Cartas se te Fiz algo eu te Peco Perdao
LAMBUZO DA PAIXÃO
Com pentagrama eu rascunhei
as notas envolventes da nossa paixão
e sob passos do meu peito
eu marquei os contra passos
do nosso amor,
e, induzido pelo seu calor
e dancei sob passos entrelaçados,
e laçados pelas notas do coração.
Uma vez no salão da sedução...
Enquanto o frenesi, elevava meu ego,
eu, rodopiei em seu chamego...
desfalecendo sobre seu corpo
e lambuzando-me sobre sua volúpia...
Eu pincelei amores que deixavam loco.
Antonio Montes
Então pensei comigo, seria essa a melhor denominação a um cara como eu "Escritor."
Como posso ser, se sequer escrevi livros, não tenho diários, ou páginas em branco para encher de pensamentos meus. Tenho severos problemas com o português desde sempre, e com toda essa chatura de regras e blá blá blá. Os livros jamais foram o meu maior passa tempo, e se leio, haja um livro que me prenda e me faça ir até o fim. Quem não me conhece, a primeira impressão que tem é de um intelectual, correto e que nada faz de mal, a não ser o bem. Poderia ser assim, a primeira impressão que imaginam de mim. Devorar livros de poesia, crônicas e de autores que admiro e enriquecer meu vocabulário, poderia passar às tardes assistindo filmes baseados em obras épicas, ou diversas séries inspiradoras.
Nada disso. Continuo aqui levando naturalmente, digitando pensamentos no One Note do meu celular com a ajuda de um corretor.
Algum dia eu sinta a dificuldade, caia na mesmice. Ai talvez eu recorra a todas essas chatices.
Mas por enquanto me deixa ser esse cara torto com um talento bruto, sem ser lapidado.
PERÍODO ESCOLAR
Eu poderia passar dias descrevendo do que eu vivi em uma escola postando a cada dia um pouco desse período que é de longe a melhor fase das nossas vidas, creio eu, mas eu vou fazer um resumo do resumo.
Eu entrei na escola bem tardio, e se tem palavra que me definiu desde o início a palavra é essa. O primeiro dia foi traumatizante, como eu chorei a primeira vez ao ver minha mãe partir e me deixar ali sozinho, e eu sem intender muita coisa o que se passava, foi a primeira experiência, péssima!
Demorei bastante pra me acostumar com aquela rotina estranha de todos os dias me arrumar todo bonitinho e por uma mochila nas costas, e passar horas dentro de um local cheio de outras crianças. O que eu gostava mesmo era de ta na rua, jogando bola. A primeira palavra que eu "aprendi" a ler eu lembro bem. Era um livrinho cheio de figuras e com a descrição abaixo, dentre elas estava lá a palavra que eu teria que ler, exatamente a figura era um sabão em pó, e abaixo a palavra 'OMO'. Eu não tinha noção de como se soletrava aquilo, então pedi ajuda ao meu amigo na época Natanael, ele me repassou aquilo como "Sabão Homem". Fui com essa palavra na cabeça até chegar a minha vez... Resumindo, eu me ferrei!
Também já sofri Bullying, quem nunca? Sempre tem aqueles valentão, como eu era pequeno e franzino, era um alvo. Mas não só por isso, muito por conta de ter um talento pra desenhar, eram terríveis aulas de artes pois pioravam, fazia trabalhos para os outros, caso não, apanhava. Não é uma atitude legal, talvez isso me fez desenvolver a empatia, em se colocar no lugar dos passantes da dor que eles carregam.
A vida amorosa na escola vinha sendo uma baixa, eu era bem desinteressante, franzino, baixinho, feio pra caramba. Qual a garota que ia me querer? Mas não me impedia de ter amores platônicos, de ter quem admirar.
Nunca fui um aluno exemplar pelo contrário era bem bagunceiro, era do fundão. Não me cobrava muito, atingir a média pra mim tava de bom tamanho sempre foi assim levando os estudos naturalmente, sem fazer muitos esforços.
