Cartas de Despedida da Namorada
É amor.
Eu sei que é amor, pois todos os dias eu penso em você. Eu sei que é amor, não porque digo que te amo, mas sim porque todas as vezes que vejo nossas fotos, eu planejo meu mundo com você. Eu sei que não é fácil, nunca foi e nunca será... o amor será complexo, tanto pela forma de demonstrar, quanto na forma de sentir. Não podemos esquecer da forma de viver e conviver com esse amor. Ele é um sentimento que machuca, machuca de uma forma boa e de uma forma ruim também... pois às vezes ele traz alegrias, mas também traz uma tristeza maldita, que consome a alma e maltrata o corpo.
Eu queria que o amor fosse brisa, assim, mesmo de longe, eu poderia sentir o seu amor tocar o meu rosto. Seu amor doce, leve e que me faz tão bem. Você é verso e poesia, calor e ternura, desejo e paixão. Poxa... como eu amaria estar sempre perto. Assim, mesmo de longe, eu sentiria seu perfume adentrar a minha alma e consumir o meu coração. Se você estivesse perto, eu poderia até sentir o toque do seu beijo, o sabor que alimenta o meu vazio, que empanturra o meu universo e satisfaz os meus mais variados e complexos desejos. Se for perto o bastante, eu posso até sentir o seu toque, toque este que me assegura e me faz sentir seguro... num mundo tão empenhado em se despedaçar, não me parece um mal eu querer poder me sentir protegido nos braços de alguém.
‘Seja para mim o que você quiser, contanto que seja o meu amor.’ Essa é o trecho de música que mais representa o amor entre nós dois. Pois eu não quero que você mude, quero que você seja quem você desejar ser, desde que nunca deixe de ser o meu amor. Eu te amo, e casar com você será o meu mais novo e próximo passo.
Perder quem amamos por um erro seu é umas das piores dores. Tenho a consciência de que poderia ter sido tudo diferente, mas na prática tudo o que fiz foi machucar a minha pessoa amada. Sei que posso seguir sem você, sem seus abraços, beijos e olhares por nós trocados, porém meu coração clama pelo seu amor.
Me desculpe por lhe magoar tanto assim, por não ter valorizado e cuidado de todo seu sentimento que você entregou totalmente a mim desde o primeiro momento que estivemos lado a lado. Desculpe por machucar seu coração desta forma.
És minha.
Eu me apaixonei pelo teu beijo, que loucura esta sua boca cor de rosa
Seu perfume, seu sorriso e este seu jeito de mulher dengosa.
Fico com ciúmes, pois sei que por onde passas todos te olham. És linda, bela e charmosa
É muito atraente e aos meus olhos encantas, és deliciosa, mas é a minha gostosa!
Querençoso é o amor que tenho por ti
Admiro-te como as rosas, os lírios do campo e o jasmim
Nem pergunte se te quero, pois, eu te quero, sim.
São inevitáveis, meus pensamentos. Eles te querem aqui!
Amor, nem sei o que faço se eu te perder.
Talvez eu morra de saudades, pois, sem ti não sei viver.
Amo-te e quero-te para sempre nos braços meus.
Dou-lhe carinhos, então me dê os teus. Jamais quero ouvir de ti uma palavra de adeus!
Aprazível são os sentimentos que um pelo outro temos.
É na mesma medida! Nem mais, nem menos, é prazeroso, agradável, afável e ameno.
Peço o consentimento para entrar em sua vida e não mais sair, eu quero a ti e a mais ninguém
Não procure um amor como o nosso, verdadeiro, puro e consistente! Pois, igual eu sei que não tem!
Não quero com os meus versos vir a lhe persuadir
Só quero que me ame, assim como eu amo a ti.
Também não posso lhe obrigar em minha vida querer ficar.
Mas, todos os dias posso falar do amor que lhe tenho e lhe dar bons motivos para me amar.
O que eu sei do amor…
Amor é desobedecer Newton e dois corpos ocuparem um mesmo espaço, um mesmo tempo, um mesmo abraço.
