Caminho
Gato preto segue o teu curso,
Não cruza o meu caminho
Preciso de sorte pra caminhar sozinho
Preciso de uma gata
pra caminhar com sorte
Preciso de um urso para ser mais forte
Gato preto na encruzilhada é espirito ruim,
Na madrugada é mau sinal,
No meio do caminho é tempo de azar,
Gato preto, meu pesadelo,
Tigresa dente de sabre,
Dromedário no deserto,
Gato preto fica esperto,
Não fica perto, perto de quem come...
Longe de quem trabalha, não atrapalha,
Tá chegando o carnaval,
Não vai virar tamborim...
"Queria que Deus me desse sabedoria e discernimento para saber se estou no caminho certo, minha intuição pode estar me levando longe demais para voltar."
Eu caminho por uma rua com forte odor de urina, como se aquela passagem fosse um verdadeiro banheiro a céu aberto, com vasos sem dar descarga. Prendo a respiração e meus olhos miram paredes pichadas, que paradoxalmente harmonizam com as velhas casas destelhadas, lembrando que ali morava o abandono do que um dia foi lar. Uma vertigem me sobressai e tenho ânsias de vômito. Até que finalmente acordei, e as paredes do meu quarto tinham cheiro de tédio, de tal forma que a rua com odor de urina, soava até agradável em sua decrepitude. Levantei a contra gosto e tomei um copo de coca-cola, porque me sentia incapaz de fazer um café. Fechei os olhos e respirei profundamente, e já não sabia se estava na rua decadente ou no meu apartamento frio, com o porcelanato impecável. Acendi um cigarro de forma tão automática, que era como se eu respirasse fumaça. Nas redes sociais desejei "bom dia", enquanto pensava que de bom não tinha nada. Sentia meu corpo denso como um elefante, e meus braços pesavam como se carregassem uma carga de cem quilos. Olhei para a janela e pensei: "Quem me salvará de mim mesma?" Em seguida olhei os livros na estante como quem olha para copos sujos na pia. As panelas de comida requentada cheiravam a morfo. E eu simplesmente não ligava. Minha solidão era refúgio. Eu não precisava abrir a boca para articular palavras. Sentei na beira da cama e permaneci inerte por longos minutos. O telefone tocou. Era engano. Deitei novamente na cama e sonhei com aquela rua mais uma vez. Eu pintava as paredes sujas das casas como se tomasse banho e o cheiro de urina da rua me fez urinar na cama. "Quanta decadência", pensei. E me pus a escrever essas palavras como cenas da minha alma exposta ao leitor. E fiz esse texto, não porque fosse necessário nem bonito, mas simplesmente porque precisava preencher a mente com algo que não fosse belo, já que o belo aumentava o meu tédio. Peguei um livro e comecei a rasgar as folhas, pelo simples prazer da destruição. Voltei às redes sociais e escrevi "boa tarde", pelo prazer da ironia. E quem me visse assim, talvez fugisse, ou talvez se uniria a mim para demolir as paredes, não sem antes quebrar o espelho e beber um copo de caco de vidro. Bendito seja aquele que acorda de bom humor.
Senhor, confiamos que os caminhos se cruzam por Teus propósitos, não por acaso. Mesmo na distância, sabemos que nada se perdeu, pois o tempo não está em nossas mãos, mas nas Tuas. Entregamos-Te tudo e descansamos na Tua vontade. Amém.
A ORIGEM DA TUA PRÓPRIA LUZ
Quando o Coração Aprende a Amanhecer
Há caminhos que ninguém pode trilhar por você.
E não é castigo — é bênção.
Porque é nesses caminhos silenciosos que a alma aprende a conversar consigo mesma.
Quando a gente finalmente escuta o próprio coração, percebe que ele sempre tentou avisar:
“Eu também preciso de cuidado.”
O amor próprio não nasce de gritos nem de vitórias grandiosas.
Ele brota devagar, igual grama depois da chuva.
É um carinho que você dá pra si mesmo no dia em que ninguém deu.
É o jeito que você decide se olhar com respeito, mesmo quando o mundo disse que não valia tanto assim.
Quem aprende a se amar, aprende a se erguer.
Você não precisa ser perfeito pra ser digno.
Perfeição é fantasia cansativa.
O que transforma é honestidade interna.
Dizer pra si:
“Tá difícil… mas eu ainda tô aqui. E isso já é vitória.”
O amor próprio é fogo lento.
É o tipo de chama que não invade, não explode — mas ilumina.
Uma luz calma, profunda, que vai ocupando o peito até você perceber que sempre teve um lar dentro de si.
Quem se escolhe primeiro nunca fica por último.
Respeito próprio é o irmão mais velho do amor próprio.
Ele te puxa pelo braço quando você insiste em ficar onde não merece estar.
Ele diz:
“Vamos embora. Não precisa aceitar migalhas. Você é banquete.”
E quando esse respeito vira hábito, a vida começa a te tratar do jeito que você se trata.
A alma não quer aplausos.