Até chegar no Ensino Médio. Por causa desse desinteresse todo acabei atrasando um pouco, melhor dizendo... um bocado.
Em 2013 eu tinha reprovado pela terceira vez isso consecutivamente. Já era rotulado como moleque, vi minha geração passar e outras me acompanhar,
Daí quando você chega a essa situação acaba deixando estudos em segundo plano e tem como prioridade trabalho, mas não conseguia emprego algum, era difícil o mercado de trabalho era duro ainda mais com os problemas que eu criei por falta de responsabilidade, batia a angústia. Tive que me ver obrigado a estudar a noite, e a noite o ambiente é diferente, eram bem menos alunos do que eu estava acostumado a conviver. uma decadência pra mim! pra quem já estava triste se tornou mais triste ainda, pois não eram pessoas da minha idade eram pais e mães, eram trabalhadores, coisa que eu não era nem um, nem o outro...
(...) 2016
Eis que chega 2016 jamais imaginaria que este ano fizesse com que minha vida virasse do avesso em tão pouco tempo, já nos primeiros dias do ano uma proposta de emprego consequentemente tive que trocar de turno pois o horário coincidia com turno em que eu estudava, minhas expectativas positivas voltavam vagarosamente. Então fui concluir o terceiro ano a tarde naquela mesma escola, que é um tanto chata, pequena, calorenta, cheia de câmeras, de regras, ninguém pode namorar. Mas ao mesmo tempo ela maravilhosa pois possui um grande bem, pessoas admiráveis que estudam lá, e são essas pessoas que fazem desse lugar um lugar gratificante e acolhedor, foram essas pessoas que me fizeram refletir logo de início que os momentos legais a gente só se dar conta quando já se passou e bate a saudade e acabamos pensando consigo. – Poxa, dava pra aproveitar um pouco mais, dava pra dizer aquilo a alguém, a tomar certas atitudes, fugir da zona de conforto, não se importar o que os outros vão dizer, tentar algo novo; e foi o que fiz!
Eu vou levar a sensação dos abraços dados, dos momentos, lembranças, um instante com cada um. Sei que é complicado manter contato com todos aqueles, de zelar por uma amizade com a mesma intensidade; e assim como todas essas lembranças eu guardarei todas aquelas pessoas que me proporcionaram um momento de felicidade; agradecido por tudo, a gente se ver nessas esquinas de Teresina.
Tá vendo aquela garota logo ali, sentada com o celular na mão sem me dá atenção? Eu à observo já faz algum tempo, e provavelmente ela está na sua rede social. A gente se conhece! Eu até à tenho entre Centenas de contatos. Inclusive deve ter passado no meu perfil e ter curtido a minha ultima publicação.
Somos rotina um na vida do outro e estamos presentes no mesmo ambiente, mas parecemos dois desconhecidos aparentemente. A impressão que dá é de está invisível, de ser somente uma figura virtual presente nos milhares de contatos dela nada a mais que isso.
Estranha geração é essa né? Que se distrai facilmente com sua vidinha virtual ao invés de seu mundo real, tá faltando a rodinha de amigos, um dedinho de prosa. Cada pessoa que passa na tua vida enquanto você está distraída, é um mundo de histórias, procura conhecer, ouça vozes, colecione sorrisos, conte segredos, cultive amizades, apaixone-se. Vai por mim guarda o smartphone, usa em horas tediosas. O tempo passa que a gente nem ver, quando se der conta, o que te resta é saudades, é se arrepender.