Amor é receber o que não se pede, mas o que se espera, é ter vaga preferencial, é ser o número na chamada de emergência, é não se preocupar com o leito depois do meio-dia.
Amor é acreditar em horóscopos, é desistir dos infernos astrais e atrair os sorrisos mais bonitos para enfeitar os domingos.
Amor é ter o que se quer quando mais se precisa, é a promessa de andar de mãos dadas, é o silêncio que não incomoda, mas vira pretexto para encontros labiais.
Amor é não deixar os sonhos do outro dormirem, e adiar nossos planos para complementar as buscas de quem amamos.
Amor é não precisar marcar nada no calendário, é brigar com o relógio e abraçar forte para atrasar a segunda-feira. Amor que é amor, não é amor apenas no verão, é um sentimento que te faz tão feliz que a tristeza já nem lembra mais de existir nos dias frios de inverno.
Amor é poesia dos suspiros alheios, é tudo que se encontra nos livros e nada que se compare a vida real, é tato que afeta, é olhar que traduz, é um sem querer querendo.
Amor é tirar a roupa como quem tira os cabelos dos olhos, é fechar o vestido e guarda a camisa, é deixar o rastro do cheiro pelos travesseiros e confessar o desejo para os lençóis.
Amor é amar sem precisar se preocupar com o tamanho da eternidade, e se ainda assim me perguntarem o que é amor eu direi que te amar é tudo que eu sei.
Niver de Namoro.
São 2 meses que tudo se acabou, perdi o teu carinho pedi o teu amor, fiz de tudo um pouco pra te ter e te reconquistar, mas os erros que cometir jamais vão se apagar.
Hoje tudo poderia ser perfeito. Te encontraria e te teria de qualquer jeito.
O tempo passou hoje é o dia do nosso aniversario de namoro. Eu quero te ligar, pra te lembrar, mas tenho medo ouvir a verdade e mim magoar...
Niver de namoro sem a minha namorada, é triste e me faz chorar.
Me pede pra esquecer, mas não esqueco nada, o culpado foi eu, por não ser quem você quiz!
Bipolo
Acordei sorrindo, vou dormir chorando... E assim vou tentando disfarçar o que sinto, vou tentando me enganar, achando que ainda pode dar certo, que meu tempo vai chegar. Vou falar! Não vou falar! Mas tenho que falar! Já falei! Será se devo repetir?! Acho que já entendeu, acho que também já entendi! Será se entendi? Posso ter entendido errado... Ou posso acreditar que não entendi, tentando me iludir que consigo esperar, será?! Mas esperar por algo que eu nem sei se vem?! "Você está se enganando, vai sofrer" é o que meu lado direito me diz, o da razão! "Espera, vai valer a pena, vai dar tudo certo" é o que me passa a parte esquerda, a da emoção, do coração! E agora?! Como agir?! O que fazer?! Me sinto perdido em meio a um labirinto sem saída, o dia está terminando, não mais consigo ver o sol, será se fui longe demais?! Será que consigo parar e voltar daqui?! Acho que as marcas na areia foram apagadas, algo me diz que devo seguir em frente! Se vim até aqui, por que desistir? "Segue em frente", volta a falar meu coração! E quem disse que o coração não tem um pouco de razão?! Quem disse que existem dois lados?! Na verdade tudo só faz parte de um sistema e eu nunca vou saber o que vai acontecer se não arriscar! Quer saber?! Posso me arranhar, posso me machucar, posso ajoelhar, e se cair, terei forças pra levantar, afinal, a vida é feita de desafios, e se quero chegar onde ninguém chegou, tenho que fazer o que ninguém fez. Cometi um erro anteriormente, pois hoje acordei sorrindo, mas na verdade não vou dormir chorando, vou dormir sorrindo, pois sei que que tenho forças pra lutar pelo que eu quero e não vou ficar aqui parado esperando simplesmente acontecer, não vou sofrer pelo que "pode" acontecer! Vou brigar por meu objetivo, se eu perder essa batalha, sei que morri lutando e não como um covarde que desistiu na primeira ameaça!
