Cartas de Amor com Humor
Cartas Rasuradas
Cartas rasuradas no tempo
Sem se poder ler
Vidas perdidas ao vento
Que nem ao menos pode viver.
Águas derramadas que poderíamos beber
Visão simples do nada
Ver sem querer entender
Você pra mim é uma porta sem chaves
Assunto que não consigo entender
Explicação do certo ou errado
Que não quero compreender.
Cartas rasuradas, verdades do quase nada
Rabiscos escondidos nem sei cadê
Visão de uma mentira que se fala
Que já nem sei se preciso ou devo ler
Cartas rasuradas preciso entender quem sou eu
Se as rasuras não me dizem nada
Então por que às escreveu?
PASSADO
Ontem estive relendo, as cartas que um dia escrevi na intenção de entregar-lhe, quando o amor estivesse aflorado, para que nunca esquecêssemos os detalhes de tamanha paixão. Mas, infelizmente estas estão guardadas, já que aflorada esta minha dor, do que um dia foi intenção e hoje é decepção. Mas daqui algum tempo quando reler os momentos, detalhes que escrevi, poderei perceber o quanto a dor é passageira, assim como o amor, que passa mas não acaba, e de imediato sentirei graça de tantas besteiras que um dia fiz, que chorei alguns dias, por que me fizestes infeliz, mas, no entanto no momento, não haverá sofrimento, pois este passará, e quem sabe até lá outro amor eu, ei de encontrar!
Meu sonho foi frustrado?
Desde menina meu sonho foi de ser escritora.
Amava escrever cartas e ter diários para relatar tudo que via, sentia e imaginava.
Em adolescência e juventude não tive quem pudesse ver e incentivar meu sonho.
Por muitos anos a caneta e o papel era o que mais me fascinaram.
Colecionei lindas canetas e belos cadernos, os quais me inspiravam a preenchê-los. Mas só depois dos trinta anos que tive incentivos de pessoas perto de mim.
Os seus sonhos não são frustrados.
Eles podem não estar no tempo de acontecer.
Vemos o sonhador José.
Seus sonhos lhes trouxeram tantas adversidades, porém ele escreveu uma belíssima história de vida.
O meu sonho de ser uma escritora me levou a pastorear.
Deus nos coloca em situações para que tenhamos enredos.
Não fique ansioso, pois a ansiedade pode distanciar-te do seu sonho.
José quase morreu por causa dos seus sonhos.
Em todo sonho há um sonho de Deus.
E sonhos de Deus não se frustram, tampouco morrem.
Não pare de sonhar!
Este é o meu sexto livro.
Ate agora que estou escrevendo nenhum deles foi publicado.
Mas não desistirei.
Porque quando este chegar até você, meu sonho estará realizado.
Eu vou ser muito lida, por milhares.
Qual é o seu sonho?
Deus faz nossos sonhos acontecerem.
Fez com José.
Fará com você também.
Despedida
Havia sorriso em toda casa
Na sala jogavam com muitos risos
e cartas nas mãos
Anoiteceu novamente o clarão do dia
que se despontava no horizonte
Ainda a continuar com risos constantes
e cartas nas mãos
Mais tarde um adeus ,quando apenas
dizia até mais
Pouco tempo se passou e escuridão
envadiu-se o dia ...
Passaros voavam sobre a casa
do riso de antes
Que tinha cartas nas mãos
Sozinho disse adeus
Pássaros pretos voavam
anuciando sua partida.
Carta para você II, 10 de maio de 2010.
Não responda as minhas cartas, só preciso ter alguém para quem possa escreve-las
Hoje em Vitória, Espirito Santo, após um dia árduo de trabalho, já no final da tarde, olhei pela Janela do hotel e avistei uma árvore cujas folhas estavam se dessecando e caindo sobre a grama fria, era o vento que batia e eu sentia que o outono partia, dando lugar ao inverno.
Meus invernos tem sido tão solitários, o mesmo vento frio da estação que derruba as folhas sobre a grama, parecem querer congelar minha alma desnuda e desnutrida pela decepção de um sentimento não correspondido.
Pelo menos as folhas, aquelas folhas, não sobreviverão a este inverno, contudo, os meus olhos fixos e tão secos quanto aquelas folhas sobreviverião a este momento e talvez jamais reproduzirão a condesação do vazio que eu sinto neste instante
Olhar por esta anela, avistar este fim de tarde frio e vazio e perceber que tudo ali ainda existe, menos você, tem me deixado triste.
