Calçada

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⁠CIMENTO, TECIDO E CALÇADA

Jogado ao chão sem mera importância; afogado em si pela água; incomodado por ferramentas humanas; lançado de qualquer forma como filho do nada. A parede segue rebocada, enquanto o cimento constrói sua casa.

Furado em todas as partes; ligados a força bruta; arrochados injustamente; jogados ao corpo, e ainda assim são humilhados. O tecido segue vestindo, mesmo sendo sempre usado.

Pisado diariamente; sujado pelos outros; queimando-se no sol, molhado sem querer banho; sofrido é o tratamento do piso, rejuntado sem cimento, fortalecendo o caminho de todos, em pleno sofrimento. O paralelepípedo preenchia, enquanto a calçada era formada.

Nego Compra Colchão de R$ 1000 e reclama do conforto
quando to chapado durmo até na calçada
e ainda acho um luxo !

⁠DISTRAÍDA

Na calçada andava ela, distraída,
Sem perceber que era subtraída,
Saia curta subia na subida,
Percebia-se que era linda, sacudida!...

A calçada era esperta e sabida,
Com o espelho que o piso dava,
A mente se habilitava,
E o olhar entusiasmado, disfarçadamente, esbugalhava...

Distraída com o forte vento,
Por um instante momento,
Quase perdeu a saia, proibida no convento...

Foram segundos de constrangimento,
Sob olhares ligeiros e fuxiquentos, o questionamento:
Por que justo naquela hora, a saia curta e o vento!?

Élcio José Martins

A mulher na calçada

Ela estava sempre sentada na calçada quando eu passava, vestido velho, puído, um lenço que já tinha sido vermelho cobrindo seus cabelos maltratados, um pote de sorvete encardido, rachado, pousado ao seu lado para recolher moedas; diziam que era maluca, excêntrica, uma mendiga por opção, quando tentavam ajudá-la, se recusava, se a internavam, fugia. Ela já fazia parte da vida daquela rua, tornou-se uma estátua viva, um patrimônio da decadência humana, um dia, da mesma forma que apareceu, sumiu. Ainda hoje quando passo por ali penso ela, de alguma forma sinto sua falta; a rua ficou tão vazia.

❀༺LINHAS TORTAS♥

Rua deserta _ Beco quieto
Linhas tortas _ Misterioso cemitério

Calçada portuguesa _ Antigos fantasmas
Lágrimas chuvosas_ Jardim inacabado

Candeeiro luminoso _ Gritos surdos
Altar triunfante _ Sacrifício amor

Cruz humildade _ Igreja fé
Pessoa virtuosa _ Futuro esperançoso

Casa especial _ Janelas partidas
Lembranças vividas _ Formas escuras

Olhar perdido _ Solidão sentida
Trevas revoltas _Tumulto sombrio

Inferno alucinado _ Mar adormecido
Mudo adeus_Vergonha escondida

Vento forte _ Verdadeira saudade
Tempo esquecido_Despedida cruel.

Um vaso quebrado



Um vaso quebrado,

a luz na calçada,

um riso chorado,

a flor amassada.

Um peixe no aquário,

Luz e água escorrendo,

Amor perdulário,

E uma alma morrendo.

Nem sei se a paleta,

De cores variadas,

Tingindo a esperança,

Traz coisas guardadas.

Só sei que os quebrados,

E as folhas rasgadas,

Nem são mais lembrados,

Sequer nas pegadas.

Porque a tristeza,

Em sua lerdeza,

Largou a semente,

De uma alma demente,

Nos vasos quebrados.

De vez em quando eu ainda ouço
No silêncio da madrugada
Um misto de passos na calçada
e um som de sinos distantes
Que soavam nas torres das Igrejas
que existiram na minha infância
Chego a sentir o perfume
daquelas madrugadas
Iluminadas pelos vagalumes
Isso sempre me traz
um sentimento confuso:
Tristeza e alegria entrelaçadas
Eu corro abrir minha janela
Não vejo e não ouço mais nada
Somente as Estrelas no firmamento
dão atestado
de que eu um dia
Realmente tenha estado lá
Naquele tempo e lugar
Que o próprio tempo arrastou
Pra um lugar
Chamado nunca mais
Fecho a janela ciente
de que a minha vida
assim como as madrugadas
Nunca mais serão aquelas
Novamente.

