Carta de Otimismo

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IMBUÍDO SÂNDALO

"Suavizei as termas do meu espírito aviado,

Avistei os corpos do além-inverso em adoração,

Custando em mim o imbuído sândalo em composturas

Com vícios para satisfazer ninhos rebocados

No vento estagnado e ungido

Que enluvou no penacho da crisálida

Meu daltonismo visceral e sem calosidades."

CAROLINE PINHEIRO DE MORAES GUTERRES

Inserida por CAROLINE__GUTERRES

CÉU DE DORES

"Secundo os sabores que não tornaram

Ao meu vencimento de navegar

Em lúbricas subestimações

E inundações de meus cancros domésticos.

Salivei um céu de dores por morrer alinhavada de vozes

Que levitaram sorridentes nos canais que embebi

Na castração eletiva e estrepitosa da minha eletricidade,

Mas não alcancei notas de litros quando assumi

A navegação sorridente que reli solapando

Tudo que ceivava os títulos dos postes

Carpidos no eixo alimentado das minhas reinações."

CAROLINE PINHEIRO DE MORAES GUTERRES

Inserida por CAROLINE__GUTERRES

SOMÁLIA

"Esboço em ti e paciento na tua esgarçadura, Somália.

Acrescento-te meus orbes e esmago os antros do seio ímpio

Por ser vagueadora empalecida e salina.

Não te esmoreço, pois me entrego ao meu pomar.

Sacrifico teus calores,

E rastelo o estrondo da fissura em teu sorriso cúpido.

Não te ignorarei aos prantos,

E sentirei por ti sentinelas valentes de mim."

CAROLINE PINHEIRO DE MORAES GUTERRES

Inserida por CAROLINE__GUTERRES

TOLERO MEUS NAUFRÁGIOS

"Tolero meus naufrágios

Tentando estancar meus emolumentos

E calibrar rumores sobre astros

Que sucumbem diante dos tormentos dos voos.

Circulo na causticidade imortal,

No pavor de fixar-me corpórea e envaidecida,

Não querendo orbitar no fogo de inúmeras corridas,

E sugo o instrumento da verdadeira sombra

Que anseia por constipar meus cânticos

E comprar-me encardida sob arco-íris arbóreos."

CAROLINE PINHEIRO DE MORAES GUTERRES

Inserida por CAROLINE__GUTERRES

RELÍQUIA DEVASSA

Oh relíquia devassa,
Transmuta-me em queimadura,
Para que eu enxergue o símbolo de cegueira
Que me deste ao nascer no colo entorpecido
Pelo cumprimento daquela verdade
Sobre minhas âncoras entrópicas,
E salga-me no tempo impreciso,
Para eu não mais encontrar-te
Tão crépida e esvoaçante
Entupindo meus trópicos,
Vasculhando minhas paisagens,
Vingando todos os voos que cedem às minhas cobranças.

Inserida por CAROLINE__GUTERRES

FUI À MORTE

"Fui à morte para fugir de guerras em perigo,

E alucinei o esboço situado no sol da peneira

Em meu regalado ninho.

Cravei endossos em meu jazigo,

Situei sucumbências,

Desfiz divagações multipolares,

Mapeei instigações do meu viveiro

No elã purgado, seviciado e enlatado

De curvaturas em simplória despedida."

CAROLINE PINHEIRO DE MORAES GUTERRES

Inserida por CAROLINE__GUTERRES

FLOR DE SÃO-CRISTÓVÃO

Flor de São-Cristóvão,

"Teci nos teus inversos minhas proezas,

E escravizei meu chão tentando não me envaidecer

Nos teus carrilhões de pesos cruéis,

Enquanto sonhava pingar meus suores

Nas tuas rivalidades.