Quem vale a pena, a gente carrega na alma e não condena.
Ela rasgou todas as cartas. Deletou todas as fotos e arrancou gritando a dor, todos os porta retratos da parede. Ela se apunhalou, sentiu a angústia e chorou. Ela caminhou descontente na desgraça que muitos achavam graça. Ela mergulhou em todas as tentativas fracassadas e se ajoelhou em suas orações suplicando que a livrasse do tedioso sentimento que a fazia desistir de tudo que era bonito. Ela pintou de cinza e cortou as flores do seu mundo. Ela se isolou do universo, se sentiu insignificante e sufocada. Ela sofreu, sorriu na tristeza e mostrou fortaleza. Reconstruiu vários pedaços do seu coração. Venceu o medo de olhar a quem lhe feriu. Se resgatou nas forças ao falar de tudo que lhe feriu e mesmo assim nada acabou. Mesmo com a alma ferida, ela sorriu na grande estrada da vida. O amor a machucou, mas não a matou. Ela desfrutou de outros corpos e se enganou com outros corações. Ela se decepcionou com novas promessas de amor, mas ao deitar o coração que lhe visita é o mesmo que a machucou um dia.
As sogras me amam, os filhos que sempre deixam a desejar.
Entre um dia agitado, meu telefone vibra. Era um número desconhecido e se um dia foi conhecido eu não me recordava. Atendi normalmente e minha voz estava perfeita até que o passado se identificou. Não tive reação para o inesperado, eu havia aguardando por este momento durante muito tempo que as palavras fugiram e eu só conseguia concordar e aceitar o convite que me foi feito. Fui ao encontro de quem já havia me humilhado. Todas as palavras ditas pra mim naquele momento eram em vão, pois somente no olhar eu conseguia entender que era um desespero pedindo o meu perdão. Eu não sabia o que dizer, não entendia porque depois de tanto tempo, havia resolvido me procurar. E mesmo com meus olhos assustados, eu só respondia que estava tudo bem, mesmo regredindo ao passado eu o pedi que não se preocupasse, pois tudo já estava resolvido.
Neste mesmo momento, foi-me feito um pedido para que matássemos a saudade que nos sufoca durante todo esse tempo. Não posso negar que meu coração bateu forte, as pernas tremiam e as mãos suavam. Viajei em todos os sentimentos bons que havíamos passado juntos antes de responder. Mas ao voltar para a realidade, rejeitei. É muito pouco pra mim. Eu desejava te matar por inteiro e não em um quarto qualquer pela estrada. Você só queria um carinho de uma mulher na qual admirava por estar carente e eu não. Hoje, também quero receber. Não aceito as mesmas mentiras e os mesmos erros, não quero me enganar. Gentilmente me despedi com um forte abraço e fui embora com a alma leve e um sorriso no rosto e talvez, para nunca mais voltar.
Eu não mando indiretas. Apenas me inspiro nas atitudes alheias e nas minhas também. Assim, exponho em palavras e letras tudo aquilo que observo. Se a carapuça serviu, isso já não é problema meu.
Sim, encontro-me distante. Desgastei-me de assuntos fúteis, de pessoas sem boas energias e de vidas sem objetivos. Isolo-me e me edifico em tudo que quero conquistar, deixando-me sem tolerância de tudo e todos que não agregam nenhum benéfico para a minha vida.
Eu amo uma, duas ou quantas vezes eu quiser. O coração é meu! E o momento de abri-lo para amar, só quem sabe sou eu.
Crônica 02
Ontem eu encontrei as cartas que você me escreveu. Em poucos minutos vi acontecer nosso pequeno romance. Vi a minha pressa para escrever uma meia dúzia de termos carinhosos, porque eu sabia que ia você ia gostar. Nada que possa ser chamado de literatura. Eu já não sei o amor é paciente ou a solidão que é exigente.
Relembrei por que gosto de cartas. As imperfeições da letra de cada pessoa ficam marcadas pela tinta, e você não tem a ânsia de mandar o que acabou de escrever para alguém, como em um email. Você pode parar para pensar antes de entregar, mudar as palavras, apagar algumas frases. Quem sabe até nem entregar. Deve ser por isso que os amantes não mais mandam cartas. O silêncio perdeu seu lugar e o amor já virou notícia.
