Calçada
De vez em quando eu ainda ouço
No silêncio da madrugada
Um misto de passos na calçada
e um som de sinos distantes
Que soavam nas torres das Igrejas
que existiram na minha infância
Chego a sentir o perfume
daquelas madrugadas
Iluminadas pelos vagalumes
Isso sempre me traz
um sentimento confuso:
Tristeza e alegria entrelaçadas
Eu corro abrir minha janela
Não vejo e não ouço mais nada
Somente as Estrelas no firmamento
dão atestado
de que eu um dia
Realmente tenha estado lá
Naquele tempo e lugar
Que o próprio tempo arrastou
Pra um lugar
Chamado nunca mais
Fecho a janela ciente
de que a minha vida
assim como as madrugadas
Nunca mais serão aquelas
Novamente.
Ver um cego, mudo e surdo, tudo bem; mas ver um bêbado tropeçando na calçada, sua deficiência física começou ao brigar com uma garrafa de álcool que estava tampada.
"'Um dia você é jovem, na calçada de casa, rodeada de amigos, ouvindo The Fevers num radinho de pilha...
No outro dia você só quer toma café e recordar
esse tempo bom que não volta mais...'
Haredita Angel
09 .11.21
Mulher encantadora
Passeando na calçada com toda a sua elegância ela chama a atenção de todos com sua auto confiança...
Sem ser vulgar com seu jeito de andar deixa alegria por onde passa, satisfaz o meu olhar...
Com seu jeito único, salto alto e vestido “flamejante” em seu corpo, vai deixando todo mundo deslumbrado e quase louco...
Seus olhos que dominam fixos no horizonte, sabendo aonde quer chegar, sempre com um sorriso discreto em seus lábios como se alguém estivesse a te esperar...
Ainda que fascine a todos, desde o molequinho ao idoso não se deixa levar pela soberba de estar sempre em evidencia, e assim segue passeando pela vida deixando talvez algumas pessoas tristes pela sua ausência ...
Mas Fazendo todos os dias o mesmo caminho, a tristeza passa logo, quando ao fim da tarde ela retorna e a todos novamente ela contenta...
As pessoas saem nas portas... o barbeiro interrompe por alguns segundos o seu ofício para dizer boa tarde a jovem senhora que passa...
O ciclista se desconcentra com uma mão segura o chapéu e com um balançar de cabeça a cumprimenta...
E assim nesse vai e vem... Eu que não sou bobo espero ela também... espio bem quietinho pra vê – la só um pouquinho passando devagarinho...
E se eu estiver de sorte nesse dia posso ganhar até um “bom dia” Se ela passar e me notar, ah meu Deus quanta alegria, e quando já ta lá distante, sonhei mais um instante... Um dia eu ganho essa guria.
Caminhando pela rua, vi jogado sobre a calçada um sofá velho, sujo e rasgado. Parei diante daquela mobília abandonada e comecei a pensar na pessoa que o havia comprado, no sonho de ter um sofá novo em sua sala, na preocupação que aquela pessoa teve ao se aproximar o vencimento do carnê, na felicidade sentida ao recebê-lo. Imaginei que por algum tempo, aquele sofá foi centro de atenções naquele lar. Em minha reflexão, cheguei a ver as crianças disputando um lugar naquele acento com cheiro de coisa nova. Fiquei feliz pelo sofá. Depois, comecei a imaginar no abandono que aquele sofá foi sofrendo com o passar dos dias, meses, anos... Aos pouco ele foi sendo esquecido, esquecido! Ah! Até ser substituído. Tive pena do sofá.
Coloque-se no lugar daquele sofá, reflita e você perceberá que com o ser humano acontece a mesma coisa. Mais cedo ou mais tarde, nos estaremos jogados num cantinho da sala sobre um sofá olhando para a TV, sem nem saber o que está sendo exibido e, os mais jovens passarão por nós rapidamente e dirão:
- Oi, oi. Tchau.
Ninguém é insubstituível, ninguém é eterno, ninguém pode controlar o tempo e as mudanças que vêem com ele. Sendo assim, procure viver com sabedoria e se importar com a própria vida. Pois, em algum dia, alguém estará refletindo sobre você.
Apenas outras ideias
Hipocrisia?
Pessoas caminhando na calçada. Pessoas ricas, pobres, alguns bem sucedidos, outros nem tanto. São todos seres humanos, mas isso não significa que todos têm de ser bem sucedidos, ou que devam ter os mesmos padrões de vida. E mesmo com essas distinções em mente, quando olhamos para o lado e vemos alguém desafortunado sentimos uma náusea, de certo diferente, que muitos denominam solidariedade.
