Cartas de Despedida de Clarice Lispector
"Um cão é a única coisa na terra que o ama mais do que ama a sí mesmo."
( Josh Billings )
"Se você pega um cachorro faminto e o torna próspero, ele não morderá você. Esta é a principal diferença entre um cachorro e um homem."
( Mark Twain )
"Quem me ama, ama também meu cão. "
( São Bernardo )
"Quando late o cão velho, deve-se ir olhar."
( Pereira )
"Os cães são o nosso elo com o paraíso. Eles não conhecem a maldade, a inveja ou o descontentamento. Sentar-se com um cão ao pé de uma colina numa linda tarde, é voltar ao Éden onde ficar sem fazer nada não era tédio, era paz."
( Milan Kundera )
"Os cães são melhores que os seres humanos porque eles sabem mas não contam. "
( Emily Dickinson )
"Os cachorros só ladram a quem não conhecem."
( Heráclito )
"O melhor amigo do homem é outro cachorro."
( Luis Felipe Algell de Lama )
"O cão é um cavalheiro, eu espero ir para o céu deles, não para o dos homens. "
( Mark Twain )
"O cachorro de estimação suspeita que o Universo inteiro planeja tomar seu lugar. "
( Rabindranath Tagore )
"Ninguém pode se queixar da falta de um amigo, podendo ter um cão."
( Marquês de Maricá )
"Não é o tamanho do cachorro na luta, mas o tamanho da luta no cachorro."
( Archie Griffin )
"Existe três cachorros perigosos: a ingratidão, a soberba e a inveja. Quando mordem deixam uma ferida profunda."
( Martinho Lutero )
"É preferível ceder o caminho a um cão, a ser mordido por ele, pois mesmo matando o cachorro a dentada não ficaria curada."
( Abraham Lincoln )
"É melhor ter um cachorro amigo do que um amigo cachorro."
( Fabricio Bravim Melotti )
"Cães amam seus amigos e mordem seus inimigos, bem diferente das pessoas, que são incapazes de sentir amor puro e têm sempre que misturar amor e ódio em suas relações. "
( Sigmund Freud )
Tem calma
Tem calma contigo mesmo e olha onde vais,
Espera um minuto, pensa no que farás
No meio da tormenta é duro de navegar,
E outra má decisão te pode caro custar.
Nem todo mal momento te faz fracassar,
Se alguém não te aceita só te fará pensar.
Que a vida está cheia de coisas a enfrentar,
Ainda assim há beleza é preciso andar
Segue adiante, sem olhar atrás,
Vive cada dia e nada mais.
E o que vier tu vencerás
Só Tu tens a chave, abres ou fecharás
Tem calma tua vida é um jogo de verdade
E aos outros não culpe por tua mediocridade
Se alguém tem falhado é bom sempre lembrar
Que também tu tens falhas basta de chorar.
Tu és precioso, acredite ou não,
Mas o amor que é amor sempre causará dor.
E como ouro, pelo fogo vais que passar
Purificar-lo todo e o melhor de ti forjar
Ainda que chores, tu vencerás
Só aquele que perde sabe também ganhar.
Mas tem calma...
AMOR,
Amar ontem , amar hoje, amar amanhã, ou simplesmente não amar!
Difícil ter a certeza de que se é correspondido, ou não, medo de errar, se decepcionar, ou magoar outro alguém, por depois ter a certeza de que realmente não o amava, e sempre se perguntar: é verdade a hipótese de só se amar uma vez na vida? Amar é como um único coração dividido em duas partes, cada uma com sua personalidade, e forma de entender o amor, que passam um bom tempo a procura da sua metade, e quando se encontram , descobrem o verdadeiro significado de amar.
Nos preocupamos em saber se é a pessoa certa ou errada,e tudo gira em torno de uma única pergunta, será mesmo amor ? não se deve ter medo de amar, se entregar, de dizer eu te amo, porém sabendo que o EU TE AMO, tem significado, não é como um bom dia, mais como saber se é realmente amor? PRESENÇA, FALTA, fizemos questão de sempre querer estar perto, de ligar quando sentir saudade, de dar um abraço bem forte quando passam algum tempo sem se ver, de não imaginar sua vida sem aquela pessoa, e o mais difícil saber seu real valor quando perdê-la. Você chora, sente saudade, porém isso não é o bastante para trazê-la de volta.