Te peço perdão,
Perdão por ser quem eu sou
E não quem eu deveria ser.
Perdão por tudo que lhe falei,
Por ter te julgado sem pensar
Por ter te magoado mesmo sem imaginar.
Perdão por te amar tanto, e te encher o saco,
Mas não imagino mais minha vida, sem você ao meu lado
Por varias vezes já tentamos nos esquecer
Mas você assim como eu, sabe, que isso é impossível,
Que nosso amor já ultrapassou todo o nível.
Então, por favor, não fique brava comigo.
Nem decepcionada,
Pois eu já não consigo mais
Ficar longe de minha amada.
Eu nunca deixei de acreditar no carinho, companheirismo e amor. Eu gritava de forma estrondosa por alguém que me proporcionasse tais alegrias e por motivo do destino fomos apresentados um ao outro. Tu concordas totalmente com o meu modo de pensar, ambos sabemos que o amor não é só um contacto de lábios ou um abraço caloroso, e sim um sentimento que desperta lá no fundo dos nossos corações.
Sei que é muito cedo para falar de amor, mas não posso guardar só para mim um sentimento tão forte como esse que me estás a fazer sentir.
É um doce remédio que alivia as minhas preocupações e me dá forças para fazer da minha vida algo muito especial. O teu toque, o teu cheiro, a tua voz, a tua essência envolve o meu coração de sentimentos de aconchego e segurança que jamais pensei sentir. Esse teu olhar que me enternece e faz ficar muitas vezes sem palavras.
Esse teu aconchego que faz o meu coração juntar-se ao teu e ali namorarem e confessarem sentimentos de amor que jamais nossas bocas conseguiriam traduzir para palavras.
Às vezes na vida perdemos oportunidades magníficas de felicidade, mas esta eu não vou perder, que é a de estar ao teu lado.
Porque te admiro, porque gosto muito de ti, de alma e coração.
VOCÊ SABE OUVIR?
Vendo de casa a quantidade de perguntas repetidas aos convocados para depor na CPMI dos Correios e mesmo algumas respostas destes, lembrei-me de uma velha convicção do que observei e fui aperfeiçoando em anos de debates, comissões e reuniões. Raras, raríssimas, são as pessoas que procuram ouvir exatamente o que a outra está a dizer. Vejamos:
1) Em geral não se ouve o que o outro fala: ouve-se o que ele não está a dizer.
2) Não se ouve o que o outro fala: ouve-se o que se quer ouvir.
3) Não se ouve exatamente o que o outro fala. Ouve-se o que já se incorporara antes a respeito do assunto falado que bloqueia a compreensão da fala alheia e faz ouvir o que já se achava ou discordava a respeito.
4) Raramente se ouve o que o outro fala. Ouve-se o que se imagina que ele iria falar.
5) Numa discussão, em geral, não se ouve o que o outro fala. Ouve-se quase que só o que se pensa para dizer em seguida.
6) Outros não conseguem ouvir o que o outro fala. Ouvem o que gostariam que o outro dissesse.
7) Não se ouve com disponibilidade interior o que o outro fala. Ouve-se apenas o que se está sentindo em relação ao assunto debatido.
8) Não se ouve o que o outro fala. Ouve-se o que já se pensava a respeito daquilo que o outro está a falar,
9) Não se ouve plenamente o que o outro fala. Retiram-se da fala dele apenas as partes que já estavam sedimentadas dentro de si mesmo.
10) Não se ouve o que o outro fala. Ouve-se o que confirme ou rejeite o seu próprio pensamento ou opinião pré-existente. Ou seja, transforma-se o que o outro está a falar objeto de concordância ou discordância.
11) Não se ouve o que o outro está a dizer Ouve-se o que possa se adaptar ao impulso de amor, raiva ou ódio que já sentia por quem está a falar.
12) Não se ouve o que o outro fala. Ouve-se da fala dele apenas os pontos que possam fazer sentido para as idéias e pontos de vista que no momento nos estejam influenciando ou tocando mais diretamente.
Ouviu?
Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim.
Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela. Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteria.