Se sonhasses como sou híbrida diante de ti,

Não secarias meus ritos

E não zombarias de minhas disparidades,

Pois sou tua gota mais seca,

Tua imprópria isca,

Teu poço vagaroso

Sem pôr em meu viço

Sinais de pensamentos impressionantes demais

Para serem notados por arbitrários instintos

Que requerem de nós a pista impossível de tocar

A viga que nos entortou na mesma forcadura."

CAROLINE PINHEIRO DE MORAES GUTERRES

Inserida por CAROLINE__GUTERRES

TUMBA GROTESCA

"És tumba grotesca em minha face.

Se ganhasses minhas rendeiras,

Aliviarias meus tumores

Engraçando-me com o sol mais instintivo

Para me avessar

No soco instalado

De viver e padecer

Da culpa e do escabro

Que eu mesma,

Dantesca e tenra,

Escambiei no escaldo e no avesso

De tua fundação.

Eis a força que me opila

Ganhando tudo que

Aguça e amargura,

Entalando braços na garganta

Em produção de ardores rascunhados."

CAROLINE PINHEIRO DE MORAES GUTERRES

Inserida por CAROLINE__GUTERRES

SOMÍTICO TEMPO

"Somítico TEMPO que me afaga

Tentando me embaçar

Com espancamentos em flutuosas esperas,

Cobres-me de inculpações,

Aspiras aos restos de mim

E me contornas no fito

De partir-me em sucintos pedaços.

Não outrora me batas,

Muito embora me ostentes,

Sou-te têmpora esparsa,

Adendo do teu sopro,

Estupor cálido de teus gostos,

E me afugento por querer-te frio, alagado, sem cravos,

Longínquo de minhas inspirações."

CAROLINE PINHEIRO DE MORAES GUTERRES

Inserida por CAROLINE__GUTERRES

O homem do campo tinha um fiel companheiro,
que lhe cedia o dorso para apoiar o arreio
e mostrar do que é feito um animal pantaneiro.
Levava em galope constante o bom cavaleiro,
com uma performance alvissareira.
Em poucos segundos a vida sofrida do pobre errante
se perdia em meio à polvadeira.
Mas quantas agruras esse tal de destino traz.
Num dia o nobre estradeiro é contemplação,
noutro dia já não existe mais.
Em um tempo refazedor da desarmonia,
Deixou belos ensinamentos para o campeiro e sua família.
Que a vaidade não vinga onde impera a beleza,
Que a arrogância não se alimenta onde repousa a nobreza.
E que a fidelidade não pode ser escravizada, jamais.

Inserida por thomasarruda

LÁPIDES DE THEMIS

"Módicas satisfações no entremeio aberto do meu trago

Co-tabulam vencimentos gastados no espécime vulgar

De rendimentos portados no espelho.

Encandeiam júpiteres alucinados por renegar

O vício libidinoso que regula lápides de Themis

Encarregadas de vencer rosários delineados e incinerados

Por partilhas e instintivos pareceres de ovação."

CAROLINE PINHEIRO DE MORAES GUTERRES

Inserida por CAROLINE__GUTERRES

ALDEIA DESMAMADA

"Abrigo a frivolidade de apagões em conveses arrebitados,

Costuro entabulamentos de limbos do adverso,

Entorno riscos de sobriedade na aldeia desmamada,

Respiro gravames de respaldos infantes,

Sacramento espinheiras no anelo da rotulação,

Arcabouço o estalo do esmero mais cunhado

Do meu enervamento,

Almiscaro o decalque do nevoeiro realçado

Por minhas continuidades."

CAROLINE PINHEIRO DE MORAES GUTERRES

Inserida por CAROLINE__GUTERRES

TEMPESTADE EMBOLORADA

"Tocarei reminiscências trabalhadas no tempo,

Ouvirei que o favor se forçou a receber o vão do argumento,

Evanescerei por tombar o preço do alvedrio,

Temperar-me-ei com a tempestade embolorada,

Almejarei ser lhaneza que supera o alvitre do certame

Certarei na estranheza divisória entre apneias de tipicidade."

