Cartas de reflexão

⁠Lamento na presença do luar.
Por intermédio da ansiedade
meus, uivos poéticos ao sereno
Na companhia do Anseio carnívoro De um lobo sedento e lascivo Observando-o com avidez!
Ao Frenesi exalado por tua epiderme.
O som orquestrado por violinos fúnebres.
Colocará um encerramento ao vosso sofrimento.

⁠Dizer o que sinto? Não posso pois talvez não seja o certo saberem o que minha alma deseja.
A urgência de dizer-lhe o que sinto,pode-se ser assustador aos olhos de quem ler minhas palavras,ou ouvir de minha boca.
O amanhã nunca será longe demais,ainda haverá um momento, apenas um único minuto para deixar uma única palavra. Não esqueça que nem todos sabem,ou saberá, nem mesmo compreenderá a mente e o coração. Somente haverá um momento,e nunca mais haverá tempo para falar.

⁠A “ignorância” e “alienação” quando não observadas ou aceita, faz com que uma “palavra” não cumprida ou um “nudes”, tenham mais valor do que a “consciência” e a “moral”.

As coisas só terão valor na vida de uma pessoa, se ela souber para onde ela quer ir e que tipo de conhecimento e confronto ela consegue suportar.

⁠O mundo só faz sentido se houver amor?
Ficar admirando o céu talvez seja um pouco de mim mesmo?
Onde estarei daqui há dois minutos somente Deus te dará a certeza de se tempo ainda não acabou.
Mas se tudo o que possa eu pensar ainda mudar assim como o vento, estarei aqui embora hoje tudo que vivi,amanhã poderá ter algum sentido.

⁠Sentado na praça

Os solitários sentam na praça sozinhos com seus pensamentos a deriva, naufragados no mar de problemas e amargurados pelas feridas do passado. Eu, sentado a praça observo cada um, há vários como eu, náufragos, procurando por salvação, mas sempre que eles escrevem S.O.S, estão sempre a afundar em sua solidão, porque a salvação de um solitário é sua própria reflexão.

►E se?

Se eu te contasse como me sinto,
Você ainda ficaria comigo?
Se eu te contasse meus delírios,
Você ainda me daria sorrisos?
.
Se eu não fosse assim,
Você me deixaria sozinho?
Se eu não detestasse tanto a mim,
Você ainda me daria seu carinho?
.
Se eu sucumbisse ao meu pensamento,
Você me salvaria da depressão?
Se eu te pedisse um tempo,
Você se afastaria em compreensão?
.
Se eu entrasse em pânico,
Você me apontaria um cais seguro?
Se eu ficasse sem ânimo,
Você se tornaria o meu mundo?
.
Se eu tivesse pesadelos horríveis,
Você me abraçaria em afeto?
Se eu chorasse dias em crises,
Você apalparia meu ego?
.
E se?

⁠Acreditar que o espaço,é o vazio de um coração sem amor,sem alegria, e felicidade? É quase entender que o vazio é um espaço deixado por alguém que um dia você pensou em construir uma história ou sonho.
Entender que sempre existirá um vazio em sua mente,e um espaço deixado no seu coração! direcione sua vida a cada amanhecer! Na certeza que não há,e nem haverá um momento que se sentirás perdido no vazio do seu pensamento, perdendo-se a cada anoitecer sua capacidade de ser feliz, e que entender que espaço é a vontade de se fazer sozinho buscando conhecer o seu melhor.

⁠Pensamentos

Acordo com os olhos marejados, não são nem seis da manhã e já estou chorando
Será que tive um novo pesadelo ou apenas sonhei com a realidade em que me encontro?
Quando pequena eu pensava que o mundo dos sonhos era divertido, um lugar onde fadas, sereias e borboletas falantes eram reais, onde ninguém se dividia por ser diferente, pelo contrário, todos eram amigos e se davam bem, agora que cresci e amadureci percebi que sonhos são refúgios, pequenas amostras de alegria e esperança criados por um fragmento de meu cérebro que ainda tem fé, e os pesadelos se tornaram um reflexo dos medos existentes em minha alma, mas eles já não me assustam como antes.
Aos cinco anos se eu tivesse um pesadelo passava a noite toda chorando agarrada com meu urso de pelúcia, hoje percebi que nem todos os pesadelos criados pelo meu subconsciente podem se comparar a dor que senti com certas realidades, porque são apenas sonhos ruins que se dissipam com fumaça quando abrimos os olhos, bem diferente da realidade que não melhora quando acordamos.