CASAL ANÔNIMO
Ontem vi uma sena que eu achei interessante descrever aqui, era um casal jantando onde eu trabalho, a menina era maravilhosa, atraente demais, produzida então... Uma sena bem parecida com meu último texto. Ela chamou a atenção dos rapazes, até a minha. Acho que qualquer outro cara ignorante, teria sacado todos aqueles olhares voltados para ela, teria se irritado com a garota, no fim, saído emburrado de lá com ela. Mas ele foi o exemplo a ser seguido, foi o cara. Terminou de jantar, saiu de mãos dadas com a garota até sua motocicleta e antes de monta-la, deu um beijo na garota na frente de todo mundo, não foi celinho, foi beijo bem dado. Tipo como se dissesse, essa beldade é minha. A melhor resposta pra alguns mais desrespeitosos com a presença do namorado. A melhor resposta do que ficar procurando confusão, é muito mais bonito do que culpa-la por ser tão linda. Sei que às vezes dá vontade de socar a cara daqueles mais... mais, otários. Mas evitar é ser mais inteligente, também estará evitando o constrangimento da garota que cê tanto ama. Não se sairá por baixo, como amedrontado. Pelo contrário, saíra com atitude correta sem causar problemas com ninguém, com estabelecimento, com a bela noite programada, com seu Amor.
EU FINGIA, FUGIA.
Aquele vagabundo não era eu, fingia ser, acho que pra agradar e se encaixar em um grupo de amigos. Quando você é criança ou um adolescente isso é normal acontecer, fingir ser o que não é. É uma fase onde o corpo está em formação, a cabeça principalmente, mudanças, opiniões variam, eu era um brincalhão, idiota, um sem noção. nada de romantismo, relacionamentos sérios, leitura passava longe de um desejo meu, nada dessas trouxisses. Não sabia o quanto tava insultando a mim mesmo, no fundo eu sabia que essa era minha essência, mas fugia. Me diz qual molecada que ia te considerar? que não ia cair na zoeira? Evitava planos com a garota que eu amava, dizer está apaixonado era tão gay. Então pra ficar por cima, a intenção era só curtir, ai sim a turma ia dá valor. Eu era movido a vontades dos outros e não as minhas. Com a maturidade você vai ficando independente, muda muito, percebe que não precisa de certos grupos pra se sentir um máximo, que não precisa se submeter as vontades de ninguém. mas de uma certa forma não foi perda de tempo, tudo é experiência, isso serviu pra lapidar minha personalidade tão equilibrada hoje, a malícia também é importante, talvez sem isso, eu teria sido um bobão, ingênuo. que sofreria a cada decepção e frustração que a vida amorosa me aprontaria. ainda sou sentimental pra caramba não tem jeito, mas bobo não.
A mulher também vacila, essa situação eu vejo com meus próprios olhos. E daí se a gente erra, e quem não erra quando se está numa relação, são dois costumes diferentes. Mas claro! Tem aqueles que erram descaradamente de propósito, alguns por descuido e outros intuito de achar que vai agradar. Vai por mim, esse cara é diferente, é um bom rapaz, ele demonstra, é apaixonado por você, olha que palavras raras eu disse agora: demonstrar e ser apaixonado. logo numa geração em que privam seus sentimentos. Onde relações viram competições pra quem se importa menos, onde caras pegam dezenas de mulheres em baladas nos fins de semana, ele prefere ficar em casa e pensar em dezenas de situações com você. Só você! Tá perdendo tempo garota, o amor morre aos poucos quando não se é correspondido. E pode piorar quando ele enxergar Felicidade nos braços de outro alguém que ele conheceu através de um amigo, talvez numa solicitação de amizade em rede social. ou ainda melhor, em um desses acasos lindos. no corredor de um supermercado comprando o mesmo vício, talvez chocolate. Não tá lindo ainda? Ok. Era a última barra, e por cavalheirismo ele diz:
— Tudo bem a barra é sua, vale a pena me sacrificar pra te sentir transbordando de alegria por dentro.
Eai? Quando ele não estiver mais ali, vai abraçar as lembranças boas que ele deixou ou o teu orgulho?