A alma quer descanso.
Quer paz deitada no colo do próprio valor.
Quer silêncio que cura.
Quer espaço pra florescer sem pedir permissão.
Quando você aprende a se amar, até o espelho começa a te olhar com mais carinho.
Algumas dores não são inimigas — são professoras.
Elas mostram onde a gente precisa se abraçar mais.
Mostram onde ainda falta luz.
E mostram, principalmente,
que todo ser humano carrega um universo inteiro dentro do peito.
E quando esse universo desperta…
ninguém segura a tua luz.
Capítulo Quinto — O Caminho que Aprende com os Passos
Depois de atravessar noites densas e conversas silenciosas com a própria alma, o personagem desperta diferente. Não é um despertar triunfal, desses que aparecem em filmes com luz dourada entrando pela janela. É um despertar real — daqueles em que o corpo ainda está cansado, a mente ainda está desconfiada, mas existe uma força discreta puxando o peito pra frente.
Ele percebe que a vida não é uma estrada reta; é uma espiral. A gente passa pelo mesmo ponto várias vezes, mas sempre num nível diferente. Dor antiga volta com cara nova. Medo antigo reaparece com outra roupa. E ainda assim, cada volta deixa o espírito mais atento, mais sensível, mais preparado.
É nesse despertar espiralado que o personagem encontra um tipo estranho de sabedoria: ele não está curado… e, ainda assim, está mais inteiro.
Parece parado… mas, por dentro, está avançando.
Parece frágil… mas aprendeu a usar a vulnerabilidade como bússola.
O mundo ao redor não mudou, mas ele mudou a forma de pisar no mundo.
Existe uma cena forte aqui: ele caminha até um lugar onde sempre ia quando se sentia perdido. Pode ser a beira de um rio, o topo de um morro, um pedaço da cidade onde o vento bate de um jeito que acalma. E ali, sentado, ele percebe que não precisa mais lutar contra tudo o tempo todo.
Ele não precisa vencer o medo.
Só precisa conversar com ele.
O medo é quase um guia — duro, mas honesto.
A espiritualidade começa a aparecer de forma mais madura. Não é mais aquela busca desesperada por salvação, mas uma troca sincera. Ele fala com Deus como quem fala com um velho amigo que entende os silêncios. Ele lembra das palavras de Jesus, não como dogma, mas como direção: “Segue comigo, mesmo que seja mancando.”
E o mais bonito: a fé não vem como luz que expulsa a escuridão, mas como brasa que continua acesa mesmo quando o vento tenta apagar. Uma brasa pequena, discreta, mas persistente. Aquele pouquinho de calor que garante que a noite não vai congelar o coração.
De repente, ele entende uma coisa que muda tudo:
as batalhas que viveu não o diminuíram — ampliaram seus olhos.
Ensinam a perceber o sofrimento dos outros.
Ensinam a reconhecer a solidão escondida nos sorrisos alheios.
Ensinam a dar a mão sem pedir explicação.
Ele se torna alguém capaz de acolher.
E isso não é pouca coisa.
A narrativa desse capítulo fecha com uma imagem simbólica: o personagem observa o próprio caminho — cheio de marcas, curvas e tempestades — e percebe que está caminhando não apesar delas, mas através delas. O caminho não ensina antes do passo; ele ensina durante.
E o personagem, finalmente, entende que está se transformando em algo raro:
uma pessoa que carrega a própria dor como lâmpada para iluminar outras almas perdidas.
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"EM CADA VERSO, VANESSA — CONSTELAÇÃO VIVA"
Nos caminhos da vida, brota a leveza,
como jardim que desperta ao toque de Vanessa.
Cada passo que ela dá espalha beleza,
flor que abre ao dia, à noite encanta, canta e dança.
Gosta do chopp de vinho tinto que esquenta a conversa,
taça que dança na mão da radiante Vanessa.
O sabor do mundo nela nunca perde a nobreza,
é brinde à vida, é alegria que amadurece.
Tem carinho pelos bichos, tem alma que se expressa,
em cada gesto doce que o coração oferece, Vanessa.
É dessas pessoas raras que a natureza atravessa,
como quem fala a língua secreta da própria floresta.
E no amor pelo filho, o universo se enriquece —
porque toda a luz dela encontra ali sua maior promessa, Vanessa.
É um amor que guia, consola e fortalece,
é constelação inteira girando em pura ternura que cresce.
Brilha como estrela que o céu tece sem pressa,
como a lua que vigia a noite e nunca esmorece, Vanessa.
E quando passa por nós, vira estrela cadente que atravessa,
trazendo um desejo escondido que a vida sussurra e endereça.
Assim segue o universo, em infinita festa,
sempre que a presença luminosa da Vanessa aparece.
Porque pessoas assim, com alma que resplandece,
são milagres silenciosos que a própria luz reconhece a clareza,
sempre que a vida cruzar com a luz da Vanessa.
Porque pessoas raras carregam essa leve realeza,
essa magia discreta que silenciosamente acontece.
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