Após terminar a leitura, percebi que nosso romance era mais crônica que poesia. Percebi que algumas coisas mudaram. Agora eu me importo um pouco mais com a minha saúde, comecei a fazer exercícios físicos. Compreendi o real valor da liberdade, descobri que era eu mesmo que criava as minhas prisões, e já consegui sair da maioria. Não é tão fácil demolir uma obra que você levou tanto tempo para construir, e mesmo que você perceba que é algo que te faz mal, o orgulho se separa da razão no momento em que ela destrói suas convicções. Mas isso passa quando você descobre que existe sempre o outro lado.
Apesar das mudanças, algumas coisas continuam iguais. Ainda sou o mesmo bobo de sempre, quase um personagem de uma comédia romântica. As alças da minha mochila permanecem desajustadas, e de vez em quando caem, e eu tenho de arrumar. Continuo acreditando que vale a pena se arriscar por uma ideia, e acredito que se empenhar já é mudar.
A escrita e a fala têm a mesma pretensão tola de sintetizar as emoções, o calor e a frieza de um momento, o modo como você se sente quando o mundo te enxerga. Na escrita você tem a possibilidade de trabalhar as figuras linguagem, como um filtro ou uma lupa para os sentimentos, na inocente certeza de que está alcançando seu objetivo. O que é uma hipérbole comparada ao momento em que você está olhando dentro dos olhos da pessoa amada logo antes do primeiro beijo? Se alguém ironiza a vida, o que é mais irônico que escrever sobre algo que não vale a pena?
Guardei as cartas no fundo da gaveta, enquanto um pequeno sorriso me tomava o rosto pela lembrança do ponto final após o “infinito”.
Dizem ser a vida um jogo de cartas marcadas; nunca soube entender esse ditado.Acho que é porque eu nunca fui boa nisso, não somente de não compreender ditados, mas nunca fui boa com as cartas. Poderia jogar poker só pelo ato de blefar, persuadir, ludibriar, envolver, seduzir, todavia, quanto às cartas eu não saberia dizer, talvez nem saiba quantos naipes um baralho possui.
Na verdade acho que a vida observa o baralho “novo” e em ordem de cada um, embaralha todo ele e espera que nós possamos ou organizá-los de volta ou jogar com o que temos, com o que restou e com as cartas disponíveis.
Há como sentir-se como a Alice no país das maravilhas, no momento o qual as cartas do baralho discutem no jardim enquanto ela observa. Pode-se preferir um outro jogo, não um tabuleiro marcado e pré-destinado a um caminho ou rota, preferir uma mágica, a surpresa, o diferente, o inusitado o original.
Não obstante, existem cartas embaralhadas, às vezes curinga, carta importante saltada diante das outras cartas, eu novamente diria: não sei jogar, você saberia, você ousaria?
Temos que aprender a jogar (a viver) com as cartas que temos, com as que não temos, com as que vamos ter, e com as que perdemos (jogar com o baralho/vida incompleto) mas temos que aprender. Não há manual, mas há VONTADE e a atitude provém daí.
Que tal um poker agora?!
Então como eu pensava, sempre como um fogo de palha!
Você veio, embaralhou minhas cartas, minha vida. Como um furacão que passa e deixa marcas, DEIXOU. Agora não consigo me recompor, é cedo pra lembrar o caminho. Foi tão bom lembrar você, viver o sentimento que existia, imaginar coisas que poderia ser … Ah, eu queria mesmo que por poucos momentos ter a vida que imagino ao seu lado.
Os dias passam, daqui há uns meses, anos… Você vem, transforma minha rotina, muda meus pensamentos, meu foco, interfere nos meus sentimentos, revive o que você é pra mim, me vira do avesso e me mostra que o meu lado é esse e tudo o que faço é pra garantir minha sobrevivência.
Até lá, tento fingir a minha existência. Porque só me sinto viva com suas palavras, seus gestos, seus toques, sua presença.
Até.
Mal a noite caia, a menina já corria em busca de suas recordações.
Em meio a tantas letras, cartas e canções, seu coração buscava seu lar. Suas mãos em cada letra desejava se apegar, naquelas canções sua alma encontrava seu lugar.