Hipocrisia. Se você não percebeu a tamanha hipocrisia no pensamento anterior, por favor, termine a leitura aqui. Quando escrevo hipocrisia, não estou dizendo que é algo bom, ou ruim. Mas você, por ter uma bagagem cultural totalmente direcionada (neste momento já deve ter alguém torcendo o nariz) adotou tal termo de maneira puramente pejorativa.
Do grego HYPOKHRINESTHAI que significa representar um papel, fingir. Uma bela palavra, que é tão útil em nossa época, pois o que fazemos senão representar? Você põe uma mochila na costa, e assim ganhou o papel de estudante. Sua esposa está grávida, logo você assumirá o papel de pai. E assim sucessivamente. Mas tudo o que foi explicitado é óbvio. O meu objetivo é fazer, Tu ó leitor que por algum motivo ainda está lendo, refletir: Podemos estar sempre representando? O que acontece com aqueles que não conseguem representar?
Eu poderia ser o mordomo que guiaria você em meio aos seus pensamentos mais profundos, e mostrar o animal que o subconsciente guarda. Um animal com instintos não muito diferentes dos outros animais, que busca nada mais que prazer, não digo no sentido de hedonistas, ou estoicos, ou qualquer outra escola filosófica composta por pessoas como eu e você, e que usam partes do nosso verdadeiro ego como teoria.
O ser humano é ambicioso, quando convém. O ser humano é egoísta, quando convém. O ser humano usufrui de outro ser humano para obter prazer, quando convém. O porquê “do quando convém” é o que realmente nos distingui dos outros animais ditos irracionais.
A história da nossa espécie é hipócrita (e peço que reavalie o significado dessa palavra), tivemos guerras que dizimaram nossos irmãos, tivemos períodos de paz, outros de pax, enfim, são acontecimentos que nunca deixaram de existir, pois são atávicos ao ser humano.
Está é a ultima pergunta e a mais importante, então preste atenção! Por quanto tempo ficaremos nos enganando, ou melhor, atuando? Já estamos vivendo o politicamente correto, e se eu fosse supor o que vem depois dessa fase, diria que viveremos momentos de caos.
(V.H.S.C.)
A calçada é preferência para o pedestre assim como a honestidade deveria ser prioridade na política.
A PORTA
Sempre esta porta todo dia na calçada
É posta logo onde estes meus pés vão pisar
Faz simplesmente seu dever como uma porta
O meu progresso no regresso atrapalhar.
É sempre porta, esta nunca foi janela
Se a abro bruscamente me vejo na rua
Não tem uma tranca e se rompeu a taramela
E me cancela o encontro com a lua.
Um dia porta eu me perco a paciência
E me abstenho de querer te respeitar
Lanço-te fora e aproveitando sua ausência
Encontro um novo mundo pra poder morar.
E se acaso lá no meu fundo sertão
Onde escolhi para de ti me esconder
Houver mais portas dentro deste coração
Então eu volto e me caso com você.
ABSTRAÇÃO
Passe na minha calçada
outra vez
Outra vez,
mostre-me o os olhos
que tens, deixe escapar
na calçada, uma fita qualquer
até se encurvar pra toma-la do chão.
passe por cima do ego
uma vez
e outra vez
mostre-me o chão onde é
sinta se firme agora
com os pés desta vez
em teu corpo mulher.
Eu a vejo iluminar a calçada a cada passo dado...transformando o piso bruto, numa enorme camada de tapete macio e vermelho..e a medida que ela vai se afastando, sinto uma vontade louca de agarra-la e me acorrentar diante de sua mais genuína beleza..vontade essa que só passa, quando sinto o cheiro de seu perfume novamente..mais tanto tempo passamos juntos e não é o suficiente..
SENTADO NA CALÇADA
Caminho pela calçada
No meio fio junto ao asfalto
Até chegar à minha casa
Da rua no outro lado!
Sentado no banco
Está Preto Veio de branco
Ele, pai e tio, o mais assanhado do bando,
De toda moça que passa ele olha com encanto!
Chego de prosa
Passo de conversa vai com lorota
Preto Veio dá muxoxo e no muro se encosta
Meu tio pega o fumo e no papel enrola!
Feito o cigarro tio bota no bico
Preto Veio sentindo o cheiro pega o cachimbo
Encosta-se ao poste e bate com ele na quina
No canto, ainda se vê do dia de ontem suas cinzas!
Papai olha para mim e sorrir
Do fumo maldito ele nunca quis
Sempre disse que ao pulmão ele agride!
