Cálice
Não quero cálice vazio
Quero vinho, versos...
Tô com fome !
Dos teus olhos
Tua boca...
Quero prato cheio;
Músicas
Arrepiando corpo
Alimentando alma.
Cálice
A vida não tem ponteiro
marcando as horas,
nem letreiro.
É tudo num improviso
o desfiar das auroras,
sem aviso.
Então, empunhe seu cálice
beba sem qualquer demora
(os amores, flores, as dores)
pois na hora, breve é a velhice
Luciano Spagnol
Junho, 2016
Cerrado goiano
Gratidão!
Iluminados,
O que tenho hoje para vos oferecer,
É um cálice transbordando de gratidão.
É o meu gentil amor em expressão:
Da verdade,
Serenidade,
Numa precisão sentimental do coração,
Da alegria por viver.
Brinde comigo e a vida será uma partilha,
Numa sintonia em acordes celestial.
Mperza
um homem que encontra um cálice mágico e fica sabendo que, se chorar dentro dele, suas lágrimas vão se transformar em pérolas. Mas, embora tenha sido sempre muito pobre, ele era feliz e raramente chorava. Tratou então de encontrar meios de ficar triste para que as sua lágrimas pudessem fazer dele um homem rico. Quanto mais acumulava pérolas, mais ambicioso ficava. A história terminava com o homem sentado em uma montanha de pérolas, segurando uma faca na mão, chorando inconsolável dentro do cálice e tendo nos braços o cadáver da esposa que tanto amava…
- Mas posso perguntar uma coisa sobre a história? – indagou envergonhado.
- Claro.
- Bem…- principiou ele, mas logo parou.
- Pode falar, Hassan – disse eu. E sorri, embora, de repente, o escritor inseguro que havia em mim não subesse muito bem se queria ou não ouvir o que ele tinha a dizer.
- Bem… - recomeçou ele – o que eu queria perguntar é por que o homem matou a esposa. Na verdade, por que ele precisava estar triste para derramar lágrimas? Será que não podia simplesmente cheirar cebola?
A história parece um conto de fadas. Mas nos leva a nos perguntarmos quantas vezes desprezamos os tesouros que temos, indo à cata de riquezas efêmeras.
Pensemos nisso e não desperdicemos os valores verdadeiros de que dispomos. Nem pensemos em trocá-los por posses exageradas.
Maçã podre
Planto na sombra dos corpos grudados
O cálice amargo do licor condensado.
A magia transformada em vultos derramados
Vozes se transformam em gemidos sussurrados.
Quem sente mais forte não entende
A fraqueza pragueja nos arredores.
Estica-te na suavidade que me rende
Prece vazia de filme de horrores.
Aquele que feliz sorri na vida
Que toca o pandeiro da alma contente
Tem minha inveja assumida,
Ah, não quero ver nem mostrar os dentes.
Junto no chão a maçã mais podre.
Escuto ao longe fortes gargalhadas.
Sento a beira da margem salobra
Sem força e sem rumo pra pegar a estrada.
Não busco afinidades, mas...contrassenso, um drinque de disparate, uma dose de tolice, um cálice de desatino, nada with ice, trivial, comum ou corriqueiro... de tudo quero um pouco, desde que seja cálido, singular, contraditório e voraz.
Embriagar-me-ei de Amor,
Bebendo em teu corpo o cálice proibido,
Ouvindo de teus lábios sandices que enlouquecem-me;
No momento em que viajo perdido no paraíso de tua pele.
E sedento de desejo, é-me dado a sorte de explorar cada centímetro, despertando sensações ocultas, nunca antes vivenciadas por tão bela sintonia de dois corpos entrelaçados entregando-se nessa dança louca que une Corpo, Alma e Desejos.
Bricio Leão
A música para mim é como um cálice de vinho
Que me embriaga e me seduz e Logo depois me põe para cantar e dançar. Cada letra de uma canção é uma fase musical de nossa vida.
Ela
um pouco cansada de tanto
beber do cálice amargo
da dor e do desalento
Resolveu dançar na chuva
ser levada pelo vento
e se jogar no mar .
Hoje ...
Ela sabe se auto-amar !
Afoguei-me inebriado no seu sorriso
e afaguei o cálice que você me deu...
Fui cúmplice, submisso e indeciso
e não tive tempo para um último beijo seu!
O copo vazio, sem alma
como mágica , se transforma em um cálice de ouro
e tocam-se no ar , ao som das vozes que em uníssono clamam
Saúde !
O que você sente é desejo,
e não paixão
e tampouco o amor ainda.
Você não provou o cálice!
Então descubra, as diferenças.
