Carta a um Amigo Detento
Na vida
Nem tudo
É um mar de rosas
Mas tudo pode vir a ser
Um mar de lágrimas
De sangue
De crocodilo
De dor
De tristes emoções
De saudade
E quisera eu
Que toda lágrima
Fosse de felicidade!!!
Fernanda de Paula
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Novo Instagram: mentepoetica2020
Fernanda de Paula
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Hoje tirei um raio-x
E me mostrou
Como está o meu jardim interior
Está bem florido
Bem perfumado
Bem colorido
Pois é regado diariamente
Com muito amor
E tantas alegrias
Lá reina a paz
A fé e a esperança
Que eu me torne
A cada dia
Um espírito melhor
Que meu crescimento
Seja constante
Que minha evolução
Seja eterna
Que minha moral
Seja trabalhada
Com afinco
E é por isto
Que eu finco
A enxada no chão
Trabalho arduamente
Constantemente
Sempre e mesmo que impossível
Para que toda vez
Que você me veja
Eu esteja sempre sorrindo!!!
Fernanda de Paula
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A vida é um eterno
Jogo de xadrez
Onde estamos todos presos
Em alguma imperfeição
Dificuldade ou obstáculos
Um dia você é o cavalo
Que dá coice até no vento
Outro dia você é o bispo
Que se faz de religioso
Mas não tem Deus no coração
Uma hipocrisia geral
Um dia você acha que é rei
Só por achar que tem
O rei na barriga
Mas só tem mesmo
Orgulho, egoísmo, inveja
Prepotência, arrogância
E muito mais
Tamanho é o poder da ignorância
Salvo os dias de rainha
Da vaidade, da ira
Da superficialidade
Da insignificância
Da intolerância
Ou de coisa nenhuma
Mas todos os dias
Você é o peão
Pois, tem muito a trabalhar
Em si próprio
Que faltará dias
Em seus derradeiros anos
Para dar conta de tudo
E ainda tem criatura
Que desenvolve a síndrome da rapunzel
Que se trancafia dentro da torre
Para ficar na zona de conforto
E simplesmente não consegue
Agir com os propósitos
Que necessitam serem vencidos
Com força, garra, fé e coragem
E assim a vida te dá
Um xeque-mate diariamente
Cabe a nós, não nos entregarmos
Com tanta facilidade
E ainda procurarmos ser felizes
Dentro do jogo que sempre
Acaba em "mate"!!!
Fernanda de Paula
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um corpo semi-nu
coberto de flores
uma alma nua
perfumada e sem dores
esta sou eu
o melhor de mim
o que tenho por hora
o que sou por agora
eu, meu corpo e minh'alma
doloridos e floridos
são espécies raras
que nasceram e cresceram
no interior do meu coração
e que desabrocharam
com a chegada da primavera
tenho cheiro de flora
sou um espectro de mil-cores
faço parte da natureza divina
... em todos os sentidos
da pele, quando arrepio de prazer ou medo
do olfato, quando exalo meu odor característico
do paladar, quando engulo doces e amargas palavras
da visão, quando me vejo cheia de pétalas arrancadas
da audição, quando escuto meu coração chorar
... em todos os momentos
felizes ou tristes
eu sou a mesma de sempre
a que ri e chora
por tudo e nada
... em todos os lugares
por onde passei e fiquei
por onde me perdi e me achei
por onde me deixei e abandonei
por onde desisti de tentar
... em todos os jardins que plantei
eu fui pisoteada
eu fui despedaçada
eu fui arrancada de mim
mas eu rebrotei
tudo outra vez
eu renasci mais forte
mais bela
mais esbelta
mais intensa
do que nunca
sou a rainha das flores
e não é a toa
que sou cheia de espinhos!!!
Fernanda De Paula
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RESETAR
Na minha paixão otimista e inocente
eu nunca soube pra onde foi... um dia
a sorte que me preferiu tão prudente
ao sonho perguntei, e ninguém sabia
E numa fúria, manou-se, de repente
duma quimera expansiva e correntia
para uma áspera ilusão sem cortesia
e a vida suspirou lerda e descontente
E o andejar se foi... e vai distante
mas o silêncio, um outro instante
chora, mas vai em frente, teimoso
E eu sinto, a emoção, sem tê-la
De um algo especial e desejoso
É. E nunca é tarde para havê-la!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
10/10/2020, 10’10” – Triângulo Mineiro
Um rei recebeu como obséquio dois filhotes de falcões e os entregou ao mestre da falcoaria para que os treinasse para a próxima temporada de caça, entretenimento dos nobres da época, enquanto esperavam por alguma guerra.