Nota: Trecho de um texto do autor, muitas vezes atribuído erroneamente a Carlos Drummond de Andrade.
VOCÊ SABE OU VOCÊ SENTE?
Você já reparou o quanto as pessoas falam dos outros? Falam de tudo. Da moral, do comportamento, dos sentimentos, das reações, dos medos, das imperfeições, dos erros, das criancices, ranzinzices, chatices, mesmices, grandezas, feitos, espantos.
Sobretudo falam do comportamento. E falam porque supõem saber. Mas não sabem. Porque jamais foram capazes de sentir como o outro sente. Se sentissem não falariam.
Só pode falar da dor de perder um filho, um pai que já perdeu, ou a mãe já ferida por tal amputação de vida. Dou esse exemplo extremo porque ele ilustra melhor. As pessoas falam da reação das outras e do comportamento delas quase sempre sem jamais terem sentido o que elas sentiram.
Mas sentir o que o outro sente não significa sentir por ele. Isso é masoquismo. Significa perceber o que ele sente e ser suficientemente forte para ajudá-lo exatamente pela capacidade de não se contaminar com o que o machucou.
Se nos deixarmos contaminar (fecundar?) pelo sentimento que o outro está sentindo, como teremos forças para ajudá-lo? Só quem já foi capaz de sentir os muitos sentimentos do mundo é capaz de saber algo sobre as outras pessoas e aceitá-las, com tolerância.
Sentir os muitos sentimentos do mundo não é ser uma caixa de sofrimentos. Isso é ser infeliz. Sentir os muitos sentimentos do mundo é abrir-se a qualquer forma de sentimento. É analisá-los interiormente, deixar todos os sentimentos de que somos dotados fluir sem barreiras, sem medos, os maus, os bons, os pérfidos, os sórdidos, os baixos, os elevados, os mais puros, os melhores,
os santos.
Só quem deixou fluir sem barreiras, medos e defesas todos os próprios sentimentos, pode sabê-los, de senti-los no próximo. Espere florescer a árvore do próprio sentimento. Vivendo, aceitando as podas da realidade e se possível fecundando. A verdade é que só sabemos o que já sentimos. Podemos intuir, perceber, atinar; podemos até, conhecer. Mas saber jamais. Só se sabe aquilo que já se sentiu.
A alma dos diferentes é feita de uma luz além.
A estrela dos diferentes tem moradas deslumbrantes que
eles guardam para os poucos capazes de os sentir e entender.
Nessas moradas estão os maiores tesouros da ternura humana.
De que só os ...diferentes são capazes.
Jamais mexam com o sentimento de um diferente.
Ele é sensível demais para ser conquistado sem
que haja conseqüência com o ato de o conquistar.
Nota: Trecho adaptado de um texto do autor.
SABES RECEBER O AMOR?
Do ponto de vista de quem recebe, o amor ganha contornos bem diferentes daqueles existentes do ponto de vista de quem dá. E é tão raro o empate entre dar e receber! Há pessoas absolutamente incapazes de receber o amor. Outras há que filtram o amor recebido segundo a sua maneira de ser, reduzindo (ou ampliando) o afeto ganho através de suas lentes (existenciais) de aumento ou diminuição. Quem pode dizer com segurança que sabe avaliar o amor recebido? Outras há, ainda, que só conseguem amar quando recebem amor, não admitindo dar sem receber. Há, também, o tipo de pessoa que não dará (amor) jamais, pois só sabe receber. E existe aquela outra que quer e precisa receber, porém não sabe o que fazer quando (e quanto) recebe e transforma-se, então, numa carência viva a andar por aí, em todos despertando (por insuspeitadas habilidades) o desejo de algo lhe dar.
Receber o amor é como saber gastar (gostar?). Já reparou que há pessoas que não sabem gastar? Muitas sabem ganhar muito dinheiro, mas depois não o sabem gastar. Receber o amor é como saber gastar (gastar o amor de quem lhe está dando). É necessário fazer com que o investimento recebido renda frutos, juros e dividendos em que o recebe, para novos investimentos e lucros humanos. Há quem o saiba fazer (ou seja, saiba receber). Há quem não o saiba e gaste o (amor) recebido de uma só vez, sem qualquer noção do quanto custou para quem o deu.