Ninguém te deixa na na calçada da vida, vai até o fim, vai até o fim, não precisa de um amor verdadeiro, pois este já tem,e esta no seu coração,precisa de uma fonte, que te de o caminho para saciar o amor que sente,doando se, sem pedir nada em troca.

Ser simples não é avistar a simplicidade vindo ao seu encontro, mudar de calçada.

Ver um cego, mudo e surdo, tudo bem; mas ver um bêbado tropeçando na calçada, sua deficiência física começou ao brigar com uma garrafa de álcool que estava tampada.

Em cada calçada que eu olho,
Me deparo com tristeza.
Miséria, alcool, doença
Em uma só natureza

Em quanto isso,
Tem família rica na fartura
Comendo metade da dispensa
A outra metade vai pra lixeira

Tristeza!
Saber que isso acontece
E nesse momento, outras famílias
Mal botam um pão na mesa

Dureza! verem isso
Ainda com olhar de frieza.
Por que o indivíduo toma essa atitude
No País que tá em decadência ?

E é frequência,
Não é ocasião
Disperdicio existe sim,
Mas não existe
pra quem precisa de pelo menos Arroz e Feijão

Inserida por KhristianFerraz13

Quem me vê passar

Passam carros, passam ruas...
sempre passam no lugar!
Corre a água na calçada,
e um cachorro a passear.
Vejo a imagem na vitrine,
refletir meu caminhar...
olho o homem na janela,
com sorriso amarelo,
me seguindo com o olhar.
Sigo em frente o meu caminho,
que o fim tá pra chegar.
(Ana Kika)

Inserida por aanakika

As luzes da rua que levam ao ritmo do teu coração, são sentidas nas pedras e cores rudes das calçadas inertes no vazio da madrugada...

Inserida por PoetisadasTrevas

ADOLESCENDO
A menina de vestido estampado
Saltava na calçada como se pulasse estrelas,
Apontava o firmamento como se pudesse tê-las
E a saia se erguia, mostrando a intimidade
Dos seus quinze anos...
Danos em mim,
Amarelinhas nunca mexeu comigo assim...
Porque as alças também lhe caiam
Mostrando a adolescência adolescendo nos seus seios...
A menina de vestido estampado
Saltava na calçada como se pulasse estrelas
Apontava o firmamento como se pudesse tê-las...
E ela podia...

Inserida por tadeumemoria

Adoro o cheiro do seu corpo, mesmo quando passa ão outro lado da calçada, Ainda sim em um suspiro consigo sentir a fragrância da sua Pele, E como é Bom!!!

Inserida por adrianinha43

Agora ouço os pingos mais fortes
Se estatelando na calçada
Formando estrelas no chão
Escorrendo em disparada...
Venha chuva!
Venha mansa e mais amiúde
Para fluir em nossos rios
E encher nossos açudes

mel - ((*_*))

Inserida por MelaniaLudwig

Certo dia, uma mulher avistou um mendigo, sentado numa calçada na Rua..
Aproximou-se dele, e como o pobre coitado, já estava acostumado a ser chacoteado por todos, a ignorou..
Um policia, observando a cena , aproximou-se :
- Ele está a incomodar a senhora?
Ela respondeu:
- De modo algum - eu é que estou tentando levá-lo até aquele restaurante, pois vejo que está com fome e até sem forças para se levantar. O senhor Policia ajuda-me a levá-lo até ao restaurante?
Rapidamente, o policia a ajudou, e o pobre homem, mesmo assim, não querendo ir, pois, não acreditava que isso estava a acontecer!

Chegando ao restaurante, o garçom, que foi atendê-los, disse sem pestanejar :
- Desculpe Senhora, mas ele não pode ficar aqui.. Vai afastar os meus clientes!!!
A mulher abaixou e levantou os olhos e disse:
- Sabe aquela enorme empresa ali em frente? Três vezes por semana, os diretores de lá juntamente com clientes, vêm fazer reuniões neste restaurante, e sei que o dinheiro que deixam aqui, é o que mantém este restaurante . Pois é, eu sou a proprietária daquela empresa. Posso fazer a refeição aqui, com o meu amigo.. ou não?
O garçom fez um gesto positivo com a cabeça, o policia que estava de longe observando ficou boquiaberto, e o pobre homem, deixou cair nesse momento, uma lágrima de seus sofridos olhos.

