Casulo
METAMORFOSE
Sem despertar nenhuma admiração
uma lagarta na sua carcaça,
é cativa desta situação,
cresce no exílio… o tempo não passa.
Nova manhã… num sussurro sonolento,
rompe o casulo… emerge fascinante
em borboleta. Nas asas do vento,
corta o ar com seu manto azul cintilante.
A borboleta com graça e magia,
Ao passar pelo aperto do casulo,
da sua história fez uma poesia.
1.º lugar no Concurso Literário da Academia de Letras dos Campos Gerais.
Maluco beleza
Metamorfose ambulante
Sempre prontos
Para evoluir
Aprender
E caminhar:
Batendo as asas
Da liberdade
De nossas
Próprias conquistas.
Tenham fé
Sempre.
🦋🐛🦋🦋🦋
Nenhuma borboleta nasceu voando, antes de voar ela teve que aprender a rastejar, a escalar. Instintivamente ela sabia que não é com o vôo que se aprende a voar.
A lagarta vai crescer aqui dentro até ficar apertado demais. Todo esse ciclo se chama metamorfose. Ela vai precisar romper esse casulo. Mas só assim ela vai virar uma borboleta linda e pronta pra voar.
O que faz pensar que uma borboleta esta ligada ao simples fato de amar alguém.
Ninguém é parecido com uma borboleta, e borboletas não se amam.
Talvez fosse o fato de elas carregarem consigo, o colorido de suas asas.
Ou poderíamos dizer, que a inspiração para o amor ,esta em sua magia e leveza de voar.
Tudo isso poderia ser incerto, quando não aprendemos com a natureza.
A arte de viver e de amar, esta espelhada nas simples coisas da vida.
São detalhes que passam despercebidos e nos trazem grandes ensinamentos.
O casulo criado pelas borboletas são os momentos internos de aprendizagem e preparação.
Ás vezes criamos nosso casulo, e ficamos solitários, esperando que estejamos preparados.
E quando estamos preparados, nos desprendemos do nosso casulo,alargamos nossas asas e alçamos longos voos.
No amor também é assim, ás vezes é preciso nos fecharmos e nos conhecermos internamente no casulo da vida.
É no casulo que temos um autoconhecimento daquilo que queremos e pretendemos almejar.
E depois de um momento logo de ensinamento e preparação, nos despojamos do casulo e nos desprendemos para alçar longos voos ao encontro do amor.
Ao contrário da borboleta a metamorfose do amor é no fim. É no final que ele se torna uma sombra imprecisa, um espectro triste e pálido do que foi. É nesse tempo indefinido e tardio que ele tenta se manter vivo alimentando-se com as migalhas que sobraram. Como uma lagarta arrasta-se carregando o peso e a culpa do fim. Agarra-se com tanta força às lembranças que chega a pensar que são reais. Mas como amor é par, sozinho definha aos poucos, rende-se ao tanto faz da indiferença e resignado à triste sorte entrega-se à clausura do casulo .
Pense em sua vida como se você estivesse passando por um tratamento contra um câncer muito agressivo e a sua morte fosse inevitável. Você poderia sofrer e morrer ao não arriscar o uso dos medicamentos, mas também poderia sofrer e morrer, mesmo com todo o tipo de cuidados necessários, mas ainda assim, sendo medicado, teria uma chance de sobreviver e dar a volta por cima. Entendeu a analogia? Arriscar é necessário e sofrer faz parte do processo, mas é justamente isso que torna a jornada mais bela. Você já nasce sabendo que um dia vai partir e quando você compreende isso, sabe que é muito triste morrer dentro do próprio casulo por conta do medo de voar.
O Voo da Borboleta
Ela é borboleta, essa mulher que emerge,
Transformada, criando asas para o voo que urge.
Voa onde a coragem um dia lhe faltou,
Planando nos sonhos que o desejo calou.
Porém, um tempo houve, de temor e esconderijo,
Nos instantes mais íntimos, sem um alívio.
Presa em si, sem rasgar o casulo que a prendia,
Perdeu o balé da vida que tanto queria.
O tempo, mestre, a fez amadurecer,
O deslumbre, o desgaste de não mais querer.
Mas a paixão, a força de um amor a chamou,
E, enfim, a fez voar.
Hoje, na leveza que os pássaros exibem,
Nas asas de borboleta, ela flutua,
Onde e como quer, livremente vive.