Quando criança achamos que a vida adulta é incrível, se entendessemos os problemas e responsabilidades que vêem com ela desejaríamos nunca crescer, porque é fácil quando vemos pelo lado de fora do vidro mas muito doloroso e cansativo quando somos nós que estamos sendo observados do lado de dentro.
Aos 4 anos se perdêssemos um animal de estimação ouviriamos que ele foi pro céu, chorariamos por alguns minutos e depois voltaríamos a brincar como se nada tivesse acontecido, porque somos jovens de mais pra saber diferenciar a morte de uma viagem longa, conforme os anos passam começamos a entender e as perdas vão se tornando cada vez mais dolorosas, algumas te fazem chorar por dias, outras deixam feridas por alguns anos, mas as piores são as que deixam um buraco pro resto da vida, lembramos sempre das boas memórias mas mesmo sendo momentos felizes as lágrimas ainda caem porque sabemos que agora tudo o que temos são memórias, e por mais acalento que elas possam trazer ainda não se comparam a vivênciar cada momento.

⁠Surras da vida

Às vezes apanhamos da vida por consequência de nossos erros, mas mesmo a surra sendo dolorosa, voltamos a cometê-los novamente. Muitas vezes envolvendo as mesmas pessoas de outrora, outras, incluindo novos personagens, noutras, pior ainda, juntando todos os personagens ao mesmo tempo. O final disso tudo, todos nós já sabemos... a vida vai nos bater forte novamente.

⁠Aceitação ,

Existe momentos em nossa vida que precisamos reconciliar está palavra ao nosso dia a dia ,muitos não querem enxergar oque está a vista de todos fora do seu ciclo .
Mesmo com saudade , e com muito amor pra dar ,temos que aceitar oque não quer mas fazer parte
de nossas vidas, vai doer, vamos sentir frio no dia mais quente, e digo ainda que vamos querer ir atrás ...
Mas aceitação é isso ,deixar ir o que não faz mas parte de nós .

⁠ Sobre te esquecer

Como suturar essa parte que ainda chama teu nome?
Quando sei que você já ate se esqueceu de como sussurrar o meu ?
Como ainda depois de anos sem você meus sonhos parecem tão reais?
Como não congelar sempre que te vejo?
Como ainda sentir sua mão na minha ?
Queria que fosse apenas uma paixãozinha qualquer ,queria não estar sentindo nada do que estou agora...
Como ainda querer você ao meu lado depois de todo seu silêncio existente ?

⁠Que saudades...Fiquei pensando em como a saudade é vista por cada um ... Posso estar errada ... Mas a saudade é ruim e boa ao mesmo tempo.
A saudade não anda sozinha , com ela anda as lembranças... é nas lembranças que podemos vê o quanto era valioso e pensamos se o valor que foi dado era oque queriamos dar... Mas é a saudade que mantem o que se foi vivo . A saudade é como uma musica linda , mas é triste tbm ... a saudade trás a solidão, é sentir o amor mesmo que aquilo que foi amado não esteja mais ali... é sentir o que não existe mais... As vezes a saudade é tão grande que viramos saudade.

⁠Sou estranha, entendi isso. Não sou de "pregar" uma vida sem problemas... mesmo que ame as soluções...
Atualmente entendi que sou:
Estranhamente feliz.
Porque aceitei que as dores fazem parte.
Estranhamente em paz!
Porque entendi que a paz não tem haver com não estar em guerra.
Estranhamente compreensiva.
Porque entendi que não posso gerar expectativa no outro.
Estranhamente forte.
Porque entendi que ainda serei frágil (até o último dia da minha vida)
Reconheci a beleza do sol/amanhecer. Porque entendi que passarei por noites.
Estranhamente humana. Parei de me cobrar mais do que posso (apenas por hoje)
Estranhamente... porque hoje em dia nos cobram ser felizes o tempo todo, e eu me permito reconhecer momentos de tristezas e de lutas.
E que tudo faz parte de estar viva.
Mas por hoje terminarei o dia estranhamente feliz, porque até os problemas do dia não me impediram de sorrir.
Texto de Deborah Surian

⁠Algumas emoções e o sentimento de liberdade, podem até nos permitir transpor desafios. Mas, se não existir o equilíbrio emocional, as atitudes toscas, rígidas e a ansiedade, não irão deixar que as habilidades se distancie dos mesmos hábitos presos no próprio casulo.

A lamentação, pode ser uma forma de não querer reconhecer a própria normalopatia.

