Cartas se te Fiz algo eu te Peco Perdao
APENAS
Que eu trove, somente, a minha saudade
Como se fosse o suspiro em mais um verso
A rima perdida na recordação, no disperso
Enfim, a sensação de liberdade e de vontade
Que eu liberte uma qualquer imaginação:
Olhares meigos e aquela aprazível alegria
Inspirada pra você, com a ventura luzidia
Inteira, pelos vários sentidos duma emoção
Que me tenhas teu, só teu, a todo momento
E seja o sentimento, a tua boca o meu alento
Ousadia, companhia e tão cheio de fantasia
E que, apenas, sinta, sussurre á minha prosa
Agrados, emoções, aquela ternura carinhosa
Na poética saudosa com porção de nostalgia.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
10 dezembro, 2021, 21’04” – Araguari, MG
DE UMA POÉTICA REVESTIDO (soneto)
Eu finco em tributo este soneto enamorado
Pra ti! pra que tenhas as altas homenagens
Em cada versar. Sentimentos e mensagens
De doce paixão... em cada verso inspirado
Os olhares e sussurros no soneto enlaçado
Achegado. Incide no rimar com metragens
De sensação e emoção, em tão sãos itens
Refletindo da alma cá neste verso poetado
É amor que no meu peito paces, entoando
Cânticos de encantos e momento divertido
Vibrando a emoção e a ternura ressoando:
Tu és o meu amor e também o meu sentido
Onde os meus versos vão, então, banhando
De uma poética e de uma poética revestido.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
26 janeiro, 2025, 15’47” – Araguari, MG
REZA (soneto)
Eu vi a solidão... Escura e fria
Que no sentimento a sós ficara
E qual o motivo a sorte ignara
Não sei, sei que dói na poesia
Se mais sentia, mais dor escorria
Nos versos com desditosa cara
Cheio de sofrer, poetando para
Cada pesar, que a saudade trazia
O verso fluía e o choro chorava
Pudera neste folhetim literário
Ter prazer que a dita ignorava
Ah! como pudera! Sou sem sentido
Nem mesmo as súplicas no rosário
Me deu zelo pra que fosse querido.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21 abril, 2025, 17’26” – Araguari, MG
*dia da morte do Papa Francisco
TEMPO REMOTO (soneto)
É bom que eu prose ao léu, assim acostumo
na solidão, da privação de um amor passado
pois a lembrança surrara no pesar suspirado
perdendo no versejar aquele rítmico prumo
Terá, e virá, um certo dia, então, presumo
um sentido para o verso, o mais sonhado
talvez o que mais mime, o mais encantado
que anuncie juras, e sensação para o rumo
E, se ao chegar a hora de um verso absorto
que não se apague o ardor, seja conforto
poético, velando a minha aflitiva soledade
Ouvidos não darei a inspiração sem alento
pois, poesia de saudade tem padecimento
mesmo que de boa lembrança, a saudade.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
14 junho, 2025, 15’09” – Araguari, MG
Você me questionou numa noite comum. Enquanto eu partia, você se apressou em me alcançar e segurou meu braço com firmeza. Com intensidade, você fitou meus olhos e me perguntou: 'Por quê?' Eu respondi, confuso: 'Oi?' Você persistiu: 'Por que está distante e age de forma fria?' Naquele momento, meu coração acelerou descontroladamente. Eu lutava para encontrar palavras que explicassem por que me afastara de ti. Decidi recorrer a uma analogia para expressar meus sentimentos.
'Quando estávamos juntos, eu me sentia como um nadador olímpico, vencendo todas as competições. Dava o meu máximo e sempre saía vitorioso. Era uma sensação incrível, completa. Olhar para a água me fazia sentir que poderia superar qualquer desafio, como se eu e a água estivéssemos ligados para sempre. Então, um dia, sofri uma lesão e me disseram que nunca mais poderia nadar. A tristeza tomou conta de mim. Não conseguia imaginar minha vida longe da água, mas tive que aceitar minha nova realidade. Porém, recebi notícias de que poderia voltar a nadar. Fui tomado por um turbilhão de emoções. Não sabia se deveria ficar feliz por retornar à água ou temer ter esquecido como nadar, correndo o risco de me afogar. Apesar das dúvidas, decidi voltar a nadar. E no momento em que mergulhei, senti aquela conexão incrível. Era como se cada célula do meu ser soubesse exatamente o que fazer.'
Terminei de falar e mergulhei no profundo de seus olhos castanhos. 'Você é minha água', eu disse. 'Basta um simples movimento de suas pálpebras e já anseio por me perder na vastidão de seu ser.'"