O problema de receber o amor é fundamental, porque ele determina o prosseguimento ou não da doação.
O núcleo do problema está na forma pela qual cada pessoa recebe o amor, modelando-o.
De que valerá um amor maior do que o mundo, se a forma pela qual se o recebe é diminuta? Um amor de pequena estatura doado a alguém pode ser recebido como a dádiva suprema. Será (soará), então, enorme!
Daí que amor está também, além de dar, em saber receber. Saber receber, embora pareça passivo, é ativo. Receber, se possível avaliando a intensidade com que é dado e, se for mais possível, ainda, retribuir na exata medida. Saber receber é tão amar quanto doar um amor.
Se todos soubessem receber, não haveria a graça infinita dos desencontros do amor, geradores dos encontros.
Receber o amor é tão difícil quanto amar! É que amar desobriga e receber o amor parece que prende as pessoas, tutela-as e aprisiona-as quando deveria ser exatamente o contrário, pois saber receber é tão grandioso e difícil quanto saber dar.
Amor e Ódio
Tema antigo. Ainda e sempre, ódio e amor, andam juntos através da facilidade através da qual o amor que não encontra resposta apodrece e vira veneno. O que salva e o que eleva é constituído da mesma matéria que fermenta, apodrece e mata.
Qual será a química explicativa da transformação súbita do que era busca, procura, sentimento de proteção e dedicação em imediata deterioração e ódio?
A química da transformação do afeto em raiva e da raiva em ação destrutiva, ainda não foi medida por nenhum laboratório da ciência. Apenas pela literatura e pela dramaturgia. Ou pelo jornalismo diariamente a espelhar os casos de amor terminados com a destruição de uma das partes.
A psicanálise também examina a questão. E com profundidade. Para ela, o mecanismo de auto destruição ou de destruição do próximo, já estava presente quando as pessoas resolveram se gostar. O mecanismo destrutivo está, já presente, quando as pessoas fazem o que supõem ser uma escolha livre. Não é escolha, diz a psicanálise: é o atendimento de uma pulsão inconsciente que faz adivinhar no parceiro as condições para o exercício dos impulsos mais fundos de destruição: ou a própria ou a do outro. Assim diz a psicanálise. Mas a questão continua de pé.
Se era amor, se era tanto, por que, diante da frustração ou da recusa de reciprocidade ele tem que virar ódio?
Se é amor não pode nunca ser ódio, proclamarão em coro os humanistas e os cristãos. Não era amor!
Quem ama e é rejeitado tem o impulso de ódio e de destruição. É esse impulso (que às vezes pode durar apenas um segundo) que essas histórias populares percebem e ampliam, traduzindo-o numa ação demorada, complexa, planejada, urdida. O público adere porque aí encontra a forma mais simples de ver-se ainda que através do outro; como na dramaturgia e na literatura.
Quem for capaz de conhecer o próprio impulso de ódio poderá talvez aplacá-lo, ou diminuir o seu efeito destrutivo.
Quem for capaz de controlar o próprio impulso de ódio talvez até aproveite a energia que está dentro dele (como nas forças da natureza) canalizando-a para obras e ações criadoras e positivas.
Quem for capaz de dirigir o próprio impulso de ódio, talvez despeje a força dele numa atividade artística ou empresarial, desviando-a do objeto amado passível de ser destruído.
Tudo bem. Magnífico que assim se faça, conforme o caso e conforme a pessoa! Terapêuticas e religiões (no fundo parecidas) aí estão a mostrar o sentido ético da vida e a importância de transformar a falibilidade e fraqueza humanas em objeto de meditação e de aprimoramento.
O VELHO TEMA DO EU E DO OUTRO
Veja se dá para entender: a gente, para a gente mesmo, é a gente. Raramente consegue ser o outro. A gente, para o outro, não é a gente, é o outro. Deve estar confuso. Tento de novo. Cada um de nós vive uma ambiguidade fundamental: ser a gente e ao mesmo tempo, ser o outro. Pra gente, a gente é a gente. Para o outro, a gente é o outro.