Quando o garçom, se afastou, o homem perguntou:
- Obrigado Senhora, mas não entendo esse gesto de bondade.
Ela segurou nas suas mãos , e disse :
- Não se lembra de mim, João ?
- Me parece familiar - respondeu - mas não me lembro de onde.
Ela, com lágrimas nos olhos, disse:
- Há algum tempo atrás, eu recém formada, vim para esta cidade... Sem nenhum dinheiro no bolso... Estava com muita fome... Sentei-me naquela praça, aqui em frente, por que tinha uma entrevista de emprego naquela empresa, que hoje é minha. Quando se aproximou de mim, um homem, com um olhar generoso. Lembra-se agora João?
Ele, em lágrimas, afirmou que sim.
- Na época , o senhor trabalhava aqui. Naquele dia, fiz a melhor refeição da minha vida, pois estava com muita fome, e até sem forças. Toda hora, eu olhava para o senhor, pois estava com medo de prejudicá-lo , pois estava ali a comer de graça. Foi quando ví, o senhor a tirar dinheiro do seu bolso e colocar na caixa do restaurante. Fiquei mais aliviada. E sabia que um dia poderia retribuir. Alimentei-me, fui com mais forças para a minha entrevista.
Na época, a empresa ainda era pequena... Passei na entrevista, especializei-me, ganhei muito dinheiro, acabei comprando algumas acções da empresa, e com o passar do tempo, fiquei a proprietária, e fiz a empresa ser o que ela é hoje.

Procurei pelo senhor, mas nunca o encontrei... Até que hoje, o vi nessa situação. Hoje, o senhor não dorme mais na rua! Vai comigo para a minha casa... Amanhã, compraremos roupas novas, e o senhor vai trabalhar comigo!
Se abraçaram, a chorar.
O policia, o garçom e as demais pessoas, que viram essa cena, emocionaram-se diante da grande Lição de vida, que tinham acabado de presenciar!!!

MORAL DA HISTÓRIA:
Hoje sou eu a precisar . . . amanhã podes ser Tu !
Faz sempre o BEM... Um dia ele retornará em dobro para Ti

Inserida por Tcheco

Uma paradinha
seja na grama,
na areia,
na pedra,
na água,
num divã,
numa calçada ou
até mesmo no próprio redemoinho dos pensamentos

Uma paradinha
pra pensar em algo especifico,
pra pensar algo desajustável,
pra pensar uma decisão a ser tomada ou mal tomada,
ou simplesmente pra pensar em nada.

Mas bom mesmo é dar uma paradinha,
seja de manhã de tarde ou de noitinha,
mas que seja uma paradinha,
mas uma bem rapidinha,
pra não perder o segundo seguindo,
o momento depois e um amanhã provável...

Apenas uma paradinha,
você e você!
E o resto? Seja você e o amigo!
Amigo que conhece e desconhece, que vai e que volta, que vem e nunca vai e o que ta e sempre fica.
O amigo do segundo seguindo, que te dá um sorriso , dizendo tenha uma bom dia e mais nada precisa dizer,
O amigo do momento seguinte, que ocupa o tempo, mas que você adora lhe dar. Momento que abraça, que chora, que te joga pra cima e te diz -PARA. AGORA!
E o amanhã futuro, aquele amigo que não conhece, que não viu ainda, que há de ver e de gostar, de compartilhar e de amar, e assim desejar num sorriso aberto...
Tenha um ótimo dia!

Inserida por AlineChristina

Eu tinha uma calçada
Uma rua e um portão
Para brincar de correr, de se esconder e de pega-ladrão
Idos tempos...
Nem tão distantes
Próximos, para falar a verdade
Tão perto do hoje como o ontem
Que já passou.

Inserida por koppe

Aprendendo ao caminhar

Passeando na calçada,
As pedras duras do chão,
Ressoam uma lição

Aprendo ao dar as passadas,
Que tenho no andar da vida,
Mesmo sem ser querida

O dever de ter amor

A quem a mim dá valor.

Inserida por PaolaRhoden