CAROLINE PINHEIRO DE MORAES GUTERRES

Inserida por CAROLINE__GUTERRES

ODE A BERTHA

"És dédalo, tranquilidade, renitência e luz,

Pensamento que me coalha,

Arrefecimento que me esparrama,

Elasticidade que me lobriga,

Conicidade fustigada do meu encanto

Delação espremida do meu legado,

Entalhamento vivo dos meus penachos,

Leveza ab-rupta dos meus arrolhos,

Extensão fornida das minhas conspecções."

CAROLINE PINHEIRO DE MORAES GUTERRES

Inserida por CAROLINE__GUTERRES

TARÂNTULAS, PRENDAS E SIBARITISMOS

"Sorver do vale meu fardo incompleto

Como parte do êxodo sugado por fraternidades

É simplificar santuários relativizados

No assento espirrado.

Pinçar excitações e intolerâncias

E evacuar verdades classificadas

Vence tarântulas, prendas e sibaritismos."

CAROLINE PINHEIRO DE MORAES GUTERRES

Inserida por CAROLINE__GUTERRES

ESPECTRO DEIFICADO

"Deificar o meu espectro me torna escape

Da instalação de estradas estratosféricas.

Senão, o mesmo rio que me engolfou

Secando em desencontros do visto da janela

Me tornaria capaz de ser ao mesmo tempo

Vida de dístico, fundo do estilo,

Eixo do sinistro e prumo da embocadura."

CAROLINE PINHEIRO DE MORAES GUTERRES

Inserida por CAROLINE__GUTERRES

CANTAREIRA E IMENSIDADE

"Sem o dorso da minha cantareira,

Eu alcançaria o teto do meu argumento

No congado interesseiro e trovador.

Sem aceitar minha imensidade,

Alargaria travessas contidas

Para enfeitar salitres sodomitas e arqueiros,

Apenas para que o meu véu neófito

Fincasse força na aspiração."

CAROLINE PINHEIRO DE MORAES GUTERRES

Inserida por CAROLINE__GUTERRES

SERVIDÃO

A minha servidão inclui um conventículo de sabores
Acalorados na ventilação adormecente,
Respira em ministérios o dédalo lesionado por decoros
Repartidos em voracidades benzedeiras,
Secciona o arqueiro polido por doçuras
Encanecidas, tratáveis, aclamativas, morais,
Golpeia a normose vitrificada por enduros opiáceos,
Dó-ré-mis, irrisões, tolderias e torreações.
Declama a espuma de esvaziamentos empalmados por
Serviços de sabedoria restiforme,
Resvala as cantigas coralíneas que trafegam amofinadas por
Passeios dissaboridos nos vinhais do vento-sul.

Inserida por CAROLINE__GUTERRES

FOGUEIRAS VAIDOSAS

"Fogueiras vaidosas recolhem sonhos amotinados

Sem pressa, sem esvaimentos,

Sem copiosidades fragosas,

Sem desopilações descascadas que operam nababias.

Fidelizam entupimentos nos porões dos arganazes,

Realizam a cravação aduaneira que copia

Erupções concorridas no peito do emudecimento,

Vocalizam o retrato pantaneiro

Que partiu em plânctons e intumescimentos."

CAROLINE PINHEIRO DE MORAES GUTERRES

Inserida por CAROLINE__GUTERRES

MINAS DOS SORVOS

"Se o sol reconhecesse minas dos sorvos

Que estraçalham povos draconianos,

Saberia dizer por que a razão nunca atormentou

Tanto como quer parecer aos abrigos

Que construímos nos nossos descasos,

E acrescentaria nascedouros

Conhecedores de primazias construtivas,

Para que todo berço entristecesse apenas a salva

Que o espera zimbra e arqueada."

CAROLINE PINHEIRO DE MORAES GUTERRES

Inserida por CAROLINE__GUTERRES