Em sutis tons, ou sem cor, a vida se perpetua,
Ela faz de seus momentos o que há de melhor,
Em um voo sem fim, no seu próprio primor.
Alguns chamam de Sexta-feira Santa.
Eu chamo de dia de renascer.
Depois de tanta escuridão,
me debati, me refiz, me alinhei.
Hoje, rasgo o casulo com coragem.
A borboleta que sou começa a surgir.
E mesmo que voe só no meu jardim,
sei que será o voo mais lindo da minha vida."
— Diane Leite
Pensamentos são casulos onde as palavras se transformam em poesia e saem por aí como borboletas pousando nos corações que são flor.
"A felicidade muda-se para o coração no dia em que ele compreende que asas só se abrem quando desapegamos do casulo."
“Sempre contemplamos a beleza de uma borboleta toda vez em que nos deparamos com uma. Porém, o que ninguém vê e fala é do processo de tornar-se-á borboleta.
E parando para pensar nisso, nosso processo é muito semelhante também… As pessoas só nos enxergam quando já nos tornamos borboletas, mas o que ninguém vê é que já fomos lagartas um dia. O processo é longo e entre a lagarta e a borboleta há a fase do casulo e cada borboleta irá passar por ela.
Nessa fase tudo é confortável e seguro, nada pode te atingir ou te machucar, mas nada pode acontecer também, nem de bom e nem de ruim, damos a essa fase o nome de zona de conforto.E assim como a borboleta só sai do casulo quando estão prontas, nós também só saímos da nossa zona de conforto quando estamos prontos. Mas não é tão fácil quanto parece, requer muita disciplina, autoconhecimento e tempo, afinal de contas, estar na zona de conforto é maravilhoso, até que chega um dia em que percebemos que estamos perdendo...
Perdendo de se conhecer, de sonhar, de amar, de construir novos desafios. Desafios que nos movem, nos motiva e nos fazem acreditar que podemos sim ser casulo ao anoitecer e borboleta ao nascer do sol de um novo dia.”
Hoje eu saí de casa...
E vi que o mundo não parou, eu sei que ele não para
E eu me entristeci...
Faz tanto tempo que estou no meu casulo que já nem lembrava mais como era lá fora.
É solitário, frio e apertado. Enquanto os olhos se mantêm fixados e os pés vacilantes parecem nadar sobre a escuridão. Sombrio e caótico. Sua mente te faz acreditar que esse ciclo nunca vai acabar, que o eterno se abraça a ele. Ali em silêncio você se lembra também que não foi fácil ser lagarta. Que não foi fácil se rastejar, ser pisoteada. A vida é dessas, às vezes te dar uns socos no estômago. Guarde a esperança, é o que dizem. Mas a vida também é um grande "descobrir-se". Só os atentos entendem, percebem. Não os que fixam os olhos nos outros, mas em si mesmos. Afinal, é dentro do casulo que a gente mais se encontra, se descobre, se entende. A gente encontra nossa luz, mas também a nossa escuridão. Mas um dia, se trabalhar muito bem nisso, reajustando as nuances a gente sai desse casulo, mais belos do que nunca. A gente encontra os céus.
Nem tudo está perdido. Há muita gente ainda que não compactua com tudo que está de errado no mundo contemporâneo. Há pessoas que ainda defendem a ética e o compromisso inabalável da honradez. Haverá esperança enquanto existirem homens honrados na defesa do patrimônio público, cultural, histórico e da promoção dos direitos humanos. Não podemos desistir do Brasil; o casulo é pequeno, mas dentro dele é possível encontrar pessoas capazes de revolucionar uma sociedade e mudar o curso da história. Não percamos a esperança da honradez e do bom caráter.
E as vezes a vida te coloca no ponto de "recomeçar" de novo, porque ela sabe que agora você é capaz de se levantar e fazer algo ainda melhor e até maior do que já fez.
Nem sempre ela foi leve assim, soberana, em pleno vôo. Como toda borboleta, em um tempo anterior ao casulo, teve a sua fase de lagarta.
Ele diz com certo desdém, que eu mudei. Mas a crítica não me abala, muito pelo contrário. Aprendi com a própria vida, que lagarta que não deixa o casulo, não se transforma em borboleta.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp 
 
 
 
 
 