Escuto uma voz dentro de casa
É minha mãe que da cozinha me estende os braços
Ela me olha de longe com olhos apaixonados
Faz-me sentir como um filho amado!
Ela vem depressa pra me abraçar
Ela sorrir como nenhuma outra do bairro
Seu avental ainda está todo molhado
É certo que estava na pia lavando os pratos!
Ficamos juntos até anoitecer
Comemos bolo, tomamos café... A nada eu rejeito
Eles vivem uma amizade que não tem preço
Brigam, brincam, riem... Tudo com muito respeito!
Avisto caminhando na calçada
De costas parece você
Dessa vez é você
Meu coração dispara
Infarto meu consciente
Passo lentamente ao lado
Entro em desespero
Olho para trás
Não vejo o seu rosto
Só vejo que continuo perdido
e você bem distante
Olho para frente
Não era você novamente
Sigo enfrente
Sentada na calçada
olhando para o mundo
ao meu redor vjo o
quanto sou pequena,
mas forte por ainda
estar aqui dpois d
tanto ter lutado, vjo
estrelas e me vjo igual
a elas, pqnas diante
aos olhos do mundo,
grande diante d pssoas
q amo!
Observo entao as
nuvens, algumas
brancas, calmas diante
d um céu imenso,
outras carregadas,
pretas, assustadoras,
qrendo liberar d si tda
a angustia, é assim q
nos sentimos, as vzs
somos nuvens brancas,
outras vzs pretas,
carregadas por dentro.
Diante da natureza vjo
cmo sou parecida cm
ela, e é nela q na
maioria das vzs busco
respostas. É tdo tao
parecido, os
terremotos, as aguas
agitadas, o dia lindo d
sol, a calma daquela
brisa fresca. Somos
exatamente assim, no
sentimos agitados,
como se estivesse
acontecendo um
terremoto dntro d nós,
cmo se houvesse um
mar imenso e furioso, e
é como se as vezs as
ondas dntro d nós, nos
drrubassemos, mas ai
vem akeles dias lindo d
sol em q a brisa a
calma toma conta d
vc..
Se tiver dúvidas em saber por que o cachorro é o melhor amigo do homem, vá a uma calçada em um dia de chuva e veja um mendigo dormindo, passando frio e fome. Adivinhe quem está do lado dele?
Circulava eu, pela calçada, de um avenida cuja cidade não me recordo nome, em um país chamado Brasil, situado na América do sul, continente americano. Quando em alta velocidade em minha direção surgiu um veículo locomotor, conduzido por um ser daquele planeta. Seu condutor não percebera a sinuosidade daquela avenida e sem ter tempo para nos avistar e deslocar seu automóvel para o lado oposto. permitiu que seu veículo atropelasse, provocando uma tragédia. Naquele país há leis rigorosas de trânsito, cujas penalidade vai desde multa, cassassão de habilitação e até prisão.Não soube notícia daquele ser condutor, mas provavelmente tenha saído ferido daquele local. Deixei o planeta terra e vivo em outra dimensão.Daqui escrevo esta mensagem para que as autoridades saibam o que deveras ocorreu e tome as providências cabíveis. Embora deixei filhos pequenos, mulher bonita,amigos de reputação incontestaveis.Estou aqui, aguardando meu destino.O que fiz aí fiz; o que não consegui fazer, ficará por fazer.Eu tinha muitos projetos, idéias,e muitas coisas em andamento para serem feitas. Mas deixo aqui meu repúdio aos condutores que acreditam que chegarão a tempo em todos os lugares. E para isso precisam invadir as calçadas, atropelando pessoas, sem medir as consequências de seus atos.A propósito eu tinha trinta anos quando esse fato ocorreu. Minha expectativa de vida era de oitenta anos.
Diz que me ama, mais não prova, diz que faria tudo pra me ter por perto mais não sai nem na calçada de casa, diz tantas coisas que tô começando a desacreditar que um dia existiu algum sentimento dentro de você .
Abro a janela e vejo uma criança,
sentada na calçada do Centro da Cidade;
Aparência triste e de desespero
com medo do mundo e de tudo,
com medo de andar,correr
com medo de ser feliz.
Sozinha não sabia o que fazer
não conhecia ninguém,era quase invisível.
Estava perdida.
Sem rumo,sem experiência de vida.
De repente uma chama de esperança aparece,
uma criança.
Feliz,cheia de vida
convidou a criança triste a sua casa.
A mãe da criança feliz,resolve então
adotar a criança triste,
e deste modo
a tira da tristeza e a aproxíma da felicidade.