⁠Em meio à turbulência,
Aquela em Terra firme.
Paro tudo, com paciência
E me vem em mente um filme.
Pela janela do quarto, ao observar,
Tão distante e ao mesmo tempo tão perto,
Ouço o som e o vejo passar,
Cruzando à noite em céu aberto.
Quem são? Para onde vão?
Queria estar, conhecer, viajar.
É sempre a mesma sensação,
Como se eu pudesse voar.
São coisas tão simples na vida,
Que realmente,
Nos aquecem o coração.
Hoje me encontro envolvida,
Certamente,
Ao som do avião.

⁠Desde quando a vida é sobre o pódio?
Sobre o troféu empoeirado na prateleira,
relembrando o único momento da vitória
ou sobre a falta dele insinuando a derrota?

A vida não é sobre as lições do percurso?
Sobre o cair e o levantar?
Os amigos que incentivam a continuar?
As vaias, os aplausos e como reagimos perante a plateia?

É sobre traçar objetivos,
mas também mudar rotas, “curtir” a paisagem
e guardar no coração as pérolas do caminho.
O que vale mais? As pérolas ou o troféu?
Pelo que somos gratos?

Um déficit emocional de maturidade de “si mesmo”, pode levar uma pessoa a “não” aceitar ou ignorar as “contrariedades” que a vida nos coloca ao longo de nossa jornada.

A “paciência”, "maturidade" e o "equilíbrio" emocional se transforam em artigo de luxo frente a “não “aceitação das contrariedades. ⁠


“SE” é uma epidemia mascarada por trás de aparências reconhecidas, mas “não” assumidas por “não” saber dizer “não” e “não” entender um “não”!

⁠Algumas pessoas estão presas no labirinto da vida,andando em círculo, tentando encontrar um significado para sua própria existência.

Será que é sucesso, felicidade ou amor?
Muitos debatem sobre viver intensamente,mas debatem por medo de não haver significado para existir.

Para min,devemos sentir e amar cada momento presente,como "van gogh" amou as estrelas

⁠Jamais irei desfazer das pessoas que passaram pela minha vida, ou que fizeram parte da minha história. Seja no pessoal, profissional ou ministerial. Também, não usarei os meus vernáculos para difamá-los ou tentar parecer alguém melhor do que realmente sou.
Estou em constante crescimento e aprendi o suficiente para saber que ninguém pode ser o que não é por muito tempo, portanto, é desnecessário adotar tais atitudes, pois o tempo, pode ser implacável, bom ou cruel, tudo vai depender do lado que estaremos.
Não tenho tempo para picuinhas, a estrada é longa e não tenho tempo a perder com besteiras. Não foram pessoas erradas que coloquei em minha vida e nem alianças erradas que celebrei, tudo que ocorreu e ainda ocorre, é apenas um treinamento para que possa me tornar alguém melhor.
Por isso, prefiro lembrar dos dias que sorriram comigo e me deu momentos de felicidades, não me importa se foi sincero ou não, para mim o que importa é que eu vivi! Por isso, me nego a fechar os olhos a bondade que um dia me foi ofertada e enxergar só a parte ruim. Estou criando um legado e estou em paz comigo mesmo e, isto para mim, mesmo que pareça pouco, é o suficiente. O resto, o tempo dirá.
Chegará um dia em que eu não terei mais a mesma força que tenho e nem a mesma disposição. O Meu corpo segue envelhecendo passando pelo crivo do tempo e um dia, o cansaço tomará conta de mim e já não terei mais o mesmo vigor, esta é a lei natural das coisas.
É bem possível que quando este tempo chegar, eu ainda não tenha acumulado dinheiro e terei que viver de uma aposentadoria ínfima. Contudo, poderei viver com minhas lembranças, sabendo que, eu conseguir ser rico sem possuir fortuna, alegre em meio a tristeza, conhecido vivendo no anonimato, dar mesmo sem possuir muito. Eu conseguir cantar em meio ao pranto, sorrir em meio a dor, suportar mesmo sem aguentar, me doar mesmo sem poder.

"Aprendemos com o tempo e as experiências porque passamos, que o desenvolver do senso de justiça passa necessariamente pela compreensão do outro, as razões de suas atitudes e o que motiva sua forma de enxergar e interagir com o mundo.
E quando isso acontece, damos o primeiro passo na evolução de nós mesmos, em direção ao respeito por todas as coisas que se fazem sem o nosso contributo ou a revelia dos nossos desejos."