Aquele que você respeita, cuida, demonstra carinho, que briga se for preciso, mais minutos depois já estão se falando..; o que jamais enxugará sua lágrima, porém nunca deixando-a cair, a verdadeira razão é te mostrar o que é felicidade. Independente de tudo vendo seus avanços e tropeços que a vida te ensina,estando sempre ao seu lado, e lá no final vendo todos os seus sonhos se realizem.
Mesmo assim amar é muito complicado ou será que a gente que complica? Já refletia Drummond: Ah o amor ... um não sei o que, que nasce não sei onde, vem não sei como e dói não sei porque...
AMAR SEM POSSUIR
Ninguém merece ser sozinho...
O seu coração sabe disso, porque certamente já experimentou o amargo sabor da solidão. É no encontro com o outro que o eu se afirma e se constrói existencialmente. O outro é o espelho onde o eu se solidifica, se preenche, se encontra e se fortalece para ser o que é. O processo contrário também é verdadeiro, pois nem sempre as pessoas se encontram a partir desta responsabilidade que deveria perpassar as relações humanas.
Você, em sua pouca idade, vive um dos momentos mais belos da vida. Você está experimentando o ponto alto dos relacionamentos humanos, porque a juventude nos possibilita ensaiar o futuro no exercício do presente. Já me explico. Tudo o que você vive hoje será muito importante e determinante para a sua forma de ser amanhã.
Neste momento da vida, você tem a possibilidade de estabelecer vínculos muito diversificados. Família, amigos, grupos de objetivos diversos, namorados e namoradas. Principalmente esses últimos, que não são poucos. Namora-se muito nos dias de hoje, porque as relações humanas estão cada vez mais instáveis e, por isso, menos duradouras.
Parece que o amor eterno está em crise.
Ode ao Burguês
Eu insulto o burgês! O burguês-níquel,
o burguês-burguês!
A digestão bem feita de São Paulo!
O homem-curva! o homem-nádegas!
O homem que sendo francês, brasileiro, italiano,
é sempre um cauteloso pouco-a-pouco!
Eu insulto as aristocracias cautelosas!
os barões lampiões! os condes Joões! os duques zurros!
que vivem dentro de muros sem pulos,
e gemem sangues de alguns mil-réis fracos
para dizerem que as filhas da senhora falam o francês
e tocam os “Printemps” com as unhas!
Eu insulto o burguês-funesto!
O indigesto feijão com toucinho, dono das tradições!
Fora os que algarismam os amanhãs!
Olha a vida dos nossos setembros!
Fará Sol? Choverá? Arlequinal!
Mas à chuva dos rosais
o êxtase fará sempre Sol!
Morte à gordura!
Morte às adiposidades cerebrais
Morte ao burguês-mensal!
ao burguês-cinema! ao burguês-tílburi!
Padaria Suissa! Morte viva ao Adriano!
“_ Ai, filha, que te darei pelos teus anos?
_ Um colar… _ Conto e quinhentos!!!
Mas nós morremos de fome!”
Come! Come-te a ti mesmo, oh! gelatina pasma!
Oh! purée de batatas morais!
Oh! cabelos nas ventas! oh! carecas!
Ódio aos temperamentos regulares!
Ódio aos relógios musculares! Morte à infâmia!
Ódio à soma! Ódio aos secos e molhados!
Ódio aos sem desfalecimentos nem arrependimentos,
sempiternamente as mesmices convencionais!
De mãos nas costas! Marco eu o compasso! Eia!
Dois a dois! Primeira posição! Marcha!
Todos para a Central do meu rancor inebriante!
Ódio e insulto! Ódio e raiva! Ódio e mais ódio!
Morte ao burguês de giolhos,
cheirando religião e que não crê em Deus!
Ódio vermelho! Ódio fecundo! Ódio cíclico!
Ódio fundamento, sem perdão!