As horas passavam e seus olhos continuavam ali fixados em cada pedaço de papel repleto de tanta emoção. A cada palavra lida, uma lágrima caia. Às vezes também doía, mas essa dor ela já conhecia. Seu coração por aquela dor ainda precisaria passar. Mas recordar muitas vezes lhe fazia sonhar, e em seus sonhos sua alma era capaz de viajar, de se alegrar, se reencontrar. Em meio a tanta dor, ainda existia muito amor. E era ele que fortalecia a cada dia, aquele coração de menina. Pobre coração, sua dor virou canção.
UMA CARTA PARA MIM...
No domingo, assisti a um filme onde o personagem escrevia cartas para ele mesmo, para que pudesse lê-las quando estivesse com 80 anos.
Ontem assisti a outro filme onde a personagem, na faixa dos 40 anos, começa a receber cartas que foram escritas por ela mesma quando tinha 07 anos.
Coincidência ou não, este tema me chamou a atenção. O que eu teria escrito para eu ler aos trinta e poucos anos quando eu tinha sete?
Tentei imaginar quais seriam os meus sonhos e aspirações para o futuro quando eu tinha 07 anos. Não consegui me lembrar. Talvez porque aos 07 a minha infância ainda fosse 100% infância e eu não tivesse preocupações adultas
Lembro perfeitamente de brincar muito de casinha com a minha irmã. Tínhamos nossas Barbies e vários móveis de madeira onde as bonecas podiam ser acomodadas. Tinha conjunto de quarto, de cozinha e de sala. Ainda outro dia comentei que eu adorava brincar com este brinquedo. Inventávamos nomes para as personagens. Gostávamos de Neuza e Cleusa. Mas não me lembro de ter atribuído uma profissão à personagem, ou se ela tinha marido, filhos, e o que ela poderia gostar de fazer além de pentear o cabelo e trocar de roupinhas.
Fico aliviada de saber que aos 07 anos eu não tinha preocupações com o futuro e não escrevi uma carta para eu mesma ler depois para checar se tudo o que eu imaginava havia se concretizado.
Já a outra carta, aquela que o personagem do outro filme escreveu para si mesmo, para ler aos 80 anos me intrigou porque me botou para pensar: Será que aos 80 quando eu ler a carta, eu vou colocar um "ok" na frente dos meus sonhos?
E como eu sempre vivo dizendo que o Plano B pode ser melhor, será que o fato de eu não marcar o "ok" vai me deixar mais tranquila por saber que eu não realizei alguma coisa, graças a Deus?
Somos mutantes, e da mesma forma as nossas aspirações.
Percebi isso ainda esta semana quando visitei o Salão das Duas Rodas. Em 2011 quando fui pela primeira vez, eu fiquei apaixonada por uma moto "X".
Na época não foi o que eu comprei por duas razões: Pouco dinheiro e muita potência para quem tinha acabado de tirar a habilitação.
Acabei comprando a Branquela, que eu adoro. Neste ano, quando olhei a moto que eu queria em 2011, pensei de imediato: Ainda bem que eu não comprei esta moto.
Uma coisa que muito se quer hoje, amanhã pode ser exatamente aquilo que você evitaria.
Foi então que pensei mais uma coisinha: Será que valeria a pena escrever a carta para ler aos 80 anos?
De repente, não por uma questão de checar se fomos bem sucedidos, se conseguimos realizar tudo o que gostaríamos. Mas principalmente para compreender o quanto somos capazes de mudar. Mudar de ideia, mudar de gostos, estabelecer outras prioridades.
Porque o que a gente mais faz é mudar.
O máximo que eu consegui me lembrar de aspiração aos 07, foi a vez que eu quis muito ir embora com o circo que visitou a cidade. Vejam só. Também consegui me lembrar que além de trapezista eu também já quis ser Paquita, modelo, dançarina de Axé e policial.
Tudo a ver com a estabilidade e a seriedade que eu escolhi para a minha profissão da vida real heim?
O bacana é que enquanto os sonhos existiram, foi muito bom sonhá-los, e melhor ainda é a realidade hoje.
Que venham os 80 com tudo de melhor e mais surpreendente que a vida pode me oferecer, porque de previsível já temos a nossa santa rotina de todos os dias.
Hoje!
-Hoje parei para ler cartas, antigas mais que ainda existem sentimentos.
Sentimento bom, Que só quem já recebeu cartas sabe o quanto era bom receber cartas, mas... Quando você ler uma carta ver o quando as pessoas mudam e que tudo passa, e que cartas só são lembranças de um amor que se foi um amigo que já morreu um pai que já foi mais presente, resumo que isso tudo muda. Você muda também, tudo muda e sempre vai mudar. É só questão de tempo você perceber; que o único e verdadeiro amor não muda apenas quem mudou foi você.
