugares: no cemitério e no curriculum vitae.
Alice
Doze anos depois voltei ao cemitério onde foi sepultada minha genitora. Estava na Cidade a passeio, então resolvi ir fazer uma visita. Ao entrar, não achei o local exato do sepulcro, fiquei andando em círculos a procura. Assim que entrei, vi uma garotinha, talvez 9 ou 10 anos de pé, cabeça baixa olhando para um túmulo, como se estivesse rezando. Quando passei bem perto dela senti um arrepio em toda minha coluna. Não dei importância e segui a procura do lugar onde estava o túmulo da minha genitora.
Sem me lembrar onde exatamente era o local, afinal, doze anos já haviam se passado, desisti da busca e fiquei a andar a esmo. Novamente me aproximei do lugar onde estava a garota que vi quando entrei, parei perto dela e fiquei a observar o nome da pessoa que estava ali sepultada. Não era um nome conhecido para mim, mesmo assim resolvi fazer uma oração junto a garota que ali estava.
Fiquei perto dela uns dois metros, talvez um pouco menos. Ela virou-se para mim, e perguntou se eu a estava vendo e ouvindo. Respondi que sim e então lhe contei a minha desolação em não achar o túmulo da minha genitora, por isso parei para prestar uma solidariedade, já que não achei o que procurava. A garota com um semblante muito sério disse-me que eu estava exatamente no lugar que eu procurava. Eu respondi que achava que não, pois o nome da pessoa sepultada ali não era o nome que eu procurava.
Você é muito diferente das pessoas comuns. – Disse ela e continuou. – Agora que percebi que você pode me ver e ouvir vou lhe contar o que aconteceu. As pessoas que foram enterradas aqui foram retiradas e colocadas noutro local nove anos atrás, essa pessoa que está aqui agora não é quem você procura, ela já não está mais aqui. – Eu a interrompi e perguntei se a pessoa enterrada ali era parente dela. – Ela respondeu que era mãe dela. – Eu disse-lhe que sentia muito. – E ela disse que o nome dela deveria ser Alice e o nome da mãe dela era Francisca. – Vou embora – Disse ela. – Não diga pra ninguém que me viu aqui, obrigada por ter falado comigo, adeus. – Saiu andando e sumiu entre os outros túmulos. Aproximei-me mais um pouco daquele túmulo e li o nome da pessoa em uma inscrição gravada numa pedra de mármore. Estava escrito: “Francisca Leite Farias. – Descanse em paz, mãe e filha”.
Charles Silva – Textos
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este poema escrevo poema.
na banda que amo muito os Ramones.
O tributo
O cemitério da minha alma esta meus sonhos,
Deixado nos meus pesadelos,
Entre esses sonhos a vida acabou,
são parte dos meus pensamentos,
então encontro um cemitério de animais,
sinto a vida passar em meus pensamentos,
perdidos numa madrugada,
nada pode ter volta,
pelo que sonhamos?
os piores pesadelos são meramente sonhos,
tento viver na solitude do coração,
apesar de perder teu amor,
a solitude é fração da alma,
no jogo do tempo tudo é um sonho perdido,
no qual vivo com meus óculos escuro,
não tiro nem para dormir,
nem mesmo quando morri,
minha alma estará no cemitério de animais,
pois voltarei a vida meus sentimentos...
estarão mortos em meus olhos,
viver em um pesadelo sempre é um sentimento.
seremos jugados no final dos tempos,
somos culpados de viver em nossos próprios pesadelos.
Existem três tipos de moradia que eu peço a Deus pra nunca precisar delas: Hospital, cemitério e delegacia.
Día de los muertos..
Penso no cemitério da vida.
E nas lembranças mais
e mais amareladas.
Homenagens aos idos,
saudades!
No cemitério estão os mortos que já morreram; outros que vão demorar a morrer. Ainda há os que jamais morrerão: seus feitos construíram a eternidade e serão sempre lembrados.
Sombra do tempo
Vento esquecido
Escuro da noite
Cemitério escuro
Velho antigo
Cheio de lembranças.
Anjos caídos
Figuras irreais
Tristes e gastas
Onde nos leva ao presente
Horizonte longínquo
Noites mal dormidas
Futuro de um abismo escuro
Onde as tábuas do caixão
Estão de molho no rio
Murmuram as suas águas,
Na sombra da dor e saudade
Como trapos ambulantes cheios
De agonia chegada ao fim da linha.!!
Quatro coisas que o diabo pôs na terra e que dá muito dinheiro: cemitério, hospital, prisão e manicômio.
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