Fora! Fu! Fora o bom burguês!…
Acordar
Acordar da cidade de Lisboa, mais tarde do que as outras,
Acordar da Rua do Ouro,
Acordar do Rocio, às portas dos cafés,
Acordar
E no meio de tudo a gare, que nunca dorme,
Como um coração que tem que pulsar através da vigília e do sono.
Toda a manhã que raia, raia sempre no mesmo lugar,
Não há manhãs sobre cidades, ou manhãs sobre o campo.
À hora em que o dia raia, em que a luz estremece a erguer-se
Todos os lugares são o mesmo lugar, todas as terras são a mesma,
E é eterna e de todos os lugares a frescura que sobe por tudo.
Uma espiritualidade feita com a nossa própria carne,
Um alívio de viver de que o nosso corpo partilha,
Um entusiasmo por o dia que vai vir, uma alegria por o que pode acontecer de bom,
São os sentimentos que nascem de estar olhando para a madrugada,
Seja ela a leve senhora dos cumes dos montes,
Seja ela a invasora lenta das ruas das cidades que vão leste-oeste,
Seja
A mulher que chora baixinho
Entre o ruído da multidão em vivas...
O vendedor de ruas, que tem um pregão esquisito,
Cheio de individualidade para quem repara...
O arcanjo isolado, escultura numa catedral,
Siringe fugindo aos braços estendidos de Pã,
Tudo isto tende para o mesmo centro,
Busca encontrar-se e fundir-se
Na minha alma.
Eu adoro todas as coisas
E o meu coração é um albergue aberto toda a noite.
Tenho pela vida um interesse ávido
Que busca compreendê-la sentindo-a muito.
Amo tudo, animo tudo, empresto humanidade a tudo,
Aos homens e às pedras, às almas e às máquinas,
Para aumentar com isso a minha personalidade.
Pertenço a tudo para pertencer cada vez mais a mim próprio
E a minha ambição era trazer o universo ao colo
Como uma criança a quem a ama beija.
Eu amo todas as coisas, umas mais do que as outras,
Não nenhuma mais do que outra, mas sempre mais as que estou vendo
Do que as que vi ou verei.
Nada para mim é tão belo como o movimento e as sensações.
A vida é uma grande feira e tudo são barracas e saltimbancos.
Penso nisto, enterneço-me mas não sossego nunca.
Dá-me lírios, lírios
E rosas também.
Dá-me rosas, rosas,
E lírios também,
Crisântemos, dálias,
Violetas, e os girassóis
Acima de todas as flores...
Deita-me as mancheias,
Por cima da alma,
Dá-me rosas, rosas,
E lírios também...
Meu coração chora
Na sombra dos parques,
Não tem quem o console
Verdadeiramente,
Exceto a própria sombra dos parques
Entrando-me na alma,
Através do pranto.
Dá-me rosas, rosas,
E llrios também...
Minha dor é velha
Como um frasco de essência cheio de pó.
Minha dor é inútil
Como uma gaiola numa terra onde não há aves,
E minha dor é silenciosa e triste
Como a parte da praia onde o mar não chega.
Chego às janelas
Dos palác ios arruinados
E cismo de dentro para fora
Para me consolar do presente.
Dá-me rosas, rosas,
E lírios também...
Mas por mais rosas e lírios que me dês,
Eu nunca acharei que a vida é bastante.
Faltar-me-á sempre qualquer coisa,
Sobrar-me-á sempre de que desejar,
Como um palco deserto.
Por isso, não te importes com o que eu penso,
E muito embora o que eu te peça
Te pareça que não quer dizer nada,
Minha pobre criança tísica,
Dá-me das tuas rosas e dos teus lírios,
Dá-me rosas, rosas,
E lírios também..
Não sei sentir, não sei ser humano,
Não sei conviver de dentro da alma triste, com os homens,
Meus irmãos na terra.
Não sei ser útil, mesmo sentindo ser prático, cotidiano, nítido.
Vi todas as coisas e maravilhei-me de tudo.
Mas tudo ou sobrou ou foi pouco, não sei qual, e eu sofri.
Eu vivi todas as emoções, todos os pensamentos, todos os gestos.