As cartas mostraram o futuro
A Justiça
O Diabo
E a Morte
Tive medo, enfrentei
Quem diria? Não é?
Tava mesmo contando com a sorte
As cartas lembraram o passado
Pensei
Vou mesmo mesmo entrar nessa barca?
No caminho gritei
Peraí, mãe Dináh!
Não faltou eu virar uma carta?
As cartas velaram o presente
Ou não!
Uma delas não foi revelada
Fui torcendo
Era o Louco?
Ás de copas? Tomara!
Só não quero outro sete de espadas
As cartas me guiam de novo
Socorro!
Quem mesmo uma nova mudança?
Estou triste
Arrasada
Segura e certa
Não lhe devo a menor confiança
Sumi
Resisti
Desisti
Decidi! Meu futuro sou eu quem sabe
Vou embora
Pra sempre!
Tranca a porta
Adeus!
Mas deixa eu ficar com uma chave?
Todos recebiam cartas
e discos pedidos
ao domingo
no Rádio Clube de Huambo
a mais de mil e duzentos quilómetros…
era a emissora que mais se ouvia
Só ele,
porque exatamente ele era só
e de longe
(talvez de lugar nenhum),
o furriel Abreu Gomes
nem uma letra vertida em magra folha de papel
Vingava-se da solidão no cigarro
que um após outro fumava
Enrolava-os com perícia tal
no fino papel de mortalha,
dois a dois de cada vez,
como se ali depositasse os fios da vida
que queimava,
como se estivesse a fechar para sempre
as abas do seu caixão
Aquele livro de mortalhas
e a cinza do cigarro queimado
que lhe morria pendurado na boca,
tinha a brevidade da vida
que ali se vivia a cada hora que passava
In “Há o Silêncio em Volta” (poética de guerra), edições Vieira da Silva do poeta Alvaro Giesta
Aço e graça final
Antes de dizer adeus
Ele procurou nas redes,
Cartas na mochila,
Em todo canto, onde seu nome
Havia sido citado alguma vez
Saturado e esperançoso com o milagre
Que viesse logo e o salvasse.
Com feixe de razão,
Que escapasse íntegro pela cortina
Quebrando a escuridão
Ponta a ponta do quarto
Amedronta todos os demônios parasitas:
Saim! E não voltem!
E Dorme de guarda numa noite cinza estrelada
De graça falha e beleza apagada.
Seria egoísmo? Seria tolice?
São alguns questionamentos. E disse:
Estou com medo.
Solidão não parecia ter fim
No planalto seco, cheiroso e coroado
Com amoras e amorim.
No cerrado chove pouco
Mas ora aqui chega a tempestade
E quando chega vem seca
Carregada aos confins da humanidade.
A glória seduz,
A graça de escrever na parede
Sua última poesia em sangue próprio dele
E cravasse com toda magia:
A faca que usaria
Para acometer o épico jantar,
A gosto de feitiço lírico e iguaria.
Psicopatia; Faz parte do ser
Se todos convém num esplêndido fim,
Por quê então sou diferente de você?
Lembra...Quando admirávamos as palavras escritas de próprio punho pela pessoa amada,nas cartas que recebíamos?
Hoje as palavras tornaram-se frias, vazias e sem alma, que escrever frases do tipo:
Sinto saudades ou eu te amo.Tornaram-se tão banais e perecíveis, tal qual mercadorias que escolhemos em uma gôndola de supermercado, com data de validade.
Quantas cartas irei ter que jogar fora? Quantas palavras cortadas mais? Quantas promessas sem cumprir irei ter que suportar? São tantas memórias que de vez em quando me perco. Me perco no nada do qual tudo se tornou, de tudo que tive que dizer adeus e de tudo que destruir.
Mãos entrelaçadas, corpos enrolados e suspiros sem pudor. Tudo jogado no lixo, escavado no chão do inferno. Pois é isso que sempre penso, algo que não me salvou, me prendeu, me martirizou e foi se pra um dia assim, talvez como este me prender em poucas memórias que por alguma razão ainda lembranças, como um filme antigo do qual você apenas se lembra do que mais chamou sua atenção e é claro, porque não aquele frio na espinha. Seja medo ou os melhores dos prazeres momentâneos que esse mundo impuro pode oferecer.