Eu te odeio, te amo
Eu te odeio tanto que mordo a língua,
Fecho os olhos para não te ver passar.
Cada vez que você se aproxima,
É como se o mundo desabasse, sem avisar.
Te odeio ao ponto de desejar teu esquecimento,
Que teu nome seja vento,
Que teu rosto se torne névoa,
Mas fugir desse tormento é puro intento.
Te odeio por me obrigar a mentir,
A esconder o que grita dentro de mim.
Te odeio por me fazer te amar,
E depois, sem aviso, me deixar no fim.
Te odeio porque te amo mais do que posso,
Porque, em silêncio, carrego esse fardo profundo.
Você me deu asas e, depois, me jogou no poço,
E eu me odeio por ainda te querer no meu mundo.
Dez meses se passaram, e aqui estou,
Prisioneiro de lembranças que não me deixam partir.
Você me vê como amigo, e eu me perco,
Pois ser apenas isso, eu nunca vou conseguir.
Eu odeio teus olhos castanhos brilhantes,
Teu sorriso que ilumina e desarma,
Teu cabelo, que é um mar de seda,
E me odeio por te amar com tanta lama.
Te odeio por não conseguir seguir adiante,
E me odeio por te amar com tanta ferocidade.
Te odeio por te manter num pedestal,
Mesmo agora, penso em ti, de modo irracional.
Me prendi em minha própria loucura por ti,
De onde não consigo me libertar, nem se quisesse.
Te odeio e te amo em cada verso,
Sou cativo do teu riso e do teu olhar.
Nessa confusão, me perco, me disperso,
Sabendo que nunca vou deixar de te amar.
Às vezes, tudo o que eu quero
é a calma simples da natureza,
longe do tempo que corre severo,
perto da vida em sua pureza.
Um entardecer de luz dourada,
o vento a dançar sobre a palha,
ao lado, uma mãe recém-chegada,
seus olhos de amor, sua cria que falha.
Existe no mundo algo mais belo
do que o milagre de um nascimento?
Longe do ruído, do aço e do flagelo,
somente a terra e seu firmamento.
Ali repouso, alma serena,
no abraço quente da imensidão,
onde a vida, singela e plena,
bate suave no meu coração.
Se me perguntassem sobre a morte,
eu sussurraria teu nome.
Diria que ela tem o tom dos teus olhos,
a maciez dos teus cabelos ao vento,
e o doce encanto do teu sorriso —
aquele que cala o mundo e acende o meu.
Sabe por quê?
Porque eu morro um pouco a cada dia:
quando penso em ti com a alma inteira,
quando a saudade me beija o peito,
quando teu silêncio pesa mais que mil palavras,
e até quando teus olhos me encontram
em um breve acaso do destino.
Morro por sonhar contigo
e por acordar sem teu abraço.
Por querer teu cheiro nas manhãs,
tua voz nas madrugadas,
tua presença onde só há ausência.
Meu coração tropeça nas batidas
só por te amar assim —
tão fundo, tão forte, tão meu.
E ainda que me doa,
a única morte que conheço
é não ter-te aqui no meu mundo.
Se eu pudesse ir embora…”
Se eu pudesse ir embora, eu iria.
Não por covardia, não por fraqueza — mas por cansaço.
Eu partiria não da cidade, não das pessoas…
mas da dor que me prende aqui, desse silêncio que grita, dessa ausência que ainda pesa.
Ontem, eu tentei dizer a mim mesmo que o que sinto por ela já não importa.
Que a saudade já não machuca.
Que o meu coração já é nada —
mas bastou fechar os olhos para o sonho me desmentir.
Lá estava ela, com uma aliança no dedo e um nome que não era o meu.
Lá estava eu, gelado, mudo, querendo correr.
E lá estava o meu irmão, meu amigo, meu apoio. Dirigindo o ônibus que me levaria para longe.
Como se até no meu inconsciente eu soubesse:
Se é pra fugir, que seja com alguém que segure o volante enquanto eu tento não desabar.
Eu só queria paz.
Queria que a saudade não doesse tanto.
Queria que os problemas não pesassem tanto.
Queria que meu peito não tivesse que fingir força enquanto se esfarela em silêncio.
Mas, no fim das contas, talvez o que eu mais queira…
não seja ir embora.
Talvez o que eu queira, de verdade,
é voltar a ser alguém inteiro.
ME TRAVISTO DE POESIA
Eu me travisto de poesia...
Sem manter desfaçatez
Para surgir à luz do dia
Como o Criador me fez...