E fiquei tão triste como se tivesse querido vivê-los e não conseguisse.
Amei e odiei como toda gente.
Mas para toda gente isso foi normal e instintivo.
Para mim sempre foi a exceção, o choque, a válvula, o espasmo.
Não sei se a vida é pouco ou demais para mim.
Não sei se sinto demais ou de menos.
Seja como for a vida, de tão interessante que é a todos os momentos,
A vida chega a doer, a enjoar, a cotar, a roçar, a ranger,
A dar vontade de dar pulos, de ficar no chão,
De sair para fora de todas as casas, de todas as lógicas, de todas as sacadas
E ir ser selvagem entre árvores e esquecimentos.
Nota: Techo do poema "A Passagem das Horas"
...há situações que constituem a nossa prova aflitiva e áspera, mas redentora e santificante.
Perdoemos as pedras da vida pelo ouro de experiência e de luz que nos oferecem.
E, sobretudo, armemo-nos de coragem para o trabalho, porque é na dor do presente que corrigimos as lutas de ontem, acendendo abençoada luz para o nosso grande porvir.
De repente
De repente você abre os olhos e vê um novo mundo, você percebe melhor as pessoas e suas intenções, vê com mais clareza quem é admirável e quem é hipócrita, quem merece o seu prezar e quem deve ser ignorado.
De repente tudo fica mais simples, você reconhece aquilo que deve ficar longe de seu coração e aquilo que deve ficar junto dele, de repente você pede desculpas com mais facilidade e reconhece seus erros mesmo que ninguém valorize o seu aprendizado, porque a opinião alheia perdeu a importância para você.
De repente você acorda mais forte, mais convicto, sega as lágrimas e segue adiante, em busca do que deseja. De repente o inconveniente não lhe fere mais e você passa a supervalorizar o excelente, não o ruim.
Você, simplesmente, não se preocupa mais, vive, faz a sua parte e espera os resultados de seus atos sem expectativas ilusórias. Você passa a pensar mais antes de agir e não perde tempo pensando nos efeitos de suas ações, afinal você aprendeu que é o plantio que determina o futuro, não a colheita.
De repente as pessoas ao seu redor mudam, seus relacionamentos mudam, de repente nada lhe faz estagnar ou perder tempo, tudo se torna válido e interessante. Pois então, de repente você percebe que não foi a vida ou o mundo que mudaram, foi você mesmo e, apesar dos pesares, toda dor valeu a pena, porque você se tornou uma pessoa muito melhor do que a que foi outrora, quando achava que o mundo deveria mudar e não você mesmo.
— Juro! Deixe ver os olhos, Capitu.
Tinha-me lembrado a definição que José Dias dera deles, "olhos de cigana oblíqua e dissimulada." Eu não sabia o que era obliqua, mas dissimulada sabia, e queria ver se podiam chamar assim. Capitu deixou-se fitar e examinar. Só me perguntava o que era, se nunca os vira; eu nada achei extraordinário; a cor e a doçura eram minhas conhecidas.
O sentido normal das palavras não faz bem ao poema.
Há que se dar um gosto incasto aos termos.
Haver com eles um relacionamento voluptuoso.
Talvez corrompê-los até a quimera.
Escurecer as relações entre os termos em vez de aclará-los.
Não existir mais reis nem regências.
Uma certa liberdade com a luxúria convém.
Amor se cultiva, cativa, aprende.
Amor é quando há uma reciprocidade de sentimentos; É quando se assume pra todo mundo um relacionamento sem medo de ser feliz, com a certeza que mesmo que não seja para sempre, vai ser sempre quem você vai amar quem está contigo, é não ter vergonha do outro.
Amar é estar seguro mesmo inseguro, e pensar e fazer com que pequenos problemas não possam destruir um grande sentimento, e problemas maiores podem ser superados juntos.
O amor verdadeiro não deixa que o relacionamento a dois se torne a três ou mais, tudo porque, quando se ama, a gente se doa e só tem olhos pra cuidar de si e da outra pessoa.