RECITADOR Em Crônicas
— Tudo bem eu tô aqui, eu vou te ouvir. foi isso que eu disse a ela, por causa do sem noção que ela amava tanto. Vai entender o porquê dele fazê-la sofrer, era tão Linda, transbordava doçura e sentimentos raros. Eu não teria a audácia, quase que um pecado tirá-la uma lágrima. Ela veio até a mim pedir Abrigo, e eu claro à dei. A final era o papel que eu prestava, mas te confesso que com ela era diferente, ao contrário de outros casos eu queria ela para mim, queria desfazer todo seu sofrimento, fui paciente todas a vezes que ela ia sorrindo pra ele e voltava cabisbaixa até a mim... e lá estava eu outra vez...
— Tudo bem eu tô aqui, eu vou te ouvir. Eu me esforçava todas as vezes pra não dizer o clichê de conversas passadas no ituito de fazer essa moça cair na real, e esquecê-lo. Dizia algo como :
— Você tinha uma vida antes dele, não tinha? Então, volte a tê-la, tua felicidade não está sobre dependência de ninguém. Não adiantaria eu lhe dar milhares de conselhos aqui, só depende de você, se permite respirar novos ares. Mas com a vontade de dizer, 'Se permite me respirar'.
Por fim ela sempre agradecia o ombro amigo, por eu sempre está aqui, quando precisava, era assim que ela sempre me denominava, Amigo. E quando uma mulher coloca a palavra 'Amigo' no final de cada frase, isso meio que faz a gente se sentir privado a isso, a não ter liberdade de conquistar algo além. Então me calei sobre mim todas as vezes, manti o personagem e não me expus sentimentalmente e ficaram no ar milhares de palavras não ditas. Porque o cara legal fica na Friend Zone (Zona de Amigo).
MEU VÍCIO POR VOCÊ
Eu gosto muito dela, na verdade Amo, mas chega um certo momento que você para pra decidir se parte pra uma aventura na qual você não sabe se vai ser feliz sem ela ou vive pra uma pessoa que não sente algo recíproco igual a você.
Juro, segui sozinho, mas quando a noite vem lembro das conversas boas que a gente sempre tem, tento me aproximar dá garota que conheci, perfeita, carinhosa, que se interessou por mim, disposta a me fazer feliz, mas ela não é você.
Que idiotice né? Mas sabe quando aquelas migalhas que você recebe da pessoa amada, pois é, faz um bem danado. Ninguém entende porque a gente é tão trouxa a ponto de se contentar com tão pouco, eu respondo : Esse é o tal do amor. Tentei esquece-la, mas ela tá ali, presente na minha rotina, com aquele sorriso. nem é pra mim, mas fico feliz por ela estar feliz. Corro atrás, te abraço pra sentir teu cheirinho mais uma vez, fuço tua rede social, chamo pra conversar só pra satisfazer meu vício por você.
ESSÊNCIA
Eu sou louco sabe ? Sério... Cheio de manias, defeitos e por ai vai, tenho miopia, sinusite, orgulho, preguiça... Falo sozinho comigo mesmo, e prefiro ' carreira solo ' do que ter uma ' turma '. Acordo na madrugada as vezes pra escrever essas bobagens que saem aqui.
Sei lá, se eu dormir, eu não vou lembrar quando amanhecer. Meu dia preferido é Quarta-Feira porque Quarta é o único dia da semana que não se tem muita coisa pra fazer, e fora o futebolzinho na Tv. Sofro até hoje com o problema de Idade, já fui barrado diversas vezes por não aparentar a idade que tenho, 20'.
- A mãe sempre diz : Jean ? Leva a identidade.
Talvez a cara de menino, pouco mais que um metro e setenta, e corpo franzino. Aconselho pessoas em relacionamentos mas não sei dirigir a minha vida amorosa. Literalmente a teoria é diferente da prática !
Meio que "forço" as pessoas a gostarem das mesmas coisas que eu.
- Vai torcer pro Palmeiras, e ouvir Sertanejo sim.
- Hora pôs, eu sei que não é assim. Mas isso vem de mim.