Tenho um lado masculino...
Inerente à minha pessoa
Tenho um lado feminino
Que esvoaçante ressoa...
De duas partes fui gerado...
De um homem de uma mulher
E há muito sou emancipado
Para estar onde me quiser...
Cultivando a real amizade...
Ao longo deste caminho
Tendo a total serenidade
Até me tornar já velhinho....
(ME TRAVISTO DE POESIA - Edilon Moreira, Junho/2024)
Oração de Libertação...
Pai Celestial, em nome de Jesus, eu me coloco agora sob a poderosa sombra do Todo-Poderoso, conforme é revelado no Salmo 91, versículo 1. Declaro com toda a minha fé que Tu és o meu refúgio inabalável e a minha fortaleza, o meu Deus, em quem confio plenamente!
Neste exato momento, eu renuncio e desligo, pela autoridade suprema do sangue de Jesus, toda e qualquer herança espiritual maldita que, por ventura, tenha se manifestado em minha vida e na minha família! Todo legado de enfermidades que se arrastam, de falências que nos assombram, de divórcios que nos fragilizam, de mortes prematuras que nos entristecem, de vícios que nos aprisionam, de depressão que nos oprime, de medo que nos paralisa e de toda forma de destruição que se levantou através das gerações — eu ordeno AGORA: SAiam! Em nome de Jesus! Pois o Salmo 91, versículo 3, nos assegura que Ele nos livrará do laço do passarinheiro e da peste perniciosa.
Hashem, cobre-me com Tuas asas de proteção, como diz o Salmo 91, versículo 4. Que o Teu sangue precioso e poderoso lave toda raiz maligna que foi plantada no meu passado, toda palavra de maldição lançada, todo pacto e toda aliança feitos com o mal, sejam eles conscientes ou inconscientes. Eu cancelo TUDO isso agora! Declaro, com a certeza da Tua Palavra, que nenhum mal me alcançará, nenhuma praga se aproximará da minha morada, conforme o Salmo 91, versículo 10, porque o Senhor enviou Seus anjos para me guardar em todos os meus caminhos, como afirma o Salmo 91, versículo 11.
Eu declaro que o Senhor é a minha proteção inabalável, e por isso, nenhum terror noturno me atingirá, nenhuma flecha lançada de dia me ferirá, e nenhuma obra das trevas prevalecerá contra mim e minha família, como evidenciado no Salmo 91, versículos 5 e 6. Eu recebo, com gratidão e fé, a Tua paz que excede todo entendimento, a Tua restauração completa, e a Tua vida abundante, porque o Senhor me faz assentar em lugares altos e me concedeu a vitória, conforme registrado no Salmo 91, versículos 14 a 16.
Eu profetizo, em nome de Jesus, que toda fortaleza mental que me impede, todo padrão de derrota que veio de heranças espirituais, está sendo derrubado AGORA! Eu pisarei sobre o leão e a serpente; calcarei aos pés o filho do leão e a serpente, como é prometido no Salmo 91, versículo 13. Declaro, em alta voz, que eu sou livre! Minha família é livre! Meus filhos são livres! Meus projetos estão livres e autorizados para prosperar no Teu propósito, meu Deus!
Em nome de Jesus, eu selo esta oração com o sangue redentor do Cordeiro e Te agradeço, Pai, porque a libertação já está consumada! Amém!
SANTUÁRIO
Eu sou na vida um emissário...
Dono do apropriado destino
Que se abriga em santuário
Que é algo surreal e divino...
Esperando os novos dias...
Sem conter nenhuma dor
Um aspirante de alegrias
Por onde esteja ou for...
Rabiscando novos versos...
Que na poesia eu explicito
Se há esforço? Não o meço
Trago paz em meu espírito...
Sendo grato a cada instante...
Por contemplar a natureza
O pôr do sol tão radiante
O vem e vai da correnteza...
Tendo mar em frente à porta...
Em seu frenético movimento
Com minha morada exposta
À mercê de qualquer vento...
(SANTUÁRIO - Edilon Moreira, Abril/2025)
HOJE
Hoje eu quero ver o sol...
Na sua ostensiva beleza
Retirar-me do fino lençol
Com raios de delicadeza...
Hoje eu quero ver o mar...
Mais ainda do que ontem
E amanhã quando acordar
Lembrarei do anteontem...
Despertar e ficar de pé...
Levemente pisar a areia
Antes de tomar um café
Ou desejar a outra ceia...
Hoje eu quero mais um dia...