Quando se ama verdadeiramente a fidelidade mesmo com a insegurança está acima de tudo, afinal de contas não faz sentindo sustentar um relacionamento a dois se quer estar só com está pessoa.
Se você maltratar um bom coração vai achar quem maltrate o seu e ai sim você cai na real e não vai nem precisar pensar o porque está vivendo isso.
Uma história de amor pode transforma-se em uma ilusão, mas um amor verdadeiro será sempre mais que uma linda história, será tudo que sempre sonhamos em ter... é a felicidade projetada por Deus.
Sou como você me vê.
Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania,
Depende de quando e como você me vê passar.
O que obviamente não presta sempre me interessou muito.
Gosto de um modo carinhoso do inacabado, do malfeito,
daquilo que desajeitadamente tenta um pequeno vôo
e cai sem graça no chão.
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas,
das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas,
dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes…
tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí? Eu adoro voar! Não me dêem fórmulas certas,
por que eu não espero acertar sempre.
Não me mostrem o que esperam de mim,
por que vou seguir meu coração.
Não me façam ser quem não sou.
Não me convidem a ser igual,
por que sinceramente sou diferente.
Não sei amar pela metade.
Não sei viver de mentira.
Não sei voar de pés no chão.
Sou sempre eu mesmo,
mas com certeza
não serei o mesmo pra sempre.
[...] Se depois desta volta para dentro, deste ensimesmar-se, brotarem versos, não mais pensará em perguntar seja a quem for se são bons. Nem tão pouco tentará interessar as revistas por esses seus trabalhos, pois há de ver neles sua querida propriedade natural, um pedaço e uma voz de sua vida. Uma obra de arte é boa quando nasceu por necessidade. Neste caráter de origem está o seu critério — o único existente. [...]
A CAIXA DE PANDORA
Conta a mitologia grega que Pandora foi criada pelos deuses do Olimpo sob a ordens de Zeus. Pandora teria sido a primeira mulher, surgida como punição aos homens por sua ousadia em roubar aos céus o segredo do fogo.
A vingança de Zeus contra a humanidade veio em forma de uma linda donzela. Pandora, a que possui todos os dons, recebeu uma caixa onde guardou os presentes recebidos de cada um dos deuses do Olimpo.
Afrodite deu-lhe a beleza, Hermes o dom da fala, Apolo, a música. Mas além dos dons, a caixa de Pandora recebeu também uma série de malefícios.
A história é longa, mas importa saber que Pandora abriu sua caixa e a humanidade passou a conhecer não só as bondades, como os males que até hoje nos assolam: mentira, doenças, inveja, velhice, guerra e morte. Os presentes saltaram de forma tão violenta da caixa que Pandora teve medo, e a fechou antes que a última delas escapasse: a esperança.
Pandora tornou-se, assim, a provedora natural dos talentos divinos e dos males da humanidade.
Como nos conta a tradição judaico-cristã, Eva no Paraíso teria tido o mesmo papel. O que só comprova que a figura da mulher aparece sempre como a grande responsável pela desgraça do gênero humano. Eu vejo de maneira distinta. Como Eva no Paraíso, Pandora distribuiu aos homens as duas faces da realidade, tão contrárias quanto complementares. Coube a todos a escolha.
O mágico desta lenda está no papel desempenhado pela esperança. Crescemos e vivemos sob o jugo masculino. Todas as formas de poder são exercidas há séculos por homens, que com liberdade preferiram escolher os piores caminhos para atingir objetivos duvidosos.
O mundo está devastado. Na caixa de Pandora ainda resta a última bondade não destruída por nosso egoísmo e ambição. Uma maneira lúdica de nos mostrar o caminho da redenção. A esperança é um dom feminino. Ainda há tempo para aprender a lição.
(Fonte: Voz Corrente- Alexandre Pelegi em 11 de Abril de 08)
– Clarice, a partir de qual momento você efetivamente decide assumir a carreira de escritora?
– Eu nunca assumi.
– Por quê?
– Eu não sou uma profissional, eu só escrevo quando eu quero. Eu sou uma amadora e faço questão de continuar sendo amadora. Profissional é aquele que tem uma obrigação consigo mesmo de escrever. Ou então com o outro, em relação ao outro. Agora eu faço questão de não ser uma profissional para manter minha liberdade.