Temos, portanto, dois estados: ser o eu de cada um de nós e ser o outro. Na vida de relação, pois temos que saber ser o ‘eu individual’ e ao mesmo tempo, aceitar funcionar em estado de alteridade (outro vem de ‘alter’), ou seja, de ‘outro’.
O outro, raramente nos considera como a gente (como pessoa singular, peculiar, própria, única, desigual). Em geral, ele nos considera como o ‘outro’. Daí surgem os conflitos. Não apenas o outro em geral não nos considera como ‘a gente’. Também a gente não sabe aceitar, ou raramente aceita, ser tratado como ‘outro’. A gente quer ser tratado como a gente sabe que é, e não como o outro nos considera.
A gente sempre tem esperança que o outro descubra o que a gente é. Mas isso é muito difícil, porque o outro nos vê como ‘outro’ ou como qualquer projeção dele, jamais nos vê como a gente se vê ou quer ser visto ou gostaria de ser visto.
Uma relação de duas pessoas dá-se portanto, em quatro etapas: i) para Joaquim, Maria é o outro; ii) para Joaquim, Joaquim é Joaquim; iii) para Maria, Joaquim é o outro; iv) para Maria, Maria é Maria.
Mas Maria quer que Joaquim não a veja como ‘o outro’ e sim como Maria. E Joaquim não quer ser visto como ‘o outro’, ele quer ser visto como Joaquim. Mas nem Maria o vê como Joaquim (e sim como ‘o outro’), nem Joaquim a vê como Maria (e sim como ‘o outro’ na pessoa dela).
É essa a vontade de que nos vejam como individualidade que somos, o que nos leva a exigir talvez demais daqueles que se relacionam conosco. Eles talvez não estejam preparados (raramente estão) para nos ver como ‘eus’, como unidades próprias, como somos ou como queremos ser.
Exigir dos demais que nos vejam em nossa individualidade é um fato de pouca sabedoria. Raramente eles o conseguem, porque se somos ‘eu’ para nós mesmos, somos outro para eles. Em estado de ‘eudade’ (de eu), somos uma pessoa. Em estado de alteridade, somos outra pessoa.
Conseguir, sem exigir ou cobrar, porém, que o outro não nos veja como ‘o outro’ que somos para ele, mas como o ‘eu’ que somos para a gente, é ato de sabedoria. Significa saber ser nítido, saber colocar-se como pessoa e como individualidade, saber ocupar o próprio espaço sem qualquer invasão do espaço dos demais ou sem qualquer limitação do que eles são e nos agregamos, por inveja ou por admiração (coisas muito parecidas).
Para tal, é mister que saibamos ver o outro não apenas como o ‘outro’, mas como o ‘eu dele’ para ele. Mais claro: significa ver o outro como ele é, na condição de ‘eu’ ou seja, de indivíduo próprio, peculiar, semelhante sim, mas desigual e não na condição de ‘outro’, que é como ele chega até nós.
É no centro dessa relação que está a essência do problema da comunicação e da comunhão (que vem a ser a mesma coisa).
Eu devo ser ‘eu’ para mim e para o outro. O outro deve ser o ‘eu-dele’ para mim. Eu devo aceitar ser ‘o outro’ para o outro. Mas devo desejar e conseguir ser ‘eu’ para ele. Eu, em estado de ‘eu’, devo aceitá-lo como outro. Eu, em estado de ‘outro’, devo aceitá-lo como o eu dele. Eu e ele somos ao mesmo tempo ‘eu’. Eu e ele somos ao mesmo tempo ‘ele’. Ele é ‘eu’ mas também é ele. Por isso somos, ao mesmo tempo, semelhantes e diferentes. Por isso somos irmãos. Por isso a humanidade é uma só. Por isso a igualdade humana é uma verdade, na diferença individual.