Quero um dia como antes
Para exprimir a viva poesia
Exaltando-se aos instantes...
(HOJE - Edilon Moreira, Maio/2021)
EU BORDO NO MANTO DO CÉU
Eu bordo no manto do céu...
Nomes de seres decentes
Por terem doçuras de mel
E carismas surpreendentes...
Eu bordo no manto do céu...
Nomes daqueles ausentes
Que tiveram destino cruel
E calados, covardemente...
Eu bordo no manto do céu...
Nomes dos queridos entes
Que fizeram um bom papel
Ficando dentro da mente...
Eu bordo no manto do céu...
Os versos fluorescentes
E que tremulam ao léu
Por serem versos somente...
(EU BORDO NO MANTO DO CÉU - Edilon Moreira, Outubro/2024)
HERÓI DAS RESISTÊNCIAS
Eu tive perdas... Tive ausências...
Na minha caminhada de um só
Me faço herói das resistências
Que levanta sacudindo o pó...
Assim a vida me leva à frente...
Fazendo as próprias escolhas
Tentando ser o mais decente
E que resista fora das bolhas...
Que aguenta daqui ou de lá...
Toda a indiferença humana
Mas não paro para lamentar
Como vive sicrano ou fulana...
Cada um tem sua natureza...
Que é trazida dentro do ser
E pode tornar-se fortaleza
Para todo o mal combater...
Quero apenas ser quem sou...
Com meus medos e pecados
E sendo intolerante à dor
Deixe-me em meu quadrado...
(HERÓI DAS RESISTÊNCIAS - Edilon Moreira, Setembro/2024)
BARCO A NAVEGAR
Eu sou barco a navegar...
O imenso mar da poesia
Sem pressa de regressar
Sem medo da ventania...
Fazendo o tempo passar...
Mais lento do que queria
E quem sabe alcançar?
O patamar da maestria...
Se a solidão me incomodar?...
Eu grito alto com euforia
Uma estrela há de escutar!
E virá fazer-me companhia...
A sua luz vem abrilhantar...
A minha poesia a acaricia
Na quilha vai continuar
E se colar com a maresia...
Verso a verso a se rimar...
Ao avesso da melancolia
Que só me faça ancorar
Quando a noite já for dia...
(BARCO A NAVEGAR - Edilon Moreira, Fevereiro/2020)
PENSANDO
Eu fico aqui pensando...
Tendo um estímulo sensorial
Vendo o mar se aproximando
Cá do fundo do meu quintal...
Eu fico aqui pensando...
Um pensamento talvez banal
Tanto sal... Água se evaporando
E todo o oceano continua igual...
Eu fico aqui pensando...
Por que o tempo é sem final?
As espécies vão se acabando
É o nosso planeta imortal?
(PENSANDO - Edilon Moreira, Setembro/2024)
Eu & Você
Eles tem a essência juvenil da paixão
Perfeitos para si, coisa que perceberão
O tempo passa rápido e logo será verão
Não estão hoje juntos, mas um dia irão
Vivem na montanha russa das emoções Muitos altos e baixos, e poucas razões
Aiaí seus momentos durante as ligações
Como os polos de imã, muitas atrações
Ela não se importa com sua falta de jeito
E ele luta contra seus medos e defeitos
Para ela, ele é cômico e de belo aspeito
E para ele, eles são um casal perfeito
Ele se apaixonou por ela intensamente
Ela por ele, despertou desejos ardentes
Ambos se completam em suas mentes
E toda noite dormem só, que deprimente
E ele planeja viajar, para com ela estar
E ela ansiosa diz, que vai-lhe encontrar
Eles sabem isso causa-lhes bem estar
E um dia vão se ver e amar a beira mar...
A Timidez
Eu sempre estive aqui, escondida e só
Observava-te distante, frágil e perfeita
E esse rubor em meu rosto vale ao sonho
De que talvez amanhã eu contigo esteja
Essa prisão sem grades que me persegue
A está timidez solene que me subjulga
Trarei um fim a esse pesadelo esbregue
Mesmo incompleta, sua amizade me ajuda
Distante de minh'alma está o teu abraço
Perante meus olhos teu semblante risonho
Infante até o fim meu sentimento viceja
Hoje te compreendo e estou de fato aqui
Ah!, essa liberdade que me esbanja da fuga
E completara meu desejo mais muliébre
eu achei que era o amor mais era medo de estar sozinha me enulei tentando ser tudo pra alguém que mal enxergava quem eu era chamei de amor o que era caréncia aceitei migalhas e chamei de cuidado hoje sei nâo era amor
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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