Intensa
Clarice, quem foi que disse
que nasceste pra solidão?
Embora o vazio existisse,
havia em ti, turbilhão!
Dona de um espírito inquieto,
de névoa e melancolia,
brotavam de seu cérebro, frenético
versos de pura ousadia.
Seus poemas eram tristezas
transbordando seu sentimento;
neles havia beleza,
nunca contentamento.
Era composta por urgências;
tinha pressa de viver!
Tristezas e alegrias intensas
ninguém a conseguia entender.
De seus princípios convicta,
muito à frente do seu tempo!
Uma mulher decidida,
que recusava fragmentos!
(Poesia publicada no livro "100 anos de Clarice" - pág.45
(Editora: Selo Editorial Independente- 2020)
QUE SEGREDOS TEM O OLHAR DE CLARICE?
Clarice, numa cadeira de balanço, acende o seu cigarro, e em paz medita na sua solidão na área de casa, num domingo sem receber telefonemas de ninguém, nemvisitas,muito menos cartas de amor ou preocupação, ela sente a paz que muitos quenão vivem a verdadeira solitude, não entendem o verdadeiro significado desse estado.Ela não quer guerra com ninguém, pois no mundo já basta a guerra interior e mentalque viemos corridos, a guerra do seu país de origem, a Ucrânia. Clarice é a roseiraucraniana sobrevivente, pois seu oxigênio, são as boas palavras intimistas faladas emsua doce prosa nessas terras brasileiras. Com o seu lindo cachorro do seu lado, Claricenos prova que o carinho não vem só dos seres humanos que pensam, que se dizemromânticos, os únicos que tem coração e alma, que são racionais, diferente dos animaisque por mais que não pensam, mas sentem mesmo agindo pelo extinto, são carinhososmesmo perigosos, selvagens ou domésticos são afetuosos com os cafunés querecebem.Clarice, que mistérios tem o seu lindo olhar, quando tira os óculos escuros em diasde sol? Teu olhar, olhos verdes do leste europeu, nos leva a meditar que a velha Chayaque veio para o Brasil ainda pequena, correu descalça nas pedras, peos os espinhosda alma, ralou os pés, mas cicatrizou, e foi essas cicatrizes que a fizeram ser umapersonagem dúbia com os demais parceiros de cena nessa longa metragem chamadavida real, sem intuito de fama, nessa brincadeira de relatar seus sentimentos ilegíveisde interpretar no seu subconsciente, se tornou um marco atemporal na literaturabrasileira e até mesmo ultrapassou fronteiras mundiais com seu sentimentalismointimista sincero. Clarice que tentou aprender o português com sua língua europeia,morou em tantos países que em cada lugar dominou um sotaque que fez da sua línguaum charme, dominava bem o português e outros idiomas essenciais para a diplomacia,engolia os rs que falava, mal de todo estrangeiro, mas escrevia bem discreto e culto obom e velho português camoniano tupi guarani.A água regava suas lindas plantas no hall do seu apartamento, mas a água queClarice bebia era a sua eterna água viva, que dominava o séu coração selvagem,semgrau de vaidade e sem horas para ser uma estrela literária, o reconhecimento, só veioapós a sua morte, infelizmente, é preciso morrermos um dia para nossas palavras ter ovalor devido na leitura, mesmo com um cigarro ferindo em chamas no rosto e pulmão,as cartas não foramn queimadas, e estão aí como literaturá obrigatória se um jovemquiser passar no vestibular. Temos que ler Clarice e tentar compreender seuspensamentos prodígios, quando viva, infelizmente não téve todo o valor, e méritoreconhecido que merecia, era séria, tímida, achavam a que era fraça por retratar tantoe desabafar a sua alma luz intimista em suas prosas, mas era uma dama da boa everdadeira escrita psicológica, entendia muito bem o ser humano e suas patologias.O peso da máquina de escrever, não define o peso que é 'a alma luz e as palavras deClarice, sincera, sem nenhum grau de vaidade, se vai haver rugas, ou se os cabelosloiros vão ficar grisalhos, sagitariana de não emendar muita conversa, mas em escreverpalavras. A companhia de seus dois