E, para terminar, um outro alcance, paralelo ao principal, mas verdadeiro nas relações humanas: o outro nunca sabe direito o que ele é e representa para a gente. E a vida nos vai ensinando a ser cada vez mais sozinhos, pelo acúmulo de não correspondência daqueles que sempre nos significam algo, mas nunca o souberam ou perceberam na exata medida. Ou então, preocupados em excesso com os próprios problemas nunca atenderam ao potencial de afeto que por eles ou para eles havia em nós e foi desgastando em uso ou dispersão, já que não o souberam receber.
Às vezes esse ‘outro’ é mesmo o outro. Aí é a gente que fica com o próprio gesto de amor solto no ar à espera de aceitação, entendimento e correspondência. Em ambos os casos, dói. Mas isso já é outra crônica.
Solidão é lava
Que cobre tudo
Amargura em minha boca
Sorri seus dentes de chumbo...
Solidão, palavra
Cavada no coração
Resignado e mudo
No compasso da desilusão...
Viu!
Desilusão, desilusão
Danço eu, dança você
Na dança da solidão...(2x)
Camélia ficou viúva,
Joana se apaixonou,
Maria tentou a morte,
Por causa do seu amor...
Meu pai sempre me dizia:
Meu filho tome cuidado,
Quando eu penso no futuro,
Não esqueço o meu passado
Oh!...
Desilusão, desilusão
Danço eu, dança você
Na dança da solidão
Viu!
Desilusão, desilusão
Danço eu, dança você
Na dança da solidão...
Quando vem a madrugada
Meu pensamento vagueia
Corro os dedos na viola
Contemplando a lua cheia...
Apesar de tudo existe
Uma fonte de água pura
Quem beber daquela água
Não terá mais amargura
Oh!...
Desilusão, desilusão
Danço eu, dança você
Na dança da solidão
Viu!
Desilusão, desilusão
Danço eu, dança você
Na dança da solidão...
Danço eu, dança você
Na dança da solidão...(2x)
Grande parte (talvez a maioria) das pessoas procuram-se por causa de diferenças complementares (que existem, e como!) que depois crescerão até distanciá-las. Há uma percepção antecipada do que é falta, carência e insegurança nos nossos núcleos internos. Procura-se, então, quem tem ou parece ter o que nos falta. No começo é ótimo. Depois... babau, embora haja relações que se baseiam a vida inteira nessas diferenças que se complementam.
A união entre duas pessoas - quando não é amor, mas nele se camufla - é a complementação de necessidades que, num dado momento da vida de cada um, parecem essenciais para a solução de suas dores, mágoas ou carências. Amor é deveras confundido com "necessidades complementares".
O progresso interior ou amadurecimento de apenas um dos membros do par amoroso, torna ainda mais instável a relação porque dela retira o caráter complementar que a mantinha. Dois espelhos, um defronte do outro, geram imagem infinita. Um só espelho reflete apenas a imagem de quem se olha. Olhar e ver o outro aplaca. Olhar e apenas ver-se é, para muitos, insuportável.
Quando a evolução de uma das pontas do par amoroso dá-se de maneira
mais rápida que a da outra, esta não tem mais em quem projetar as suas ansiedades. Uma parte já não aceita as cargas da outra, antes assimiladas por imaturidade, medo ou dependência econômica. Aí o equilíbrio do par se abala. Ou rompe.
Por evolução não se entenda apenas a intelectual. Esta é importante,
porém não decisiva. Numa pessoa, há vários núcleos internos que
podem ganhar graus ou ritmos evolutivos diversos: emocional, sexual,
profissional, espiritual, físico, econômico, político.
Somos seres variados, plurais. Nossa arquitetura interior possui
elementos de vários estilos e escolas. Englobamos e amealhamos,
tendências díspares, propostas diferentes em nossos vários núcleos interiores. Assim, em nossa relação mais profunda, que é
a íntima, cada núcleo interior seja, intelectual, emocional, sexual, profissional, espiritual, econômico e político pode vir
a ter ritmos diversos de evolução.