Passados alguns meses, o instrutor comunicou ao rei que uma das aves já estava com toda sua performance de caça pronta para ser testada, mas que a outra ave não tinha se movido do seu galho desde que tinha chegado ao palácio, a tal ponto de que tinham que lhe alcançar a comida, para que não morresse de fome.
O rei, um sujeito muito hábil, mandou chamar curandeiros e até senadores para que verificassem qual o problema com a ave, mas de nada adiantou, ela não saía do lugar...
Pelas janelas dos seus aposentos o monarca podia ver o pássaro imóvel no galho, e mesmo que sua pose fosse autêntica e seu corpo delineado, faltava-lhe a qualidade principal que era voar.
Publicou por fim um anúncio entre seus súditos procurando alguém que ensinasse o pássaro a voar. Na manhã seguinte, viu a ave voando agilmente pelos jardins!
- Traga-me o autor desse milagre! - disse o rei. - Quero recompensá-lo e aprender sua técnica mágica.
Quando o sujeito é apresentado, o rei lhe pergunta:
- Como conseguiste? Tu és mágico, por acaso?
E o homem respondeu:
- Não alteza, apenas observei que se cortasse o galho onde a ave se agarrava, ela iria precisar de algo mais, e isso eram suas asas...
Autor desconhecido
Um jovem piloto experimentava um monomotor muito frágil, uma daquelas sucatas usadas na segunda guerra mundial, mas que ainda tinha condições de voar.
Ao levantar voo, ouviu um ruído vindo debaixo de seu assento. Era um rato que roía uma das mangueiras que dava sustentação para o avião permanecer nas alturas. Preocupado, pensou em retornar ao aeroporto para se livrar do seu incômodo e perigoso passageiro, mas lembrou-se de que devido à altura o rato logo morreria sufocado.
Então voou cada vez mais alto e notou que os ruídos que estavam colocando em risco sua viagem tinham acabado, conseguindo assim fazer sua arrojada aventura ao redor do mundo, que era seu grande sonho...
Autor desconhecido
Numa manhã de segunda-feira, Nasrudin chegou na cidade pela rua do mercado central montado em um burro, o qual ele teve dificuldades de encontrar local para amarar, pois, as duas margens da rua estavam cheias de animais deixados pelos comerciantes locais.
Nasrudin, entra num dos mercados e chega ao comerciante rico e diz: eu não consigo entender como vocês querem que chegue a freguesia, se vocês deixam as ruas sem quase espaço para nós fregueses deixarmos nossos animais, também?
O comerciante rico diz: essa é a nossa estratégia para que a freguesia compita entre si pelos lugares ainda vagos, para que façam as compras rapidamente, pois, a maioria das pessoas dão mais valor naquilo em que mais esforço necessitam colocar.
Na terça-feira bem de manhã, Nasrudin chegou com uma tropa de burros, ocupando as vagas dos comerciantes locais. ( Arcélio Alberto Preissler )
Isso já faz um bom tempo, prestei atenção em uma mulher que percorria o corredor do museu.
Num quadro em especial, essa mulher parou, e ficou parada em inércia durante muito tempo, muito tempo mesmo, talvez na tentativa de resolver algo, ou não.
Ela olhava para aquele ponto fixo, como se estivesse num estado de transe.
Fiquei curioso, e não me contive. Como me considero hábil em fazer perguntas com suavizadores, pois acredito que é com as perguntas que se pode ir descobrindo o que está faltando numa informação incompleta, talvez eu pudesse de forma indireta ou direta lhe ajudar, ou não. O que importava é que a minha intenção naquele momento era positiva, queria resolver o mistério da sua inércia temporária.
Eu estou me perguntando senhorita, o que poderia me dizer sobre o que está focando agora?
Ela respondeu: Estou vendo uma sujeira ali, e me mostrou com o seu dedo no ar onde focava.