Tenho duas personalidades, uma extrovertida virtualmente, e uma tímida pessoalmente. E mesmo assim no meio de tanta bagunça sempre tem alguém disposto a aceitar do jeito que você é, não mude sua Essência.
Eu sou aquele tipo de pessoa que quando ver concorrência e um possível retorno da pessoa amada, pelo contrário de virar um paranóico ciumento. Observo, deixo rolar e me afasto. Porque se realmente aquela pessoa te ama, em vez de te deixar pra escanteio, viveria no mundo feito por vocês dois e jamais daria moral pra outro alguém.
E que ouse sair do meu mundo, pois uma vez saindo não volta mais.
Quando eu era só ...
Quando eu era ...
Pq hoje ...
Hoje tem vc..e vc
Vc não me traz tristeza.
Não me faz parar no tempo.
Vc me faz querer o futuro.
Alguém como vc eu nunca tive
Mas não importa tenho agora...
E agora eu vou amar vc ...
Até o começo até o fim...
Pq amar vc é bom o tempo todo
Na adolescência eu era um anjo triste
Desses que perambulam,
que caem, que existem
melancólicos, sonhadores,cinzentos
Como os finais de tardes dos dias invernosos
A minha solidão respingava nas vidraças
Como a neblina fria jogada pelo vento
Que doía fundo na minha carapaça
E a minha angústia,
a dor daquele sentimento
A solidão de me sentir sozinho
Não era solitária, era uma multidão
E como cada um faz seu rumo, seu destino
De fazer da multidão, a sua poesia
Aquele garoto triste um dia teve o tino
No passado uma alma perdida...eu sei
Sem rumo, desamparada....há vagar
Em uma esquina...Teu amor encontrei
Fiquei leve....flutuava, em vez de caminhar
Um amor inexplicável...que contagia
Meu sofrimento aniquilou
Teu amparo....sim....sentia
Sabiamente, sussurrando, me alcançou
Novos caminhos....traçou
Senhor, guia-me....aqui estou
Letras Em Versos de Edna
Eu gostaria que você lembrasse...
Eu gostaria que você se lembrasse da simplicidade da vida. Da mesa posta e o café na mesa. Das histórias de quem te olha nos olhos e divide contigo um dedo de prosa. Queria que pudesse lembrar que os melhores momentos foram uma risada, um poema ou um abraço. Ficaria extremamente feliz em te olhar de volta depois de um certo tempo. Trocar o café pelo chá. Você sabe, sair por aí a caminhar... Em dias despretensiosos que abrigam em si toda a vida.
Eu sei que no fundo, no fundo,tudo o que deseja é o calor do afeto e a poesia de um momento. Simples, perfeito. E, ainda assim, complexo em toda a sua composição.
No fim, sinto que deseja a todos a delicadeza de encontros despretensiosos que contenham em si a magia de uma troca em que o tempo simplesmente se dissolva.
Todos merecemos uma vida aquecida de afeto. Espero que você tenha compreendido que a vida é mais que apenas luta. Ela é, também, deslumbre. Te desejo um olhar aguçado e um coração capaz de sentir a temperatura de todo o amor.
Venha ao coração da terra e sentirá o que é verdadeiramente belo: pé na terra e alma descalça. Te entrego o solo para que caminhes, porém não se esqueça de deixar flores por onde passas. Assim o caminho sempre estará Belo, mesmo quando precisar retroceder. Entenda que não há ida ou volta. Aceite que a vida é o que é. Sorria. Vida rica é vida repleta de afeto.
Te envio temperança em meio ao caos. Te preencho com tempo já que ele é tudo o que tens. Te envio tempo também porque é a única forma de te mostrar que a espera é desafiadora. Te envio tempo para que aprecie cada minuto da sua existência.
Vive seus dias repletos de momentos. E o tempo lhe será presenteado. Vida vivida é memória de trabalho espiritual na terra. Tenha fé nos seus dons e em você. O resto é receber e agradecer. Sua luz está prestes a brilhar.