Não entregar meu coração a promessas, não trocar meu cotidiano por algo que não se tem certeza, não fazer o possível e impossível por alguém do qual, mal olha em seus olhos, aprendi. Em quem confiar se não nos seus olhos meu amor, não mais amor. Sinto muito não ter contado tudo que queria, sinto em dizer que tinha mais que queria ter feito e por agora somente agradeço por não ter sido mais tola do que já fui. Você sabe, era pra ter sido meu tudo.
Sentir seu perfume e ouvir sua respiração era algo que no momento eu poderia dizer que queria para sempre. Mas não prendia meu pensamento no tempo livre, era como se fosse minha distração por alguns minutos e talvez horas, a inconstância não me dominava… O assunto não era interessante, por alguma razão você tinha que me exaltar. Quem me conhece sabe, não é com elogios ou esperas contadas de algo que ainda não aconteceu que vai me prender… Como diz minha mãe, eu tenho que ver defeito em tudo.
E talvez meu maior pecado seja escrever sobre todos vocês que eu tenha mostrado meu desinteresse, que eu tenha dito que não mais queria a companhia, que ferir seu coração e talvez promessas que não cumprir. Mas saiba que nunca, em hipótese nenhuma mentir no que dizia. Errei, errei feio ao ter precipitação sobre algumas coisas e assim ter perdido todo o interesse e assim mesmo abandonar o barco. Hoje talvez tenha visto quanta sorte teve em não ter conturbações ao teu lado.
Foram sonhos, promessas e tempo descartado. E tudo que resta hoje é o filme confuso e incompleto de várias histórias em minha mente.
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"Cartas para..."
Passamos nossa vida tentando alcançar as estrelas e esquecemos que as estrelas mais bonitas estão ao nosso redor, esqueça por um momento o sol que está acima de você e olhe para quem você ama e verá um brilho ainda maior... O clichê de "A vida é curta" faz tanto sentido quando estamos tristes ou apreensivos, e eu não quero dizer que sinto saudades e não ver a pessoa que amo, não quero dizer que gosto e não gostar; Queremos que os outros nos amem mas nós mesmos não sabemos nos amar, fugimos na intenção de que o outro (a) nos procure... Eu gostaria de te dar a lua ou um buquê de estrelas mas se quiser podemos viajar pelos espaços entre presente e futuro enquanto eu te dou asas para voar em direção aos seus sonhos, sei que é difícil sorrir num mundo tão cinza e pessoas tão frias mas não se preocupe...
Minhas poesias estarão sempre a seguindo onde quer que você vá!!!
( Sete amores)
1º Meu pai e minha mãe que já se foi...
2º O Dama Das Cartas e minha Dama Da Noite.
3º A inspiração que do nada vem, vem da solidão.
4º Meus livros e manuscritos.
5º Meus remédios diários e minhas drogas se necessário.
6º Todas as vezes que fiquei rico e não soube administrar.
7º Todas as pessoas que por minha vida passarão e me deram um auto-aprendizado, rindo ou chorando eu evolui muito.
CARTAS para Ela
Oh Garota?
Tenho um puxão de orelha à fazer
É! Tô falando sério Rum. Tá achando que às CARTAS são só declaraçõezinhas, palavras bonitinhas? Não, não.
Que atitude é essa de querer provocar ciúmes em mim, pra provar se há Amor ou simplesmente em ver minha reação? Me responde uma coisa, você ver alguma vantagem nisso? De irritar, até mesmo decepcionar a pessoa que você jura Amor verdadeiro, pois eu não vejo, pelo contrário acho uma baixa, um ponto negativo. Fato que o Ciúmes é a prova mais nítida. mas não se é feito testes forçados pra provar o Amor de ninguém.
Se é provado por livre e espontânea vontade de cada um e tem outras formas de se convencer. Estão aí os pequenos gestos, conversas diárias, em cada sorriso fácil ao falar com você, em cada pedido de - manda áudio, quero ouvir tua voz. No propósito de querermos apenas ser feliz, eu amo tua companhia... Veja bem meu bem, eu poderia ter ido, todas às vez que isso se repetiu, mas eu fiquei. Isso não garante que eu fique da próxima quando novamente se repetir. Não precisa se esforçar muito, eu só quero a paz em um abraço e gostaria que esse abraço fosse o seu, então faz esse pouquinho Por Favor.