filhos, seu cachorro eseu inúmeros livros na suaestante, os livros emocionantes em cima da máquina de escrever, seus filhos de capae ISBN,foram nascidos com muito esforço e pensamentos que se aproximassem damente humana confusa, coisas atemporais que muitos se identificam, Clarice nãomedia, nem amaldiçoava as palavras, fazia da sua solitude, um livro de cores e palavras,sentido que a mente fraca não encontra, Clarice achou um meio com seus gestos de se tornar imune a qualquer tipo de abalo, que as lágrimas da sua infância e do seu passado,tenham se tornado chuva fértil de esperança e prosperidade. Se todos fossem no mundoigual a você, existiria menos debate pejorativo, existiria a verdade sutil, mais liberdadeinterior e inspirações em tanta solidão nesse meio fatídico material, onde o ser humanosó ver com sua vista o carnal, sem saber que o espiritual dar continuidade após a morteque é apenas uma viagem. Amar não acaba, se dermos amor sem receber nada emtroca, vamos continuar sentindo o amor em nosso coração, convertendo o para o bemnuma deliciosa morada nessa descoberta cotidiana do mundo, admirável mundo novoclariciano que adverte para não termos medo de amar e nunca desistir do amor,pois oamor é a resposta para solucionar tudo, tenha muito cuidado com o amor que as vezespode ser exigente, viva o amor, porque o amor nasceu para ser vivido intensamente,por amor, fazemos tudo, mas devemos ter cuidado com o amor excessivo que apagatudo. O amor retratado por Clarice é coisa simples, uma sensação de nunca esquecero primeiro amor, o amor próprio da solitude, o amor pode vim com pontadas, mas podeser um amor vacinado, não romântico, um amor de quem já sofreu por amor. Sabemoscomo disse Clarice, resumindo, o amor não tem que ser algo difícil, deve ser entendido,se fores diffcil, calce teus sapatos e parta para outro amor secundário sem perder o seuamor próprio. A clássica definição é que o amor é rela e fatal ao mesmo tempo.Vocêama porque tem medo de estar sozinho? Amaremos de encontro com o amor, dezembrovai, janeiro vem, sigamos nos amando para poder amar alguém com certeza e confiancatotal, pois o amor pode ter mil faces, amar é a única forma de viver bem. Não tenhamedo de amar, mesmo o amor sendo um sistema de trocas, Clarice nos ensina que oamor sempre será um sentimento essencial para a sobrevivência. É preciso estarpreparado para o amor, amor é riqueza, mas é pobreza, é água da fonte, mas tambémé poeira. Amor é suportar o fardo do outro, pois amar é tudo, seja bom ou seja ruim,siga amando nesse combustível.
“Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somandoas compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões é quese ama verdadeiramente. Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil".
(Clarice Lispector)
AMAR...
Amar é um verbo praticado do substantivo AMOR...
AMAR não pode ser medido em MATEMÁTICA...
AMAR não pode ser explicado em FILOSOFIA...
AMAR não pode ser traçado em HISTORIA...
Amar é simplesmente quando te olho nos olhos e os meus brilham...
Quando estou em teus braços e meu coração despara...
Quando ganho um beijo seu e o mundo para naquele instante...
É quando estou perto de VOCÊ e nao quero mais ficar longe...
AMAR é simplesmente AMAR!
Por isso digo-te:
TE AMO!!!
Contato humano.
Nossa primeira forma de comunicação.
Segurança, proteção e conforto... tudo isso no suave toque de um dedo. Ou de lábios encostando numa bochecha.
Ele nos conecta quando estamos felizes, nos dá apoio quando temos medo... desperta sentimentos de paixão... e amor.
Precisamos ser tocados por quem amamos quase como precisamos do ar pra respirar. Mas eu só percebi a importância do toque... Do toque dele... depois que perdi.
Entao, se estiver vendo isso, e for possível... toque nele. toque nela.
A vida é curta demais para desperdiçar um segundo.
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