Fica. Eu quero que fique. Fica com todo o sonho que nos mantém criar esse sentimento.
Fica com toda essa alegria que me faz acreditar que tudo está dando certo.
São bons sabe?! Me fazem sorrir, me deixa bobo, e de alguma forma ao decorrer do dia me
perco em meus pensamentos, me perco em imaginar o quanto você é incrível. Nas conversas bobas que temos já é impossível não dar um sorriso, já é impossível não fazer planos. Então, fica para caminharmos juntos, a felicidade te agradece.
Fica?
R.C
Atraves(sendo)
Como todo bom viajante, eu comecei sonhando. Alimentando a cada dia o desejo de me aventurar. Buscando a coragem em cada história que pudesse me dizer: "sim, vai valer a pena!". Eu tentava me explicar o porquê dessa ânsia de viajar. Pra longe. Pra fora da zona de conforto.
Um dos -muitos- filmes que eu assisti inúmeras vezes foi "Comer, Rezar, Amar". Dentre os vários aprendizados que Liz Gilbert assimilou ao longo de sua jornada, um me marcou bastante. Ele diz respeito à filosofia que ela adotou diante das pessoas que encontrou e dos lugares por onde passou. O trecho é grande (e pode ser encontrada ao final do texto), mas pode ser resumido emse jogar de coração na jornada da vida eaceitar cada pessoa que atravessa sua vida como um professor.
Na minha tradução livre, uso o verbo atravessar porque essas pessoas passarão, deixarão uma marca, mas não necessariamente permanecerão; falo em travessia, porque é o que, na minha opinião, fazemos ao viver, ao viajar, ao superar nossos próprios medos. Atravessamos. Atravessamos para algo além.Vivemos através. Através, sendo. (Atraves)sEndo. Atravessando...
Ao longo da minha travessia, tomei para mim a lição de Liz: aceitar cada pessoa como um ensinamento. Qual lição essa pessoa me traz? O que posso aprender com isso? Aceiteicada revés como um aprendizado; e cada pessoa como um desafio...pra mim mesma. Se no começo isso serviu para aceitar tudo o que a mim viesse; agora, no final, isso me ajuda a entender por onde eu caminhei para chegar até aqui. O aqui tido como a filosofia e as crenças que tenho hoje.
Comecei fazendo uma lista das pessoas que encontrei ao longo desse ano. Suas histórias incríveis... (Ainda consigo imaginar meu sorriso no rosto e o brilho nos olhos ao ouvir cada uma delas.) Pessoas que me faziam ver que, sim, eu estava me aventurando; mas, sim, é possível ir -ainda- mais longe. Sempre é.
Ao longo da lista, o mais incrível foi perceber que a minha caminhada começara antes mesmo que eu me desse conta dela. Percebi que, antes mesmo da jornada propriamente dita - mochila nas costas e pé na estrada-, eu já havia encontrado pessoas que, no meu dia-a-dia, colaboraram para os ideiais e ideias que eu adotei. E que hoje se mostram ainda mais fortes. Eles estavam todos a minha volta. Da casa à mesa de bar.
A mãe que te mostrou como é possível ter um grande coração. O pai que te ensinou a sonhar. A irmã que todos os dias encenava a arte da leveza:"relaxa!".A professora de filosofia que te abriu os olhos para a lógica da Matrix (mal sabia eu que enquanto eu bocejava, eu já começara a mudar...)O namoradinho de portão que já naquela época tentava me abrir os olhos sobre as ilusões da vida cotidiana. A amiga, que por anos discutiu as mais loucas teorias que, no fim, não eram tão loucas assim. E de teoria pouco tinham. A amiga que te fazia sorrir só de estar(sor)rindo. Tudo assim, ao mesmo tempo! O sonhador determinado que com 20 e tantos anos resolveu mudar de profissão, trocando a certeza de uma vida mais ou menos pela incerteza de uma vida transbordante. As amigas que largaram um curso meio -ou quase- completo, para iniciar um outro curso. E hoje brilham ao falar sobre a profissão que escolheram. O amigo que te ensinou a não levar a opinião dos outros tão a sério - ou, dependendo do caso, nem mesmo levar. Deixe por lá. A mineira doida que chegou no hostel, em pleno ano novo, sozinha: "posso me juntar?", mostrando que pra começar a falar com alguém é preciso, antes de tudo...falar! E, sim, viajar sozinho te força a falar...consigo e com os outros!Os amigos que viajaram e trouxeram mil fotos. E um novo jeito de agir.