Somos seres tão estranhos, que podemos passar por evoluções
intelectuais formidáveis e permanecer anos a fio estacionados ou
cristalizados em outro núcleo emocional. Podemos evoluir emocional,
profissional e politicamente e permanecer estacionados sexualmente, e
repetir antigas, estacionárias ou primárias formas de exercício do
instinto sexual. E assim por diante. É muito difícil evoluir por igual
em todos os nossos núcleos interiores. Por isso desandam tantos casos
de amor depois que se resolvem com a união das pessoas.
O Socorro Contra as Nossas Perdas
O verdadeiro bem — a sabedoria e a virtude — é seguro e eterno; é este bem, aliás, a única coisa imortal que é concedida aos mortais. Estes, porém, são tão falhos, tão esquecidos do caminho que seguem, do termo para que cada dia os vai arrastando que se admiram quando perdem alguma coisa — eles que, mais tarde ou mais cedo, hão-de perder tudo! Tudo aquilo de que és considerado dono está à tua mão, mas sem ser verdadeiramente teu; um ser instável nada possui de estável, um ser efémero nada possui de eterno e indestrutível. Perder é tão inevitável como morrer; se bem a entendermos, esta verdade é uma consolação para nós. Perde, pois, imperturbavelmente: tudo um dia morrerá. Que socorro podemos conseguir contra todas as nossas perdas? Apenas isto: guardemos na memória as coisas que perdemos sem deixar que o proveito que delas tiramos desapareça também com elas. Podemos ser privados de as possuir, nunca de as ter possuído. É extremamente ingrato quem pensa que já nada deve porque perdeu o empréstimo! O acaso privou-nos do objecto, mas deixou em nós o uso e proveito que dele tiramos, e que nós deixamos esquecer pelo perverso desejo de continuar a possuí-lo!
Quando soube o tamanho do amor que a sua namorada lhe prometera, o menino rapidamente ao papai do céu perguntou: Papai do céu, como eu faço para retribuir tanto amor e carinho que recebo da minha namorada? Alguns dias depois, ele recebe uma carta com umas anotações. O pequeno rapaz tratou de ler e, com o passar das linhas, percebeu que a carta era para outra pessoa, endereçada a uma casa que ficava uns dois quarteirões a frente. O menino, ficou espantado, pois a carta era embebida de palavras ásperas e grossas, algo um tanto diferente do que lhe foi ensinado até então. A leitura era fascinante, parar de ler já não fazia parte dos planos do garoto. Já no final das palavras ele pôde ler: "E apesar de tudo, eu a amo!", confuso, o jovem, não entendia como a vida funcionava, aliás, ele próprio a princípio só queria retribuir à altura o amor e carinho que sua namorada lhe dava. Ainda sem respostas, ele continuou, até que o carteiro, com a real endereçada, bateram em sua porta, chamando por seu nome. Ele, assustado, foi atender a porta. A mulher em prantos perguntava pela carta. O menino disse a ela que se verdadeiramente amasse o marido não haveria motivos para ler a carta, pois o conteúdo era ofensivo e que talvez ela não gostasse. A mulher explicou que o amor é um sentimento invisível como o ar, mas se faz sentir quando encontramos a pessoa certa, como o vento que balança árvores, ele será grande e forte quando houver afinidade. Por isso, quando encontramos uma pessoa que nos completa, temos que agir de forma elegante e retribuir tudo aquilo que recebemos. A partir desse dia, o menino começou a dar presentes sem motivos, fora das datas festivas, passou a ser mais calmo e compreensivo, passou também a elogiar mais e mais a beleza da sua amada, passou a amá-la cada vez mais, pois descobriu que o verdadeiro sentido do amor está na retribuição e que ser amado é lindo, mas retribuir esse amor é o gesto mais puro e nobre que um ser humano pode realizar.
Não confundas o amor com o delírio da posse, que acarreta os piores sofrimentos. Porque, contrariamente à opinião comum, o amor não faz sofrer. O instinto de propriedade, o qual é o contrário do amor, esse é que faz sofrer. Eu sei assim reconhecer aquele que ama verdadeiramente: é que ele não pode ser prejudicado. O amor verdadeiro começa lá onde não se espera mais nada em troca.
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