Carne
Eu, eu não quero ficar sem ti,
quero viver agarrado, grudado,
feito carne e unha,
quero ser o seu batom
e a lingerie que te enfeita,
a água do seu banho,
mas o que eu quero mesmo,
é tirar a sua roupa,
sentir o gosto que o seu sabor tem.
"O amor que corrói a carne, penetra coração, longe a caminhar a passos largos na imensidão de puras emoções, emoções que queimam e nos valoriza a vida. Amar estranho, digo acreditar quando vem de supetão, agoniza suas águas ferventes, me afogando na sua imensidão vasta e aparentemente infinita. Quero acreditar que o sinto tanto quanto você, que o sinto em todo o meu corpo, a deslizar, a brincar, a derramar-se sob meus pés descalços; tão incapaz de se mostrar para outro alguém. Ele não reage aos gestos do coração de quem esta a vir, negando amor. Sinto como se não pudesse controlá-lo. Infelizmente meus sentimentos são amargos e ininterruptos vivendo neste casulo de amargues que arde pele e embranquece mente. Pobre coração daquele que o segue, daquele que o valoriza mais do que eu. Pobre é o homem que defronte de sua mais estranha sensação é incapaz de doar o que sente, o que quer ver no coração dos outros. Enquanto eu, a sofrer por dentro, ainda quero perdoar. Todavia, sou incapaz de chegar perto de tão forte sentimento. A amargura destes dias me tranca na sua mais negra cela. Posso um dia ver a luz e finalmente dar chance ao meu coração amargo. Mas, enquanto o dia não chega, fico a pensar... Onde está o meu amor?"
A ganância desenfreada a fraqueza da carne a cegueira farsa de alguns, levam muitos a sentir na pele que o crime não compensa
Crepúsculo eucarístico
(Victor Bhering Drummond)
Sim; eu poderia cometer os pecados da carne,
A fúria da gula
Ali mesmo no pátio da igreja
Na sombra, no sol,
No sino sem tom,
Nos versos de Drummond
Ou sobre os livros apócrifos
Olvidados por santos e hereges.
Mas que pecado cometi
A não ser amar e devorar você
Como o doce vampiro de Rita Lee?
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(Poema inspirado na igreja e restaurante Santa Catalina em Buenos Aires, onde saciei a minha fila e alimentei o meu amor. Ouvindo e lendo Rita Lee)
SINTO-ME
Sinto-me incurável
Carne seca sem sangue
No vomito do esquecimento
Dói-me o corpo desta miserável conciencia
A Mente deixa-me tão vulnerável
Mas a dor que sinto na alma é profunda
O corpo esta doente, fragil, instável
Por mais que a dor me devore, o abominável
Sentido deixa-me como se a carne nada padeceçe
Fujo do de mim não sei porque
Mas sinto o lúgubre a fragilar-me a carne
Fúnebre pavorosa mente no escuro
Mente escravisada por alguem mais sombrio
Que eu sem dúvida, silencioso aterrador
Por mal dos meus pecados só a fé que tenho
Me mante vivo nesta maldita vida em que
O corpo sobrevive a tantos demonios.
🌺 🌺2018
"... Deus nos dá a carne e o diabo os cozinheiros.
O trabalho é encontrar o mal e detê-lo
e não saber sua procedência..!"
"Deixe de alimentar o teu ORGULHO. É preciso matar a carne antes que a obesidade da arrogância crie em ti um colesterol."
—By Coelhinha
Para mim a festa da carne, não é festa, mas sim uma desculpa para o adultério e outros pecados a mais;
(Referente ao carnaval)
Herdeiro de Roma
De sangue latino
Ouça o clamor da carne
Antepassados gritam
Em pesar pela cultura
Que agoniza deprimente
Sempre que se manifesta
Herdeiro de Roma.
Com o passar do tempo, percebemos que a carne é fraca, os ossos vão ficando frágeis e a vida tornando-se mais dura.
Eu, brava com você?
Imagina...
... Só estou com um desejo
imenso de comer carne humana.
Bem passada!
No deleito da morte súbita de devorar a carne sem lhe atribuir qualquer afeto, penetrou e dilacerou
Tirou proveitos a seu bem-estar e a matou lentamente sob o inesperado pensamento dócil de que ele seria um cavalheiro.
Ilusões compulsórias, extrato da minha alma, alma que já não tenho mais, carne e osso já não me satisfaz, quero mais que isso, quero sentir o que já não sinto mais, medo, dor, agonia, terror, amor, alegria. Chega de paz, chega de inércia, quero morrer, quero matar, quero correr, quero gritar, quero xingar, quero amar, quero sofrer, quero viver.
NAVALHA NA CARNE
Uma dor tão pungente
Sinto agora n'alma
É a dor de um amor ausente
Que somente quem a sente
Sabe, não há nada que acalme
Tem-se a sensação
De que se foi enfiado um punhal
Bem no coração
E fica a impressão
De se ter sido cravada
Uma verdadeira navalha na carne...
ELIANE SOUTO
15/05/2017
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