E lhe fiz uma nova pergunta: Senhorita, esse pequenino ponto sujo neste quadro grande é tão importante para você a tal ponto, de que todo o resto que poderíamos considerar talvez belo, prazeroso, alegre do que você viu, ou ouviu ou sentiu até então, ter perdido a importância? Não sei se você poderia novamente ampliar o seu foco agora?
A mulher num instante mudou sua fisiologia, sua respiração ficou diferente, sua face ficou mais relaxada, assim como os seus ombros e começou a se movimentar novamente no seu ritmo natural.
Não sei o que se passou no seu diálogo interno, nem o que sentiu especificamente após, só sei que seu foco não era mais o mesmo, algo tinha mudado na estrutura ou na sequência do que ela estava focando anteriormente, e isso me remeteu a um estado emocional desejado enquanto continuava comigo no meu diálogo interno.
Arcélio Alberto Preissler
O Último Rei das Ruínas
Seis quarteirões para alguns, um complexo residencial para outros, o labirinto inconcluível de uma insana trajetória para Edegar.
Aquele lugar tinha sido em um momento de sua história passada, quase próspero.
Ali, diversos empreendimentos sobreviveram durante anos, abastecendo a população local em suas mais variadas necessidades; lojas de roupas, sapatos e acessórios, com todos os formatos, cores e tamanhos para os gostos menos exigentes;
Uma barbearia; uma padaria; uma escola; um carrinho de cachorro-quente; um carrinho de churros que também vendia doce de cocada; uma banca de jornais; uma praça arborizada com uma fonte no centro; um clube.
Os habitantes daquela localidade conheciam Edegar, mas ele nunca ocupou uma posição de destaque, na política, no comércio, no esporte, na arte; não ganhou prêmios, concursos, rifas, apostas; Edegar nunca apostou.
Ele gostava de pastel de queijo, jabuticaba, garapa, de vez em quando um trago de pinga, geralmente com vermute, a famosa rabo de galo.
Edegar era um filósofo, apesar de raramente falar algo, ele notava, notava as pessoas, as construções, os veículos, as sarjetas, o mato que nascia por entre o calçamento; notava o céu, conhecia tão bem as nuvens, as revoadas de pássaros próximas do rio que cortava a vila.
Enquanto os organismos se transformavam, Edegar permanecia sentado nas ruínas do velho clube abandonado e elas não o abandonavam.
A arquitetura se modificava, os modismos iam e vinham, tecnologias surgiam a todo vapor virtual, cada qual se ocupava com suas ocupações.
Edegar despreocupado, permanecia sentado nas ruínas do velho clube abandonado. A maioria pensava que Edegar fosse apenas mais um inativo. Não, ele era notável.
No entanto num dia desses, passei como de costume na frente do velho clube, e o ilustre guardião das ruínas não se encontrava mais em sua ocupação. O notório Edegar que por tantos anos aquele local ocupou, não ocupava mais seu lugar.
Seu mundo em mim.
Você construiu um mundo em meus pensamentos e me levou em lugares que trouxe as loucuras.
Sua boca passeia no meu corpo como se a estrada não estivesse fim
Sua respiração é como o vento que toca em meu rosto
o perfume do seu corpo exala como as flores dos campos
Vem e me leva novamente para o seu mundo...
Quero sentir o doce prazer do seu corpo
Vemmm só vemmm
que o seu mundo já existe em mim.
MCH
A semana do prazer
Momentos de prazeres atrações risadas choros em um só sentimento.
Sua boca me vez delirar
Seu olhar fixo em meu corpo me fez arrepiar
Respiração ofegante que ao delírio saia seu nome e você sorria de prazer.
Que esse sentimento proibido possa ficar em nossos pensamentos para sempre.
MCH
Eis que bateram
Na porta
Do meu coração
Para que eu acorde
E faça da madrugada
Um verso
Aliás, um poema inteiro
Para que eu escreva
Com a indignação
De ter sido acordada
Palavras com as quais
Eu sonhava
E que tornaram realidade
Foi aí que acordei
Para a vida dura
Grata por tudo
Pois, poderia ter perdido
A compostura
E ter continuado a dormir
Um sono turbulento
E tendo pesadelos
Mas não, até nisto
Deus é perfeito
Me deu mais uma oportunidade
De estar mais viva
Do que tudo
Então eu agradeço
Pela respirada funda
É sinal de que
Estou bem viva
De alma aberta
E coração fechado
Para o amor!!!