Eles, todos eles te prepararam em doses homeopáticas para as lições por(vir). Estas, que viriam todas de uma vez; numa só intensidade. Ensinamentos que você ainda assimilará e entenderá - talvez- ao longo de toda uma vida. Pessoas que passariam pela sua vida rapidamente em termos de presença física, mas que permanecerão contigo por toda a sua existência através do aprendizado que deixaram.
A senhora croata que, sem falar inglês, te pegou pela mão e mostrou o caminho, em meio à muita neve e frio. O senhor meio manco que, mesmo sem conseguir andar direito, encarou sua desconfiança egoísta e levou você até a parada de ônibus, em meio ao caótico trânsito de Istambul. O professor turco que viu que você estava esperando o pôr-do-sol no lado errado do Bosphoros, perdeu um certo tempo para te mostrar que é possível confiar e te mostrou onde você devia estar... (Eu nunca esqueci aquele pôr-do-sol. Entre a Ásia e a Europa...não havia outro lugar para estar naquele momento!)
Dia 11 de fevereiro de 2013. Há pouco mais de 9 meses eu entrava num avião com uma única certeza: a incerteza! Trocava uma “formatura-certa” e um “futuro-certo” por um intercâmbio para um lugar que eu nunca tinha ido, nunca tinha ouvido falar e nunca tinha pensado em estar.
Alguns chamaram de loucura, outros chamaram de coragem. Eu já nem tentava nomear. O que antes era sonho, já era quase fato no dia do embarque . O que seria, então? Meus pais chamavam de “investimento no meu futuro” (mas...não seria no presente?).Era muita justificativa para uma só opção: subverter a ordem das coisas na sociedade! (Como assim, você não vai se formar no “tempo certo”?).
Os pessimistas chamaram de “Ano Perdido”. A eles eu dedico o meu post.Eles estavam certos: eu, realmente, perdi muito esse ano!
Primeiro de tudo, eu perdi MAIS um ano normal na faculdade, imaginando como seria aquele mundo de que eu tanto ouvia falar, mas conhecia apenas uma insignificante parcela. Eu perdi de passar mais um ano pensando “E se...?.” Eu perdi um ano de desejar ser uma pessoa em intercâmbio. Eu perdi um ano de reclamações. Eu perdi um ano de atormentar os meus amigos e familiares com o meu mau humor e frustração. Eu perdi de passar um ano num lugar, achando que meu lugar era outro. Eu perdi uma formatura que me traria mais infelicidade que satisfação.
E tem mais!
Eu me perdi pela Europa, eu me perdi pelo mundo. Dei um pulinho na Ásia, só pra sentir o gostinho do – ainda mais – diferente. E querer voltar. Eu me perdi pelas ruas de todas as cidades que visitei, principalmente Barcelona!
Eu me perdi pelos meses, pelas semanas e pelas horas. E, só não me perdi mais, porque as estações do ano estavam sempre lá, dispostas a lembrar que os tempos estavam sempre dispostos a mudar, do mesmo modo que eu mudava.
Eu perdi ônibus, perdi trem, perdi avião. Sim, eu perdi! Eu também perdi o sentimento de perda. Esse - que eu já começara a abandonar quando decidi vir para a Croácia - continua se perdendo em cada viagem, em cada conversa, em cada pessoa, em cada história de vida que eu não conheceria se tivesse continuado abraçada ao comodismo.