Fernanda de Paula
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TORNAR
Agigantado cerrado, quão alterado
te vejo e vi, e ainda assim, resiste
te vejo a ti, em um suspirar triste
e tu no rogo suplicante e calado
A ti foi-te na quentura devastado
teu chão sugado, no penhor caíste
a mim o olhar aflito em que consiste
os teus dias, sufocado e tão mirrado
Já que somos no azar participantes
sejamo-los na mansidão, na espera
do suave, e tuas relvas verdejantes
Que venha a revirada da atmosfera
aí, tu será a ser quem eras dantes
e eu, quiçá serei quem dantes era.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
10/10/2020, 19’53” – Triângulo Mineiro
paráfrase Francisco Rodrigues Lobo
Torço por um mundo
Que não haja intolerância
Religiosa
Alimentar
E nem tão pouco
Intolerância humana
Que a vida seja de paz
Paciência
De muita fé
Transbordando amor
Que seja leve
Sua consciência e sua alma
Que seja doce
Sua vida e seu coração
Que tenha muita sabedoria
A ponto de deixar a intolerância
Para trás
Esqueça que um dia ela existiu
Dentro de você
E seja feliz!!!
Fernanda de Paula
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Ultimamente
A minha frieza
No olhar
No coração
E de sentimentos
É apenas um pretexto
Para que você
Me aqueça por completo
Independente
Da estação do ano
Adoro o seu calor humano
O denso calor
Que sai do seu corpo
As suas palavras calorosas
E o seu abraço fervoroso
Obrigada por ser
A luz que aquece meus dias
E me faz pegar fogo à noite!!!
Fernanda de Paula
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Te ofereço um chá
De boa noite
Calmante
Para acalmar
Sua alma e seu coração
Estimulante
Para que amanhã
Voce acorde estimulado
A buscar o melhor para si
Desintoxicante
Para que você
Se livre de toda energia
Contrária ao bem
Que passou por você hoje
Relaxante
Para que sua noite
Seja muito prazerosa
E de sono profundo
Fumegante
Para te aquecer o espírito
Revigorante
Para te trazer bons fluidos
E atrair vibrações positivas
Um chá que te deixe
Com o astral bem alto
E com um sorriso nos lábios
E por falar em lábios
Que eles assoprem o chá
Para não te queimar a língua
E assoprem para bem longe
O que te faz mal
Acredite no poder do chá
E também faça uma prece de gratidão!!!
Fernanda de Paula
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Balançando
O mais alto que eu puder
Para tocar o céu
Para sentir emoção
Um frio na barriga
E me segurando
Para não sucumbir
Diante minhas provas
E nem cair
Nas tentações mundanas
E olhar a paisagem
Por outro ângulo
E para que os obstáculos
Me pareçam menores
E ganhar um carinho do vento
Afagando meu rosto
E meus cabelos
E admirar a paisagem terrena
E me lançar no ar
Feito pássaros e borboletas
Estou adorando balançar
A minha criança interior
E espiritual
É libertador
Me liberta da dor
De ter que ser normal!!!
Fernanda de Paula
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Pra hoje
Tomemos um chá
De flor calmante
Energizante
Revigorante
Acompanhada
De si
De mim
Ou de nós
Porque não há nada
Que supere
Uma boa companhia
Um amor presente
Uma alegria contagiante
Uma esperança emocionante
Uma fé dentro da gente
Sinta o vigor
Invadindo a sua essência
Exalando perfume floral
Para o universo!!!
Fernanda de Paula
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Os pensamentos
Nos transformam
De um jeito ou de outro
Sempre para melhor
Nos leva ao conhecimento
De nós mesmos
Nos permite mudar
De dentro para fora
E se antes tínhamos
Um coração de pedra
Hoje ele sangra
Para nos fazermos
Bem mais humanos
E para isto acontecer
Temos que aceitar
As benditas transformações
Para sermos sempre melhores
E nos superarmos
Um dia após o outro
E assim será pelas infinitas existências
Se quisermos evoluir!!!
Fernanda de Paula
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