Eu perdi o medo. E esse, esse foi o mais difícil de perder. Às vezes ele visita, tenta se agarrar de volta, mas não demora a ser expulso. Perdi o medo da estrada, perdi o medo da solidão, perdi o medo do futuro. Eu perdi o medo da vida, eu perdi o medo da sociedade. E esse foi o mais lindo dos medos perdidos. Não, eu não ouvi falar. Eu vi. Eu vi que nesse mundo tem – SIM!- gente capaz de fazer o bem pelo bem. E isso trouxe a esperança de volta. Ah, a esperança! Mas, peraí, essa entra nos ganhos. E esse texto é sobre perdas, certo? Melhor parar por aqui...
Ah, eu também perdi o apego material. Claro que, infelizmente, ainda não totalmente. Sim, ainda lentamente, ele se esvai. Ele se vai. Ao longo de todo o processo anterior ao intercâmbio e ao longo do próprio intercâmbio. Primeiro por uma questão de racionamento de dinheiro e, pouco a pouco, por uma questão de consciência. As coisas materiais acabaram por se tornar simplesmente...materiais. Apesar de matéria, elas carecem de substância!
É a tal da filosofia da banana, que minha grande amiga, companheira, aventureira desse ano de filosofias, viagens e aventuras, Jana Maurer, bem nomeou e descreveu aqui.E isso só entende e concorda quem já sentiu a sensação de ter a “vontade de conhecer” mais pesada que a “mochila nas costas”. É incrível como o “ter” se torna totalmente substituível pelo “conhecer”.
E, finalmente, alguns irão argumentar: mas, e os momentos com seus amigos e familiares que você, efetivamente, perdeu? Aqui, eu reconheço, eu perdi. Mas, com isso, eu (re)conheci o que e quem eu realmente sinto falta nos meus dias. Eu (re)conheci o que realmente é importante pra mim no Brasil e/ou em qualquer lugar do mundo: pessoas, afeto, laços, momentos, que se criam e renovam no tempo. Ops! Esses são, de novo, ganhos e não perdas.
E aí eu chego à última e mais importante da lista (não exaustiva) de perdas: eu perdi o lado negativo da vida. Perdi essa mania de ver tudo pela ótica da perda. Porque, no fim, toda perda tem seu ganho. Você só estava cego demais para enxergar.E aí, eu também perdi a cegueira. Cegueira de achar que eu era incapaz de narrar minha própria história.
Pois é. Eu perdi muito.
Sobre trevos e sorte
Dia desses de muito silêncio e calmaria, estava eu num belo jardim procurando trevos de quatro folhas. O lugar era pequeno e nas horas livres não havia muito o que fazer. Logo me dei uma tarefa: procurar trevos.
Lá pelo segundo dia estava bem focada em olhar e contar cada uma das pétalas dos bonitos tão pequenos tanto formigas (tá, acho que um pouco maiores), quando um pensamento veio direto e certeiro como um raio:
- Por que está procurando a sorte? Já não é sorte o bastante estar aqui agora? Por que não parar para apenas admirar?
Logo me dei conta que muitas vezes estamos procurando trevos. Olhamos pra cá, olhamos pra lá. Nos damos metas para encontrar esse grande trevo de quatro folhas. E esquecemos é de contemplar pro jardim a nossa volta. A sorte é sempre compreendida como algo por vir e nunca como o presente.
Depois daquele dia, não procurei mais trevos.
POÇO DA PAIXÃO
Se o meu chorar não fosse lágrimas
talvez... Talvez eu aguentasse
Mas, como lágrima é água,
quando os sentimentos me apavoram...
Me banho em lágrimas! Por isso...
Quanto mais eu choro...
o meu amor desfalece e se degrada.
Mas veja... Com o tempo
o poço da paixão secou,
e quando me dei conta...
Eu tinha chorado todas as lágrimas...
D'aquele nosso louco amor.
Você já teve aquela sensação de “era isso que eu precisava ouvir hoje”?
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